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Micotoxinas em Alimentos

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Apresentação em tema: "Micotoxinas em Alimentos"— Transcrição da apresentação:

1 Micotoxinas em Alimentos
Iº Seminário Estadual de Resíduos Químicos em Alimentos 22 a 24/09/2004 Foz do Iguaçu - PR Micotoxinas em Alimentos Miguel Machinski Junior Professor Adjunto UEM/DAC – Maringá/PR

2 MICOTOXINAS Produtos do metabolismo secundário de fungos.
Importantes contaminantes de alimentos e rações animais. Efeitos tóxicos agudos e crônicos no homem e em animais.

3 Aspergillus Penicillium Fusarium

4 Fatores que afetam a ocorrência de micotoxinas na cadeia alimentar.
Plantação a produção Semente endofítico Desenvolvimento do fungo durante o crescimento da planta Fatores ambientais Tempestades Temperatura Umidade Danos Insetos Pássaros

5 Fatores que afetam a ocorrência de micotoxinas na cadeia alimentar (continuação).
Maturidade dos grãos Umidade Temperatura Danos Insetos Pássaros Outros Colheita Transporte

6 Processamento e distribuição
Fatores que afetam a ocorrência de micotoxinas na cadeia alimentar (continuação). Armazenamento Umidade Temperatura Processamento e distribuição

7 Animais Micotoxicose humana Homem
Fatores que afetam a ocorrência de micotoxinas na cadeia alimentar (continuação). Animais Carne Leite Micotoxicose animal Micotoxicose humana Homem

8 Os mendigos de Peter Bruegel The Elder (1568)
Micotoxicoses Os mendigos de Peter Bruegel The Elder (1568)

9 Ocorrência em Produtos Alimentícios
Rações Resíduos

10 Zearalenona Vomitoxina Ocratoxina Vomitoxina Zearalenona Aflatoxinas Ocratoxina Vomitoxina Zearalenona Aflatoxinas Aflatoxinas Fumonisinas Zearalenona Aflatoxinas Fumonisinas Vomitoxina Ocratoxina Toxina T-2 Aflatoxinas Fumonisinas

11 AFLATOXINAS Aspergillus flavus A. parasiticus A. nomius.
1960 – Doença X dos Perus na Inglaterra

12 Aflatoxinas - química Existem pelo menos 17 compostos denominados de aflatoxinas; As aflatoxinas B1, B2, G1, G2 e M1 são as mais estudadas; A AFB1 foi classificada pela IARC como classe 1.

13 Aflatoxinas - biotransformação
Leite

14 Aflatoxinas - mecanismo de ação

15 Efeitos Tóxicos das Aflatoxinas
Hepatotoxicidade Mutagenicidade, carcinogenicidade Teratogenicidade, imunossupressão Associadas às enfermidades humanas: câncer hepático primário, síndrome de Reye, kwashiorkor

16 Dados da incidência de aflatoxinas em diferentes alimentos ingeridos pela população brasileira (Rodriguez-Amaya & Sabino, 2002). 2002 2,4-59 2,5 121 Paraná Milho 1993 11-287 14,6 96 São Paulo Rações 1994 2-89 33,2 292 1-680 44,4 72 Amendoim 5-2440 44,2 321 1995 1200 0,9 117 Distrito Federal Nozes 1996 - 54 Rio Grande do Sul Farinhas 51,3 80 10-600 19,8 450 1997 5-536 45,3 137 30-163 7,7 39 79 Trigo 48 2 47 Arroz Ano Variação (ppb) Incidência (%) Nº amostras Estado Alimento

17 Dados da incidência de aflatoxinas em diferentes alimentos ingeridos pela população brasileira (Rodriguez-Amaya & Sabino, 2002).

18 Valores de Ingestão Diária Tolerável (IDT) Propostos para Aflatoxinas:
Fonte: Kuiper-Goodman (1991)

19 Níveis de AFB1 + AFG1 em amendoim e derivados no Brasil e respectivas estimativas de ingestão diária
a Amostras positivas/total de amostras analisadas; b IDPM – Ingestão Diária Provável Média, considerando-se a seguintes estimativas de consumo (GEMS/Food regional diets): 1,3 g/pessoa (amendoim e derivados). Referências: 1-Araújo et al. (1994); 2-Martins-Maciel et al. (1996); 3-Sabino et al. (1999); 4-Freitas & Brigido (1998).

20 Níveis de AFB1 + AFG1 em milho e derivados no Brasil e respectivas estimativas de ingestão diária
a Amostras positivas/total de amostras analisadas; b IDPM – Ingestão Diária Provável Média, considerando-se a seguintes estimativas de consumo (GEMS/Food regional diets): 42 g/pessoa (milho e derivados) (WHO 2003). Referências: 1--Glória et al. (1997); 2-Furlong et al. (1999); 3-Côrtes et al. (2000); 4-Sekiyama et al. (prelo); 5-Machinski Jr et al. (prelo)

21 Níveis de AFM1 em leite no Brasil e respectivas estimativas de ingestão diária
a Amostras positivas/total de amostras analisadas; b IDPM – Ingestão Diária Provável Média, considerando-se a estimativa de consumo (GEMS/Food regional diets) de 160 ml/pessoa adulta (WHO 2003); c Leite em pó, sendo que o valor se refere ao produto reconstituído a 1:8; [ ] IDPM calculada para crianças de 4 meses (peso médio: 7 kg), considerando-se a estimativa de consumo de 720 ml/dia; Referências: 1-Sylos et al. (1996); 2-Oliveira et al. (1997); 3- Mallman et al. (1997); 4- Prado et al. (1999).

22 FUMONISINAS Fusarium verticillioides e F. proliferatum
1988 – Isolamento e caracterização das fumonisinas Leucoencefalomalácia eqüina

23 Fumonisinas FB1 é a mais tóxica. 18 moléculas foram caracterizadas:
B1, B2, B3 e B4 A1, A2 e A3 BK1 C1, C3 e C4 P1, P2, P3, PH1a e PH1 b. FB1 é a mais tóxica.

24 Fumonisinas Neurotoxicidade: leucoencefalomalácia em eqüinos (LEME)
Edema pulmonar agudo, hidrotórax em suínos Carcinogenicidade em modelos experimentais Evidências de carcinogenicidade humana

25 Níveis de fumonisinas em milho e derivados no Brasil e respectivas estimativas de ingestão diária
a Amostras positivas/total de amostras analisadas; b IDPM – Ingestão Diária Provável Média, considerando-se o consumo de milho em geral (42 g/pessoa), estimado pelo GEMS/Food regional diets (WHO 2003). Referências: 1-Hirooka et al. (1996); 2-Orsi et al. (2000); 3-Machinski & Valente Soares (2000); 4-Bittencourt et al. (2003).

26 Porcentagem de produtos alimentícios à base de milho contaminados com fumonisinas

27 Níveis médios de fumonisinas encontrados em produtos alimentícios à base de milho na cidade de Campinas, SP. g/g

28 Avaliação da Exposição – FB1
Consumo diário de fubá no Brasil por pessoa 0,5 a 14 g na área urbana (IBGE, 1988) 11 a 39 g na área rural (IBGE, 1977) Ingestão Diária Tolerável (TDI) = 800 ng/kg p.c./dia (Gelderblom et al., 1996) Área rural = 39g x 2290 ng (média)/70 kg = 1276ng/kg p.c./dia (Ingestão Diária Provável- PDI) PDI > TDI

29 OCRATOXINA A Aspergillus allutaceus e Penicillium verrucosum
1952 – Nefropatia Endêmica dos Balcãs 1965 (descoberta)

30 Ocratoxina A - química Em 1999 as ocratoxinas foram classificadas como micotoxinas de interesse crescente; A IARC classificou como 2B; Potente nefrotoxina.

31 Nefropatia endêmica dos Balcãs
Progressiva redução da função renal e pode ser acompanhada de retenção de sódio; Hipertensão e morte; A OTA está relacionada com câncer no trato urinário em áreas de exposição crônica, em parte da Europa oriental. Balcãs: Bulgária, Iugoslávia e Romênia.

32 Ocorrência da Ocratoxina A
Milho Trigo Cevada Centeio Aveia Cacau Café

33 Avaliação da Exposição – Ocratoxina A
Consumo semanal de farinha de milho no Brasil por pessoa é de 17,5 g na área metropolitana (IBGE, 1988) Ingestão Semanal Tolerável Provisória (PTWI) = 100 ng/kg p.c./semana (JECFA, 1995) Ingestão Semanal Provável (PWI) = 17,5g x 64 ng (amostra positiva)/70 kg = 16 ng/kg p.c./semana PWI < PTWI

34 ZEARALENONA Fusarium graminearum Toxina F-2
1929 – Síndrome estrogênica em suínos (EUA) 1962 – descoberta IARC - grupo 2B

35 Zearalenona - ocorrência
Milho Cevada Trigo Centeio Sorgo

36 Dados da ocorrência de zearalenona em diferentes alimentos ingeridos pela população brasileira (Rodriguez-Amaya & Sabino, 2002). 1996 53 1,9 54 Rio G. do Sul Farinha 1994 13 115 Milho - 239 SP, PR, MT, MS, GO 1991 38 São Paulo Trigo 1997 39 97-105 2,5 79 47 Arroz 2002 448 0,8 121 Paraná Ano Variação (g/kg) Incidência (%) Nº amostras Estado Amostra

37 PATULINA Aspergillus, Penicillium e Byssochlamis P. expansum
antibiótico carcinogenicidade em ratos oral - irritação estomacal, náuseas e vômitos.

38 Patulina - ocorrência Frutas Trigo Queijos Hortaliças IARC - classe 3
maçã uva pêssego Trigo Queijos Hortaliças IARC - classe 3

39 1993 17 0,7 149 Sucos de frutas São Paulo 6-78 19,7 76 Suco de maçã
Dados da incidência de patulina em sucos de frutas ingeridos pela população brasileira (Rodriguez-Amaya & Sabino, 2002). 1993 17 0,7 149 Sucos de frutas São Paulo 6-78 19,7 76 Suco de maçã Paraná 1995 - 36 Ano Variação (g/L) Incidência (%) Nº amostras Alimento Estado

40 Avaliação da Exposição – Patulina
Consumo diário de suco de maçã no Brasil por pessoa é de 0,3 g (GEMS, 2003) Ingestão Diária Tolerável Provisória (PTDI) = 0,4 g/kg p.c./dia (JECFA, 1995) Ingestão Diária Provável (PDI) = 0,3 g x 3,2  g (média)/70 kg = 0,01 g/kg p.c./semana PDI < PTDI

41 TRICOTECENOS Fusarium Myrothecium Tricothecium Cephalosporium
F. graminearum F. culmorum F. sporotrichioides F. poae F. oxysporum F. tricinctum Myrothecium Tricothecium Cephalosporium Stachybothrys

42 Tricotecenos – propriedades químicas

43 Tricotecenos – principais alimentos
Trigo Cevada Aveia Milho Batatas Centeio Sorgo arroz

44 DON, NIV, T-2, HT-2, T-2 triol, T-2 tetraol
Dados da ocorrência de tricotecenos em diferentes alimentos ingeridos pela população brasileira (Rodriguez-Amaya & Sabino, 2002). Amostra Estado Tric. Nº am. Inc. (%) Variação (g/kg) Ano Milho São Paulo DON 130 - 1991 Minas Gerais 40 Produtos de Trigo DON, NIV, T-2, HT-2, T-2 triol, T-2 tetraol 38 Trigo NIV T-2 DAS 20 15 10 5 600 1990 Rio de Janeiro 18 5,6 400

45 Aléucia Tóxica Alimentar (ATA)
1932 a 1947 – URSS Taxa de mortalidade – 60% Hiperemia da mucosa bucal e faríngea, gastrite, dor abdominal e esofágica, diarréia e febre (2 a 3 dias) Hemorragias, petéquias, faringite tipo diftérico, laringite ulcerosa, afonia e asfixia (dias a 2 semanas) Náusea, vertigem, leucopenia, granulocitopenia e linfocitose progressiva (3 a 4 semanas) Ação bioquímica: Inibição da síntese protéica Aminas biogênicas

46 Efeitos tóxicos em animais
Dermatites severas Perda de peso Recusa voluntária dos alimentos Vômito Melena Hemorragias Morte

47 Considerações finais No Brasil, a ingestão média estimada de aflatoxinas é alta, o que pode contribuir para um incremento na incidência de carcinoma hepatocelular (CHC). O risco de CHC atribuível à ingestão de AFM1 através de leite e derivados é presumivelmente baixa. Considerar a população lactente para avaliar o risco de CHC pela aflatoxina M1.

48 Considerações finais São necessários novos estudos sobre a ocorrência de aflatoxina M1, fumonisinas, ocratoxina A, zearalenona, tricotecenos e patulina em produtos alimentícios, para melhor avaliar a ingestão média da toxina pela população. A conscientização dos produtores de alimentos e as ações de vigilância sanitária permanentes são essenciais para diminuir a exposição humana a esses compostos tóxicos e prevenir doenças advindas dessa exposição.

49 Muito obrigado! Prof. Dr. Miguel Machinski Junior
UEM - DAC - Toxicologia Bloco J-01 Fone (44) Fax (44)                                                                                  


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