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VERMINOSE BOVINA : PREJUÍZOS ECONÔMICOS BENEFICÍOS DO CONTROLE ESTRATÉGICO Prof. Romário Cerqueira Leite
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Verminoses PRODUÇÃO ANIMAL Manejo/nutrição Melhoramento genético
Sanidade animal O bom desempenho da produção pecuária bovina está assentada em três fatores fundamentais como boas práticas de manejo e alimentação, animais de boa genética e a sanidade animal. Este último fator se vê afetado por inúmeros agentes de doenças que podem acometer os bovinos, destacando-se os parasitas internos, conhecidos como vermes. Na grande maioria do território brasileiro o sistema de produção adotado é o extensivo, em que mediante o pastoreio contínuo, os animais permanecem sob constante
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130 milhões de dólares/ano
IMPORTÂNCIA ECONÔMICA DAS HELMINTOSES Alemanha 50 milhões de marcos/ano EUA 330 milhões de dólares/ano Brasil 130 milhões de dólares/ano em anti-helmínticos Itália 30 milhões de liras/ano Austrália 15 milhões de dólares/ano em anti-helmínticos
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Abomaso Intestino delgado Intestino grosso
Etiologia Trichostrongylus axei Haemonchus sp. Ostertagia sp. Abomaso T. colubriformis Strongyloides papillosus Toxocara vitulorum Cooperia sp. Nematodirus sp. Bunostomum sp. Moniezia sp. Intestino delgado Oesophagostomum sp. Trichuris sp. Intestino grosso
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Mecanismos de infecção
VIA ORAL Larvas III Ovos larvados Ingestão do HI Trichostrongylus sp. Haemonchus sp. Ostertagia sp. Cooperia sp. Nematodirus sp. Strongyloides papillosus Bunostomum sp. Oesophagostomum sp. Toxocara vitulorum Trichuris sp. VIA PERCUTÂNEA Moniezia sp. Strongyloides sp. Toxocara vitulorum Strongyloides sp. Bunostomum sp. VIA COLOSTRO
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Fase de vida parasitária
Ciclo Biológico Fase de vida parasitária Vermes adultos Período pré -patente: dias Ingestão Ovos nas fezes Fase de vida livre Eclosão ovo L3 7-10 dias
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Patogenia Trichostrongylus axei Irritação/inflamação mucosa gástrica
Hiperplaia epitelial Erosões superficiais Edema de mucosa < 7mm Haemonchus sp. Hematofagismo (L4, L5 e adultos) Perda de Ferro Hipoproteinemia Morte 10-30 mm Anemias severas Ovino com 2900 Haemonchus perda diária de 145 ml
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Normal Hipoproteinemia
Capilar arterial Capilar venoso Pressão hidrostática colóido osmótica Tecido Normal Pressão hidrostática colóido osmótica Tecido Hipoproteinemia Acúmulo de líquido
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Patogenia Trichostrongylus axei Irritação/inflamação mucosa gástrica
Hiperplaia epitelial Erosões superficiais Edema de mucosa < 7mm Haemonchus sp. Hematofagismo (L4, L5 e adultos) Perda de Ferro Hipoproteinemia Morte 10-30 mm Ostertagia sp. Formação de nódulos na mucosa gástrica (L4, L5 e adultos) Destruição das células parietais Aumento do pH do estômago Aumento da permeabilidade da mucosa com perda de plasma Hipoproteinemia Diarréias graves
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7 dias pós-infecção 15 dias pós-infecção 17 dias pós-infecção
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Patogenia Cooperia sp. Irritação/inflamação catarral mucosa duodenal
Espessamento da parede intestinal Contribui secundariamente à ação de outro helmintos Nematodirus sp. Irritação/inflamação catarral mucosa duodenal Erosão superficial da mucosa Bunostomun sp. Larvas - Pele - Penetração de L3 Dermatite - Pulmão -Migração larvar Pneumonias Formas adultas - Altamente hematófagos Anemia severas 300 exemplares de Bunostomun matam um bovino Strongyloides papillosus sp. Larvas - Pele - Penetração de L3 Dermatite * porta de entrada dos germes da necrobacilose das patas do ovinos - Pulmão -Migração larvar Pneumonias Formas adultas - Inflamações catarrais no duodeno e jejuno
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Patogenia Moniezia sp. Em animais adulos é tido como apatogênicos
Em ovinos jovens associado a enterotoxemia Neoascaris vitulorum Larvas - Pulmão -Migração larvar Pneumonias Formas adultas - Irritação da mucosa do intestino delgado - Compete com o hospedeiro pelos nutrientes (aminoácidos, ácidos graxos e vitaminas) Oesophagostomum sp. Formação de nódulos não intestino delgado e grosso Lesões da mucosa na penetração de L3, diarréia em animais jovens e ausência de ovos nas fezes. Emergência de L4 da mucosa entero-colite ulcerativa
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Efeitos dos helmintos sobre os animais depende dos seguintes fatores
1. Idade dos animais 2. Resistência do hospedeiro 3. Intensidade da carga parasitária 4. Espécie de helminto envolvida 5. Estado nutricional do hospedeiro 6. Estado fisiológico do hospedeiro
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Metabolismo mineral e alterações
Redução do apetite Alteração no metabolismo de nitrogênio Metabolismo mineral e alterações do crescimento ósseo Alterações hormonais
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Formas de verminoses Clínicas Subclínicas
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Verminoses clínicas 1. Diarréias 2. Diminuição ou perda de apetite
3. Anemias (mucosas pálidas) 4. Edemas (diminuição da concentração de proteínas plasmáticas) 5. Perda ou baixo ganho de peso 6. Debilidade das condições físicas
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Verminoses subclínicas
Retardo no crescimento do animal Diminuição no ganho de peso Diminuição da produção de leite Aumento da taxa de morbidade e mortalidade Retardo das atividades reprodutivas Predisposicão a doenças Rio Grande do Sul 67 kg/animal Mato Grossso do Sul 15-43 kg/animal/ano E.U.A. Kg/Leite/lactação BRASIL 51,9 Kg/leite em 90 dias de lactação
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Ocorrência das formas de verminoses
5-10 % VERMINOSES CLÍNICAS % VERMINOSES SUBCLÍNICAS
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Controle das verminoses
Fase de vida livre Fase de vida parasitária
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Fase de vida livre Rotação de pastagens Pastejo alternado
Período de descanso Mínimo de 30 dias Período de pastoreio Máximo de 7 dias Rotação de pastagens Pastejo alternado Queima de pastagens Controle químico Oneroso Impacto ambiental negativo Impraticável em grandes áreas Controle biológico Utilização de fungos/besouros Não agride o meio ambiente Boas perspectivas
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Fase de vida parasitária
Esta fase requer: Tratamento anti-helmíntico/programas de controle Tratamento anti-helmíntico/programas de controle Curativo Tratamento quando ocorre sinais clínicos ou morte Perda da produção Não previne perdas pelas verminoses subclínicas Alta contaminação das pastagens Supressivo Tratamento quando as condições ambientais ou de manejo podem favorecer o desenvolvimento das verminoses Rotação de pastagens. Período de concentração de animais (estação de monta). Compra de animais. Tratamento em intervalos determinados (ex. 30 em 30 dias) Gastos excessivos e desnecessários Tático Tratamento mediante resultados da contagem de ovos nas fezes Diminuição dos custos Não detecta larvas O.P.G. Baseado em estudos epidemiológicos Tratamentos em épocas do ano pré-determinadas Estratégico
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Vantagens do controle estratégico
Essencialmente preventivo Previne um aumento significativo da população de vermes, mantendo níveis compatíveis com a produção animal Diminuição da mortalidade Redução de 2% na mortalidade Diminuição dos custos Evita dosificações desnecessárias Melhora na média de ganho de peso 41 kg/animal Retorno econômico Pode chegar a 457 % sobre o custo de aplicação do vermífugo
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Anti-helmínticos para bovinos e ovinos
Benzimidazóis Albendazole Oxfendazole Fenbedazole Inibição no metabolismo energético Grupo químico Princípios ativos Mecanismo de ação Amplo espectro Imidazotazóis Levamisol Agonista colinérgico Avermectinas Abamectin Ivermectin Doramectin Potencializa a ação do GABA. Milbemicinas Moxydectin idem
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Anti-helmínticos para bovinos e ovinos
Salicilanidas Closantel Rafoxanida Inibição da fosforilação oxidativa Grupo químico Princípios ativos Mecanismo de ação Espectro restrito Nitrofenóis Disofenol Nitroxinil Idem Organo Fosforados Triclorfon Inibição da acetilcolineterase
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DINÂMICA PARASITÁRIA x LARVAS NAS PASTAGENS
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 100 - 80 - 60 - 40 - 20 - Pastagem % Animal Período seco Período chuvoso
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60% do rebanho nacional PERÍODO SECO JUNHO JULHO AGOSTO Abrange Pará
Maranhão Piauí Centro sul Amazonas Tocantins Acre Mato Grosso Rondônia Bahia Goiás Abrange 60% do rebanho nacional Minas Gerais M. G. do Sul São Paulo Paraná
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DINÂMICA PARASITÁRIA X LARVAS NAS PASTAGENS
FORMAS IMATURAS ( I ) PERÍODO DESFAVORÁVEL I I A L FORMAS ADULTAS ( A ) LARVAS NA PASTAGEM ( L ) Maio -setembro PERÍODO FAVORÁVEL I A A I A A A A A A A L L L Setembro -maio
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CONTROLE ESTRATÉGICO 1ª dose Maio 2ª dose Julho 3ª dose Setembro
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 100 - 80 - 60 - 40 - 20 - Pastagem 1ª dose Maio 2ª dose Julho 3ª dose Setembro % Animal Período seco Período chuvoso
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CONTROLE ESTRATÉGICO Diferença 15 kg Peso final 237 kg 270 - T 240 -
210 - Diferença 15 kg Peso (kg) Peso inicial 160 kg 180 - Estratégico Mensal 150 - Controle 120 Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Período seco Período chuvoso (Mello & Bianchin, 1979)
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Baixo Alto Baixo Baixo CONTROLE ESTRATÉGICO EM BOViNO DE CORTE
Todas categorias de animais devem ser tratadas igualmente ? Categoria Prejuízo Dosificação Bezerro Baixo Depende do manejo Baixo Desmame/24-30 meses Alto Maio/Julho/Setembro Alto 45 kg/ano a mais que grupos não tratados Boi de engorda Baixo Out. ou Nov. Baixo 1 mês antes do pico de parição Vacas Baixo Jul. ou Ago. Baixo EMBRAPA - Centro Nacional de Pesquisa em Gado de Corte
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435 DDD 305 DDD +20 +21 +40 1/4 Nelore x 3/4 Aberdeen Angus
CONTROLE ESTRATÉGICO EM BOViNO DE CORTE Ganho de peso em bovinos cruzados dosificados em MAIO, JULHO e SETEMBRO (700 dias - 28/05/1996 a 28/04/1998) 435 DDD 305 DDD AAD DAD DDD Controle 1/4 Nelore x 3/4 Aberdeen Angus 1/2 Nelore x 1/2 Pardo Suíço Peso inicial (kg) 174 174 175 174 Albendazole, Albendazole e Doramectin Doramectin, Albendazole e Doramectin Doramectin, Doramectin e Doramectin Sem tratamento Ganho médio diário (g) 407 409 435 379 +20 +21 +40 Ganho total (kg) 285 286 305 265 (Bianchin e colaboradores, Embrapa)
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CONCLUSÕES O uso de Dectomax no controle de verminoses em bovinos nas épocas estratégicas, proporcionou ganho de peso adicional, que anteciparia o abate dos animais tratados em 3,5 meses em relação ao grupo não tratado. O estudo da EMBRAPA demonstrou que o controle estratégico de verminoses quando utilizado com produto de ponta, é uma das formas mais racionais e lucrativas de se obter retorno do capital investido na produção pecuária.
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293 15 Com acaricidas 3 aplicações com intervalos de
CONTROLE ESTRATÉGICO EM BOViNO DE CORTE Ganho de peso em bovinos cruzados dosificados em MAIO, JULHO e SETEMBRO + acaricidas Com acaricidas 293 Idade Com acaricidas Sem acaricidas Peso inicial (kg) 174 174 3 aplicações com intervalos de 40 dias a partir de setembro Ganho médio diário (g) 418 397 15 Ganho total (kg) 293 278 (Bianchin e colaboradores, Embrapa)
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CUIDADOS GERAIS Manejo Uso correto de anti-helmínticos/endectocidas
Ocupação de pastagens Primeiro animais jovens depois adultos (+ resistentes) Manejo Parição Rotação das áreas de parição Após dosificações Utilizar pastagens descansadas Desmame Rotação das áreas de desmame Uso correto de anti-helmínticos/endectocidas Separação do animais em lotes homogêneos Dosificar com base no peso dos maiores Reaplicar no caso de dúvida Exceto organofosforados Cochos e bebedouros adequados Aferição das pistolas dosificadoras Alimentação adequada Cuidados com as pastagens
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PERSPECTIVAS Seleção de animais resistentes Vacinas Combate biológico
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