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Riscos Biológicos.

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Apresentação em tema: "Riscos Biológicos."— Transcrição da apresentação:

1 Riscos Biológicos

2 Definição de risco biológico Identificação de fontes de exposição
Avaliação qualitativa 25/03/2017

3 Risco Biológico nas NRs
NR 9: agentes biológicos nos ambientes de trabalho que são capazes de causar danos à saúde do trabalhador, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição NR 32: risco biológico é a probabilidade de exposição ocupacional a agentes biológicos 25/03/2017

4 O Risco Biológico 2 fatores a definir
O que são agentes biológicos capazes de danos? Qual a probabilidade da exposição ocupacional? O risco biológico, conforme definido na NR 32, é a probabilidade de exposição ocupacional a agentes biológicos. Então, para definir o risco biológico, teremos que analisar os dois fatores: qual a probabilidade da exposição ocupacional e o que são agentes biológicos. Vou iniciar pelos agentes biológicos. 25/03/2017

5 1º – Agentes Biológicos São seres vivos ou suas partes com potencial de causar danos à saúde humana Tipos de danos: infecções: micobactérias parasitoses: esquistossomo, tripanossomo intoxicação: toxina botulínica, venenos de cobras alergias: pólen, fungos, fezes de ácaros doenças autoimunes: estreptococo do grupo A carcinogênicos: HPV, vírus das hepatites B e C teratogênicos: rubéola Os agentes biológicos poderiam ser considerados como os seres vivos ou partes deles derivadas que podem vir a causar danos à saúde humana. Para isso, o agente deverá penetrar o organismo após exposição. As conseqüências da exposição a agentes biológicos para a saúde do trabalhador incluem quadros de infecção aguda e crônica, parasitoses e reações alérgicas e tóxicas aos agentes. As infecções podem ser causadas por bactérias, vírus, riquétsias, clamídias e fungos. As parasitoses são causadas por protozoários, helmintos (vermes) e artrópodes (por exemplo, piolhos). Algumas dessas doenças infecciosas e parasitárias são transmitidas por animais que atuam como hospedeiros intermediários e fontes de exposição. Diversas plantas e animais produzem substâncias alergênicas, irritativas e tóxicas com as quais os trabalhadores entram em contato, como pêlos, pólen, esporos de fungos e bactérias, fungos, ou por picadas e mordeduras. O câncer não é considerado uma doença transmissível, como um resfriado ou uma infecção na pele; entretanto, novas pesquisas têm demonstrado cada vez mais que infecções com determinados tipos de vírus podem ter um papel importante no surgimento e desenvolvimento do câncer. Mais de uma dúzia de diferentes tipos de vírus já foram ligados às várias formas do câncer. Muitas vezes a presença de um vírus específico aumenta o risco do surgimento do câncer, ou acelera o seu desenvolvimento. Por exemplo, o vírus do HIV, causador da AIDS, afeta o sistema de defesa do organismo e torna os pacientes infectados mais propensos ao surgimento de uma variedade de cânceres. Sabe-se hoje que em torno de 15% dos tumores que afetam humanos são causados por vírus. Em nosso meio, alguns dos tumores mais prevalentes estão etiologicamente ligados a vírus, como o câncer do colo do útero e os papilomavírus humanos (HPV), o hepatocarcinoma celular e os vírus da hepatite (HBV, HCV), os linfomas e o vírus Epstein-Barr (EBV). Aparentemente, também bactérias são capazes de causar câncer. Elas conseguiriam isso por dois mecanismos: indução da inflamação e produção de compostos mutagênicos. O primeiro é melhor exemplificado pela Helicobacter pylori e o câncer gástrico. Já o câncer de cólon poderia se encaixar melhor no segundo mecanismo, com uma possível correlação com a presença de Citrobacter sp. ou Clostridium sp. 25/03/2017

6 Dano após Exposição Variáveis relativas ao indivíduo
Variáveis relativas ao agente A presença de microrganismos em nosso corpo não significa que obrigatoriamente desenvolveremos doenças, muito ao contrário. Como exemplo, temos a contribuição positiva dessas populações para a proteção de nossa pele e mucosas contra a invasão de outros germes mais nocivos e também para a obtenção de nutrientes necessários à nossa saúde, como a vitamina K. As principais atividades nocivas são as de parasitismo e de infecção. Normalmente, o homem (hospedeiro) e muitos microrganismos (parasitas) convivem em pleno equilíbrio. A quebra desta relação harmoniosa poderá causar doença. É difícil atribuir a causa a apenas um elemento no caso de qualquer doença, pois a saúde humana é influenciada não apenas por fatores específicos, mas pela interação entre eles. A forma como a doença se desenvolve e os sintomas associados sempre têm múltiplas causas. Contudo, o resultado final da doença pode ser muito mais influenciado pelas variáveis relativas ao agente, quando estas tiverem um peso significativo. Um exemplo é a raiva, cujo resultado final é a morte de quase 100% dos afetados. O dano individual após exposição a um determinado agente biológico pode variar muito, desde nenhum até a morte. As variáveis relativas ao agente incluem: patogenicidade e virulência; produção de toxinas; persistência, sobrevivência e multiplicação no ambiente; velocidade de multiplicação; transmissibilidade: capacidade do agente penetrar e se multiplicar no novo hospedeiro a partir de diferentes portas de entrada; capacidade de mutar, recombinar e se adaptar: aquisição de resistência a fármacos, aumento na virulência, etc. A intensidade do dano também é influenciada pelos fatores individuais da pessoa exposta, que podem incluir: características gerais: idade e sexo; características familiares: estado civil, idade dos pais, dimensão da família, posição na ordem de nascimento, privação dos pais, de um ou de ambos, e morbidade familiar por causas específicas; características étnicas: raça, cultura, religião, grupo étnico e lugar de nascimento; nível socioeconômico: ocupação, renda, nível de instrução, tipo e zona de residência, valor da taxa de IPTU e sinais exteriores de riqueza; ocorrências durante a vida intrauterina e ao nascer: idade materna, número de fetos gestados (único ou gemelar), características e ocorrências durante o parto, condições físicas da mãe e ocorrências vividas durante a gestação; características endógenas: constituição física, resistência individual, estado fisiológico, estado de nutrição, doenças intercorrentes e tipo de comportamento; ocorrências acidentais: ocorrências estressantes, doenças e acidentes sofridos; hábitos e atividades: atividades ocupacionais, medicamentos utilizados com certa constância, uso e abuso de inseticidas domésticos e agrícolas e abuso de drogas permitidas (álcool, fumo, medicamentos), uso e abuso de drogas ilícitas, tipo de comportamento alimentar, atividade física e lazer. Esquema inspirado em apresentação de Donna Mergler (Guatemala, 2001) Fonte: Minayo, M.C.S. (2006) Saúde e ambiente: uma relação necessária. In: Campos, G.W.S. et al. (orgs.) Tratado de Saúde coletiva, São Paulo: Hucitec, 871 p. 25/03/2017

7 Dano após Exposição Fonte: Pirofski LA, Casadevall A. The meaning of microbial exposure, infection, colonisation, and disease in clinical practice. Lancet Infect Dis 2002; 2:628–35 25/03/2017

8 Dano após Exposição Dano é definido em função da relação do patógeno com o organismo não é inerente ao microrganismo (patógeno): NR 9 “estritos”: causam dano na maior parte dos expostos normalmente de transmissão pessoa-a-pessoa mecanismos de transmissão oportunistas: causam dano em uma fração menor dos expostos expostos com comprometimento do sistema imunológico normalmente de fontes ambientais 25/03/2017

9 Agentes Biológicos – NR 32
Bactérias, fungos, protozoários, vírus, riquétsias, clamídias e parasitas parasitas: vermes, artrópodes – ácaros, pulgas, piolhos Microrganismos geneticamente modificados, culturas de células de organismos multicelulares Substâncias ou produtos de origem biológica: toxinas, enzimas, príons, etc Qual o nível de informação necessário sobre a identidade dos agentes biológicos? O primeiro nível é aquele em que as informações existentes sobre os agentes orientam as ações de prevenção, de correção e o tratamento médico. Essas informações, amplamente documentadas e conhecidas, possibilitam que a suspeita da presença de um determinado agente inicie uma série de ações, dependentes da situação. Por exemplo: ao se observar a presença de roedores em um local de trabalho e sabendo-se (a partir da informação disponível) que eles podem ser portadores de Leptospira, devem-se tomar medidas para sua eliminação, mesmo desconhecendo se há algum agente (Leptospira) presente e sua identidade. Esse tipo de ação pode ser tomada antes que ocorra qualquer caso de doença entre os trabalhadores. Assim, podem-se elencar todos os agentes prováveis em cada local de trabalho a partir das características e condições ambientais deste local. Nesses casos, a informação sobre a identidade dos agentes está sendo usada, porém apenas de forma indireta, já que a quantidade de informação disponível sobre os agentes permite essa extrapolação. Em um nível seguinte somam-se os dados obtidos de investigações de casos às informações já disponíveis. Assim, ao se constatar a ocorrência de uma doença causada por um agente biológico, busca-se identificar qual é por meio dos sinais e sintomas e outras informações úteis. Ou seja, o objetivo é obter o diagnóstico da doença. A identificação preliminar ou presuntiva de cada agente envolvido também é muito útil para esse diagnóstico, sendo mais simples e mais rápida de executar que uma identificação completa. Para a identificação presuntiva são necessários conhecimento e cuidados para identificar e isolar as espécies relevantes, distinguindo-as da microbiota normal. Um outro ensaio muito importante é o antibiograma, que permite verificar a quais antiobióticos o microrganismo é mais suscetível, informação muito importante para a definição de um tratamento. O próximo nível de informação agrega também a identificação completa de um microrganismo, por vezes incluindo até a determinação da cepa. Identificar e caracterizar bem o microrganismo envolvido é recomendável e desejável em situações de surtos, quando deve ser realizada uma investigação epidemiológica com o objetivo primordial de estabelecer a velocidade, a forma e a origem da transmissão. A identificação dos microrganismos suspeitos, pelo menos no nível de espécie, contribui para a caracterização da transmissão e esclarecimento do surto. Ainda mais importante, a identificação incompleta ou incorreta pode obscurecer problemas reais e tornar impossíveis investigações epidemiológicas retrospectivas. 25/03/2017

10 Potencial de Dano Não é inerente ao patógeno
características do microrganismo são pouco informativas Resultado da interação patógeno-hospedeiro dados epidemiológicos é que dão melhor indicação do potencial de dano 25/03/2017

11 Classificação dos Agentes
Classe de Risco Risco individual Risco à coletividade Profilaxia ou tratamento 1 baixo não se aplica 2 moderado existem 3 elevado para alguns 4 não existem ainda A tabela apresenta a classificação dos agentes conforme o risco estimado. Os critérios para definir as classes de risco são: a gravidade da doença, a capacidade de disseminação do agente e a existência de tratamento ou profilaxia eficazes. Outros aspectos incluem a estabilidade do agente, sua endemicidade, modo ou via de transmissão, as perdas econômicas relacionadas, sua capacidade de se estabelecer e de se manter em uma população. Além disso, em uma coluna à parte há observações sobre possíveis efeitos tóxicos, alergênicos e carcinogênicos. Em essência, a tabela indica por que avaliar os riscos biológicos. É uma forma simples de categorização dos riscos, devendo ser utilizada como apoio para a avaliação dos riscos biológicos. Comparada com as avaliações epidemiológicas e quantitativas do risco biológico, esta abordagem não busca determinar os níveis de doença associados a cada ocorrência de um dado agente. Assim, não há discrepância entre as conclusões e a realidade. Outra vantagem desta abordagem é que as soluções para minimizar os riscos serão categorizadas automaticamente, dirigindo as ações preventivas e corretivas. Por outro lado, a confiança da “opinião dos especialistas” nem sempre produz a resposta correta, pois elas também estão sujeitas a viés e imprecisões como qualquer outra fonte de dados. 25/03/2017

12 Classificação dos Agentes
Exposição com intenção deliberada: manipulação direta do agente biológico como objeto principal do trabalho p.ex., cultivo de microrganismos nível de contenção correspondente, no mínimo, ao da maior classe de risco dentre os agentes presentes Exposição sem intenção deliberada: manipulação indireta do agente biológico, pois este não é o objeto principal do trabalho p.ex., manipulação de amostras biológicas medidas e procedimentos de proteção e prevenção definidos após avaliação do risco biológico 25/03/2017

13 Classificação dos Agentes
Classificações existentes são voltadas à saúde pública Pode-se adaptar da seguinte forma: Classe 1: risco individual quase inexistente Classes 2 e 3: risco individual variando de baixo a alto analisar caso a caso, considerando patogenicidade, virulência e possibilidade de deixar seqüelas Classe 4: risco individual e coletivo muito altos tratar como situação emergencial, com medidas rápidas e imediatas, como se fosse uma atmosfera IPVS 25/03/2017

14 Limites de Exposição? Interação negativa
desequilíbrio na relação entre o agente biológico e o organismo exposto – deixa rastros: biomarcadores Únicos biomarcadores de exposição para patógenos: sorológicos limitação: resposta imunológica a infecções bacterianas e parasitárias é limitada, temporária e inespecífica sorologias boas na determinação de infecções virais Outros biomarcadores, como a contagem de subpopulação de leucócitos ou a produção de óxidos de nitrogênio nos pulmões são possíveis testes insuficientes para seres humanos 25/03/2017

15 2º – Probabilidade da Exposição
Exposição ocupacional – ambiente de trabalho com maior probabilidade de exposição que outros agentes biológicos são disseminados nos vários ambientes Por um aumento na presença dos agentes mais fontes de exposição: principalmente pacientes capacidade de propagação Porque as vias de exposição estão presentes via adicional: perfurocortantes Normalmente, agentes biológicos estão disseminados em vários ambientes e não estão presentes exclusivamente no ambiente de trabalho. Assim, é possível contrair gripe na rua ou dentro de um hospital, ao contrário de uma leucopenia por exposição ao benzeno, exposição essa que se dá somente em circunstâncias específicas e restritas. Em serviços de saúde, o risco biológico torna-se ocupacional quando o ambiente de trabalho ou as atividades laborais oferecem maior probabilidade de exposição que outros ambientes ou atividades. Isso se dá por dois motivos: pela maior diversidade de agentes, presentes também em maiores quantidades: trazidos principalmente por pacientes, podem se disseminar para o ambiente (ar, água) e continuarem se propagando. Um exemplo pode ser a maior probabilidade de um profissional da saúde encontrar tuberculosos em seu serviço que em outros ambientes que freqüenta, tornando esse risco ocupacional. porque as vias de exposição estão presentes: por exemplo, se um paciente com conjuntivite coçar os olhos e cumprimentar um profissional de saúde, este pode contrair a doença se vier a coçar seus próprios olhos; no entanto, se não levar as mãos aos olhos e higienizá-las adequadamente, a via de exposição deixa de existir. Em serviços de saúde há uma via de exposição adicional àquelas que são comumente consideradas ocupacionais: a inoculação por perfurocortantes. Então, um acidente com um perfurocortante torna possível, por exemplo, contrair doença de Chagas a partir de um paciente, mesmo na ausência do vetor (barbeiro), o que faz com que esse risco também seja considerado ocupacional. 25/03/2017

16 Maior probabilidade - HBV
Estudos epidemiológicos: NTEP 25/03/2017

17 Exposição na Cadeia de Infecção
25/03/2017

18 Definindo Exposição A exposição é o momento em que a fonte de exposição entra em contato com a porta de entrada do trabalhador agente passa através da via de transmissão: mecanismo da exposição fonte de exposição reservatórios, com portas de saída fontes ambientais 25/03/2017

19 Como Estimar a Probabilidade
Levantar as fontes, não os agentes: inviável determinar previamente a presença do agente biológico presumir a presença dos agentes nas fontes quais são as fontes de exposição e onde se localizam outras pessoas, como pacientes fontes ambientais: superfícies, perfurocortantes, vetores, água, alimentos, ar... A exposição ocupacional aos agentes biológicos em serviços de saúde é não-deliberada na maioria das situações. Por isso, pode-se considerar que o risco biológico estará presente com uma certa freqüência, porém de forma previamente indeterminada. Em maior detalhe, quando o trabalhador manuseia um quimioterápico para aplicação em um paciente, a presença do agente químico – o quimioterápico – é bem definida, sendo conhecidas sua fórmula, concentração, localização exata, etc. Não se espera encontrar concentrações significativas de quimioterápicos na recepção do hospital, por exemplo. O conhecimento prévio sobre essa presença permite a restrição das ações de prevenção e controle às áreas onde está presente e aos trabalhadores que o manuseiam. Por outro lado, diversos agentes biológicos encontram-se disseminados no ambiente, podendo ser encontrados nos mais diversos lugares e situações: no organismo do paciente, no ar respirado na cozinha, nas mãos do médico, nos sofás ou cadeiras da recepção... Assim, não é possível determinar previamente quais são, quantos são e onde estão os agentes biológicos presentes em um serviço de saúde; ao contrário de um quimioterápico, normalmente eles não vêm envasados e rotulados. Essa incerteza sobre a presença do agente biológico obriga a uma maior abrangência das medidas de prevenção e controle, estendendo algumas a todo o ambiente e a todos trabalhadores do serviço de saúde. Uma das dificuldades envolvidas na identificação, caracterização e quantificação de todos agentes biológicos presentes em um dado ambiente é a inexistência, até o momento, de uma metodologia simples, abrangente e plenamente confiável. Os métodos atuais ainda são direcionados e específicos para determinados agentes ou grupos e há certa imprecisão nos resultados quantitativos obtidos, além de serem trabalhosos e relativamente demorados. Além disso, as populações de certos agentes, como bactérias, vírus, e fungos, são dinâmicas e podem aumentar ou diminuir muito nas fontes e reservatórios de exposição. Essas mudanças fazem com que as quantificações sejam úteis apenas para avaliação de períodos de tempo curtos, inviabilizando as previsões para períodos mais longos. Todas essas características atribuem maior peso à verificação das vias de exposição: como não é possível antecipar se o agente está presente ou não, e em qual quantidade, é necessário assumir que qualquer via de exposição poderá transmitir algum agente biológico a qualquer momento. 25/03/2017

20 Como Estimar a Probabilidade
Verificar detalhadamente quais são as vias de exposição e onde estão presentes assumir a presença do agente nas vias de exposição por isso, observar em detalhes onde e como são realizadas as atividades laborais de cada função A exposição ocupacional aos agentes biológicos em serviços de saúde é não-deliberada na maioria das situações. Por isso, pode-se considerar que o risco biológico estará presente com uma certa freqüência, porém de forma previamente indeterminada. Em maior detalhe, quando o trabalhador manuseia um quimioterápico para aplicação em um paciente, a presença do agente químico – o quimioterápico – é bem definida, sendo conhecidas sua fórmula, concentração, localização exata, etc. Não se espera encontrar concentrações significativas de quimioterápicos na recepção do hospital, por exemplo. O conhecimento prévio sobre essa presença permite a restrição das ações de prevenção e controle às áreas onde está presente e aos trabalhadores que o manuseiam. Por outro lado, diversos agentes biológicos encontram-se disseminados no ambiente, podendo ser encontrados nos mais diversos lugares e situações: no organismo do paciente, no ar respirado na cozinha, nas mãos do médico, nos sofás ou cadeiras da recepção... Assim, não é possível determinar previamente quais são, quantos são e onde estão os agentes biológicos presentes em um serviço de saúde; ao contrário de um quimioterápico, normalmente eles não vêm envasados e rotulados. Essa incerteza sobre a presença do agente biológico obriga a uma maior abrangência das medidas de prevenção e controle, estendendo algumas a todo o ambiente e a todos trabalhadores do serviço de saúde. Uma das dificuldades envolvidas na identificação, caracterização e quantificação de todos agentes biológicos presentes em um dado ambiente é a inexistência, até o momento, de uma metodologia simples, abrangente e plenamente confiável. Os métodos atuais ainda são direcionados e específicos para determinados agentes ou grupos e há certa imprecisão nos resultados quantitativos obtidos, além de serem trabalhosos e relativamente demorados. Além disso, as populações de certos agentes, como bactérias, vírus, e fungos, são dinâmicas e podem aumentar ou diminuir muito nas fontes e reservatórios de exposição. Essas mudanças fazem com que as quantificações sejam úteis apenas para avaliação de períodos de tempo curtos, inviabilizando as previsões para períodos mais longos. Todas essas características atribuem maior peso à verificação das vias de exposição: como não é possível antecipar se o agente está presente ou não, e em qual quantidade, é necessário assumir que qualquer via de exposição poderá transmitir algum agente biológico a qualquer momento. 25/03/2017

21 Risco Biológico na Prática
Levantar as doenças transmissíveis presentes a partir de dados epidemiológicos Levantar as fontes de exposição presentes Observar situações em que possa ocorrer contato entre a fonte de exposição e o trabalhador Observar se não há barreira que bloqueie a via de transmissão 25/03/2017

22 Avaliação – PPRA na NR 32 Identificação e caracterização do risco biológico, considerando: doenças mais prováveis no serviço (item e) fontes (pacientes e ambientais) comprovadas e possíveis (depende do item e) Só então apontar os agentes presumidos mais prováveis - correspondentes aos que causam as doenças mais prováveis Os agentes biológicos reconhecidamente patogênicos são identificados por meio de dados epidemiológicos ou outros que os relacionem e sua fonte à doença. Assim, a ocorrência de alguma doença causada por um agente biológico conhecido já indica qual é o agente envolvido e suas características, inclusive dando uma idéia de seu potencial de dano, muitas vezes tornando desnecessária uma identificação e caracterização mais aprofundadas desse agente. A suposição de quais doenças são mais prováveis no serviço já forneceria uma lista dos agentes mais prováveis. A caracterização da exposição envolve determinar o tamanho e as características da população ou pessoas expostas a cada agente biológico identificado, determinando também as vias de transmissão e portas de entrada envolvidas, quantidade de agentes presentes e duração da exposição. Em nível individual, essa caracterização trata da estimativa do número ou quantidade do agente presente em portas de entradas específicas da pessoa exposta. Uma das dificuldades existentes em relação às etapas da caracterização da exposição é a determinação da quantidade de agentes presentes, pois os métodos de quantificação atuais são limitados e não muito confiáveis. A avaliação do risco associado aos agentes biológicos depende das considerações e informações derivadas da identificação do agente, de sua caracterização e de todos passos envolvidos na caracterização da exposição. A avaliação de risco resulta em uma estimativa qualitativa ou quantitativa da capacidade de um agente particular causar danos em uma população específica. Ainda não foi determinado se a abordagem quantitativa é possível ou apropriada para a caracterização do risco associado a agentes biológicos. Assim, por exclusão, a abordagem qualitativa resta como única alternativa. Nesta abordagem, os dados quantitativos usados para os modelos de dose-efeito e dose-resposta e para a avaliação matemática do risco são substituídos usualmente por categorias ou faixas de risco, definidas a partir da experiência de especialistas e compreendendo: a probabilidade de transmissão, a gravidade do dano (por porta de entrada) e o número de pessoas que podem ser afetadas. 25/03/2017

23 Avaliação – PPRA na NR 32 Descrição dos agentes presumidos
vias de exposição (transmissão) persistência estimativa da gravidade do dano (patogenicidade, virulência) Anexo II (tabela) pode ser usada como orientador, como guia Dados já conhecidos sobre doenças e agentes etiológicos: CCIHs, literatura, etc 25/03/2017

24 Avaliação do Risco Biológico
Identificação e caracterização do agente: levantamento das doenças mais prováveis no serviço identificar e localizar as fontes comprovadas e as possíveis Caracterização da exposição: por fonte identificada como são transmitidos e penetram a pessoa exposta quantos agentes (difícil determinar) Avaliação do risco qualitativa: gravidade do dano (tabela), caracterização da exposição, número de pessoas que podem ser afetadas Os agentes biológicos reconhecidamente patogênicos são identificados por meio de dados epidemiológicos ou outros que os relacionem e sua fonte à doença. Assim, a ocorrência de alguma doença causada por um agente biológico conhecido já indica qual é o agente envolvido e suas características, inclusive dando uma idéia de seu potencial de dano, muitas vezes tornando desnecessária uma identificação e caracterização mais aprofundadas desse agente. A suposição de quais doenças são mais prováveis no serviço já forneceria uma lista dos agentes mais prováveis. A caracterização da exposição envolve determinar o tamanho e as características da população ou pessoas expostas a cada agente biológico identificado, determinando também as vias de transmissão e portas de entrada envolvidas, quantidade de agentes presentes e duração da exposição. Em nível individual, essa caracterização trata da estimativa do número ou quantidade do agente presente em portas de entradas específicas da pessoa exposta. Uma das dificuldades existentes em relação às etapas da caracterização da exposição é a determinação da quantidade de agentes presentes, pois os métodos de quantificação atuais são limitados e não muito confiáveis. A avaliação do risco associado aos agentes biológicos depende das considerações e informações derivadas da identificação do agente, de sua caracterização e de todos passos envolvidos na caracterização da exposição. A avaliação de risco resulta em uma estimativa qualitativa ou quantitativa da capacidade de um agente particular causar danos em uma população específica. Ainda não foi determinado se a abordagem quantitativa é possível ou apropriada para a caracterização do risco associado a agentes biológicos. Assim, por exclusão, a abordagem qualitativa resta como única alternativa. Nesta abordagem, os dados quantitativos usados para os modelos de dose-efeito e dose-resposta e para a avaliação matemática do risco são substituídos usualmente por categorias ou faixas de risco, definidas a partir da experiência de especialistas e compreendendo: a probabilidade de transmissão, a gravidade do dano (por porta de entrada) e o número de pessoas que podem ser afetadas. 25/03/2017

25 Avaliação – PPRA na NR 32 Guideline for Isolation Precautions:
25/03/2017

26 Vigilância Epidemiológica
Obter taxas acerca da realidade epidemiológica usar definições padrão de infecção usar dados laboratoriais, quando disponíveis Identificar surtos antes da disseminação Avaliar eficácia e efetividade das medidas de prevenção e proteção Determinar áreas, situações e serviços que merecem atenção especial 25/03/2017

27 Vigilância Epidemiológica
Coletar variáveis epidemiologicamente significativas localização das fontes, fatores de risco específicos, condições que predispõem a efeitos adversos graves Analisar dados para identificar tendências de aumento ou diminuição Avaliar fatores possivelmente associados à variação do evento estudado Divulgação de informações pertinentes 25/03/2017

28 Fontes e Reservatórios
Fonte de exposição: pessoa, animal, objeto ou substância dos quais um agente biológico passa a uma pessoa (hospedeiro) ou a reservatórios ambientais. A fonte é o local onde o agente se aloja e é transportado. Reservatório: pessoa, animal, objeto ou substância, em que um agente biológico pode persistir, manter sua viabilidade e poder de dano, ou crescer e multiplicar-se, de modo a poder ser transmitido a um hospedeiro. pessoas, pacientes, amostras para diagnóstico animais (inclusive vetores) e seus derivados plantas e seus derivados microrganismos e seus derivados ar, água, solo, mobília, edificação objetos, equipamentos e instrumentos: agulhas, facas, roupas, copos, óculos, anéis, condicionador de ar resíduos produtos ou materiais biológicos 25/03/2017

29 Fontes e reservatórios
Fontes ambientais – surto por fonte única sempre que houver material orgânico resíduos, superfícies sujas, alimentos, objetos sujos, dejetos... sempre que houver água fontes de água: caixas d’água, poços, poças de água no chão, vasos sanitários, bandeja do condicionador de ar, caldeiras, torres de resfriamento... sempre que houver umidade paredes úmidas, aerossóis no ar sempre que houver um veículo contaminado qualquer objeto, perfurocortantes... 25/03/2017

30 Fontes e reservatórios
Fontes não ambientais – surto por fonte propagada sempre que houver outras pessoas transmitindo sintomáticas ou assintomáticas mãos, fala, espirro, tosse... sempre que houver vetores transmitindo ratos, baratas, mosquitos... 25/03/2017

31 Como se comportam os surtos
25/03/2017

32 Transmissão e Portas de Entrada
Via de transmissão Porta de entrada Contato direto Pele, mucosas, oral, olhos - Por gotículas Aparelho respiratório, oral, olhos - Transmissão por aerossóis Aparelho respiratório Contato indireto Pele, mucosas, oral, olhos, parenteral Cutânea: contato direto com a pele Percutânea: através da pele Parenteral: por inoculação intravenosa, intramuscular, subcutânea Pelas mucosas Pelos olhos Respiratória: por inalação ou aspiração Oral: por ingestão 25/03/2017

33 Transmissão em Serviços de Saúde
Contato direto: ao virar o paciente, dar banho, outros procedimentos de cuidados ao paciente, respiração boca-a-boca por gotículas: quando o paciente tosse, espirra, fala, nos procedimentos de sucção, entubação endotraqueal ou broncoscopia transmissão aérea: ao respirar o ar contendo bioaerossóis Contato indireto: mãos, perfurocortantes, luvas, roupas, roupas de cama, instrumentos, vetores, água, alimentos, superfícies bioaerossóis são ou partículas microscópicas formadas pela evaporação das gotículas (de tamanho igual ou menor que 5 µm) ou partículas microscópicas de poeira contendo agentes biológicos. Os agentes transportados desta maneira podem se dispersar por amplas áreas pela ação de correntes de ar. Podem alcançar o hospedeiro dentro do mesmo recinto ou até mesmo a grandes distâncias a partir da fonte, dependendo de fatores ambientais 25/03/2017

34 Transmissão por aerossóis
Fungos Bactérias Vírus Aspergillus spp. Mucorales (Rhizopus spp.) Acremonium spp. Fusarium spp. Pseudoallescheria boydii Scedosporium spp. Sporothrix cyanescens Coccidioides immitis Cryptococcus spp. Histoplasma capsulatum Pneumocystis carinii Mycobacterium tuberculosis Mycobacterium leprae (?) Acinetobacter spp. Bacillus spp. (inclusive antraz) Brucella spp. Staphylococcus aureus (pneumonia) Streptococcus pneumoniae (pneumonia) Streptococcus pyogenes (grupo A) Coxiella burnetii (riquetsiose – febre Q) Yersinia pestis Bordetella pertussis (?) Sarampo Varicela (herpesvírus varicela-zóster) Gripe (vírus influenza) Vírus sincicial respiratório (bronquiolite) Adenovírus (conjuntivite) Enterovírus Varíola Hantavírus Vírus Lassa, Marburg, Ebola, Criméia-Congo SARS (coronavírus) (?) Adaptado de: CDC (2001) Draft Guideline for Environmental Infection Control in Healthcare Facilities e Ayliffe G.A.J. et al. (2000) Control of Hospital Infection: A Practical Handbook 25/03/2017

35 Transmissão por gotículas
Bactérias Vírus Corynebacterium diphtheriae (difteria) Meningites bacterianas Bordetella pertussis (coqueluche) Chlamydia psittaci (psitacose) Yersinia pestis Citomegalovírus (mononucleose) Rubéola Meningites virais Paramyxovirus (caxumba ou parotidite) Pneumonias (diversos patógenos) Parvovírus B19 (eritema infeccioso) Poliomielite Vírus sincicial respiratório SARS (coronavírus) Adaptado de: Ayliffe G.A.J. et al. (2000) Control of Hospital Infection: A Practical Handbook 25/03/2017

36 Indireto Parenteral - sangue
Fungos Bactérias Vírus Protozoários Blastomyces dermatitidis (blastomicose) Cryptococcus neoformans (criptococose) Corynebacterium diphtheriae (difteria)* Neisseria gonorrheae (gonorréia) Leptospira spp. (leptospirose) Riquetsioses, incluindo febre maculosa Streptococcus pyogenes Clostridium tetani* HBV (hepatite B)* HCV (hepatite C) HIV (AIDS) Herpes Vírus Ebola Vírus Marburg Arenavírus – vírus da febre Lassa Vírus da febre hemorrágica da Criméia Plasmodium spp. (malária) Toxoplasma gondii (toxoplasmose) * existe vacina, que obrigatoriamente deve ser oferecida aos trabalhadores – item da NR 32 25/03/2017

37 Contato Indireto – Mãos
Bactérias Vírus Doenças gastrointestinais (vários patógenos) Salmonella typhi (febre tifóide) Conjuntivite (vários patógenos) S. aureus S. pyogenes Rotavírus Herpes HAV (hepatite A) HEV (hepatite E) Febres hemorrágicas virais 25/03/2017

38 Contato Indireto – Outros
Intermediário Parasitas Bactérias Vírus Objetos diversos Pediculus humanus (piolho – pediculose) Objetos diversos, roupas Sarcoptes scabiei (sarna – escabiose) Água, alimentos (ingestão) S. typhi Vibrio cholerae Rotavírus Água (cutânea) Leptospira spp. Amblyomma cajennense (carrapato estrela) Rickettsia rickettsii Pulga Yersinia pestis, Rickettsia typhi Mamífero portador Vírus da raiva Mosquito Aedes aegypti Vírus da dengue Mosquitos Vírus da febre amarela 25/03/2017

39 Contato Direto – outros
Parasitas Fungos Bactérias Vírus P. humanus (pediculose) S. scabiei (escabiose) Tinea corporis e outros dermatófitos S. aureus S. pyogenes Herpes HPV 25/03/2017

40 Gotículas e Bioaerossóis
25/03/2017

41 Contato indireto – mãos contaminadas
25/03/2017

42 Contato indireto – perfuração, inoculação
25/03/2017

43 Contato direto 25/03/2017

44 Alguns Agentes e Fontes
S. aureus resistente Pacientes e trabalhadores colonizados, fontes ambientais pouco importantes Legionella pneumophila Sistemas de ar quente e de aquecimento de água (via respiratória) Mycobacterium tuberculosis Pacientes e trabalhadores bacilíferos HBV, HCV e HIV Acidentes com perfurocortantes Coronavírus (síndrome respiratória aguda grave), influenza e vírus sincicial respiratório Pacientes e trabalhadores com infecção (transmissão por secreções respiratórias; coronavírus: também por via fecal-oral provavelmente) Enterovírus incluindo o vírus da hepatite A Alimentos ou água contaminados, trabalhadores Varicela, sarampo e rubéola Pacientes ou trabalhadores Escabiose 25/03/2017

45 Agentes Biológicos no Ar
Padrões Referenciais da Qualidade do Ar em Ambientes Interiores Amostragem de Bioaerossóis em Ambientes Interiores 25/03/2017

46 Possíveis Danos Tipos de danos relacionados
infecções: legionelose, histoplasmose, criptococose, psitacose hipersensibilidade: alergias (atopia) e alveolite alérgica SED: conjunto de sinais e sintomas de vários processos patológicos diferentes, sem causa específica, que estão associados a determinados edifícios 25/03/2017

47 Sintomas Mais Comuns da SED
Dor de cabeça Olhos: irritação, dor, secura, coceira ou constante lacrimejamento Nariz: constipação, coriza ou irritação Garganta: secura, dor ou irritação Tórax: sensação de opressão e dificuldade respiratória Fadiga e letargia: sonolência e debilidade Pele: secura, coceira ou irritação Problemas para manter a concentração no trabalho 25/03/2017

48 VMR de Contaminação Microbiológica
Valor Máximo Recomendável de Contaminação Microbiológica: RE no. 9 de 2003 ≤ 750 ufc/m3 de fungos relação I/E ≤ 1,5 I: quantidade de fungos no interior E: quantidade de fungos no exterior 25/03/2017

49 Principais Fontes em Ambientes Interiores
Bactérias 1. Água parada 2. Torres de resfriamento 3. Componentes de condicionadores de ar 4. Superfícies úmidas e quentes Fungos 1. Ambientes úmidos 2. Materiais porosos orgânicos úmidos, forros, paredes e isolamentos úmidos 3. Ar externo 4. Componentes do condicionador de ar 5. Vasos de terra com plantas Vírus 1. Hospedeiro humano 25/03/2017

50 Principais Fontes em Ambientes Interiores
Protozoários 1. Água parada 2. Componentes de condicionadores de ar sem manutenção Algas 1. Torres de resfriamento 2. Bandejas de condensado (do condicionador de ar) Pólen 1. Ar externo Artrópodes 1. Poeira caseira Outros animais 1. Roedores 2. Morcegos 3. Aves 25/03/2017

51 Contaminação por Microrganismos
Fatores que favorecem a contaminação Existência de nutrientes e acesso fácil a animais Paredes e pisos úmidos e vazamentos de água Umidade relativa do ar alta: acima de 60 – 70% Locais difíceis de limpar e higienizar como carpetes, tapetes, cortinas e outros tecidos Reformas, que liberam os organismos para o ambiente Umidificadores, condicionadores de ar, tubulação onde eles possam crescer: piora sem manutenção e limpeza adequados Aglomeração de pessoas: transmissão de vírus 25/03/2017

52 Circulação dos Bioaerossóis
25/03/2017

53 Silva MA, Rosa JA (2003) Rev Saúde Pública 37 (2): 242-246
132 amostras de poeira de dois hospitais em Presidente Prudente – SP Locais de coleta: UTI, Centro Cirúrgico, Isolamento de Moléstias Infecciosas, Berçário, Emergência e Cozinha Amebas isoladas foram identificadas por morfologia 45,5% amostras positivas para Acanthamoeba ou Naegleria, sendo positivas 41,6% das amostras do hospital universitário e 50% do hospital estadual Amebas de vida livre, potencialmente patogênicas, presentes em todos os ambientes dos dois hospitais, sendo mais freqüentes espécies de Acanthamoeba 25/03/2017

54 Mobin M, Salmito MA (2006) Rev Soc Bras Med Tropical 39 (6): 556-559
Pesquisa de fungos em condicionadores de ar de 10 UTIs em hospitais de Teresina – PI 33 espécies isoladas: identificadas e classificadas por morfologia Aspergillus niger – 60% e Aspergillus fumigatus – 50% Trichoderma koningii – 50% e Aspergillus flavus – 40% Validade da limpeza dos equipamentos vencida em todas as UTIs Quantidade de UFCs ultrapassava o limite da Portaria 176/00 do Ministério da Saúde (750 UFC) Recomendam-se medidas de controle e proteção dos trabalhadores e pacientes, ventilação mais eficiente e limpeza mais freqüente dos condicionadores de ar 25/03/2017

55 Monitoramento Ambiental do Ar
Medidas de bioaerossóis no ambiente de trabalho podem ser feitas para descrever a exposição geral nesses ambientes: medidas exploratórias para exposições a concentrações maiores ou por mais tempo Comparação com a concentração de bioaerossóis fora do ambiente de trabalho Medidas: dependência das condições de trabalho lugar e horário duração frequência 25/03/2017

56 Dimensões de Aerossóis e Bioaerossóis
25/03/2017

57 Monitoramento Ambiental do Ar
Amostradores de ar coletam o particulado com os microrganismos Duração da coleta depende do tipo de bioaerossol ou microrganismo Detecção por meio de métodos de cultivo dos microrganismos Através do cultivo os microrganismos podem ser contados e diferenciados por meios ou condições seletivos 25/03/2017

58 Monitoramento Ambiental do Ar
Endotoxinas também são coletadas em filtros a partir do ar Após extração, podem ser detectadas por um teste cinético usando lisado do amebócito de limulus (teste LAL) atividade da endotoxina é dada em unidades de endotoxina 25/03/2017

59 Amostragem de Bioaerossóis
Norma Técnica 001 da RE 9 da ANVISA Microrganismos indicadores: fungos viáveis Equipamento para amostragem: amostrador de ar por impactação com acelerador linear de 1, 2 ou 6 estágios Periodicidade semestral 25/03/2017

60 Amostrador de Vários Estágios
25/03/2017

61 A Amostragem Taxa de vazão: 23 a 35 L/min, recomendável 28,3 L/min
Tempo de amostragem: 5 a 15 min Vol. mínimo amostrado: 140 L Uma amostra do exterior Várias amostras do interior (tabela na RE 9) Calibração semestral da vazão Impactador de um estágio Suporte para 1,5 m Fonte: Dias JWC. Amostrador de bioaerossóis de um estágio / N6 – manual de operação. Rio de Janeiro: Energética Ind. e Com. Ltda, 2006, 36 p. Bomba de vácuo 25/03/2017

62 A amostragem O ar sugado impactará em placas de Petri colocadas em cada estágio do impactador cada estágio corresponde a um diâmetro de partícula As placas de Petri devem ter meios sólidos de cultivo para fungos (várias espécies) Ágar Extrato de Malte, Ágar Sabouraud Dextrose a 4%, Ágar Batata Dextrose 25/03/2017

63 Cultivo e Análise Cultivo: no mínimo 7 dias a 25ºC
A concentração total de fungos cultiváveis é calculada dividindo-se o número total de colônias observadas na placa pelo volume do ar amostrado o volume de ar é dado pela vazão de amostragem multiplicada pelo tempo decorrido da amostragem o resultado será dado em UFC/m3 25/03/2017

64 Exemplos de Cultivos 25/03/2017

65 Programas para a prevenção de exposições e acidentes
Conceito de precaução Programas para a prevenção de exposições e acidentes Intervenções preventiva e corretiva em ambientes de trabalho 25/03/2017

66 Medidas de precaução e prevenção
Qual a diferença? Prevenção: medidas e atitudes tomadas quando são conhecidos os riscos envolvidos probabilidade de exposição conhecida dano causado também conhecido Precaução: medidas e atitudes tomadas quando existe a certeza de que todos os riscos envolvidos não são totalmente conhecidos Risco biológico: incertezas sobre a probabilidade de exposição e o dano causado – logo, deve-se agir primeiro com precaução 25/03/2017

67 Precaução x Prevenção Ações de precaução
adotadas antes de se ter ideia de qualquer risco de fato existente – basta presumi-lo p.ex. as precauções padrão: para qualquer paciente, independente de doente ou não indicadores de exposição (p.ex. frequencia de acidentes) usados para monitorar a eficácia das medidas de proteção e prevenção já implantadas – e não o inverso, isto é, para planejar e estudar a implantação das primeiras medidas 25/03/2017

68 PPRA e PCMSO integrados
1. Antecipação e reconhecimento - fontes vias de transmissão - Medidas de precaução - Definir prioridades e metas 2. Avaliação - doenças - situações de risco Medidas de prevenção específicas a riscos mais significativos Vigilância de sinais, sintomas e doenças Quimioprofilaxia pós-exposição e tratamento médico 3. Monitoramento da exposição e dos possíveis efeitos 4. Avaliação da eficácia das medidas e ações do programa Registro e divulgação 25/03/2017

69 Controle do Risco Biológico
Antes da exposição PPRA avaliação do risco biológico: qualitativa doenças mais prováveis e agentes presumidos medidas de prevenção: precauções padrão e por via de transmissão PCMSO exames periódicos para doenças mais importantes exames periódicos para doenças mais prováveis vacinação 25/03/2017

70 Controle do Risco Biológico
Depois da exposição PPRA identificação mais precisa do agente medidas de prevenção específicas para evitar disseminação do agente (acidentes) PCMSO profilaxia pós-exposição tratamento condutas frente a eventuais danos permanentes (adaptação e/ou reabilitação) 25/03/2017

71 Controle do Risco Biológico
Baseado em indicadores especialmente os epidemiológicos pacientes e trabalhadores fontes ambientais mas, em alguns casos, também em dados quantitativos: relação mais fraca com a doença monitoramento da eficácia das medidas de prevenção à exposição 25/03/2017

72 Sistema de Gestão Monitoramento e medição do desempenho
Fonte: Prestação de contas Documentação Comunicação Monitoramento e medição do desempenho Vigilância em saúde Participação Infraestrutura e materiais Recursos financeiros Competência e capacitação 25/03/2017

73 Risco Biológico na Gestão
Competência e capacitação riscos e formas de preveni-los mudanças no processo produtivo mudanças nos riscos Participação medidas de prevenção focadas no trabalhador, necessária sua adesão adesão será maior se o ambiente de trabalho for propício (“clima de segurança”, “Magnet Hospitals”) 25/03/2017

74 Risco Biológico na Gestão
Epidemiologia monitoramento e medição de desempenho avaliação do risco biológico acidentes e incidentes quase acidentes adesão dos trabalhadores às medidas de prevenção avaliação das capacitações vigilância em saúde adesão à profilaxia ou ao tratamento status vacinal estado de saúde 25/03/2017

75 Risco Biológico na Gestão
Documentação procedimentos e manuais em português programas Comunicação comunicar acidentes e incidentes importantes às autoridades e aos trabalhadores CATs, SINAN sinalização, avisos Prestação de contas retorno aos trabalhadores sobre as medidas 25/03/2017

76 Pontos Essenciais nos Programas
Identificação das possíveis fontes de exposição levantamento de situações de risco suspeita da presença de doenças transmissíveis no ambiente de trabalho Agir antes das exposições ou acidentes desfecho das doenças nem sempre é conhecido 25/03/2017

77 Controle da Cadeia de Infecção
Serviços de saúde: controles que estão ligados para formar uma cadeia são muito mais efetivos na prevenção de uma cadeia de infecção 25/03/2017

78 Controle da Cadeia de Infecção
Reservatório Intoxicação, Hipersensibilização Fonte Portas de entrada Colonização Infecção Parasitismo Intoxicação Carcinogênese Teratogênese Hipersensibil. Agravo ou doença Transmissão Restrição da disseminação Isolamento e diluição Limpeza e desinfecção Medidas administrativas Barreiras físicas (EPIs) Imunização ativa (vacina) Segregação Tratamento profilático ou profilaxia pós-exposição Imunização ativa (vacina) Imunização passiva Tratamento médico Avaliações clínicas periódicas Exames periódicos Prevenção primária: medidas empregadas no período pré-patogênico, constituído pelas condições e circunstâncias relativas aos agentes biológicos, hospedeiro e ambiente que possibilitam o processo de adoecimento. 1. Medidas para o controle de riscos na fonte e nos reservatórios: medidas que eliminam ou reduzem a utilização ou a presença dos agentes biológicos. 2. Medidas para o controle de riscos na trajetória entre a fonte de exposição e o receptor ou hospedeiro: medidas que previnam ou diminuam a liberação ou disseminação dos agentes biológicos ou que reduzam a concentração desses agentes no ambiente de trabalho. 3. Medidas de proteção individual. Prevenção secundária: medidas empregadas no período patogênico, depois que a exposição já ocorreu mas antes da ocorrência de danos permanentes (incapacitantes). Algumas vacinas, usadas após a exposição: p.ex., a raiva. Imunização passiva: uso de soros – soluções contendo imunoglobulinas ou anticorpos – para bloquear a ação dos agentes biológicos no organismo, prevenindo a colonização, infecção, parasitismo ou dano. Exames médicos periódicos: o objetivo é obter um diagnóstico precoce de alguma doença em curso e impossibitar seu avanço por meio de tratamento. O ideal é parar a doença antes que haja algum dano ou, caso isso não seja possível, impedir danos mais graves. Exames microbiológicos de amostras de pacientes podem ser muito úteis para distinguir entre infecção e colonização. Em amostras de saliva, fezes, secreções vaginais e pele, a presença de bactérias (e muitos fungos) não precisa ser necessariamente interpretada como evidência de doença, a menos que o microrganismo identificado não seja parte da microbiota usual naquele local. Os médicos e profissionais de saúde envolvidos devem aprender a identificar as espécies da microbiota normal e como distingui-las de organismos patogênicos. Tratamento profilático ou profilaxia pós-exposição: terapia para prevenir a instalação da doença após a exposição ao agente ou a recorrência de sintomas de uma doença já existente e que está sob controle. Nesse tipo de terapia podem ser usados, por exemplo, imunoglobulinas ou antibióticos. Tratamento médico: recursos a ser empregados já no franco período clínico, quando a doença já está em fase mais avançada. Não se trata de prevenir a doença propriamente dita, mas diminuir a gravidade dos danos dela decorrentes, buscando obter a recuperação da saúde (cura). Se isso não é possível, o tratamento concentra-se na prevenção de complicações e danos ainda mais sérios e também na redução do período de incapacidade. Prevenção terciária: utilizada no período patogênico após a sobrevinda de danos incapacitantes, visa a obter a recuperação. Recuperação (reabilitação): processos e tratamentos destinados à reabilitação e ao aproveitamento da capacidade remanescente, como reeducação e readaptação para a vida normal. Um exemplo é a cirurgia plástica para restauração facial. Pela descrição dos níveis de prevenção, pode-se notar que o caráter preventivo ou profilático assume seu maior significado principalmente no primeiro nível, assumindo um aspecto curativo e assistencial à medida que se aproxima do último. Tratamento médico Recuperação Avaliações periódicas Reabilitação Identificação e avaliação qualitativa Eliminação, substituição e controle 25/03/2017

79 Hierarquia de medidas de controle
Controle de riscos na fonte Controle de riscos na trajetória Proteção individual Tipos de medidas de controle Eliminação ou substituição Interposição de barreiras: no ambiente ou no indivíduo Procedimentos Outras medidas administrativas 25/03/2017

80 Controle de riscos na fonte
Eliminação, substituição ou controle da fonte e do agente Eliminar todas fontes possíveis – não deixar acumular resíduos e substituir ou eliminar equipamentos, instrumentos, ferramentas e materiais potencialmente contaminados Controle de pragas e vetores e controle de acesso de visitantes e terceiros Afastar temporariamente trabalhadores que possam transmitir doenças a outros trabalhadores nos ambientes de trabalho (bom senso) Em relação a pacientes: eliminar exames, procedimentos e retornos desnecessários 25/03/2017

81 Controle de riscos na trajetória
Prevenção ou diminuição da disseminação do agente no ambiente de trabalho Manter o agente restrito à fonte ou ao seu ambiente imediato: uso de sistemas fechados, uso de recipientes fechados, enclausuramento da fonte, ventilação local exaustora, cabines de segurança biológica, segregação de materiais e resíduos Isolamento ou diluição do agente: ventilação geral diluidora, áreas com pressão negativa, antecâmaras para troca de vestimentas, isolamento de pacientes, estabelecimento de áreas com finalidades específicas 25/03/2017

82 Controle de riscos na trajetória
Prevenção ou diminuição da disseminação do agente no ambiente de trabalho Limpeza, organização, desinfecção e esterilização: instalações, água, alimentos, lavanderia, equipamentos, instrumentos Medidas administrativas Planejar e implantar processos e procedimentos de recepção, manipulação ou transporte de materiais visando a redução da exposição aos agentes Planejar o atendimento e fluxo de pessoas de forma a reduzir a possibilidade de exposição 25/03/2017

83 Proteção individual Capacitação inicial e continuada
Uso dos EPIs adequados: luvas, protetores respiratórios, protetores faciais, óculos Medidas de proteção a trabalhadores mais suscetíveis: grávidas, imunocomprometidos, alérgicos, etc Planejar horários e turnos de forma a minimizar exposição 25/03/2017

84 Proteção individual Higiene das mãos
lavatórios adequados procedimentos adequados: lavagem freqüente, mesmo com luvas Atitudes pessoais e instalações adequadas locais e asseio para refeição, descanso, fumar uso de adornos Vestimentas e calçados: fornecimento, guarda e higienização Vacinação 25/03/2017

85 Manual – ATs com Perfurocortantes
Programa de prevenção alinhado com sistema de gestão Manual de implementação: programa de prevenção de acidentes com materiais perfurocortantes em serviços de saúde 25/03/2017

86 Legislação e Recomendações
Guia Técnico de Riscos Biológicos - NR 32: Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde – RDC 306 ANVISA: e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=13554&word= “Higienização das Mãos em Serviços de Saúde” – ANVISA: Programa de Controle de Infecção Hospitalar – Portaria GM : e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=482&word= Processamento de Artigos e Superfícies em Serviços de Saúde: Regulamento Técnico para projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde - RDC 50/02 ANVISA: e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=11946&word= 25/03/2017

87 Legislação e Recomendações
Regulamento Técnico sobre qualidade do ar em interiores - Portaria 3523 GM MS: e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=295&word= Padrões Referenciais de Qualidade do Ar Interior em Ambientes Climatizados - RE 9 ANVISA: e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=17550&word=qualidade%20ar%20interiores Doenças Relacionadas ao Trabalho - Portaria 1339 MS: dtr2004.saude.gov.br/susdeaz/legislacao/arquivo/Portaria_1339_de_18_11_1999.pdf Imunobiológicos Especiais e suas Indicações: portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/indicacoes_cries.pdf bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/funasa/manual_cries.pdf Recomendações para atendimento e acompanhamento de exposição ocupacional a material biológico - HIV e hepatites B e C: bvsms.saude.gov.br/bvs/aids/publicacoes/manual_acidentes.pdf Arquitetura na Prevenção da Infecção Hospitalar: 25/03/2017

88 Legislação e Recomendações
“Manual de Processamento de Roupas de Serviços de Saúde: Prevenção e Controle de Riscos” – ANVISA: Doenças de notificação compulsória - Portaria 5/06 SVS MS: dtr2004.saude.gov.br/sinanweb/Documentos/notificacao.pdf Procedimentos técnicos para a notificação compulsória de agravos à saúde do trabalhador - Portaria 777 GM: e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=21449&word= “Diretrizes gerais para o trabalho em contenção com material biológico” de 2004 – CBS MS: dtr2001.saude.gov.br/editora/produtos/livros/pdf/04_0408_M.pdf “Diretrizes gerais para o trabalho em contenção com agentes biológicos” de 2006 – CBS MS: bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/06_1155_M.pdf Programa Nacional de Imunizações e Calendários de Vacinação – MS: portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=25806 25/03/2017

89 Para Saber Mais Curso on-line gratuito da NR 32:
Publicações da ANVISA relacionadas: Texto sobre vigilância ambiental e toxicologia: dtr2001.saude.gov.br/editora/produtos/livros/pdf/04_0177_M.pdf Vacinação de trabalhadores – SBIM e ANAMT: 25/03/2017

90 Para Saber Mais MSDS para agentes biológicos:
Classificação de Risco dos Agentes Biológicos: bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/06_1156_M.pdf “Doenças Infecciosas e Parasitárias - Guia de Bolso”: portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/guia_bolso_6ed.pdf “Guia de Vigilância Epidemiológica”: bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/Guia_Vig_Epid_novo2.pdf “NR 32”, publicação do COREN SP: corensp.org.br/072005/banner_rotativo/nr32.pdf 25/03/2017

91 Para Saber Mais Acesso a artigos científicos de diversas publicações, uma boa parte em português: Biblioteca Virtual em Saúde: bvsms.saude.gov.br/html/pt/home.html Manual “Doenças Relacionadas ao Trabalho” da OPAS: 25/03/2017

92 Contato Érica Lui Reinhardt Pesquisadora – Fundacentro
DQI / CHT – 1o. andar – Sala 17 R. Capote Valente, 710 Pinheiros – CEP São Paulo – SP Tel. (011) 25/03/2017


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