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PublicouLorenzo Miranda Alterado mais de 9 anos atrás
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Filosofia da Violência CASDVest 2013
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Parte I: a natureza da violência
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Nietzsche (1844–1900) Parábola das ovelhas e das aves de rapina O uso natural da força não é violento Força é a energia em uso (Hannah Arendt) Violência usa da força, mas nem toda força é violenta “Exigir da força que não se expresse como força (...) é tão absurdo quanto exigir da fraqueza que se expresse como força.” Friedrich Nietzsche, Genealogia da Moral
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(...) a violência não é nem animalesca e nem irracional (...) Hannah Arendt, Da violência Hannah Arendt (1906 – 1975) Violência é característica humana (inverte a ordem natural ou social) Violência é meio para um fim (há inteligência)
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Desumana é a ausência da violência necessária Irracional é redirecionar a violência (perda do senso de finalidade) A violência é antipolítica E possível, indubitavelmente, criar condições que desumanizam o homem – tais como os campos de concentração, a tortura, a fome – porém, isso não significa que os prisioneiros se tornem semelhantes aos animais; e nestas condições, não é o ódio ou a violência, mas a sua ausência conspícua que constitui o mais claro sinal de desumanização. (...) Hannah Arendt, Da violência
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Parte II: formas de dominação violência e poder
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Definições Hannah Arendt, Da violência Poder Dominação pelo consenso Social: se apoia em números de não opositores Relação humana Autoridade Dominação pelo respeito Opõe-se à tirania e à igualdade Relação humana
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Definições Hannah Arendt, Da violência Vigor Habilidade individual em exercer força Característica animal Perde para a quantidade O poder subjuga o vigor
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A Violência Hannah Arendt, Da violência A Violência é a dominação instrumental Depende do humano Depende da ciência Pode se opor ou se aliar ao poder O poder pode mudar A violência só é efetiva se aliado a ele Subverte a ordem Natural (Subverte o Vigor) Social (Subverte o Poder) A forma extrema do poder resume-se em Todos contra Um, e a extrema forma de violência é Um contra Todos. E esta última jamais é possível sem instrumentos.
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Sobre o uso da violência A violência, sendo instrumental por natureza, é racional até o ponto de ser eficaz em alcançar a finalidade que deve justificá-la. E já que quando agimos, jamais saberemos com certeza quais serão as eventuais consequências, a violência só pode manter-se racional se buscar objetivos em curto prazo. A violência não promove causas, nem a história, nem a revolução, nem o progresso, nem a reação, mas pode servir para dramatizar reclamações trazendo-as à atenção do público. Conforme observou Conor Cruise O’Brien, agricultor irlandês do século XIX e agitador nacionalista: “algumas vezes a violência é a única maneira de se assegurar que a voz dos moderados será ouvida”. (...) E de fato, a violência, contrariamente ao que tentam nos dizer os seus profetas, é a arma mais da reforma do que da revolução. Hannah Arendt, Da violência
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Ilustração Revoltas Jovens nas décadas de 1960 e 1970 Black Panther Party for Self Defense (EUA, 1966 – 1982 ) Partido da Pantera Negra para Autodefesa Movimento da minoria negra jovem Objetivo: igualdade racial Dez pontos: “O que Nós Queremos, em que nós acreditamos” Sofreu repressão violenta Weathermen (EUA, 1969 – 1981) Movimento estudantil universitário Objetivo inicial: fim da guerra do Vietnam “Trazer a guerra para casa” Repressão leve Evoluiu para organização terrorista (Weather Underground)
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