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COMUNICAÇÃO EM ÁUDIO E VÍDEO - DOCUMENTÁRIO

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Apresentação em tema: "COMUNICAÇÃO EM ÁUDIO E VÍDEO - DOCUMENTÁRIO"— Transcrição da apresentação:

1 COMUNICAÇÃO EM ÁUDIO E VÍDEO - DOCUMENTÁRIO
Prof. Franthiesco Ballerini

2 Roteiro em documentário
A impossibilidade da escrita, na etapa de pré- produção, de um roteiro fechado, detalhado cena a cena, para filmes documentários ocorre ou em função do assunto ou da forma de tratamento escolhida para a abordagem do assunto. Documentários de arquivo, históricos ou biográficos, podem ser “escritos” antes do início das filmagens. O mesmo já não ocorre se a abordagem do assunto exigir o registro de um evento que não esteja necessariamente vinculado à vontade de produção do filme, como documentários que exploram um corpo-a-corpo com o real, aspecto que define a estilística do Documentário Direto.

3 Roteiro em documentário
Dwight Swain afirma que a produção de um filme documentário é guiada por leis internas próprias que variam de filme para filme ou mesmo de produtor para produtor, fato esse que obriga o roteirista a trabalhar com uma flexibilidade maior: ‘se existe uma coisa que você precisa em seu kit de sobrevivência, essa coisa é lexibilidade’, diz Swain (Swain, 1976, p.10).

4 Roteiro em documentário
Essa ausência de roteiro, às vezes valorizada e defendida naquilo que seria a diferença principal entre documentário e ficção, antes de ser um facilitador contribui para gerar dúvidas frequentes entre aqueles que buscam iniciar carreira como documentaristas. Afinal, como se organiza um filme documentário?

5 Roteiro em documentário
No princípio de toda vontade de produção está a necessidade de se conseguir o suporte financeiro que a viabilize. Com raras exceções, documentários nascem da parceria entre documentarista (realizador) e produtor (patrocinador). Documentários podem ter origem em desejos pessoais de investigação e divulgação de determinados assuntos presentes em nossa história e sociedade, mas também se originam de projetos institucionais, de iniciativa de empresas, órgãos públicos e não-governamentais, instituições filantrópicas, etc. Frequentemente, a expressão autoral se vê obrigada a fazer concessões às exigências da mensagem institucional. Não menos frequentes são os casos em que a mensagem institucional se vale da expressão autoral como estratégia de comunicação.

6 Roteiro em documentário
Os manuais de direção e produção de filmes documentários, americanos e ingleses, normalmente utilizam o termo proposal ao se referirem a um texto de apresentação do filme documentário. Essa proposta serve como cartão de visita do realizador a ser apresentado aos possíveis financiadores do projeto. Como tal deverá se valer de meios de persuasão para convencer os interessados a apoiar o projeto. As recomendações mais freqüentes, encontradas nesses manuais, ressaltam a importância da concisão e da objetividade do texto. Em sendo um texto de apresentação, o proponente deverá saber atrair o interesse para o projeto, bem como chamar a atenção para a sua importância, se valendo de poucas páginas de texto escrito.

7 Roteiro em documentário
Essa recomendação leva em conta que esses avalistas não costumam perder muito tempo com leituras extensas. O desafio maior é justamente o de, através de um texto enxuto e objetivo, demonstrar domínio sobre o assunto abordado. Com o intuito de adiantar algo sobre o estilo e a estrutura do filme, poderá ser incorporado à proposta um primeiro tratamento (treatment) para o filme, contendo um resumo das suas principais sequências.

8 Roteiro em documentário
Para Barry Hampe, autor de um desses guias de produção de documentários: ‘A proposta é uma peça de venda. Documentários são produções caras. Os investidores têm de estar convencidos que os benefícios trazidos pelo filme justificarão seu custo de produção’ (Hampe, 1997, p. 126). Hampe recomenda ao realizador: 1. que ele deixe claro sua justificativa para a realização do documentário (quais as boas razões para se fazer o filme), 2. que ele demonstre saber qual tipo ideal de documentário para a abordagem do assunto em questão, 3. que ele convença que sua equipe de produção é a única capaz de realizar o filme proposto (Hampe, 1997, p. 126).

9 Roteiro em documentário
Afirmação semelhante encontramos em Writing, Directing, and Producing Documentary Films and Videos, de Alan Rosenthal: ‘A proposta é, primeiramente e acima de tudo, um instrumento para vender o filme. (...) Ela irá mostrar sua hipótese de trabalho, sua linha de investigação, seu ponto de vista sobre o assunto e todas as suas possibilidades dramáticas. Mas sua finalidade principal é convencer alguém, ou alguma instituição, que você tem uma boa idéia, que você sabe o que quer fazer, que você é uma pessoa eficiente, profissional, criativa, e que você merece, dessa forma, o suporte financeiro para o filme, a despeito de qualquer outra concorrência.’ (Rosenthal, 1996, p. 25)

10 Roteiro em documentário
Para que essa proposta possa apresentar de maneira clara e concisa o tipo de documentário que o proponente tem em mente, Rosenthal sugere uma estrutura para seu conteúdo balizada por alguns tópicos pertinentes para esse documento:

11 Roteiro em documentário
1. Declaração inicial trazendo o título e assunto do filme, sua duração aproximada (formato do filme), em duas ou três linhas. 2. Breve apresentação do assunto, para introduzir o leitor da proposta ao tema do projeto, com justificativa, para fazê-lo perceber a importância de se fazer o filme. A extensão dessa apresentação dependerá da quantidade de informações pertinentes sobre o assunto.

12 Roteiro em documentário
3. Estratégias de abordagem, estrutura e estilo. Qual a maneira, ou quais as maneiras mais adequadas para se abordar o assunto? Qual o ponto de vista, ou quais os pontos de vista contemplados no filme? Haverá conflito entre os depoimentos? Como o filme será estruturado, quais serão principais sequências e como elas estarão alinhadas? Qual o estilo de tratamento de som e imagem? Rosenthal sugere que as respostas a essas questões sejam apenas esboçadas, prevendo eventuais mudanças no decorrer da produção.

13 Roteiro em documentário
4.Cronograma de filmagem. Rosenthal coloca o tópico como opcional, somente especificar quando exista um determinado evento com data marcada para ocorrer ou que quando determinada época do ano for mais conveniente para as filmagens. 5. Orçamento. A sugestão é que se inclua um orçamento aproximado. 6. Público alvo, estratégias de marketing e distribuição. Outro tópico opcional.

14 Roteiro em documentário
7. Curriculum do diretor e cartas de apoio e recomendação. 8. Anexos. Fotos, vídeos, desenhos mapas, qualquer coisa que enriqueça a proposta e ajude a vender o projeto (Rosenthal, 1996, p. 26). Demonstrar, na proposta de filme, conhecimento do universo a ser abordado é uma das considerações feitas por Michael Rabiger em seu livro Directing the documentary.

15 Roteiro em documentário
‘Contrário à impressão de criação instantânea, dirigir um documentário é resultado menos de um processo de investigação espontânea do que de uma investigação guiada por conclusões preliminares obtidas durante o período de pesquisa. Em outras palavras, a filmagem deverá ser preferencialmente a coleta de “evidências” para relações e suposições básicas identificadas anteriormente.’ (Rabiger, 1998, p. 113) Seguindo a linha dos manuais de roteiro de ficção, Rabiger chama a atenção ainda para a necessidade de se trabalhar, no texto da proposta, ações e personagens, uma boa exposição com o tempo certo, tensões e conflitos entre forças oponentes, suspense dramático, clímax e resolução (Rabiger, 1998, p ).

16 exemplos Proposta do filme
1. Focalizar uma criança desde seu nascimento até a idade em que vai para a escola. 2. Mostrar a tremenda quantidade de aprendizado feito por essas crianças muito jovens antes mesmo delas terem contato com escolas ou professores 3. Fomentar uma atitude de respeito pela capacidade de aprendizado, e os resultados alcançados por uma criança pequena. 4. Mostrar alguns dos processos que as crianças pequenas usam para aprender por conta própria, os quais diferem dos processos usados na escola para “ensinar” as crianças. 5. Mostrar as maneiras pelas quais uma criança pequena cresce e se desenvolve 6. Incluir na agenda de aprendizado não só o que é abstrato, cognitivo ou “escolar”, mas algo que é social, emocional e “decisional”. 7. Explorar a validade dos conceitos como “momento de atenção” (attention span) e “falha” (faillure) no contexto do aprendizado pré-escolar 8. Promover o respeito pelas crianças pequenas como seres humanos, como pessoas e como indivíduos.

17 exemplos A abordagem (approach) do filme
A abordagem da filmagem será em estilo aberto. Nós desejamos observar o comportamento de crianças muito jovens, gravar em filme colorido e com som sincronizado. Nós desejamos explorar e documentar o que uma criança realmente faz, inclusive, se apropriado, o que eles fazem na presença das câmeras. Pouco ou quase nada será feito para direcionar as atividades das crianças e, em hipótese alguma, as crianças serão incentivadas a desempenhar atividades pré- estabelecidas para ilustrar o comportamento infantil.

18 exemplos Conteúdo do filme
As situações a serem filmadas deverão incluir (mas não somente): 1. O comportamento de bebês de menos de um ano de idade. Será observado o desenvolvimento da linguagem – construção de frases, experimentação de palavras – o desenvolvimento da habilidade motora, esforços de tentativa e erro para andar e engatinhar, e o ambiente emocional das crianças muito pequenas. 2. O comportamento nos primeiros passos. Procuraremos exemplos concretos de aprendizado exploratório. Também mostraremos como as crianças aprendem com seus erros, sem serem derrotadas por eles. Etc. (N.T.: são listadas ao todo 14 situações específicas de aprendizado infantil que deverão ser mostradas no documentário)

19 exemplo Quando apropriado, o Tratamento deve avançar na discussão do tipo de trilha sonora que poderá ser utilizada, o tipo de iluminação, o “clima” (mood) do filme, o estilo de edição a ser utilizado, e assim por diante. Pode-se também, incluir uma lista de tomadas a serem realizadas. O Tratamento também pode incluir itens da pós- produção do documentário.

20 Exemplo de formato de roteiro de documentário

21 SUGESTÕES PARA ROTEIRISTAS DE DOCUMENTÁRIO
Antes de tudo, se você é um documentarista iniciante, veja muitos documentários e vídeos de informação. E veja com olhos críticos. Documentários, assim como outras formas criativas, vão do excelente ao medíocre. Tente encontrar aqueles que o motivam a achar o que você gosta neles. Faça o mesmo com os documentários que você não gosta. Você pode aprender muito analisando um documentário que faz você desligar a TV.

22 SUGESTÕES PARA ROTEIRISTAS DE DOCUMENTÁRIO
Pense em imagens, não em texto. Escrever um roteiro de documentário significa pensar em imagens. Isso pode significar colocar- se mentalmente em um cinema e antever as cenas. Se você não pode ver, não pode filmar. Se você é um escritor tentando aprender como fazer um roteiro, lembre-se que a coisa mais difícil para um escritor trabalhando em um documentário é parar de contar com palavras.

23 SUGESTÕES PARA ROTEIRISTAS DE DOCUMENTÁRIO
Mostre tanto a pesquisa quanto os resultados Seu problema é resumir de todo o material que você pesquisou em uma seqüência de eventos que mostrarão ao público, em um tempo muito reduzido, o que você aprendeu em um período de dias ou semanas. Leve o público através do mesmo processo descoberta pelo qual você passou. Mostre o lado bom e o lado ruim desse processo. Se o tempo do documentário permitir, você pode ainda levar o público a “falsas pistas”, para tornar a descoberta mais interessante. Você sabe tudo o que vai acontecer em seu documentário, mas não sabia antes de começar a pesquisa. Não prive seu público do prazer da descoberta.

24 SUGESTÕES PARA ROTEIRISTAS DE DOCUMENTÁRIO
Não escreva um romance quando você só tem espaço para um conto. É melhor desenvolver completamente um assunto em um pequeno documentário, do que tentar falar de tudo um pouco e perder seu público. Tome cuidado com as entrevistas As entrevistas são partes importantes dos documentários, mas, se não tomar cuidado, elas podem torná-los terrivelmente obtusos e maçantes. Uma pessoa falando pode dizer apenas de cem a duzentas palavras por minuto. Mas nesse mesmo minuto, você pode mostrar seis ou dez imagens diferentes. Fuja, como se estivesse fugindo do diabo, da tentação de criar a estrutura de seu documentário baseando-se apenas numa sequencia de transcrições de entrevistas. Construa a estrutura visualmente.

25 SUGESTÕES PARA ROTEIRISTAS DE DOCUMENTÁRIO
Filme e vídeo são sempre o aqui e o agora. Na criação de um documentário, você tem que ter imagens concretas para mostrar. Mas o documentário não tem que ser literal. Uma pessoa pode sair da porta de seu escritório e estar em qualquer lugar: na lua, no século XIV, ou em outro país. Você pode cortar de uma locação para outra sem qualquer transição. Quando eu comecei a escrever filmes, eu perguntei a um diretor-roteirista de documentários qual a melhor maneira que passar de uma cena para a outra. “É fácil”, ele disse, “tecle duas vezes a barra de espaço em sua máquina de escrever”. Você pode fazer muita besteira se escrever a narração como se estivesse recebendo dez dólares por palavra “Uma imagem vale mais que mil palavras”. Pode ser uma frase feita, mas um documentarista deve levá -la ao pé da letra.


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