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A PLATAFORMA e o contexto da Revolução na Ucrânia ( )

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Apresentação em tema: "A PLATAFORMA e o contexto da Revolução na Ucrânia ( )"— Transcrição da apresentação:

1 A PLATAFORMA e o contexto da Revolução na Ucrânia (1918-1921)
OASL Formação Política A PLATAFORMA A PLATAFORMA e o contexto da Revolução na Ucrânia ( ) O anarquismo não é uma bela fantasia, nem uma idéia filosófica abstrata, mas um movimento social das massas trabalhadoras. Grupo dos anarquistas russos no estrangeiro (Dielo Truda)

2 PLANO DA FORMAÇÃO 1. Contexto histórico do processo revolucionário na Ucrânia ( ) 2. Contexto e motivação da Plataforma 3. A Plataforma - Tese central - Estrutura do documento - Conteúdo do documento 4. Debate e desdobramentos

3 1. CONTEXTO HISTÓRICO DO PROCESSO REVOLUCIONÁRIO NA UCRÂNIA (1918-1921)
Revolução de fevereiro de 1917 Forma-se um governo republicano burguês na Rússia, com Kerensky à frente Forma-se na Ucrânia um governo nacionalista burguês, sob a liderança de Petlura Presos políticos são soltos; Após quase 9 anos na prisão, Makhno retorna para Ucrânia para reencontrar os companheiros ainda ativos do Grupo Anarco-comunista de Gulyai-Polye, fundado em 1905 Outubro de 1917 Os bolcheviques tomam o poder na Rússia Na Ucrânia, a burguesia continua no poder Mas criação de sovietes e a tomada e coletivização de terras dos latifundiários pelos camponeses já ocorrem, mas ainda a passos lentos

4 1. CONTEXTO HISTÓRICO DO PROCESSO REVOLUCIONÁRIO NA UCRÂNIA (1918-1921)

5 1. CONTEXTO HISTÓRICO DO PROCESSO REVOLUCIONÁRIO NA UCRÂNIA (1918-1921)
Começo de 1918 (guerra civil na Rússia e início da revolução ucraniana) Acordo dos bolcheviques com os Alemães e os Austríacos (Tratado de Brest-Litovsk): a Ucrânia, com sua saída para o mar, é entregue à Alemanha O governo imperial alemão ocupa a Ucrânia, depõe o governo burguês, devolve as terras aos latifundiários, apoia o poder dos nobres e implanta um governo títere, sob a liderança de Skoropadisky Saque do país: matérias primas, gado, trigo, etc. são confiscados e enviados para a Alemanha A ocupação Alemã desencadeia um movimento generalizado de resistência popular

6 1. CONTEXTO HISTÓRICO DO PROCESSO REVOLUCIONÁRIO NA UCRÂNIA (1918-1921)
Formação do Exército Insurrecional Ucraniano (guerra civil na Rússia e na Ucrânia) Nestor Makhno (que era presidente do soviete local, da união regional dos camponeses e da união dos metalúrgicos e carpinteiros), junto com outros militantes, começa a organizar batalhões de camponeses e operários para enfrentar a ocupação alemã, retomar as terras para os camponeses e combater a burguesia local Dada a insuficiência de batalhões para enfrentar os desafios postos pelas circunstâncias, por exércitos regulares militarmente superiores, criam-se regimentos e um comando geral. Com isso, forma-se o Exercito Insurrecional Ucraniano de camponeses e operários

7 1. CONTEXTO HISTÓRICO DO PROCESSO REVOLUCIONÁRIO NA UCRÂNIA (1918-1921)

8 1. CONTEXTO HISTÓRICO DO PROCESSO REVOLUCIONÁRIO NA UCRÂNIA (1918-1921)

9 1. CONTEXTO HISTÓRICO DO PROCESSO REVOLUCIONÁRIO NA UCRÂNIA (1918-1921)
Controle democrático do exército: 1. O congresso dos sovietes ucranianos elegia o comando geral do exército (Conselho Militar Geral) e tinha o poder de revogá-lo a qualquer momento 2. O alistamento era voluntário 3. Estimativas mais generosas sustentam que o exército revolucionário era composto de aproximadamente trabalhadores A função do exército era, como organização armada do movimento popular, 1. Defender as regiões em que os camponeses e operários tomavam as fábricas e coletivizavam as terras 2. Estender e liberar novas regiões 3. Viabilizar condições para o trabalho construtivo da revolução: organização autogestionária da vida econômica, social e política (da produção no campo e na cidade em forma de conselhos federados – sovietes – e da administração política em forma de federações de comunas livres) 4. Estima-se que as regiões liberadas pelo exército, conformando, sobretudo, o sul e leste do país, chegaram a ter 9 milhões de habitantes, numa área de aproximadamente 300 km².

10 1. CONTEXTO HISTÓRICO DO PROCESSO REVOLUCIONÁRIO NA UCRÂNIA (1918-1921)

11 1. CONTEXTO HISTÓRICO DO PROCESSO REVOLUCIONÁRIO NA UCRÂNIA (1918-1921)

12 1. CONTEXTO HISTÓRICO DO PROCESSO REVOLUCIONÁRIO NA UCRÂNIA (1918-1921)

13 1. CONTEXTO HISTÓRICO DO PROCESSO REVOLUCIONÁRIO NA UCRÂNIA (1918-1921)

14 1. CONTEXTO HISTÓRICO DO PROCESSO REVOLUCIONÁRIO NA UCRÂNIA (1918-1921)

15 1. CONTEXTO HISTÓRICO DO PROCESSO REVOLUCIONÁRIO NA UCRÂNIA (1918-1921)
No curso de 1918 Os alemães são expulsos pelas forças armadas lideradas pela burguesia ao norte e pelo Exército Insurrecional Ucraniano, concentrado no sul do país O exército revolucionário no sul não somente expulsa as tropas de ocupação austro-alemãs, mas também impede o avanço das forças burguesas lideradas por Petlura Os bolcheviques voltam à Ucrânia Final de 1918, 1919 e 1920 O Exército Insurrecional Ucraniano, em aliança com o Exército Vermelho, enfrenta e vence as contraofensivas czaristas lideradas por Denekin e Wrangel Em verdade, o grosso do exército de Denekin é enfrentado e vencido pelo EIU ao sul, em 1919 Campanha bolchevique de difamação do exército revolucionário: são enviadas forças letonas, chinesas e siberianas para dificultar a captação pelo exército insurrecional, i.e, evitar que soldados vermelhos deserdassem e passassem a compor os batalhões maknovistas, como ocorreu na etapa de Denikin

16 1. CONTEXTO HISTÓRICO DO PROCESSO REVOLUCIONÁRIO NA UCRÂNIA (1918-1921)

17 1. CONTEXTO HISTÓRICO DO PROCESSO REVOLUCIONÁRIO NA UCRÂNIA (1918-1921)
... Final de 1918, 1919 e 1920: Em abril 1920, bolcheviques e maknovistas voltam a fazer uma aliança. Agora para enfrentar os exércitos czaristas de Wrangel Em novembro do mesmo ano, em batalhas sangrentas, os brancos são derrotados Após a campanha da Crimeia, em que os maknovistas e os bolcheviques vencem Wragel, os bolcheviques traíram os maknovistas, os atacando pela retaguarda Neste momento, dizimado por anos de guerra, o exército insurrecional conta com apenas combatentes; estima-se que o Exercito Vermelho tenha atacado os maknovistas com soldados Muitos ucranianos camponeses, operários e seus familiares – simpatizantes e/ou que viviam nas áreas de influência maknovista – são presos e cruelmente assassinados pelos bolcheviques Em 1921, um pequeno grupo de 300 combatentes, entre eles Makhno, gravemente ferido, conseguem escapar do cerco bolchevique, e fogem para a Romênia; parte deles chegará posteriormente à França Fim da revolução ucraniana

18 1. CONTEXTO HISTÓRICO DO PROCESSO REVOLUCIONÁRIO NA UCRÂNIA (1918-1921)

19 2. CONTEXTO E MOTIVAÇÃO DA PLATAFORMA
FRANÇA, Russos exilados retomam discussões sobre o anarquismo - Processo de crítica e autocrítica * Por que perdemos a revolução? - Reflexão estratégia (leitura da realidade, objetivos, caminhos) - Criação revista Dielo Truda em 1925 - Debates intensos e diversas contribuições - Um determinado grupo, em torno de Arshinov e Makhno, que estava entre os fundadores da revista, sustenta posições desde 1921 (capítulo do livro do Arshinov sobre a história da makhnovitschina), que se aprimoram em artigos e levam à Plataforma, publicada na revista em 1926 - Segue-se grande e rica polêmica com anarquistas de vários países

20 2. CONTEXTO E MOTIVAÇÃO DA PLATAFORMA

21 3. A PLATAFORMA 3.1 TESE CENTRAL Contradição:
- Virtude das posições anarquistas (ideias) X situação complicada do anarquismo em sua intervenção nas lutas de classes (práticas) Problemas fundamentais: - Desorganização, fragmentação e existência efêmera de grupos anarquistas Motivo: - Compreensões distintas (até mesmo contraditórias) do anarquismo * Anarquismo como movimento de massas dos trabalhadores (Bakunin) * Anarquismo como busca da liberdade individual (falta de responsabilidade e posturas antiorganizacionistas) Caso concreto: - Contexto revolucionário ucraniano de 1918 a 1921; ainda que a França daquele momento não fugisse à regra

22 3. A PLATAFORMA 3.1 TESE CENTRAL Solução:
* Criar uma União Geral dos Anarquistas (Organização política revolucionária) * Organizar a UGA em torno de uma proposta orgânica clara, diferente da síntese e do anarco-sindicalismo * Reunir a maioria dos anarquistas para uma prática política coletiva e organizada * Estabelecer uma linha política, uma estratégia comum e um programa Referencial histórico: * Bakunin, Aliança e Internacional

23 3. A PLATAFORMA 3.2 ESTRUTURA DO DOCUMENTO
- Documento dividido em três partes/seções fundamentais * Geral * Construtiva * Organizacional

24 * Luta de classes: traço fundamental da sociedade
3. A PLATAFORMA 3.2 ESTRUTURA DO DOCUMENTO - Geral * Luta de classes: traço fundamental da sociedade * Papel do Estado e necessidade de revolução social violenta * O anarquismo: origens, objetivos e aspectos centrais * Crítica à democracia representativa * A negação estratégica do Estado e da dominação * Papel dos anarquistas e das massas antes e durante a revolução * Crítica às concepções autoritárias de período transitório * Prática sindical

25 3. A PLATAFORMA 3.2 ESTRUTURA DO DOCUMENTO
- Construtiva (A sociedade futura) * Coletivização/socialização da produção * Consumo * Coletivização/socialização da terra * Defesa da revolução: instituições militares

26 3. A PLATAFORMA 3.2 ESTRUTURA DO DOCUMENTO
- Organizacional (A organização anarquista e seus princípios) * Unidade ideológica * Unidade estratégica * Responsabilidade coletiva * Federalismo

27 3. A PLATAFORMA 3.2 ESTRUTURA DO DOCUMENTO
- Suplemento (Questões e respostas) * Maiorias e minorias no anarquismo * Estrutura e traços do regime livre dos sovietes * Anarquismo como guia ideológico das massas * Defesa da revolução * Liberdade de expressão * Distribuição comunista

28 3. A PLATAFORMA 3.3 CONTEÚDO DO DOCUMENTO Surgimento do anarquismo
- Origem nas lutas de classes dos movimentos populares no século XIX, em sua oposição ao capitalismo, a partir das carências e aspirações dos trabalhadores - Não é fruto de ideias/filosofias abstratas e nem da cabeça de um ou outro teórico ou filósofo - Clássicos como Bakunin e Kropotkin interpretaram este movimento popular real e ajudaram a difundir seus aspectos fundamentais

29 3. A PLATAFORMA 3.3 CONTEÚDO DO DOCUMENTO O anarquismo
- Conecta idéias e pensamentos com práticas e ações - Socialismo classista revolucionário e libertário - Negação da propriedade privada, da exploração, do Estado, da sociedade de classes, da dominação de maneira geral Afirmação da necessidade de uma sociedade socialista livre, autogerida e federada (comunismo libertário) - Meios específicos (estratégia) para essa transformação. Mobilização combativa e autônoma/independente de massas, com protagonismo de operários e camponeses; processo interno autogestionário e federalista, com coerência de meios e fins

30 3. A PLATAFORMA 3.3 CONTEÚDO DO DOCUMENTO Crítica do capitalismo
- Propriedade privada: meios e instrumentos de produção - Exploração do trabalho: produto do trabalho apropriado pela burguesia - Burocracia - Privilégios econômicos e sociais; desigualdade - Falta de liberdade e independência

31 3. A PLATAFORMA 3.3 CONTEÚDO DO DOCUMENTO
Crítica do Estado e da democracia representativa - Dominação de classe é garantida pelo Estado (violência de classe) * Dominação da maioria por uma minoria de governantes - Estado tem o objetivo de manter/garantir a dominação capitalista (forma social de organização da burguesia) - Dois aspectos fundamentais do Estado: força e legitimidade. Força: Violência e coerção capitalista Legitimidade: Estímulo à ignorância das massas - Democracia representativa sustenta a sociedade de classes * Direitos civis (liberdade individual, expressão, reunião) e igualdade perante a lei são garantidos, na medida em que não coloquem em xeque interesses capitalistas * Não ameaça propriedade capitalista e reduz-se ao político (capitalistas continuam a controlar o econômico e o cultural; dominação econômica garante dominação política) * Encobre dominação burguesa com liberdades e garantias fictícias

32 3. A PLATAFORMA 3.3 CONTEÚDO DO DOCUMENTO
Sociedade de classes e luta de classes - Sociedade contemporânea é uma sociedade de classes * Classe capitalista * Classe trabalhadora (operários e camponeses) - Exploração e opressão - Luta de classes é o fator fundamental da estruturação da sociedade

33 3. A PLATAFORMA 3.3 CONTEÚDO DO DOCUMENTO
Crítica do socialismo de Estado e do “período de transição” - Socialistas que acreditam que o Estado pode ser utilizado pelos trabalhadores para sua emancipação: “Autoridade socialista e Estado proletário” - Revolucionários (bolcheviques) e reformistas (social-democratas) - Por meio do Estado, só se pode criar outro sistema de dominação * Estado retira iniciativa das massas, mata sua criatividade, sustenta uma cultura de submissão, promove a confiança cega em líderes * Meio “Estado proletário” torna-se fim, produzindo novas classes/castas privilegiadas - Oposição à ideia de período de transição dos socialistas estatistas - Necessidade imediata da revolução social

34 3. A PLATAFORMA 3.3 CONTEÚDO DO DOCUMENTO
Objetivo finalista: revolução social Processo de transformação necessariamente violento Protagonizada pelas massas, coloca fim imediato ao capitalismo e ao Estado e abre as portas para o início do comunismo libertário Deve levar à completa emancipação dos trabalhadores Deve desenvolver uma estratégia de defesa para enfrentar as forças da contrarrevolução

35 3. A PLATAFORMA 3.3 CONTEÚDO DO DOCUMENTO
Objetivo finalista: revolução social Defesa da revolução - Processos revolucionários muito conflitivos e longos (muitos anos) - Construir uma força capaz de impedir os intentos contrarrevolucionários: órgãos para defesa da revolução - Força guerrilheira com todos os trabalhadores e camponeses armados (início do processo): caráter de classe do exército - Com o tempo, estabelecimento de organizações militares libertárias - Estratégia militar comum: unidade de planejamento e comando; autonomia tática e operativa - Negação do militarismo de Estado com alistamento obrigatório; organismos voluntários e baseados na autodisciplina - Submissão total (política) do exército às organizações de massas de trabalhadores e camponeses

36 3. A PLATAFORMA 3.3 CONTEÚDO DO DOCUMENTO
Objetivo finalista: comunismo libertário Sistema federalista envolvendo organizações autogeridas de produção e consumo (sovietes/conselhos de operários e camponeses) - Conquista da base social da nova sociedade (meios que permitem a autogestão: terra, produção, funções de gestão etc.) - Relações sociais igualitárias, pautadas na liberdade e independência - Comunismo de aprimoramento constante: “de cada um segundo suas possibilidades, a cada um segundo suas necessidades”

37 3. A PLATAFORMA 3.3 CONTEÚDO DO DOCUMENTO
Objetivo finalista: comunismo libertário Coletivização/socialização da produção - Indústria pertence ao conjunto de trabalhadores: não há proprietários (privados ou do Estado) e todos têm os mesmos direitos - Supressão da exploração do trabalho e da burocracia - Antigos capitalistas e classe média integram a nova sociedade como trabalhadores ou a abandonam - Autogestão dos trabalhadores * Sovietes de trabalhadores * Comitês de fábricas - Articulação federalista (comunas, distritos, país) de baixo para cima - Tecnologia colocada à serviço dos trabalhadores

38 3. A PLATAFORMA 3.3 CONTEÚDO DO DOCUMENTO
Objetivo finalista: comunismo libertário Consumo - Objetivo: satisfação das necessidades de todos (menos os que se recusarem a trabalhar por razões contrarrevolucionárias); exceção crianças, velhos, incapazes etc. - Aproximação cidade-campo, com criação de cooperativas operárias e camponesas * Suporte das indústrias para industrialização do campo * Produção dos camponeses para as cidades

39 3. A PLATAFORMA 3.3 CONTEÚDO DO DOCUMENTO
Objetivo finalista: comunismo libertário Coletivização/socialização da terra - Terras pertencem ao conjunto de trabalhadores: não há proprietários (privados ou do Estado) e todos têm os mesmos direitos * Não podem ser compradas, vendidas, alugadas - Supressão da exploração do trabalho - Possibilidade de conciliar produção individual-familiar e coletiva; camponeses devem resolver essa questão * Ainda assim, anarquistas devem promover e incentivar a coletivização * Possibilidade de fundação de um sindicato de camponeses - Articulação federalista (comunas, distritos, país) de baixo para cima - Tecnologia colocada à serviço dos trabalhadores

40 3. A PLATAFORMA 3.3 CONTEÚDO DO DOCUMENTO Estratégia anarquista
- Força coletiva organizada (objetivos e caminhos claros) - Atuação antes e durante a revolução como agente determinante na influência das massas (referência ao Grupo Anarco-Comunista de Gulyai Polye, já em 1917) - Objetivo: Criar / participar ativamente das organizações de massas e impulsioná-las a protagonizar a revolução * Não são os anarquistas que deverão fazê-la e nem assumir uma posição de dominação e/ou substituição da classe

41 3. A PLATAFORMA 3.3 CONTEÚDO DO DOCUMENTO Estratégia anarquista
Antes da revolução - Organização em dois níveis (OEA/massas) - Estimular luta de classes das massas - A partir das práticas libertárias existentes nas massas, estimular consciência de classe, radicalização dos trabalhadores e consciência/defesa do modelo libertário de organização e luta Educação/propaganda e trabalho organizativo Durante a revolução - Anarquismo deve ser a principal concepção ideológica - Orientação / guia dos acontecimentos rumo ao socialismo - Não basta começar a revolução; ela deve levar à completa emancipação dos trabalhadores

42 3. A PLATAFORMA 3.3 CONTEÚDO DO DOCUMENTO
Estratégia anarquista: as massas - Sujeitos revolucionários: trabalhadores urbanos, camponeses, parte dos trabalhadores intelectuais - Massas são o principal agente da revolução * Possuem grande capacidade, demonstrada nos movimentos populares * Estão, em grande medida, dispersas - Tarefa dos anarquistas: * Criar e participar ativamente das organizações de massas * Estimular capacidade criativa e construtiva das massas * Suprimir obstáculos para que isso se manifeste

43 3. A PLATAFORMA 3.3 CONTEÚDO DO DOCUMENTO
Estratégia anarquista: as massas Sindicalismo (de intenção revolucionária) - Uma das formas do movimento revolucionário de trabalhadores * Ainda assim, é um agrupamento por necessidade que não possui ideologia definida e nem condições de sozinho, resolver as questões sociais em sua totalidade * Sem os anarquistas, toma outros rumos - Crítica à propaganda anarquista individual / pequenos grupos - Anarco-sindicalismo: um passo a frente, mas não necessariamente trabalha com dois níveis (insuficiente) - Atuação organizada dos anarquistas nos sindicatos * Estimular para que os sindicatos se tornem braços ativos da revolução social * Articular atividades do sindicato com outros setores da classe * Criar sindicatos anarquistas e participar de sindicatos existentes

44 3. A PLATAFORMA 3.3 CONTEÚDO DO DOCUMENTO
Estratégia anarquista: a organização anarquista - Reunião dos operários e camponeses anarquistas com objetivo de tornar-se a força preponderante na influência das massas Passar dos pequenos grupos dispersos para uma organização forte; reunir os melhores militantes do anarquismo Determinar os rumos dos acontecimentos pré-revolucionários e revolucionários (orientação e guia) Princípios da organização anarquista Unidade teórica / ideológica Unidade tática / Método coletivo de ação Responsabilidade coletiva Federalismo

45 3. A PLATAFORMA 3.3 CONTEÚDO DO DOCUMENTO
Estratégia anarquista: a organização anarquista - Unidade teórica / ideológica - Força que orienta a atividade política com objetivos determinados (linha política) - Comum a todos da organização - Táticas e estratégias em concordância com essa linha - Unidade tática / Método coletivo de ação - Todos militantes e grupos de acordo com estratégia e linha política - Linha comum evita desperdício de forças (cada um faz uma coisa; com ações que chegam a se contradizer) Concentração de forças, direção comum do caminhar orgânico, objetivos fixos

46 3. A PLATAFORMA 3.3 CONTEÚDO DO DOCUMENTO
Estratégia anarquista: a organização anarquista - Responsabilidade coletiva - Atividade revolucionária exige responsabilidade coletiva - Rejeição da atuação sob responsabilidade de um indivíduo; responsabilidade é sempre coletiva - União responsável do membro com a organização e da organização com o membro - Contra o individualismo

47 3. A PLATAFORMA 3.3 CONTEÚDO DO DOCUMENTO
Estratégia anarquista: a organização anarquista - Federalismo - Deturpado por anarquistas que defendem a manifestação de seu próprio ego e são contrários à organização; essas posições devem ter fim - Contra a centralização e pela organização federativa - Estímulo ao espírito crítico, à iniciativa, à independência, à livre opinião, à liberdade individual - Concordância livre (indivíduos e organizações) para trabalhar coletivamente visando objetivos em comum - Cumprir deveres comuns, de acordo com decisões compartilhadas - Não podem haver decisões não executadas - OEA composta de diferentes grupos (células) com um secretariado (Comitê Executivo), orientando o trabalho político e técnico da organização - Comitê Executivo: executa decisões, orienta grupos e indivíduos menos articulados, monitora o estado da organização, faz as relações da organização (internas e externas)

48 4. DEBATE E DESDOBRAMENTOS
Defensores da Síntese * Sébastien Faure (“A Síntese Anarquista, de 1928) * Volin (“A Síntese Anarquista”, de 1934) * Anarco-sindicalistas: Maximoff, Sobol, Schwartz, Fleshin etc. Argumentos fundamentais Falta autocrítica: “Culpa dos outros” Correntes do anarquismo (anarco-comunismo, anarco-sindicalismo e anarco-individualismo) são complementares. Comunismo (objetivo), sindicalismo (meio), individualismo (garantia preservação liberdade individual, emancipação e felicidade) Plataforma teria incorporado elementos do bolchevismo no contato na revolução Rússia / Ucrânia. União Geral partido bolchevique Confusão dos termos (reforçados pela tradução de Volin); direção, vanguarda etc. Questionamento da autonomia dos grupos na organização (linha única seria autoritária / não anarquista) Questionamento do Comitê Executivo (comitê central) Nome União “Geral” (obrigação de todos fazerem parte)

49 4. DEBATE E DESDOBRAMENTOS
Defensores da organização anarquista (relativamente críticos da Plataforma) * Malatesta * Luigi Fabbri * Camilo Berneri Argumentos fundamentais Concordância parcial; alguns aceitam colaborar de fora Modelo poderia levar a uma “bolchevização” do anarquismo Grupos e indivíduos têm que ter autonomia para trabalhar com diferentes estratégias e táticas; não aceitam unidades Possível cooperação com individualistas Problema dos termos

50 4. DEBATE E DESDOBRAMENTOS
Defensores da organização anarquista (apoiadores da Plataforma) * Poloneses Ranko, Ida Mett e Walecki (autores) * Pier Carlo Masini * Geoges Fontenis Desdobramentos concretos Bulgária: Entre 1926 e 1927 a Federação dos Anarco-Comunistas Búlgaros (FAKB) adotou a Plataforma França: Criação de organizações dissidentes da União Anarquista: Union Anarchiste Communiste Révolutionnaire (1927) e Fédération Communiste Libertaire ( ); Organisation Pensée Bataille (1950). Itália: Grupos Anarquistas de Ação Proletaria (GAAP) Polônia: grupo de Ranko China: Chen Tentativa de Internacional Comunista Libertária (OPB, GAAP)

51 “Como o socialismo em geral e como qualquer outro movimento social, o anarquismo nasceu do povo. E só conservará sua vitalidade e sua força criadora enquanto permanecer popular.” Piotr Kropotkin Organização Anarquista Socialismo Libertário (OASL)

52 FIM


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