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O desafio em ajudar o paciente a parar de fumar

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Apresentação em tema: "O desafio em ajudar o paciente a parar de fumar"— Transcrição da apresentação:

1 O desafio em ajudar o paciente a parar de fumar
Fernanda Miranda de Oliveira Pneumologista

2 TABAGISMO O tabagismo é uma doença crônica, gerada pela dependência física e psicológica da nicotina. Todos os derivados do tabaco são nocivos à saúde. É o mais importante fator de risco isolado de doenças graves e fatais. História Social x História Patológica Pregressa Estando por isso inserido na Classificação Internacional de Doenças (CID10) da OMS no grupo das dependencias quimicas. O usuário de produtos de tabaco é exposto continuamente a mais de 4 mil substâncias tóxicas, muitas delas cancerígenas. Esta exposição faz do tabagismo o mais importante fator de risco isolado de doenças graves e fatais. Um dos desafios que se impõe é entender que no passado o tabagismo estava inserido na anamnese do paciente como um hábito de vida e que hoje ele precisa estar na HPP do paciente.

3 Prevalência de Tabagismo no Brasil
Total (%) Homens (%) Mulheres (%) 2006 16,2 20,2 12,7 2007 16,6 21,3 12,5 2008 16,1 20,5 12,4 2009 15,5 19,0 2010 15,1 17,9 De acordo com vigitel (VIGILÂNCIA DE FATORES DE RISCO E PROTEÇÃO PARA DOENÇAS CRÔNICAS POR INQUÉRITO TELEFÔNICO) 2010 o tabagismo tem prevalencia de 15,1 na pop geral o que a caracteriza como uma das doenças mais prevalentes no Brasil. Essa prevalencia vem caindo em relação a 1982 ano em que os dados estatisticos apontaram valores em torno de 36 a 39%. Houve essa queda muito grande desde 1982 até 2006 e a partir daí houve estabilização. Vigitel

4 São atribuíveis ao consumo de tabaco:
45% das mortes por doença coronariana; 85% das mortes por doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC); 25% das mortes por doença cérebro-vascular; 30% das mortes por câncer, sendo que 90% dos casos de câncer de pulmão ocorrem em fumantes. O tabagismo é também considerado doença pediátrica: 90% dos fumantes começam a fumar antes dos 19 anos, sendo que 15 anos é a idade média de iniciação. 100 mil jovens começam a fumar no mundo a cada dia, segundo o Banco Mundial. 80% deles vivem em países em desenvolvimento. Segundo dados do Instituto Nacional do Cancer no Brasil, orgão responsável pelo controle do tabaco em nosso país, coordenador de atividades, etc; são atribuíveis ao consumo do tabaco: INCA

5 Por que é tão difícil parar de fumar?
Droga que tem aceitação social, seu uso é legalizado, de fácil acesso, relativamente barata. Causa dependência física e psicológica. Tratar a dependência é muito difícil. Tratamento da doença x prevenção. Médicos e pacientes concordam que tratar a dependencia é muito difícil. No meio medico ainda prevalece a cultura de priorizar o tratamento da doença e não a sua prevenção, a atuação dos profissionais da saude e das politicas governamentais no combate ao uso do tabaco tem se mostrado pouco ativa e sua abordagem ainda é insuficiente.

6 Estratégias da OMS para o controle do tabaco.
Convenção – Quadro da OMS para o Controle do Tabaco. MPOWER Monitoring: monitorar a epidemia Protecting: proteger a população contra a fumaça do tabaco Offering: Oferecer ajuda para deixar de fumar Warning: advertir sobre os malefícios Enforcing: fazer cumprir a proibição da publicidade, promoção e patrocínio Raising: aumentar impostos dos produtos do tabaco. O Desafio em ajudar os pacientes a parar de fumar se inicia muito antes da consulta médica. Para reduzir os danos causados pelas diversas formas de uso desse produto, diferentes estratégias foram concebidas e adotadas. O controle do tabagismo é custo-efetivo quando comparado com outras intervençõesde redução de riscos e prevenção de doenças. A OMS lançou um pacote de intervenções para redução de demanda por produtos do tabaco.

7 Os médicos estão preparados para este desafio?
Em Portugal: 8% dos médicos de família prescrevem medicamentos para deixar de fumar. Os médicos não estão treinados para promover a cessação. Universidades não incluem formação na área da cessação tabágica. Falta de tempo para abordar questões complexas e inerentes ao tratamento. Apenas oito por cento dos médicos de família prescrevem medicamentos para deixar de fumar, revelam dados da consultora IMS Health que confirmam a preocupação de alguns especialistas com a falta de formação dos clínicos para tratar o tabagismo. Sendo que este número possivelmente ainda é menor. Os dados foram recolhidos entre Julho de 2007 e Junho de 2008 junto de médicos de clínica geral em Portugal Não há nada nas escolas que ensine os médicos a trabalhar nesta área. Depois de formado e no mercado de trabalho outras questões como por exemplo o tempo disponível para cada paciente limita a abordagem do médico ao fumante.

8 Como o médico pode intervir para ajudar o paciente?
Intervenções breves Incluir na anamnese o PAAP (Abordagem Mínima) Perguntar Avaliar Aconselhar Preparar A literatura comprova o impacto de intervenções breves, durante a consulta de rotina, na interrupção do uso do tabaco, e isto é fundamental, pois aumenta a chance de bons resultados. Apesar dessa rotina já estar instituida nos EUA, em 32% dos prontuários ainda não é descrito se o pac é ou não fumante, 81% não recebem assistencia e menos de 2% recebem medicamento. Perguntar se o paciente fuma, aconselhá-lo a parar de fumar, avaliar a motivação para parar, preparar os pacientes que querem parar de fumar ou motive-os a parar se ainda não querem, acompanhar os pacientes. Ela deve ser realizada por todos os médicos, rápida e objetiva, é considerada uma das ações mais importantes na cessação do tabagismo. Esse tipo de abordagem em cada consulta eleva a taxa de cessação de 3% para 8%.

9 Perguntar Você fuma? Há quanto tempo fuma?
Quantos cigarros fuma ao dia? Qual o tempo que leva para acender o primeiro cigarro do dia? Você pensa em parar de fumar? Você já tentou parar alguma vez?

10 Avaliar Determinar o grau de dependência: Escala de Fagerström,
Histórico de tentativas prévias, Estímulos que levam a acender o cigarro, Presença ou não de doença relacionada ao tabagismo.

11 Avaliar Determinar o grau de motivação do fumante em abandonar o comportamento: Pré-contemplativo Contemplativo Determinação Ação Manutenção Recaída Pré = ainda não tem a intenção de parar, não está pronto para a mudança de comportamento. Contemplativo: reconhece que precisa parar e quer mudar o comportamento, porém ainda deseja fumar (ambivalência). Determinação: quer parar de fumar e está pronto para tomar as medidas necessárias. Ação: empenha-se em atitudes com a intenção de promover as mudanças e entrar em abstinência. Manutenção: mantém uma situação de mudança de comportamento que já conquistou e permanece em abstinência. Recaída: não consegue manter a situação de abstinencia conquistada e retorna ao comportamento de fumante. Prochaska, J. O., Velicer, W. F., DiClemente, C. C., & Fava, J. L. (1988). Measuring the processes of change: Applications to the cessation of smoking. Journal of Consulting and Clinical Psychology, 56,

12 Atitude médica recomendada
Aconselhar Motivação Atitude médica recomendada Pré-contemplativo Informar riscos, elevar nível de consciência do problema, encorajar a pensar, estar disponível. Contemplativo Manter-se disponível para falar, mais tarde, em nova visita ou encaminhar para grupo. Determinação Escolher uma data para cessação. Ação Seguimento para prevenir recaída e aliviar sintomas de abstinência. Manutenção Reforçar benefícios, identificar as situações de risco para recaída. Recaída Oferecer apoio para manter a esperança, rever e retomar todo o processo.

13 Preparar Marcar uma data de parada do fumo. Plano de ação.
Farmacoterapia. Apoio cognitivo-comportamental. Tratamento das co morbidades.

14 O desafio em ajudar os pacientes a pararem de fumar
“ Devemos deixar claro ao paciente que é ele quem deve assumir a responsabilidade sobre os próprios atos e decisões a serem tomadas, incluindo a de aceitar ajuda para deixar de fumar.” Feito isso a relação médico paciente passará a pautar-se na confiança, tendo como efeito a redução da distância com o paciente e o fortalecimento do vínculo já estabelecido.

15 O desafio em ajudar os pacientes a pararem de fumar
“ O médico pode, assim, com o estado de sua arte, envolver paulatinamente o paciente no compromisso do tratamento, adotando uma postura empática e encorajadora, sem assumir quaisquer posturas críticas ou julgamentos de valor e, na hora oportuna, iniciar o processo de travessia da condição de fumante para uma nova identidade do paciente, a de ex-fumante.”


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