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XXI ENCONTRO GALEGO-PORTUGUÊS DE EDUCADORAS E EDUCADORES

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Apresentação em tema: "XXI ENCONTRO GALEGO-PORTUGUÊS DE EDUCADORAS E EDUCADORES"— Transcrição da apresentação:

1 XXI ENCONTRO GALEGO-PORTUGUÊS DE EDUCADORAS E EDUCADORES
PELA PAZ Chaves 4, 5 e 6 de Maio 2007 Artemisa Coimbra (2007)

2 “As questões de género na aula”
União de Mulheres Alternativa e Resposta “As questões de género na aula” Oficina/Obradoiro Chaves 5 de Maio 2007 Artemisa Coimbra (2007)

3 As questões de género na aula
Salários inferiores aos dos homens (menos 22,4%) Áreas tradicional-mente femininas: educação: 72% saúde e serviços sociais: 87,5% Especialistas das Profissões Intelectuais e Científicas: 57% Técnicas e Profissionais de Nível Intermédio: 41% Quadros Superiores da Administração Pública, Dirigentes e Quadros Superiores de Empresa: 32,8% Fonte: INE Artemisa Coimbra (2007)

4 As questões de género na aula
Governo (2005): 11,3% Assembleia da República: 21% Partidos Políticos: PS: 29% PSD: 8% PCP: 21% CDS-PP: 8% BE: 50% Câmaras Municipais: 6% Governo Regional Madeira: 11% Açores: 9% Dirigentes Sindicais CGTP: 21% UGT: 22% Parlamento Europeu(2004): 25% Fonte: INE / CIDM Artemisa Coimbra (2007)

5 As questões de género na aula
As mulheres foram silenciadas pela ideologia da igualdade de oportunidades. Madeleine Arnot Artemisa Coimbra (2007)

6 As questões de género na aula
Convenção para a Eliminação de todas as formas de Discriminação contra as Mulheres – Igualdade de oportunidades entre mulheres e homens em educação para a vida política, económica e social (1979) Recomendação 1281 – Igualdade entre os sexos no domínio da educação (1995) Resolução nº 85/C166/01 –(...),Eliminação dos estereótipos, Partilha equilibrada das responsabilida- des familiares e profissionais,(...) (1985) (Portugal não emitiu qualquer circular)   (Pinto, 2000)    Artemisa Coimbra (2007)

7 As questões de género na aula
III Programa Comunitário de Acção para a Igualdade de Oportunidades entre Mulheres e Homens ( ) – Estratégia da integração da perspectiva de género (mainstreaming) IV Programa Comunitário de Acção para a Igualdade de Oportunidades entre Mulheres e Homens ( ) – Reforço da estratégia da integração da perspectiva de género (mainstreaming), Combate aos estereótipos sexistas Comunicação da Comissão Europeia – Educação e Formação: especificação da adopção da estratégia de mainstreaming (Fevereiro de 1996) Programas Comunitários no âmbito da Educação e Formação: SÓCRATES, JEUNESSE POUR L’EUROPE e LEONARDO DA VINCI: Igualdade de oportunidades e dimensão de género entre as prioridades (Pinto, 2000) Artemisa Coimbra (2007)

8 As questões de género na aula
Lei de Bases do Sistema Educativo art.º 3º, alínea j): “O sistema educativo organiza-se de forma a assegurar a igualdade de oportunidades para ambos os sexos, nomeadamente através de práticas de coeducação e de orientação escolar e profissional, e sensibilizar, para o efeito, o conjunto dos intervenientes no processo educativo.” Artemisa Coimbra (2007)

9 As questões de género na aula
1º nível - Consignação da Igualdade de Oportunidades em educação nas Leis Gerais (Constituições e Leis Gerais de Educação): verifica-se em todos os países da União Europeia; em Portugal, mais especificamente, nos art.os 43º, 73º e 74º da Constituição da República Portuguesa e no artº 3º, alínea j) da Lei de Bases do Sistema Educativo 2º nível – Promoção da Igualdade de Oportunidades em educação através de documentos legais mais explícitos - não se verifica em Portugal Artemisa Coimbra (2007)

10 As questões de género na aula
3º nível – Política de Igualdade de Oportunidades em educação mais consistente através de medidas de operacionalização mais sistemáticas: não se verifica em Portugal Acções sectoriais: Implicação directa dos Ministérios da Educação na implementação da igualdade de oportunidades entre mulheres e homens: não se verifica em Portugal Artemisa Coimbra (2007)

11 As questões de género na aula
SUCESSO CIDADANIA PLENA REALIZAÇÃO PESSOAL Araújo e Henriques, 2000 Artemisa Coimbra (2007)

12 As questões de género na aula
Educação para a igualdade entre os sexos LINGUAGEM CORPO ESTRUTURA CURRICULAR FORMAÇÃO DE DOCENTES Artemisa Coimbra (2007)

13 As questões de género na aula
LINGUAGEM O homem O aluno O professor O cidadão O trabalhador Os pais o masculino como universal Artemisa Coimbra (2007)

14 As questões de género na aula
SEXISMO NA LINGUAGEM Mecanismos linguísticos: conotações derrogativas do feminino, usos do masculino genérico, silenciamento, por padrões sintácticos, de agentes e participantes Atitudes e práticas linguísticas negativas, inclusivamente nas próprias gramáticas Palavras de flexão masculina ou feminina: as palavras masculinas associam-se a significados activos, dominantes e produtivos; as palavras femininas associam-se a traços passivos, receptivos e menores Artemisa Coimbra (2007)

15 As questões de género na aula
Falso neutro: utilização do “masculino genérico” como norma e do feminino como excepção. O universo de referência masculino é sempre “sexuado à partida”, porque “trata-se sempre da cultura do homem, ou dos homens, da ciência do homem, dos valores eternos do homem, etc., etc.” (Barreno, 1985) Artemisa Coimbra (2007)

16 As questões de género na aula
Questões derivadas da relação entre o uso da linguagem e o sexismo A invisibilidade do feminino A interiorização dos valores expressos no uso tradicional da linguagem O acesso das mulheres ao uso público da linguagem As mulheres na pré-história; as mulheres e a ciência; a inteligência das mulheres; as escritoras portuguesas; as investigadoras portuguesas... Trabalha como um homem; portou-se como um homem; maria-rapaz; conversa de mulheres,... O valor das mulheres; o carácter das mulheres; as capacidades das mulheres – o feminino Artemisa Coimbra (2007)

17 As questões de género na aula
“O homem reduziu a mulher a ser nada. Um nada não fala. É, pois, o homem que fala sobre a mulher, pela mulher.” Claude Alzon Artemisa Coimbra (2007)

18 As questões de género na aula
SEXO – característica biológica que diferencia o macho da fêmea para a reprodução. É a referência à determinação biológica de cada indivíduo que implica características cromossómicas, hormonais e morfológicas. GÉNERO – conjunto de normas sociais diferenciadas para cada sexo, elaboradas, portanto, pela sociedade e impostas aos indivíduos, desde que nascem, como modelos de identificação. O género depende de costumes e normas sociais, estatutos e meios culturais, funções desempenhadas em relação à divisão do trabalho, expectativas individuais, familiares e sociais. Artemisa Coimbra (2007)

19 As questões de género na aula
ESTEREOTIPIA – processo pelo qual os indivíduos assumem e interiorizam os modelos sexistas, ou seja, o que o social diz ser próprio do masculino e do feminino. Exemplos: Os homens são fortes, corajosos e inteligentes. As mulheres são frágeis, sensíveis, meigas e belas. Artemisa Coimbra (2007)

20 As questões de género na aula
ESTEREÓTIPOS DE GÉNERO Conjunto de crenças estruturadas acerca dos comportamentos e características particulares do homem e da mulher ESTEREÓTIPOS DE PAPÉIS DE GÉNERO ESTEREÓTIPOS DE TRAÇOS DE GÉNERO Crenças solidamente partilhadas sobre as actividades apropriadas a homens e a mulheres Características psicológicas que se atribuem a homens e a mulheres O QUE OS HOMENS E AS MULHERES DEVEM FAZER O QUE OS HOMENS E AS MULHERES DEVEM SER Artemisa Coimbra (2007)

21 As questões de género na aula
ESTEREÓTIPOS DE GÉNERO Masculinos Estabilidade emocional Dinamismo Agressividade Auto-afirmação Independência Afirmatividade Dominância Instrumentalidade Femininos Instabilidade emocional Passividade Submissão Orientação inter-pessoal Expressividade Orientação para os outros Artemisa Coimbra (2007)

22 As questões de género na aula
A forma como as pessoas pensam que homens e mulheres diferem é mais importante do que a forma como elas realmente diferem. Deaux, 1984 Artemisa Coimbra (2007)

23 As questões de género na aula
Estádios de desenvolvimento dos estereótipos de género Até aos 4 anos – a criança aprende as características associadas a cada género; Dos 4 aos 6 anos - a criança desenvolve associações mais complexas e indirectas da informação que é relevante para o seu próprio género; A partir dos 6 anos - a criança aprende as associações relevantes para o outro género. Martin, Wood & Little (1990) Artemisa Coimbra (2007)

24 As questões de género na aula
CORPO O corpo como mito O corpo como subversão Artemisa Coimbra (2007)

25 As questões de género na aula
O corpo como mito o culto do corpo a eterna juventude o corpo como inimigo o corpo como objecto de consumo afastamento de outras formas corporais de sentir: o tacto, o olfacto, o paladar diferenciação corporal: aumento das zonas eróticas (peito e nádegas nas mulheres), depilação corporal, maquilhagem, cabelo,... Artemisa Coimbra (2007)

26 As questões de género na aula
O corpo como subversão dispor do próprio corpo: o aborto, o direito ao prazer, o amor livre, a participação em modalidades desportivas radicais,... oposição aos modelos vigentes: culturas punk, gótica, rap, cabelo comprido nos rapazes e curto ou rapado nas raparigas, piercings, tatuagens,... Artemisa Coimbra (2007)

27 As questões de género na aula
A aula de Educação Física As características corporais como (des)qualificadores A identidade corporal de cada uma/um Capacidade morfológica ou motora: fonte de reconhecimento e de afirmação versus insatisfação face a si própria/o, ao seu corpo auto-exclusão Artemisa Coimbra (2007)

28 As questões de género na aula
ESTRUTURA CURRICULAR Não permite responder aos desafios da vida Atomização do saber Grande sobrecarga disciplinar Extensa carga horária quotidiana Desmedida extensão de todos os programas Artemisa Coimbra (2007)

29 As questões de género na aula
Perspectiva da UMAR (União de Mulheres Alternativa e Resposta) Temática da igualdade de oportunidades e transversalidade das questões sexo/género: eixos fundamentais da qualidade da co/educação Artemisa Coimbra (2007)

30 As questões de género na aula
Interiorização de modelos Órgãos de gestão Professoras/es; Funcionárias/os Modelos pedagógicos Conteúdos disciplinares Materiais pedagógicos Actividades de enriquecimento curricular Avisos e cartazes informativos ... Artemisa Coimbra (2007)

31 As questões de género na aula
Preparar para a vida: Atender às necessidades quotidianas Saber cuidar das suas roupas Poder tratar de uma criança Poder tratar de pessoas doentes Poder tratar de idosas/os ... Artemisa Coimbra (2007)

32 As questões de género na aula
Conteúdos disciplinares Disciplinas “assépticas” Ocultação dos aspectos da vida considerados privados Temas neutros Nenhuma relevância dada às mulheres e ao/s seu/s contributo/s Artemisa Coimbra (2007)

33 As questões de género na aula
Manuais escolares Exemplos protagonizados por indivíduos do sexo masculino Raparigas ou mulheres relacionadas com situações de fragilidade, de dependência, de vida privada Masculino e feminino no quadro dos padrões tradicionais Inexistência de imagens de mulheres a exercer profissões não tradicionalmente femininas ou como cientistas, guerreiras, políticas. Artemisa Coimbra (2007)

34 As questões de género na aula
FORMAÇÃO DE DOCENTES Os/as docentes têm um papel fundamental a desempenhar para alcançar a igualdade de oportunidades em educação; Na formação inicial e contínua de professores/as, existe a necessidade de promover uma maior consciência por parte destes/as últimos/as da igualdade de oportunidades em matéria de educação, melhorando, simultaneamente, as suas capacidades para atingir esse objectivo; A formação de formadores/as de professores/as nos Estados-membros em matéria de questões relacionadas com a igualdade de oportunidades no ensino deve constituir uma área prioritária, como forma de alcançar os melhores resultados com os recursos disponíveis. Conselho dos Ministros da Educação, 31 de Maio de 1990 Artemisa Coimbra (2007)

35 As questões de género na aula
Parâmetros de intervenção Consciencialização pessoal do problema; Explicitação e debate em torno dele; Definição clara de projectos de intervenção; Constituição de redes de comunicação. Artemisa Coimbra (2007)

36 As questões de género na aula
Consciencializar-se do problema Interacção nas turmas Apresentação dos conteúdos Expectativas Como se dirige aos rapazes e às raparigas Que linguagem usa O que é para si um bom aluno e uma boa aluna Os exemplos que dá como fazem aparecer as mulheres O que é que critica de forma negativa nos rapazes e nas raparigas Como define um comportamento correcto num rapaz e numa rapariga De quantas mulheres importantes fala na/s aula/s O que é que elogia nos alunos e nas alunas Para si, que profissões podem ser desempenhadas por homens e mulheres Como e quando surge o feminino dentro das minhas aulas? A quem faz mais perguntas explicitamente Artemisa Coimbra (2007)

37 As questões de género na aula
“ Alguns professores pensam que só os rapazes podem conseguir empregos em certos sectores. Por exemplo, no que diz respeito à matemática, só os rapazes podem ter sucesso nas disciplinas de carácter científico. Isto não é dito explicitamente, mas subentende-se. O modo de avaliação dos alunos dá-nos sinais nesse sentido. Um trabalho desenvolvido da mesma forma por um rapaz e por uma rapariga é avaliado de duas formas diferentes. O facto de um rapaz ter conseguido resolver um problema difícil não é factor de admiração para um professor, ao contrário do que acontece com uma rapariga. Os professores julgam os homens mais adequados às matérias científicas por terem uma tendência natural para essa área. Vivemos ainda uma concepção um pouco medieval: a de que a mulher se deve dedicar ao estudo das letras.” Testemunho de uma jovem italiana Artemisa Coimbra (2007)

38 As questões de género na aula
Explicitar/Debater/Projectar/Divulgar Falar da igualdade de oportunidades quer com as turmas quer com as/os colegas docentes; Criar grupos de reflexão; Utilizar diversos recursos documentais, nacionais ou internacionais, para debater as questões de uma educação para a igualdade entre os sexos; Ter em conta os interesses das pessoas envolvidas, a cultura dos estabelecimentos de ensino e os recursos disponíveis(educação das atitudes, organização do agrupamento, espaço da aula); Criar redes de professoras/es, de estabelecimentos de ensino, para divulgação de experiências. Artemisa Coimbra (2007)

39 As questões de género na aula
CONSTRUÇÃO DE UMA EDUCAÇÃO PARA A PAZ E PARA A CIDADANIA PLENA COEDUCAÇÃO IGUALDADE DE OPORTUNIDADES DIALÉCTICA ENTRE: IDENTIDADE / DIFERENÇA MESMIDADE / ALTERIDADE INTERNALIZAR A PERSPECTIVA DE GÉNERO Artemisa Coimbra (2007)

40 As questões de género na aula
Referências bibliográficas Araújo, Helena C. e Henriques, Fernanda (2000), “Política para a Igualdade entre os sexos em Educação em Portugal – Uma aparência de realidade”, em Teresa Tavares e Virgínia Ferreira (orgs.), Ex æquo, nº 2/3, Oeiras: APEM - Celta Editora, pp Coimbra, Artemisa (2005) Um olhar sobre a coeducação em Portugal, Foro Social Ibérico por la Educación: ¿Qué Educación para que Sociedad?, Córdova Henriques, Fernanda (1994), Igualdades e diferenças-Propostas pedagógicas, Porto: Porto Editora Macedo, A.G. e Amaral, A.L. (orgs.), Dicionário da Crítica Feminista, Porto: Edições Afrontamento Neto, António et al. (1999), Estereótipos de Género, Cadernos Coeducação, Lisboa: CIDM Pedagogia para a igualdade – uma escola não sexista (1999), Porto: Profedições Pinto, Teresa (2000), “Igualdade na educação: contribuição para um balanço da situação portuguesa no contexto europeu”, em Teresa Tavares e Virgínia Ferreira (orgs.), Ex æquo, nº 2/3, Oeiras: APEM - Celta Editora, pp Tarizzo, Gisela B. e Marchi, Diana de (1999), Orientação e identidade de género: a relação pedagógica, Cadernos Coeducação, Lisboa: CIDM Trigueros, Teresa (1999), Identidade e género na prática educativa, Cadernos Coeducação, Lisboa: CIDM Artemisa Coimbra (2007)

41 União de Mulheres Alternativa e Resposta
Rua Formosa, 433-3º andar Porto Tel.: Artemisa Coimbra (2007)


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