Carregar apresentação
PublicouBárbara Mendes Alterado mais de 10 anos atrás
1
CONSERVAÇÃO DE CARNES ATRAVÉS DA RADIAÇÃO GAMA
I.INTRODUÇÃO Carne: qualquer tecido animal que possa ser utilizado como alimento A) carne vermelha: bovina, suína e ovina B) carne de aves: frango e peru C) pescado: peixes (água doce e salgada) e frutos do mar D) carne de caça: animais não domesticados
2
II. ALTERAÇÕES DA CARNE A) biológicas: principal processo de deterioração causada pela ação microbiana (bactérias, fungos e leveduras) B) químicas: efeito do oxigênio e água ex: oxidação lipídica: O2 está disponível e pode causar o sabor de ranço oxidação de pigmentos – causa descoloração C) físicas: efeito da luz e calor
3
III. MÉTODOS DE CONSERVAÇÃO
1. Conservação pelo frio 1.1. Refrigeração 1.2. Congelamento 2. Conservação pelo calor 2.1. Pasteurização 2.2. Rapertização – esterilização
4
4. Conservação pela adição de preservativos 4.1. Cloreto de sódio
3. Conservação pelo controle de umidade 3.1. Salga e secagem 3.2. Desidratação 3.3. Liofilização 4. Conservação pela adição de preservativos 4.1. Cloreto de sódio 4.2. Nitrato ou nitrito de sódio ou potássio – para elaboração de produtos curados 5. Conservação pelo uso de embalagens
5
6. CONSERVAÇÃO POR RADIAÇÃO IONIZANTE
- Principal ação da irradiação na conservação de carnes é sua ação direta nos microrganismos - Aplicações: 1. RADURIZAÇÃO 2. RADICIDAÇÃO 3. RADAPERTIZAÇÃO
6
RADURIZAÇÃO OBJETIVO: tratamento do alimento com uma dose de radiação ionizante suficiente para aumentar sua qualidade de conservação causando uma redução substancial no número de microrganismos deteriorantes específicos. DOSE: 1 a 3 kGy + refrigeração
7
MICRORGANISMOS: Pseudomonas, Achromobacter Valor D10 Pseudomonas – 20 –100 Gy Achromobacter – 100 – 600 Gy APLICAÇÃO: Carnes frescas e processadas
8
TRATAMENTO COMBINADO:
* Armazenamento a baixa temperatura (00 a 30C) * Desidratação + Irradiação * Baixa atividade de água
9
PROCEDIMENTO PARA A RADURIZAÇÃO
1. Imersão da carne em solução de 0,5% de tripolifosfato de sódio 2. Embalar os cortes em filme permeável ao oxigênio e impermeável à umidade 3. Colocar os cortes embalados em recipiente que deverá ser fechado à vácuo 4. Irradiar
10
5. Armazenar e transportar em temperaturas abaixo de 5oC
6. Abrir o recipiente 30 min antes da venda 7. Nos locais de venda, os cortes individuais embalados deverão ser mantidos a 0 – 5oC e vendidos em 72 h
13
Principal dificuldade na irradiação de carnes vermelhas e aves:
* desenvolvimento de um sabor indesejável, semelhante a queimado e descrito como “cachorro molhado” ou “cáprico” Quando a irradiação é feita em temperaturas abaixo de 00C o desenvolvimento do sabor é reduzido
16
RADICIDAÇÃO OBJETIVO: tratamento do alimento com uma dose de radiação ionizante suficiente para reduzir o número de bactérias patogênicas não formadoras de esporos, a um nível que nenhuma seja detectada no alimento tratado quando este for examinado por algum método biológico reconhecido DOSE: 2 a 10 kGy
17
MICRORGANISMOS: *Salmonella- D10 – 0,4 a 0,8 kGy -Yersinia enterocolítica - D10 – 0,04 a 0,2 kGy -Campylobacter jejuni - D10 – 0,4 a 0,8 kGy -Staphylococcus aureus - D10 – 0,4 a 0,8 kGy -Escherichia coli (0157:H7) - D10 – 0,24 a 0,4 kGy -Streptococcus faecalis - D10 – 0,65 a 0,86 kGy -Clostridium perfrigens - D10 – 0,4 a 0,8 kGy
19
PARASITAS: Trichinella spiralis – em porco (300 Gy) Taenia saginata – em carne bovina Taenia soluim – em carne de porco doses altas TRATAMENTO COMBINADO: · Salga · Cura · Refrigeração (< 3oC) · Aquecimento
20
RADAPERTIZAÇÃO OBJETIVO: tratamento do alimento com uma dose de radiação ionizante suficiente para inibir totalmente a atividade dos microrganismos com capacidade para proliferar no alimento DOSE: 20 a 60 kGy
21
MICRORGANISMOS: Clostridium, Moraxella, Acinetobacter, Micrococcus radiodurans. ALIMENTOS: produtos enlatados ou embutidos em geral (pH elevado) TRATAMENTO COMBINADO: · Irradiação a baixas temperaturas (- 30oC) · Aquecimento + Irradiação · Ausência de O2
22
MDR (Mínima Dose de Radiação)
MDR = 12D10 (dose necessária para reduzir por um fator de 1 x 1012 o número de esporos mais resistentes do gênero Clostridium) MDR é determinada através do método do “pacote inoculado” A dose 12D10 pode ser estimada usando a mínima dose experimental requerida para esterilização baseada em amostras não inchadas e não tóxicas, e, por exemplo, pelo método de limite de confiança binomial e valores estatísticos extremos
24
Enzimas: que causam proteólise não são inativadas com doses na faixa das MDR são mais sensiveis ao calor Portanto: carnes radapertizadas não podem estar cruas, devem ser aquecidas moderadamente inativa bactérias vegetativas resistentes à radiação, vírus e parasitas
27
EMBALAGEM: 1. Evita a recontaminação 2. Evita a deterioração química (O2 atmosférico) 3. Evita a perda de umidade 4. Excluir o O2 durante a irradiação para evitar a oxidação EMBALAGENS UTILIZADAS 1. Latas de folha-de-frandes 2. Filmes flexíveis laminados
28
PROCESSO 1. Tratamento térmico 2. Embalagem a vácuo Irradiação
29
FORMAÇÃO DE GASES No espaço livre entre o alimento e a tampa formam-se gases pela radiação que causam alguma perda do vácuo inicial. Os gases são: 1. Principalmente hidrogênio 2. Quantidades menores de CO2 3. Pequena quantidade de CO
30
VANTAGENS DA RADAPERTIZAÇÃO EM RELAÇÃO AO PROCESSO TÉRMICO
1. Irradiação não altera a capacidade de retenção de água 2. Produtos secos como carnes assadas e fritas podem ser radapertizadas 3. Distribuição de energia mais uniforme 4. Irradiação aumenta a solubilidade do colágeno – aumentando a maciez A irradiação pode ser usada para substituir ou reduzir o uso de nitrito em carnes curadas
31
ACEITABILIDADE DA CARNE RADAPERTIZADA
Apresentações semelhantes
© 2024 SlidePlayer.com.br Inc.
All rights reserved.