UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL

Apresentação em tema: "UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL"— Transcrição da apresentação:

1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL
Colegiado de Educação Física Prof. Dr. Junior Vagner Pereira da Silva profjuniorsilva.blogspot.com.br

2 CIÊNCIA E EDUCAÇÃO FÍSICA I
Histórico e atualidade da ciência. Ciência e Ideologia. Ciência e Educação Física. As associações científicas. A produção de conhecimento em Educação Física. Referências teórico-metodológicas e Epistemológicas na produção do conhecimento em Educação Física. A produção do conhecimento no campo técnico-biológico e no campo sócio-cultural CIÊNCIA E EDUCAÇÃO FÍSICA II Princípios básicos do conhecimento humano. Pesquisa Qualitativa e Pesquisa Quantitativa. Resumo, Fichamento, Resenha. Estudo de diferentes técnicas e procedimentos necessários para o desenvolvimento de pesquisa qualitativa e quantitativa na área de educação física. Elementos de um projeto de pesquisa. Elementos que compõe uma monografia. Aplicação da metodologia científica nas diversas áreas da educação física, capacitando o aluno para o desenvolvimento da pesquisa seguindo os preceitos metodológicos mais adequados e de acordo com o objeto de pesquisa.

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4 Ele pode ser confirmado?
Teológico Ele pode ser confirmado?

5 Acrítico, imediatista, crédulo, falta-lhe rigor lógico
Vulgar ou senso-comum Acrítico, imediatista, crédulo, falta-lhe rigor lógico

6 Filosófico

7 Fruto do raciocínio Fruto da reflexão Ultrapassa os princípios formais da ciência

8 Científico – Século XV (514 anos)
[...], os preconceitos de ordem religiosa, filosófica, ou decorrentes das crenças culturais, deveriam ser abandonados pois distorciam e impediam a verdadeira visão do mundo, que deveria ser resultado da interpretação da natureza” (BACON, 1979 apud KÖCHE, 2007). Objetiva chegar a veracidade dos fatos através da verificabilidade (GIL, 2010)

9 Qual motivo nos leva a pesquisa ?
Científico (500 anos) Qual motivo nos leva a pesquisa ? Conhecer as coisas, os fatos, os acontecimentos, os fenômenos Elaborar respostas e soluções Controlá-lo, para que ocorra melhores condições de vida

10 Científico (500 anos)

11 Científico (500 anos)

12 CONHECIMENTO E PODER

13 Científico (500 anos) Método
Caminho para se chegar a um determinado fim (procedimentos intelectuais e técnicos adotados)

14 Métodos das bases lógicas da investigação
Método científico “[...] procedimento regulado por normas rígidas que prescrevem os passos que o investigador deve seguir para a produção do conhecimento científico“. Método científico “[...] descrição e a discussão de quais critérios básicos são utilizados no processo de investigação científica” (KÖCHE, 2007, p. 69).

15 TEORIAS DO PENSAMENTO CIENTÍFICO

16 POSITIVISMO (segunda metade do século XVIII)
ÁREAS DE CONHECIMENTO DE ORIGEM Biologia e Física NOÇÃO DE VERDADE Mensurável Absoluta Ponto final A ciência é objetiva e neutra METODOLOGIA Empirismo (evidência empírica) Controlado sistematicamente (todo conhecimento não verificável é descartável) Testado (de modo que em caso de dúvidas, o mesmo caminho seja refeito para se chegar ao mesmo resultado) A mente e a realidade são lógicas (há âmbito puramente formal, das ideias, da lógica pura, da matemática) QUALIDADE DOS DADOS Quantificável TÉCNICA DE INVESTIGAÇÃO Experimental/laboratorial CRITÉRIO DE CIENTIFICIDADE Estatística Ditadura do método

17 MATERIALISMO HISTÓRICO DIALÉTICO
ÁREAS DE CONHECIMENTO DE ORIGEM Filosofia NOÇÃO DE VERDADE Mensurável a partir das contradições históricas existentes na pré-história (capitalismo) METODOLOGIA Materialismo histórico dialético – tese (afirmação), antítese (negação) e síntese (negação da negação) Baseado na história dos conflitos de classes sociais Infraestrutura determina a superestrutura O modo de produção determina a formação da consciência histórica - Relações determinadas, independente da vontade humana - Modo de produção determina a vida social, política e intelectual A dinâmica contraditória do desenvolvimento histórico material gera a necessidade de trans- formação, por lei interna objetiva A revolução se dá propriamente no modo de produção (transformação da base econômica altera a superestrutura) Revolução significa mudança de modo de produção

18 MATERIALISMO HISTÓRICO DIALÉTICO
QUALIDADE DOS DADOS Qualitativo TÉCNICA DE INVESTIGAÇÃO Revisão de literatura, revisão de literatura com complemento de dados empíricos CRITÉRIO DE CIENTIFICIDADE Acontecimentos históricos Ditadura do método

19 FENOMENOLOGIA ÁREAS DE CONHECIMENTO DE ORIGEM Filosofia NOÇÃO DE VERDADE Não há, pois não existe sistemas concluídos METODOLOGIA Maneira de perceber o mundo e seus objetos Estudo dos fenômenos em si mesmos Descrição da experiência como ela é O conhecimento ocorre a partir da visão pessoa ou de uma experiência com o mundo Destaca a percepção dos sujeitos/significado dos fenômenos para as pessoas Descreve o fenômeno e não o explica ou analisa Redução fenomenológica (epoché) Redução eidética Redução monoteica QUALIDADE DOS DADOS Qualitativo TÉCNICA DE INVESTIGAÇÃO Entrevista, observação, análise do discurso CRITÉRIO DE CIENTIFICIDADE Percepção do sujeito

20 PÓS-MODERNISMO E NOVAS EPISTEMOLOGIAS

21 PÓS-MODERNISMO E NOVAS EPISTEMOLOGIAS
As certezas científicas passam a ser questionadas (tudo na ciência é discutível; não há teoria final, prática intocável, dado evidente As teorias científicas podem explicar apenas 4% do universo (PANEK, 2011) As validades absolutas caem por terra “[...]. Dados nada explicam – não falam! Falam pela boca de uma teoria e dela dependem [...]”, pois “[...]. Dos mesmos dados é sempre possível sacar ilações contraditórias”. (DEMO, 2012, p. 10) “[...]; Nenhuma teoria da realidade dura para sempre, porque também seus criadores não duram para sempre, nem qualquer sociedade é dinâmica que poderia durar para sempre” [...] (DEMO, 2012).

22 DIALÉTICA HISTÓRICO-ESTRUTURAL
Conflito social Toda formação social é suficientemente contraditória, justamente para ser historicamente superável Totalidade dialética (tese-antítese-síntese) Toda realidade social gera, por dinâmica interna própria, seu contrário, ou as condições objetivas e subjetivas para sua superação Feudalismo Capitalismo Capitalismo Socialismo Socialismo Comunismo

23 DIALÉTICA HISTÓRICO-ESTRUTURAL
Condições objetivas e subjetivas Condições objetivas (externas ao homem, sem sua opção própria – existência de recursos materiais; desigualdade social; divisão em dois sexos; sistema econômico) Condições subjetivas (dependentes da opção humana) [...]. A história só pode ser construída em parte, o que vem a ser: não se entende por condições subjetivas a supervalorização do homem como ator político, no sentido de que faz a história que quer, decide o que quer, inventa do nada, põe e dispõe a seu talante [...]. (DEMO, 2012, p. 94) Unidade de contrários Polarização (conflituoso, dicotômico, antagônico) Ação e reação “[...]. Com isso afirmamos igualmente que o conflito vem de dentro, pois é marca essencial da realidade social. A mudança é endógena. Pode ser retardada, por influência externa, como a vida pode ser prolongada pela medicina. Mas, por mais que se viva, um dia se morre naturalmente, como parte integrante do processo. Podemos morrer de fora, por morte imposta. Não ocorrendo isso, morremos de dentro, no processo natural da vida. A morte é precisamente o contrária da vida [...]”. (DEMO, 2012, p. 98)

24 Critérios de cientificidade
Qualidade formal Propriedade lógica, tecnicamente instrumentada, técnicas de coleta, manuseio, Conhecimento de teorias, conhecimento de autores. Coerência Argumentação bem estruturada Falta de contradição na argumentação Consistência Resistir as argumentações contrárias Originalidade Ser inventivo, trazer novas formas de interpretação ao fenômeno Objetivação Tentativa de descobrir a realidade social assim como ela é, mais do que gostaríamos que fosse.

25 Critérios de cientificidade
Qualidades políticas Intersubjetividade Cientista como ator político Opinião dominante da comunidade científica em dada época Argumento de autoridade (atribuição de prestígio) Posição do perito Autoridade de argumento

26 Técnica de investigação
Tipos de pesquisas Recorte temporal Informação Finalidade Técnica de investigação

27 Recorte temporal Transversal Longitudinal
Realizado em um determinado instante de tempo Longitudinal Realizado ao longo do tempo

28 Recorte temporal EXEMPLOS 1 Transversal Longitudinal
Analisar as habilidades motoras básicas de escolares de 7 a 10 anos da Rede de Ensino Público Municipal de Campo Grande/MS. Longitudinal Analisar o desenvolvimento motor de escolares de 7 a 10 anos da Rede de Ensino Público Municipal de Campo Grande/MS.

29 Recorte temporal EXEMPLOS 2 Transversal Longitudinal
Investigar os conteúdos ensinados nas aulas de Educação Física nos anos finais do Ensino Fundamental em escolas públicas de Campo Grande/MS. Longitudinal Investigar os conteúdos ensinados nas aulas de Educação Física em escolas públicas de Campo Grande/MS ao longo da Educação Básica .

30 Recorte temporal EXEMPLOS 3 Transversal Longitudinal
Avaliar o estado nutricional de crianças dos anos iniciais do Ensino Fundamental matriculadas em escolas públicas em Campo Grande/MS. Longitudinal Acompanhar o estado nutricional de escolares matriculados no Ensino Fundamentam em escolas públicas em Campo Grande ao longo da infância.

31 { Recorte temporal Transversal Longitudinal
Realizado em um determinado instante de tempo { Prospectivo Acompanhamento ao longo de um tempo, por isso mais caros e mais precisos, embora resulte em maior perda de dados. Longitudinal Retrospectivo Análise de dados de períodos passados.

32 Recorte temporal EXEMPLOS 5 Longitudinal Prospectivo Retrospectivo
Analisar o modelo de políticas públicas adotado pelo Ministério de Esporte no Governo Federal no período de 2015/2018. Retrospectivo Analisar o modelo de políticas públicas adotado pelo Ministério de Esporte no mandato do Presidente Lula.

33 Recorte temporal EXEMPLOS 6 Longitudinal Prospectivo Retrospectivo
Evolução do sobrepeso em escolares da rede municipal de Campo Grande ao longo da infância. Retrospectivo Evolução da desnutrição em crianças na década de 80.

34 Tipo de abordagem da informação
Quantitativa Qualitativa Quali(quan)titativa

35 Abordagem quantitativa
Principal linguagem Matemática Seus objetivos Inferir matematicamente a relação/associação entre variáveis e a forma de influência de uma sobre as outras (amostragem, nível de significância, correção, razão ...). Objeto de análise Perfis populacionais (peso, altura, pressão arterial, taxas de componentes bioquímicos no sangue, resposta a estímulos externos, etc...” (MINAYO; SANCHES, 1993, p. 241). Indicadores macroeconômicos (taxa de infração, renda per capita, rendimento da população ...).

36 Abordagem qualitativa
Principal linguagem A palavra, expressando a fala cotidiana de intelectuais, burocráticos, políticos ou população em geral. Seus objetivos Compreender o significado das coisas, estuda o fenômeno em si [...] (fenômenos, manifestações, ocorrência, fatos, eventos, vivências, idéis [sic], sentimentos, assuntos [...] (TURATO, 2005); “[...] fenômenos específicos e delimitáveis pelo grau mais pelo grau de complexidade do que pela expressão quantitativa” (MINAYO; SANCHES, 1993, p. 245). Objeto de análise “[...]. Nível dos significados, motivos, aspirações, atitudes, crenças e valores, que se expressa pela linguagem comum e na vida cotidiana – o objeto da abordagem qualitativa [...]” (MINAYO; SANCHES, 1993, p. 245).

37 Tipos de variáveis Quantitativas Qualitativas
Discretas (idade, número de filhos, número de quartos na casa) Continuas (renda, concentração de alguma substância, IMC ...) Qualitativas Nominal (estado civil, sexo, cor, humor, motivação) Ordinal (patente, grau de instrução, intensidade de dor, titulação acadêmica)

38 Abordagem do estudo, instrumento utilizado e tabulação dos resultados
CONFUSÃO ACADÊMICA Abordagem do estudo, instrumento utilizado e tabulação dos resultados

39 Exploratória Descritiva Finalidade/objetivos
Tema escolhido pouco conhecido Busca informações para o desenvolvimento de outros estudos Primeira etapa de uma pesquisa mais ampla Descritiva Descrição das características de determinada população Utiliza técnicas padronizadas na coleta das informações Levantamento de opiniões, atitudes e crenças Busca analisar relações entre variáveis

40 Finalidade/objetivos
Explicativa Busca identificar os fatores determinantes a ocorrência de certos fatos Explicações das ciências naturais - experimental Explicações das ciências sociais - observacional Pesquisa-ação Realizada em associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo Pesquisadores e participantes estão envolvidos no processo da pesquisa Se pauta na teoria dialética

41 Tipos de pesquisas de acordo com a técnica de investigação
Pesquisa bibliográfica Pesquisa documental Pesquisa experimental Pesquisa de levantamento de campo (survey) Pesquisa de estudo de campo Pesquisa de estudo de caso