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Segurança do Paciente na Atenção ao Parto e Nascimento

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Apresentação em tema: "Segurança do Paciente na Atenção ao Parto e Nascimento"— Transcrição da apresentação:

1 Segurança do Paciente na Atenção ao Parto e Nascimento

2 Serviços obstétricos – princípios
Toda mulher tem direito a ser tratada com dignidade e respeito O nascimento é uma celebração e um momento único para a mulher e para a família e eles têm o direito de vivenciar o parto como uma experiência positiva Para isso: Cuidado centrado na mulher, no bebê e na família Cuidado voltado para aumentar a probabilidade de que uma mulher saudável dê à luz um bebê saudável Cuidado baseado nas melhores evidências científicas disponíveis Relação entre a mulher, a família e a equipe pautada pela confiança e respeito mútuo A mulher e sua família têm direito à informação sobre o cuidado que recebe Garantir a autonomia e promover a escolha informada

3 Serviços obstétricos – características e peculiaridades
A gestação e o parto são processos fisiológicos Os serviços obstétricos são organizações de saúde que lidam, ao mesmo tempo, com duas pessoas que não apresentam necessariamente doença. O balanço de riscos e benefícios das intervenções deve ser feito simultaneamente tanto para a mãe como para o filho Necessidade de vigilância rigorosa – demanda intensiva de profissionais habilitados para identificar anormalidades Situações de emergência podem surgir e medidas de urgência podem ser necessárias – a janela para intervenção oportuna é estreita

4 Principal problema - morte materna
É a morte de uma mulher durante a gestação ou dentro do período de 42 dias após o término da gestação Independe da duração ou da localização da gravidez Pode ser por qualquer causa relacionada com ou agravada pela gravidez ou, ainda, por medidas que se referem a ela, porém não em virtude  de causas acidentais ou incidentais (Organização Mundial da Saúde, p. 143)

5 Principal problema - morte materna
É considerada um evento sentinela – alerta para o fato de que houve alguma falha no cuidado prestado Deve deflagrar um conjunto de medidas para que suas causas sejam esclarecidas e corrigidas Indicador da qualidade do sistema de saúde – refere-se ao acesso aos serviços, à adequação e à oportunidade do cuidado (Benagiano e Thomas, 2003)

6 Causas da morte materna
As quatro causas mais frequentes da morte materna são: hemorragia grave eclâmpsia e pré-eclâmpsia infecções aborto inseguro Essas quatro causas respondem por 80% das mortes para as quais se conta com tecnologias efetivas (Ronsmans e Graham, 2006). Cada país apresenta um quadro particular, incluindo outras causas, por exemplo, doenças cardiovasculares ou tromboembolia venosa, como no caso dos Estados Unidos da América (Mhyre, 2012).

7 Outros problemas Há muito é sabido que a morte materna é apenas a ponta de um iceberg (Laurenti 1988; Hafez 1998). Segundo Geller e colegas (2004), entre a gestação saudável e a morte materna há um continuum de resultados não fatais que também são muito importantes. De acordo com o estudo de Callaghan e colegas (2008), a morbidade materna grave (near miss materno) é 50 vezes mais comum que a morte materna e pode causar danos importantes, muitas vezes de caráter permanente, mas essa é uma realidade pouco conhecida.

8 Near miss materno - conceito
Near miss materno – diz respeito às situações em que mulheres apresentam complicações potencialmente letais durante a gravidez, parto ou puerpério, e só sobrevivem em razão do acaso ou do cuidado à saúde prestado. Termo cunhado por Stones e colegas em até hoje é objeto de estudo e discussão para definir os critérios para classificar esses quadros ameaçadores da vida. A OMS propôs um conjunto de critérios de identificação dos casos de near miss materno para facilitar as revisões, o monitoramento e contribuir com a melhoria do cuidado prestado (Say et al, 2009).

9 Outros problemas Além dos incidentes comuns a outros serviços de saúde, como quedas e aqueles relacionados a medicamentos e transfusões de sangue e hemocomponentes, há um conjunto de incidentes com dano (eventos adversos) típicos da área obstétrica. Podem variar de gravidade desde a morte materna e situações ameaçadoras da vida (near miss materno - hemorragia pós-parto, eclâmpsia, ruptura uterina, infecções puerperais e outras) a outros incidentes que provocam danos de menor gravidade (lacerações de períneo, cefaleia pós-raquianestesia, fístulas vaginais, entre outras), que podem surgir inclusive em períodos posteriores à alta hospitalar (Cunningham et al., 2012). Embora alguns desses incidentes não signifiquem risco de morte para as mães, podem trazer desconforto e repercussões para a vida sexual e reprodutiva.

10 Eventos adversos de menor gravidade
Fatores que interferem na evolução pelo continuum da saúde materna Socio-demográficos Clínico-obstétricos Assistenciais Gestantes saudáveis Eventos adversos de menor gravidade Morbidade Grave Near Miss Materno Morte Materna Estratégias de prevenção

11 Fatores assistenciais
Geller e colegas (2004) afirmam que: os fatores assistenciais desempenham importante papel na rapidez da progressão da mulher no continuum da saúde materna quanto mais grave o quadro, maior a probabilidade de haver fator assitencial prevenível envolvido Desafios: compreender como esses fatores que estão relacionados às  organizações de saúde e aos arranjos que estruturam o sistema de saúde afetam os resultados dos serviços obstétricos identificar as intervenções efetivas para promover a melhoria do cuidado mudança de cultura e de rotinas

12 Fatores assistenciais
Contexto organizacional complexo Profissionais com diferentes tipos de formação Avanços tecnológicos e incorporação acrítica ou inadequada da tecnologia Difícil padronização, em função de necessidades distintas Sobrecarga de trabalho em ambiente de tensão Estrutura inadequada

13 Fatores assistenciais
RELACIONADOS À ESTRUTURA RELACIONADOS AO PROCESSO QUADRO DE PROFISSIONAIS APARATO TECNOLÓGICO PROTOCOLOS E ROTINAS INSTALAÇÕES FÍSICAS TRANSPORTE DE PACIENTES REFERÊNCIAS E CONTRAREFERÊNCIAS SERVIÇOS DE APOIO (LABORATORIAL, TRANSFUSIONAL, etc) TREINAMENTOS ESPECÍFICOS E PERIÓDICOS USO ROTINEIRO DE TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO REGISTRO DE SINAIS VITAIS, CONDUTAS E PROCEDIMENTOS NO PRONTUÁRIO USO DE TÉCNICAS NÃO FARMACOLÓGICAS DE CONTROLE DA DOR PRESENÇA DO ACOMPANHANTE

14 Fatores assistenciais
Modelo dos Três Atrasos (Thaddeus e Maine, 1994) É sabido que a maior parte das mortes maternas poderia ser evitada com cuidado de saúde adequado e oportuno Modelo identifica os obstáculos para a utilização dos serviços obstétricos adequados e de alta qualidade em tempo oportuno Uma abordagem que embasa a priorização de intervenções para melhorar a disponibilidade e a acessibilidade aos serviços de saúde Estudos recentes (Amorim et al., 2008; Pacagnella et al., 2014) apontam que esse modelo também explica uma parte significativa dos casos de near miss materno

15 Modelo dos Três Atrasos (Thaddeus e Maine, 1994)
Fatores que afetam a utilização e o desfecho Atrasos 1º Atraso Decisão para buscar o serviço de saúde Fatores socioeconômicos e culturais 2º Atraso Identificar e alcançar o serviço de saúde adequado Acessibilidade aos serviços de saúde 3º Atraso Receber o cuidado adequado no momento oportuno Qualidade do cuidado

16 Fatores assistenciais
Modelo dos Três Atrasos (Thaddeus e Maine, 1990) 1º ATRASO 2º Atraso 3º ATRASO Atraso na decisão de procurar cuidados por parte da mulher, da família ou de ambos. Fatores relevantes: Grau de informação sobre as situações que merecem cuidado Distância da unidade de saúde Custo financeiro envolvido Experiência anterior negativa com o sistema de saúde Percepção negativa da qualidade do cuidado recebido Atraso em alcançar uma unidade de cuidados de saúde adequada. Fatores relevantes: Distribuição geográfica dos serviços de saúde – se inadequada, demanda grandes deslocamentos e muito tempo de viagem; dificuldades de transporte (incluindo custos e meios de transporte) Atraso em receber os cuidados adequados nos serviços de saúde. Fatores relevantes: Falta de insumos, instrumental e equipamentos Insuficiência de profissionais de saúde Falta de equipe com treinamento adequado

17 Problemas comuns na condução do parto
Falha em reconhecer/responder de modo adequado ao sofrimento fetal pré-parto/ intraparto Incapacidade de realizar uma cesariana no momento oportuno (até 30 minutos após a decisão) O uso inadequado da ocitocina → hiperestimulação uterina / ruptura uterina Uso inadequado de fórceps / vácuo → trauma fetal e lesões perineais Subestimação da perda de sangue na cirurgia Subestimação da perda de sangue no pós-operatório

18 Problemas comuns na condução do parto
Falta de compreensão de que mulheres jovens e saudáveis, podem perder grandes quantidades de sangue antes de sua pressão arterial cair Comunicação entre enfermeiros e médicos inadequada Dificuldades de comunicação com o laboratório para definir necessidade de sangue Dificuldade de controlar adequadamente a pressão arterial em mulheres hipertensas Demora em diagnosticar e tratar o edema pulmonar em mulheres com préeclâmpsia Pouca atenção aos sinais vitais pós-cesariana

19 Fatores assistenciais – aspectos relevantes para a Melhoria da Qualidade e Segurança
Intervenções no sistema de saúde, nas organizações de saúde, tais como a definição de protocolos, revisão e treinamento de seus procedimentos, podem modificar o comportamento dos fatores assistenciais e produzir melhorias na qualidade dos serviços, tornando-os mais efetivos, seguros e eficientes. Não são intervenções simples, geralmente é necessário combinar um conjunto de intervenções Cultura organizacional joga um forte papel – há resistências à mudanças Projetos devem ser de longo prazo para alcançar mudanças sustentáveis

20 Fatores assistenciais - aspectos relevantes para a Melhoria da Qualidade e Segurança
Envolvimento da alta direção e das lideranças nas organizações Conhecer a organização e compartilhar visão sobre qualidade e segurança – onde estamos e para onde queremos ir Todos estão implicados com a qualidade e a segurança – verbos nas várias pessoas da organização (eu faço, ele faz, nós fazemos) Reconhecer que o processo da melhoria é contínuo Devolução dos resultados Renovação de compromissos

21 Qualidade da atenção em serviços obstétricos – do que é que estamos falando?

22 Qualidade da atenção em serviços obstétricos – Contextualizando os conceitos
Dimensão Operacionalização Segurança Minimização do risco de erro ou dano. Cuidado pautado na fisiologia do parto minimiza o uso de intervenções e opta por aquelas com risco estabelecido por critérios científicos, o que torna o cuidado mais seguro Efetividade Cuidado prestado de acordo com as indicações de uso e os padrões estabelecidos alcança os benefícios esperados Centralidade na mulher e no bebê Cuidado tem por base as necessidades, os valores, a cultura e as preferências da mulher e sua família, promovendo resultados de saúde ideais. As decisões são tomadas para otimizar a saúde materna e neonatal e não por conveniência da equipe ou da organização de saúde Oportunidade Cuidado prestado quando necessário, pois a espera pode comprometer a segurança. Isso inclui fornecer informação clara em tempo hábil para apoiar a tomada de decisão da mulher e sua família. Eficiência Cuidado prestado de modo a produzir os maiores benefícios possíveis com o uso mais adequado dos recursos e da tecnologia. Maternidade eficiente evita o desperdício com o uso excessivo, inadequado e com os erros Equidade As mulheres e as famílias de todos os grupos raciais, étnicos e socioeconômicos têm acesso aos mesmos cuidados de alta qualidade, qualquer variação nos cuidados está pautada apenas nas necessidades e valores da mulher e na sua saúde e de seu bebê. Também significa que os cuidados obstétricos consideram barreiras linguísticas, culturais e geográficas.

23 Conhecer, medir e monitorar
Para melhorar a qualidade dos cuidados de saúde prestados é preciso conhecer bem a realidade Auto-avaliação - com orientação de padrões de qualidade estabelecidos pela autoridade sanitária ou por organismos de acreditação; observar tanto aspectos relacionados à estrutura como ao processo Entrevistas com profissionais e pacientes Uso de rol de rastreadores de eventos adversos – traçar perfil do serviço obstétrico Uso de ferramentas para identificação de causas e fatores contribuintes Falhas e deficiências identificadas devem orientar intervenções e investimentos Medidas de resultados criteriosamente selecionadas para monitoramento – painel de indicadores

24 Iniciativas para a melhoria do cuidado e da segurança do paciente em serviços obstétricos
Difundir o conhecimento produzido e consolidado Classificação das intervenções utilizadas na obstetrícia, com base em revisões sistemáticas, em quatro categorias (“Care in normal birth: a practical guide” , WHO, 1996) Práticas que são comprovadamente úteis e devem ser incentivadas Práticas que são claramente danosas ou ineficazes e devem ser abandonadas Práticas para as quais não existem evidências suficientes para permitir uma recomendação clara e que devem ser utilizadas com reserva Práticas que são frequentemente usadas de forma inadequada

25 Práticas que são comprovadamente úteis e devem ser incentivadas
1. Plano individualizado que determine onde e por quem o parto será realizado, feito com a mulher durante a gravidez e dado a conhecer ao seu companheiro ou, se for o caso, à família 2. Avaliar o risco da gravidez, durante o pré-natal, reavaliar a cada contato com o sistema de saúde e no primeiro contato com o profissional de saúde ( médico ou enfermeiro) durante o trabalho de parto e parto 3. Monitorar o bem-estar físico e emocional da mulher ao longo do trabalho de parto, parto e após o nascimento do bebê 4. Oferecer líquidos por via oral durante o trabalho de parto 5. Respeitar a escolha informada das mulheres sobre o local de nascimento 6. Respeitar o direito da mulher à privacidade no local do parto 7. Apoio empático pelos profissionais de saúde durante o trabalho de parto

26 Práticas que são comprovadamente úteis e devem ser incentivadas
8. Respeitar a escolha das mulheres do acompanhante durante o trabalho e parto 9. Dar às mulheres o máximo de informações e explicações que desejarem 10. Usar de métodos não invasivos e não farmacológicos de alívio da dor durante o trabalho 11. Monitorar o feto com ausculta intermitente 12. Usar materiais descartáveis ​​e descontaminação adequada de materiais reutilizáveis ​​ao longo do trabalho de parto 13. Usar luvas no exame vaginal, durante o nascimento do bebê e na manipulação da placenta 14. Liberdade de posição e movimento durante o trabalho de parto

27 Práticas que são comprovadamente úteis e devem ser incentivadas
15. Incentivar a posição não supina durante o trabalho de parto 16. Monitorar o progresso do trabalho de parto, por exemplo, com a utilização de partograma 17. Ocitocina profilática na terceira fase do trabalho de parto em mulheres com um risco de hemorragia pós-parto 18. Esterilizar corte do cordão umbilical 19. Prevenir de hipotermia do bebê 20. Promover contato pele a pele entre mãe e filho, dando apoio ao início do aleitamento materno dentro de 1 hora após o parto 21. Orientar sobre a amamentação 22. Exame de rotina da placenta e as membranas

28 Práticas que são claramente danosas ou ineficazes e que devem ser abandonadas
1. Uso rotineiro de enema 2. Uso rotineiro de tricotomia 3. Infusão intravenosa rotineira no trabalho de parto 4. Inserção profilática de rotina de cânula intravenosa 5. Posição supina de rotina durante o trabalho de parto 6. Exame retal 7. Uso de raios-X para pelvimetria 8. Administração de ocitócitos em qualquer momento antes do parto, se seu efeito não puder ser controlado

29 Práticas que são claramente danosas ou ineficazes e que devem ser abandonadas
9. Uso rotineiro da posição de litotomia, com ou sem estribos, durante o trabalho de parto 10. Manobra de Valsalva durante o segundo estágio do trabalho de parto 11. Massagens e distensão do períneo durante o segundo estádio de trabalho 12. Uso de ergometrina oral no terceiro estágio do trabalho de parto para prevenir ou controlar hemorragias 13. Uso rotineiro de ergometrina parenteral no terceiro estágio do trabalho de parto 14. Lavagem rotineira do útero depois do parto 15. Revisão rotineira (exploração manual) do útero depois do parto

30 Práticas para as quais não existem evidências suficientes para permitir uma recomendação clara e que devem ser utilizadas com reserva 1. Métodos não farmacológicos de alívio da dor durante o parto, como ervas, imersão em água e estimulação nervosa 2. Amniotomia de rotina no início do primeiro estágio do trabalho de parto 3. Pressão aplicada no fundo do útero durante o parto 4. Manobras relacionadas à proteção do períneo no manejo da progressão da cabeça fetal, no momento de nascimento 5. Manipulação ativa do feto no momento de nascimento 6. Uso rotineiro de ocitocina, tração controlada do cordão, ou a combinação dos dois durante o terceiro estágio do trabalho de parto 7. Clampeamento precoce do cordão umbilical 8. Estimulação do mamilo para aumentar contrações uterinas durante o terceiro estágio do trabalho de parto

31 Práticas que são frequentemente usadas de forma inadequada
1. Restrição de ingestão de alimentos e líquidos durante o trabalho de parto 2. Controle da dor por agentes sistêmicos 3. Controle da dor por analgesia epidural 4. Monitoramento fetal eletrônico 5. Uso de máscaras e aventais estéreis durante o atendimento ao trabalho de parto 6. Exames vaginais frequentes e repetidos 7. Aumento da infusão de ocitocina 8. Mover a mulher para uma sala diferente, como rotina, no início do segundo estágio

32 Práticas que são frequentemente usadas de forma inadequada
9. Cateterismo vesical 10. Incentivar a mulher a fazer força quando há dilatação cervical completa ou quase completa antes que ela sinta necessidade de fazê-lo 11. Estipular de forma rígida a duração do segundo estágio do trabalho de parto, se as condições maternas e fetais são boas e se houver progresso do trabalho de parto 12. Parto cirúrgico 13. Uso rotineiro ou liberal da episiotomia 14. Exploração manual do útero depois do parto

33 Iniciativas para a melhoria do cuidado e da segurança do paciente em serviços obstétricos
Identificar de eventos adversos, conhecer suas causas e fatores contribuintes Uso de rol de rastreadores para orientar a revisão de prontuários Observação direta de processo de trabalho Mapeamento de pontos críticos de controle Aplicação de ferramentas como Análise de Causa-Raiz Sessões clínicas com equipes

34 Iniciativas para a melhoria do cuidado e da segurança do paciente em serviços obstétricos
Identificar de eventos adversos e conhecer suas causas e fatores contribuintes NOME DA TÉCNICA USO DESCRIÇÃO Sampling at Service Sites (SSS) Medir a mortalidade materna Estratégia para captar dados sobre mortes maternas em que os pesquisadores/investigadores visitam os locais onde se encontra grande número de mulheres potencialmente expostas, tais como serviços de saúde. Rapid Ascertainment Process for Institutional Death (Rapid) Método para melhorar o monitoramento de mortes hospitalares relacionadas à gravidez, identificando retrospectivamente os óbitos que possam ter sido perdidos durante notificações de rotina. Tracing adverse and favourable events in pregnancy care (Trace) Medir e descrever a mortalidade materna, morbidade e a qualidade dos serviços de cuidado obstétrico Inquéritos para rastrear eventos adversos ou desfavoráveis no cuidado obstétrico. Obtenção de informação qualitativa sobre os casos de morte materna; morbidade materna grave (near miss) e, se necessário, casos normais e outras complicações. Perceptions of Quality of Care (PQOC) Medir e descrever a qualidade dos serviços de cuidado obstétrico Métodos qualitativos para estudo das percepções dos membros da comunidade e provedores em relação a barreiras e facilitadores do cuidado de boa qualidade. Fornece informação sobre fatores que podem afetar os cuidados especializados ao parto. Health Worker Incentives Survey (HWIS) Avaliar fatores ligados aos sistemas de saúde Questões para investigar fatores motivacionais em profissionais de saúde e outros aspectos do contexto ligados aos recursos humanos com vistas a obter medidas de funcionalidade dos serviços. Outcomes after Pregnancy (OAP) Medir a morbidade materna Estratégia interdisciplinar para explorar a relação entre consequências sociais, psicológicas, físicas e econômicas das complicações durante a gravidez e parto. Maternal Death from Informants (Made-in) and Maternal Death Follow-on Review (Made-for) Técnica de pesquisa que usa informantes para identificar mortes relacionadas à gravidez, objetivando estimar a razão de mortalidade materna e fornecer informações sobre as possíveis causas de mortalidade. Entrevistas de seguimentos com familiares das pacientes que foram ao óbito, confirmando se as mortes são maternas ou não e explorando as causas e circunstâncias da morte. Fonte: Reis, LGC. Maternidade Segura. In: Sousa, Paulo (Org.) Segurança do Paciente: conhecendo os riscos nas organizações de saúde. 1.ed. Rio de Janeiro, EAD/ENSP, v.1,p

35 Iniciativas para a melhoria do cuidado e da segurança do paciente em serviços obstétricos
Implementar projetos inovadores que tenham forte base científica “Idealized Design of Perinatal Care” - Institute for Healthcare Improvement (IHI) Projeto de inovação com base nos princípios da ciência da confiabilidade e no modelo do IHI para aplicar estes princípios para melhoria do cuidado à saúde desenvolvimento de processos clínicos confiáveis para gerenciar o trabalho de parto uso de princípios que melhoram a segurança (ou seja, a prevenção, detecção e mitigação de erros) definição de equipes de saúde que devem ser treinadas para se comunicar de forma eficaz entre si e com as mães e as famílias foco na mãe e na família como locus de controle durante o trabalho de parto Disponível em:

36 Iniciativas para a melhoria do cuidado e da segurança do paciente em serviços obstétricos
Treinamentos para equipes multidisciplinares na área obstétrica NOME DO CURSO DESCRIÇÃO Advances in Labor and Risk Management (ALARM) Programa de educação continuada para os prestadores de cuidados intraparto da Sociedade de Obstetras e Ginecologistas do Canadá (SOGC). Advanced Life Support in Obstetrics (ALSO) Curso multidisciplinar para o gerenciamento de emergências obstétricas. Care Team OB Curso institucional para o aprimoramento de habilidades, preparação para emergências, trabalho em equipe e melhorias de comunicação. Managing Obstetrical Risks Efficiently (MORE OB) Programa abrangente, com três anos de duração, inclui segurança do paciente e desenvolvimento profissional para a melhoria de unidades de obstetrícia do hospital. Practical Obstetric Multiprofessional Training (PROMPT) Programa de formação multiprofissional inclui parteiras, obstetras e anestesistas aprovados pelo Royal College of Midwives e pelo Royal College of Obstetricians and Gynaecologists (UK). STABLE Program Curso de pós-ressuscitação / cuidado de estabilização pré-transporte de crianças doentes. Nível estável para açúcar e seguro cuidado, temperatura, vias aéreas, pressão arterial, exames laboratoriais, apoio emocional. Team Strategies and Tools to Enhance Performance and Patient Safety (Team STEPPS) Sistema de trabalho em equipe desenvolvido para os profissionais de saúde com foco na melhoria da segurança do paciente, o que tem sido aplicada aos cuidados de maternidade. CRM – Crew Resource Management Programa de treinamento para equipes, especialmente desenhado para aprimorar a comunicação. Fonte: Reis, LGC. Maternidade Segura. In: Sousa, Paulo (Org.) Segurança do Paciente: conhecendo os riscos nas organizações de saúde. 1.ed. Rio de Janeiro, EAD/ENSP, v.1,p

37 Iniciativas para a melhoria do cuidado e da segurança do paciente em serviços obstétricos
Adotar instrumentos Cartão da gestante Partograma Checklists - Birthing Unit Surgical Safety Checklist - adaptação do checklist da cirurgia segura para área obstétrica (Singh et al., 2013) WHO Safe Childbirth Checklist program to improve quality of care at childbirth (Spector JM et al., 2013)

38 Pontos críticos para melhoria do cuidado obstétrico
Preparação dos serviços para resposta rápida às emergências obstétricas Adequação da estrutura – quantitativo da equipe, medicamentos e outros insumos necessários, apoio diagnóstico e suprimento de sangue; preparação da equipe com adoção de protocolos de comunicação, treinamento com simulação para identificação de situações de risco, intervenção coordenada Higienização das mãos e material corretamente esterilizado Registro de sinais vitais e procedimentos – preenchimento correto do partograma Interpretação correta da cardiotocografia fetal

39 Pontos críticos para melhoria do cuidado obstétrico
Padronização do uso da ocitocina (para indução e aceleração do trabalho de parto) Padronização para prevenção, identificação e tratamento da hemorragia pós-parto Adoção de medidas para indicação correta da cesárea Abandono de práticas classificadas como claramente danosas ou ineficazes Comunicação com a mulher e a família Ambiente adequado para adoção de técnicas não farmacológicas para o controle da dor

40 Pontos críticos para melhoria do cuidado obstétrico
Acomodação adequada para permitir a presença de acompanhante e a privacidade durante o trabalho de parto e parto Não discriminar mulheres por quaisquer motivos Atenção adequada às adolecentes Tratamento acolhedor e ambiente calmo Não adoção de rotinas iguais para todas

41 Agenda de compromisso Reduzir o número de partos cesáreos
Reduzir os partos programados para gestações entre 36(0/7)-38(6/7) semanas para as quais não haja indicação médica Garantir a presença do acompanhante durante todo o período de internamento Garantir transporte e internação para a gestante em trabalho de parto Oferecer informação clara e correta à gestante e à família Diminuir as taxas nacionais de transmissão vertical do HIV

42 Referências

43 Elaboração Produção Prof. Dra. Lenice Gnocchi da Costa Reis
ENSP/FIOCRUZ Produção PROQUALIS

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