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Prof. Dr. Wellington Barros da Silva

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Apresentação em tema: "Prof. Dr. Wellington Barros da Silva"— Transcrição da apresentação:

1 Prof. Dr. Wellington Barros da Silva
CUIDADOS NA UTILIZAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS E MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS Prof. Dr. Wellington Barros da Silva (Dr.EC&T, M.C.Farm., Farm.) Aracajú (SE), agosto de 2009

2 OBJETIVOS DE ENSINO Apresentar os cuidados básicos necessários para o uso seguro e apropriado de plantas medicinais e produtos fitoterápicos Discutir os critérios e recomendações para a aquisição, conservação e processamento caseiro de plantas medicinais Discutir o uso de plantas medicinais em situações especiais

3 INDICADORES MÍNIMOS DE APRENDIZAGEM
Listar as principais recomendações para a aquisição, conservação e processamento caseiro de plantas medicinais Relacionar o sistema oficial de medidas com as medidas caseiras utilizadas na preparação e administração de remédios caseiros Descrever quais as principais medidas e cuidados para prevenir intoxicações por plantas Explicar as orientações e procedimentos em casos de intoxicações com plantas Reconhecer os cuidados no uso de plantas medicinais em idosos, gestantes e lactantes e em pacientes que utilizam medicamentos de uso contínuo

4 POR QUÊ DEVEMOS TOMAR ALGUNS CUIDADOS COM O USO DE PLANTAS ?
A utilização de plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos apresenta duas possibilidades de resultado para quem os utiliza: benefício ou risco Portanto na sua utilização devem observados alguns cuidados, pois SEMPRE há a probabilidade da ocorrência de eventos indesejáveis ou de resultados desfavoráveis

5 POR QUÊ DEVEMOS TOMAR ALGUNS CUIDADOS COM O USO DE PLANTAS ?
A diferença entre o remédio e o veneno está na dose !

6 QUAIS OS PROBLEMAS RELACIONADOS AO USO ?

7 Ginkgo biloba Extrato padronizado Egb761 Aprovado pela Comissão E
Dose recomendada: 120 – 240 mg do extrato padronizado 24 % de favonóides 6 % lactonas diterpênicas < de 5 ppm de ácidos ginkcólicos Indicação: Demência degenerativa Mal de Alzheimer Doença arterial oclusiva

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9 Ginseng Panax ginseng C.A Meyer (Araliaceae)
Conhecido como ginseng coreano Planta adaptógena (imunoestimulante) Indicações Astenia e fadiga Cansaço mental (perda de concentração) O estrato padronizado contém 4 % de ginsenosídeos Extrato padronizado G115 Dose recomendada: 400 md

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11 O que é natural não faz mal ?!
Cynara scolymus (alcachofra) - dermatite de contato e problemas biliares; Romano C, Ferrara A, Falagiani P. A case of allergy to globe artichoke and other clinical cases of rare food allergy. J Investig Allergol Clin Immunol Mar-Apr;10(2):102-4. Quirce S, Tabar AI, Olaguibel JM, Cuevas M. Occupational contact urticaria syndrome caused by globe artichoke (Cynara scolymus). J Allergy Clin Immunol Feb;97(2):710-1 Chenopodium ambrosioides (mastruz) – risco de intoxicações devido ao teor de ascaridol em diferentes épocas do ano;

12 O que é natural não faz mal ?!
Symphytum officinale L. (confrei) - uso interno proibido no Brasil devido a presença de alcalóides pirrolizidínicos (metabólitos tóxicos ativados pela enzima CYPIIIA4, hepatotoxicidade: doença veno-oclusiva - síndrome de Budd-Chiari); Stickel F, Seitz HK. The efficacy and safety of comfrey. Public Health Nutr Dec;3(4A):501-8 mais de 300 espécies vegetais apresentam este grupo de alcalóides !!!

13 MODELO ASSISTENCIAL TECNOLOGIA DEMANDA POR CUIDADOS AÇÕES DE CUIDADO
ELEVAÇÃO DOS CUSTOS ASSISTENCIAIS TECNOLOGIA MODELO ASSISTENCIAL DEMANDA POR CUIDADOS ACESSO AOS SERVIÇOS AÇÕES DE CUIDADO OFERTA DE SERVIÇOS AUMENTO DA EXPECTATIVA DE VIDA PREVALÊNCIA DE DOENÇAS CRÔNICAS DOENÇAS REEMERGENTES EMERGÊNCIA DE NOVAS DOENÇAS

14 ALGUMAS DICAS PARA O USO RACIONAL DE PLANTAS MEDICINAIS
TODA planta medicinal contém substâncias químicas que podem curar, intoxicar, provocar reações adversas ou, mesmo, não surtir o efeito terapêutico desejado Evite o uso indiscriminado de plantas medicinais Evite a automedicação, porém se isto for necessário, utilize plantas medicinais mais conhecidas;

15 CUIDADOS QUE DEVEM SER TOMADOS AO ADQUIRIR OU USAR PLANTAS MEDICINAIS
Plantas medicinais podem ter o mesmo nome popular, mas são espécies diferentes Ex.: Aristolochia cymbifera Mart. & Zucc. Nomes populares: Angelicó, cipó-mata-cobra, cipó-mil-homens, contra-erva, erva-de-urubu, erva-bicha, GUACO, etc...) – Sul, Sudeste, Bahia Uso popular: dispepsia, anorexia, gastralgias, tensão pré-menstrual

16 CUIDADOS QUE DEVEM SER TOMADOS AO ADQUIRIR OU USAR PLANTAS MEDICINAIS
Plantas medicinais podem ter o mesmo nome popular, mas são espécies diferentes Ex.: Mikania glomerata Spreng. Nomes populares: Cipó-catinga, cipó-sucurijú, coração-de-jesus, erva-de-cobra, GUACO, etc...) – Sul Uso popular: estimulante do apetite, ação peitoral, tônica e depurativa Uso validado: expectorante, broncodilatador e antiedematogênico

17 CUIDADOS QUE DEVEM SER TOMADOS AO ADQUIRIR OU USAR PLANTAS MEDICINAIS
Certifique-se da identidade, origem da planta e do seu grau de qualidade Evite comprar plantas mofadas, sujas de terra ou que contenham insetos Utilize apenas a parte recomendada da planta Evite doses excessivas da mesma planta Na maioria dos casos um punhado ( cerca de 5 g), sob a forma de chá, duas vezes ao dia, é suficiente Evite o uso da mesma planta por períodos prolongados

18 MEDIDAS USUAIS APROXIMADAS
1 copo de vidro (americano) 200 mL 1 xícara de chá 150 mL 1 xícara de café 50 mL 1 colher de sopa 90 gotas Folha seca e triturada (4,5 g) Flor (3,0 g) Raíz seca e triturada (10 g) 1 colher de sobremesa 40 gotas Folha seca e triturada (1,0 a 2,0 g) Flor (1,0 g) Raíz seca e triturada (5,0 g) 1 colher de chá 20 gotas Folha seca e triturada (2 a 3 g) 1 colher de café 10 gotas

19 TIPOS DE CHÁS INFUSO Obtido por infusão
Despejar água quente (fervente) sobre a planta fresca ou seca, picada ou rasurada. Tampar por 5 a 10 minutos, filtrar ou coar Ideal para plantas aromáticas Deve ser tomado, preferencialmente, ainda morno Consumir em no máximo 24 h

20 TIPOS DE CHÁS DECOCTO Obtido por decocção ou cozimento
Leva-se ao fogo a planta em contato com a água para aquecer Quando iniciar a fervura, deixar ferver por 15 a 30 minutos Abafar e deixar resfriar, coar e utilizar O método é adequado quando se utilizam partes duras da planta como cascas, raízes e sementes Consumir em no máximo 24 horas

21 TIPOS DE CHÁS MACERADO Obtido por MACERAÇÃO da planta com água
Coloca-se a planta em contato com água fria por um período de 8 a 12 horas Cascas e raízes podem permanecer em contato por 24 horas Após esse período, coar e utilizar Consumir em no máximo 12 a 18 horas

22 OUTRAS FORMAS DE USO XAROPE CASEIRO (LAMBEDOR)
PODE SER PREPARADO DE 2 FORMAS: A FRIO A QUENTE Preparação do xarope simples: Levar ao fogo 2 xícaras de açúcar para 1 xícara de água Deixar ferver, com agitação, até dissolver (“derreter”) o açúcar completamente Evitar deixar o xarope caramelizar

23 OUTRAS FORMAS DE USO XAROPE CASEIRO (LAMBEDOR)
Preparação do xarope da planta: Misturar 1 medida do preparado da planta (chá, tintura, sumo) com 1 medida de xarope simples Pode-se preparar o xarope diretamente na preparação de chás, acrescentando o açúcar na parte final da preparação do chá O xarope também pode ser preparado com mel (1 medida de mel para 1 medida de chá) Os xaropes devem ser guardados em recipiente bem limpo, em geladeira ou em temperatura ambiente Melhor consumir entre 7 a 14 dias

24 OUTRAS FORMAS DE USO TINTURAS (GARRAFADAS)
Obtidas por maceração da planta em álcool etílico Deve-se diluir o álcool (pode-se usar 2 medidas de álcool para 1 medida de água) Pode-se usar do álcool a 70 % até 50 % (V/V) (medidas aproximadas) Deixar a planta em contato com o álcool em vasilhame de vidro, porcelana ou barro por um período que pode variar de 7 a 30 dias Coar e utilizar Uso externo (fricções, ungüentos, cataplamas) Uso interno (sempre diluído em água ou xaropes)

25 OUTRAS FORMAS DE USO GARGAREJO (BOCHECHO)
Preparar o chá por infusão, decocção ou maceração Coar Proceder ao gargarejo com o chá frio ou morno SUCO (SUMO) Preparar triturando, espremendo ou esmagando a planta fresca ou os frutos medicinais com um pouco de água fervida Coar e utilizar a dose recmendada

26 OUTRAS FORMAS DE USO CATAPLASMA Preparar o chá por infusão ou decocção
Misturar com farinha de trigo ou maisena até ficar com consistência de pasta Colocar essa mistura em um pano limpo e aplicar no local afetado ÓLEO MEDICINAL Misturar o chá ou tintura com uma quantidade definida de óleo vegetal ou de azeite (girassol, algodão, soja, azeite de oliva, copaíba, andiroba,...)

27 OUTRAS FORMAS DE USO UNGÜENTO
Preparado com lanolina ou vaselina sólida Geralmente pode-se usar 1 medida de lanolina para 1 medida de sumo, tintura ou chá, ou mesmo de óleos vegetais medicinais Derreter primeiro a lanolina em banho-maria, em seguida misturar a quantidade especificada de chá, tintura, sumo ou óleo

28 OUTRAS FORMAS DE USO BANHOS e ASSEIOS
Preparados por infusão ou decocção Utilizados com ou sem diluíção Ter cuidado com a água utilizada estes casos INALAÇÕES Preparar o chá por infusão Deixar abafado por 5 minutos Destampar e inalar o vapor (com o auxílio de uma toalha por exemplo) durante 5 a 10 minutos Observar os cuidados para evitar queimaduras

29 PLANTAS MEDICINAIS NA GRAVIDEZ E LACTAÇÃO
De forma geral deve-se evitar o uso de qualquer planta medicinal nos primeiros meses da gravidez (2 a 3 meses) Ressalte-se as exceções confirmadas por estudos de genotoxicidade e embriotoxicidade Deve-se ter o cuidado com espécies vegetais consideradas abortivas e aqueles que, excretadas no leite materno, provocam reações adversas nos lactentes

30 PLANTAS MEDICINAIS NA GRAVIDEZ E LACTAÇÃO
Babosa - Aloe vera Contra-indicada na Gestação Pode provocar hemorragias e induzir aborto

31 PLANTAS MEDICINAIS NA GRAVIDEZ E LACTAÇÃO
Catuaba Anemopaegma sp Contra-indicado na gestação Pode induzir aborto

32 PLANTAS MEDICINAIS NA GRAVIDEZ E LACTAÇÃO
Arnica Arnica montana Contra-indicado na gestação e na amamentação Há o risco de distúrbios hemorrágicos Pode provocar vômitos e cólicas no bebê

33 PLANTAS MEDICINAIS NA GRAVIDEZ E LACTAÇÃO
Losna Artemisia adsinthium Contra-indicada na gestação e amamentação Os eventos comuns incluem contrações, Cólicas e Convulsões

34 PLANTAS MEDICINAIS NA GRAVIDEZ E LACTAÇÃO
Sene Cassia sennae Contra-indicada na gravidez e na amamentação Induz o aumento de contrações Pode provocar diarréia no bebê

35 PLANTAS MEDICINAIS NA GRAVIDEZ E LACTAÇÃO
Mastruz Chenopodium ambrosioides Contra-indicada na gravidez e na amamentação Provoca o aumento das contrações, vômitos e provoca sonolência

36 PLANTAS MEDICINAIS NA GRAVIDEZ E LACTAÇÃO
Copaíba Copaifera sp Contra-indicada na gravidez e amamentação Potencial embriotóxico e genotóxico (Má-formação no recém-nascido) Provoca cólicas e diarréia, como reação adversa no bebê

37 PLANTAS MEDICINAIS NA GRAVIDEZ E LACTAÇÃO
Alcachofra Cynara escolimus O uso deve ser cuidadoso durante a amamentação Provoca redução do leite materno

38 PLANTAS MEDICINAIS NA GRAVIDEZ E LACTAÇÃO
Funcho Foeniculum vulgare Contra-indicado na Gestação Aumento da contração uterina

39 PLANTAS MEDICINAIS NA GRAVIDEZ E LACTAÇÃO
Espinheira santa Maytenus ilicifolia Observar o uso com cautela durante a o período de amamentação (redução do Leite)

40 INTERAÇÕES DE PLANTAS MEDICINAIS COM MEDICAMENTOS

41 Hypericum perforatum L. Família: Clusiaceae
Hipérico Hypericum perforatum L. Família: Clusiaceae Indicações terapêuticas validadas: Tratamento sintomático da depressão leve e moderada Cuidados e contra-indicações: Casos de alergia Interações medicamentosas Tratamentos com UV Posologia: 2 – 3 g da droga vegetal 900 mg do extrato seco

42 Constituintes químicos

43 Interações medicamentosas:
Reduz a concentração e efeito de vários medicamentos Digoxina Antiretrovirais (indinavir) Ciclosporina Varfarina IMAO Antidepressivos tricíclicos Antidepressivos ISRS (fluoxetina) A eficácia pode ser observada entre 2 a 4 semanas de uso

44 Cimifuga Cimicifuga racemosa (L.) Nutt. Família: Ranunculaceae
Indicações terapêuticas validadas: Tratamento dos sintomas do climatério, disturbios do sono, irritabilidade Indicações na Medicina Tradicional e descritos nas Farmacopéias: Tratamentos da tensão pré-menstrual, dismenorréia

45 Constituintes químicos

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47 Reações adversas possíveis: Posologia:
Contra-indicações: Não é recomendado o uso na gravidez, lactação e em crianças com menos de 12 anos Reações adversas possíveis: Dores de cabeça, desconforto no TGI Posologia: 40 mg de extrato seco

48 INTERAÇÕES DE PLANTAS MEDICINAIS COM MEDICAMENTOS
ALHO Allium sativum L. (Liliaceae) Parte usada: bulbo maduro, fresco Composição química: compostos sulfurados, saponinas, e polissacarídeos. Dermatites de contato (atinge cerca de 5% dos indivíduos). - Altas doses (+ 5 dentes/dia): Desconforto no TGI (freqüente) Flatulência Queimação Precauções e contra-indicações: Uso de anticoagulantes e antiinflamatórios não esteroidais.

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50 Arnica montana L. (ASTERACEAE)
Uso validado reservado para uso externo (hematomas e contusões) Parte usada capítulos florais Composição química Polifenóis, flavonóides, compostos terpênicos Substância ativa Helanalina (lactonas sesquiterpênicas) Uso tradicional da planta Antiinflamatório, analgésico, em hematomas

51 Efeitos adversos Via oral: pode provocar dor de cabeça, dores abdominais e distúrbios vasomotores Uso externo: pode provocar dermatite de contato devido a presença de a-metileno-g-lactonas Usos não validado Problemas cardíacos, fadiga, queimadura, picada de insetos, hemorragia uterina Toxicidade Toxicidade cardíaca efeitos na respiração e no útero (requerem investigações) Caso fatal de intoxicação relatado após a ingestão de 70g tintura de arnica Precauções não utilizar perto dos olhos ou boca crianças muito pequenas suspender o tratamento em caso de irritação local e alergia

52 Ananas comusus (BROMELIACEAE) Nome popular: abacaxi Substância ativa: enzimas proteolíticas - bromelina (EC )= bromelina A e B MECANISMO DE AÇÃO: bromelina é uma enzima -AI -antiexudativa ( tromboxano, PGL) -inibidora PAF -ativadora de enzimas proteolíticas

53 EMPREGO TERAPÊUTICO: -mucolítico e fluidificante em infecções respiratórias -redução de edemas em traumatologia, ginecologia, dentária e das vias aéreas superiores -associações digestivas DOSE: mg ( unid) 2-3x/dia via oral por 8-10 dias INTERAÇÕES: - potencializar a ação anticoagulantes - podem aumentar os níveis de tetraciclina no sangue e na urina CONTRA-INDICAÇÕES E EFEITOS COLATERAIS: -hipersensibilidade (reações de pele e asma) -pode ocorrer distúrbios GI (vômito, diarréia, náusea)

54 Aesculus hippcastanum L
Aesculus hippcastanum L. (Hipocastanaceae) Nome popular: castanha da índia Parte usada: sementes Princípio ativo: flavonóides (quercetina, canferol), saponinas triterpênicas (escina) EMPREGO TERAPÊUTICO Insuficiência venosa crônica edema membros inferiores hemorróidas associada a ginkgo, centela p/ circulação periférica

55 ESTUDOS FARMACOLÓGICOS: -AI -antiedematogênica -reforça a resistência capilar -redução da permeabilidade vascular -escina: pode interferir nas enzimas lisossomais -melhora o fluxo de sangue venoso para coração - aumenta nível de ACTH (corticotrofina - ativa a via do AMP cíclico aumentando a síntese de glicocorticóides, mineralocoticóides) e corticóides CONTRA-INDICAÇÕES: -em casos de insuficiência renal (nefrotoxicidade) e gravidez

56 Eucalyptus sp. (Myrtaceae) Nome popular: eucalipto Parte utilizada: folha (Eucalyptus globulus) e óleo Princípio ativo: óleo volátil (cineol) Atividades farmacológicas: -folha: expectorante, doenças brônquicas, congestão nasal, inflamação garganta -óleo: expectorante, dores reumáticas óleo puro é tóxico quando ingerido; aplicação na pele deve ser diluído em óleo vegetal

57 Glycyrrhiza glabra L. (Fabaceae) Nome popular: alcaçuz Farmac
Glycyrrhiza glabra L. (Fabaceae) Nome popular: alcaçuz Farmac.: raiz Composição química: saponinas (glicirrizina), flavonóides, óleo volátil Emprego terapêutico: - CE: expectorante, úlcera duodenal e gástrica -British Herbal Compendium: reumatismo e artrite -OMS: AI, antialérgico, hepatoprotetor, tratamento tuberculose, expectorante, tratamento úlcera gástrica e duodenal

58 -alcaçuz: utilizado nos alimentos como agente aromatizante -Estudos:
-alcaçuz: utilizado nos alimentos como agente aromatizante -Estudos: ação esteróidica ação anticoagulante ação antimicrobiana -Estudos em seres humanos: carbenoxolona – úlceras gástricas e esofágicas EFEITOS ADVERSOS Consumo exagerado (>20 g/dia) - presença de glicirrizina - produção de pseudoaldosteronismo (elevados níveis de aldosterona) = dor de cabeça, letargia, retenção de sódio e água, hipertensão, perda de potássio (ações mineralocorticóides) EUA: venda livre- preparações p/ uso como emulcente, expectorante e laxante Alemanha: chá p/ bronquite e gastrite

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60 O QUE É UMA PLANTA TÓXICA ?
Os metabólitos vegetais secundários têm a função de proteger a planta contra predadores Glicosídeos cianogenéticos (mandioca-brava) Ricina (mamona) Estriquinina (noz-vomica)

61 CONTEXTO e IMPORTÂNCIA
Mais de 250 mil espécies vegetais superiores Muitas são tóxicas, a maioria desconhecida ! 60% dos casos de intoxicação por plantas tóxicas no Brasil ocorrem com crianças menores de nove anos 80% desses casos são acidentais Problemas: Não há registros oficiais atualizados no estado de SE As notificações carecem de informações referentes à quantidade e parte ingerida da planta, ou sua correta identificação

62 COMO AS INTOXICAÇÕES OCORREM ?
As intoxicações ocorrem de diferentes formas Variam conforme a idade Geralmente em crianças até os 3 anos de idade, as intoxicações são domésticas, com plantas ornamentais Dieffenbachia picta Schott (Comigo-ninguém-pode)

63 COMO AS INTOXICAÇÕES OCORREM ?
Intoxicações fora do ambiente familiar (praças, jardins, parques): crianças maiores Plantas ornamentais com frutos, flores, sementes coloridas, látex Euphorbia millii Des Moulins (Coroa-de-Cristo)

64 COMO AS INTOXICAÇÕES OCORREM ?
Em jovens e adultos Intoxicações acidentais (reações alérgicas de contato) Utilização como alucinógenas Utilização como alimento (identificação incorreta) Nicotiana glauca Graham (Charuto-do-rei, couve-do-mato)

65 PRINCIPAIS PLANTAS TÓXICAS
AROEIRA-BRAVA Família: Anacardiaceae. Nome científico: Lithraea brasiliens March., Lithrarea molleoides (Vell.) Engl. Nome popular: pau-de-bugre, coração-de-bugre, aroeirinha preta, aroeira-do-mato Parte tóxica: todas as partes da planta. Sintomas: o contato ou, possivelmente, a proximidade provoca reação dérmica local (bolhas, vermelhidão e coceira), que persiste por vários dias; a ingestão pode provocar manifestações gastrointestinais Tratamento: regressão lenta da intoxicação, evitar infecções secundárias, recomendado a administração de antissépticos locais

66 PRINCIPAIS PLANTAS TÓXICAS
AVELÓS Família: Euphorbiaceae. Nome científico: Euphorbia tirucalli L. Nome popular: graveto-do-cão, figueira-do-diabo, dedo-do-diabo, pau-pelado, árvore de São Sebastião. Parte tóxica: todas as partes da planta. Sintomas: a seiva leitosa causa lesão na pele e mucosas, edema (inchaço) de lábios,boca e língua, dor em queimação e coceira; o contato com os olhos provoca irritação, lacrimejamento, edema das pálpebras e dificuldade de visão; a ingestão pode causar náuseas, vômitos e diarréia. Substância tóxica: látex irritante.

67 PRINCIPAIS PLANTAS TÓXICAS
COMIGO-NINGUÉM-PODE Família: Araceae. Nome científico: Dieffenbachia picta Schott. Nome popular: aninga-do-Pará. Parte tóxica: todas as partes da planta. Sintomas: a ingestão e o contato podem causar sensação de queimação, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos, diarréia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia; o contato com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea. Substância tóxica: oxalato de cálcio e substâncias lipofílicas constituídas de ácidos graxos insaturados

68 PRINCIPAIS PLANTAS TÓXICAS
COPO-DE-LEITE Família: Araceae. Nome científico: Zantedeschia aethiopica (L.) Spreng. Nome popular: copo-de-leite. Parte tóxica: todas as partes da planta Sintomatologia: a ingestão e o contato podem causar sensação de queimação, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos, diarréia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia; o contato com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea. Substância tóxica: oxalato de cálcio

69 PRINCIPAIS PLANTAS TÓXICAS
JIBÓIA Família: Araceae. Nome científico: Scindapsus pictus Hassk. Nome popular: jiboinha, jibóia Parte tóxica: todas as partes da planta Sintomatologia: a ingestão e o contato podem causar sensação de queimação, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos, diarréia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia; o contato com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea. Substância tóxica: oxalato de cálcio

70 PRINCIPAIS PLANTAS TÓXICAS
TAIOBA-BRAVA Família: Araceae Nome científico: Colocasia antiquorum Schott. Nome popular: cocó, taió, tajá. Parte tóxica: todas as partes da planta. Sintomas: a ingestão e o contato podem causar sensação de queimação, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos, diarréia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia; o contato com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea. Princípio ativo: oxalato de cálcio

71 PRINCIPAIS PLANTAS TÓXICAS
SAIA-BRANCA, DAMA-DA-NOITE Família: Solanaceae Nome científico: Datura suaveolens L. Nome popular: trombeta, trombeta-de-anjo, trombeteira, cartucheira, zabumba. Parte tóxica: todas as partes da planta. Sintomas: a ingestão pode provocar boca seca, pele seca, taquicardia, dilatação das pupilas, rubor da face, estado de agitação, alucinação, hipertermia, fotofobia, hipotensão ortostática; nos casos mais graves, distúrbios respiratórios, convulsões e pode levar a morte. Substância tóxica: alcalóides tropânicos: atropina, escopolamina e hioscina

72 PRINCIPAIS PLANTAS TÓXICAS
BICO-DE-PAPAGAIO Família: Euphorbiaceae. Nome científico: Euphorbia pulcherrima Willd. ex Klotzch Nome popular: rabo-de-arara, flor-de-papagaio Parte tóxica: todas as partes da planta. Sintomas: a seiva leitosa causa lesão na pele e mucosas, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, dor em queimação e coceira; o contato com os olhos provoca irritação, lacrimejamento, edema das pálpebras e dificuldade de visão; a ingestão pode causar náuseas, vômitos e diarréia.

73 PRINCIPAIS PLANTAS TÓXICAS
CINAMOMO Família: Meliaceae. Nome científico: Melia azedarach L. Nome popular: jasmim-de-caiena, jasmim-de-cachorro, jasmim-de-soldado, árvore-santa, loureiro-grego, lírio-da-índia, Santa Bárbara. Parte tóxica: frutos e chá das folhas Sintomas: a ingestão pode causar aumento da salivação, náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarréia intensa; em casos graves pode ocorrer depressão do sistema nervoso central Substância tóxica: saponinas e alcalóides neurotóxicos (azaridina)

74 PRINCIPAIS PLANTAS TÓXICAS
COROA-DE-CRISTO Família: Euphorbiaceae. Nome científico: Euphorbia milii L. Nome popular: coroa-de-cristo. Parte tóxica: todas as partes da planta. Sintomas: a seiva leitosa causa lesão na pele e mucosas, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, dor em queimação e coceira; o contato com os olhos provoca irritação, lacrimejamento, edema das pálpebras e dificuldade de visão; a ingestão pode causar náuseas, vômitos e diarréia. Substância tóxica: látex irritante

75 PRINCIPAIS PLANTAS TÓXICAS
ESPIRRADEIRA Família: Apocynaceae. Nome científico: Nerium oleander L. Nome popular: oleandro, louro rosa. Parte tóxica: todas as partes da planta. Sintomas: a ingestão ou o contato com o látex podem causar dor em queimação na boca, salivação, náuseas, vômitos intensos, cólicas abdominais, diarréia, tonturas e arritmia cardíaca que podem levar a morte. Substância tóxica: glicosídeos cardiotóxicos

76 PRINCIPAIS PLANTAS TÓXICAS
MAMONA Família: Euphorbiaceae. Nome científico: Ricinus communis L. Nome popular: carrapateira, rícino, mamoeira, palma-de-cristo, carrapato Parte tóxica: sementes Sintomas: a ingestão das sementes mastigadas causa náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarréia mucosa e até sanguinolenta; nos casos mais graves podem ocorrer convulsões, coma e óbito Substância tóxica: toxalbumina (ricina)

77 PRINCIPAIS PLANTAS TÓXICAS
MANDIOCA-BRAVA Família: Euphorbiaceae. Nome científico: Manihot utilissima Pohl. (Manihot esculenta ranz). Nome popular: mandioca, maniva. Parte tóxica: raiz e folhas. Sintomas: a ingestão causa cansaço, falta de ar, fraqueza, taquicardia, bradipnéia, acidose metabólica, agitação, confusão mental, convulsão, coma e morte. Substância tóxica: glicosídeos cianogênicos

78 PRINCIPAIS PLANTAS TÓXICAS
PINHÃO-ROXO Família: Euphorbiaceae. Nome científico: Jatropha curcas L. Nome popular: pinhão-de-purga, pinhão-paraguaio, pinhão-bravo, pinhão, pião, pião-roxo, mamoninho, purgante-de-cavalo. Parte tóxica: folhas e frutos. Sintomas: a ingestão do fruto causa náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarréia mucosa e até sanguinolenta, dispnéia, arritmia e parada cardíaca. Substância tóxica: toxalbumina (curcina).

79 PRINCIPAIS PLANTAS TÓXICAS
URTIGA Família: Urticaceae. Nome científico: Fleurya aestuans L. Nome popular: urtiga-brava, urtigão, cansanção Parte tóxica: pêlos do caule e folhas. Sintomas: o contato causa dor imediata devido ao efeito irritativo, com inflamação, vermelhidão cutânea, bolhas e coceira. Substância tóxica: histamina, acetilcolina, serotonina

80 PRINCIPAIS PLANTAS TÓXICAS
BUCHINHA-DO-NORTE Família: Curcubitaceae. Nome científico: Luffa operculata (L.) Cogn. Nome popular: cabacinha, bucha-paulista Parte tóxica: frutos. Sintomas: náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarréias, dores de cabeça, hemorragias nasais Substância tóxica:

81 PRINCIPAIS PLANTAS TÓXICAS
AZALÉIA Família: Ericaceae. Nome científico: Rhododendron indicum (L.) Sweet. Nome popular: azaléia Parte tóxica: todas as partes da planta Sintomas: salivação, vômitos, lacrimejamento, rinorréia, hipotensão, dor de cabeça, bradicardia, convulsões Substância tóxica: diterpenos (derivados do andromedano), atividade cardiotóxica

82 PRINCIPAIS PLANTAS TÓXICAS
CAMBARÁ Família: Verbenaceae Nome científico: Lantana camara L. Nome popular: cambará, camará Parte tóxica: todas as partes da planta, principalmente frutos Sintomas: náuseas, vômitos, diarréia, letargia, fotofobia, midríase, pode levar à morte Substância tóxica: triterpenos hepatotóxicos (lantadenos)

83 PRINCIPAIS PLANTAS TÓXICAS
ERVA-DE-RATO Família: Rubiaceae Nome científico: Palicourea marcgravii A.St.-Hil Nome popular: erva-de-rato, café-bravo Parte tóxica: frutos Sintomas (em animais): irritação no TGI, hipoglicemia, distúrbios cardíacos Substância tóxica: ácido monofluoroacético

84 PRINCIPAIS PLANTAS TÓXICAS
FIGO Família: Moraceae Nome científico: Ficus carica L. Nome popular: figo Parte tóxica: fruto Sintomas: fotossensibilização, queimaduras Substância tóxica: furanocumarinas

85 PRINCIPAIS PLANTAS TÓXICAS
OFICIAL-DE-SALA Família: Asclepiadaceae Nome científico: Asclepias curassavica L. Nome popular: oficial-de-sala Parte tóxica: caule e folhas Sintomas: a ingestão provoca dor, queimação, dores abdominais, sialorréia, náuseas, vômitos, alterações no ritmo cardíaco, em contato com os olhos: irritação e edema Substância tóxica: látex e glicosídios cardíacos

86 O QUE FAZER PARA PREVENIR INTOXICAÇÕES ?
É Importante manter as plantas venenosas fora do alcance das crianças Conheça as plantas venenosas existentes em sua casa e arredores pelo nome e características Ensine as crianças a não colocar plantas na boca e não utilizá-las em brincadeiras Jamais prepare remédios ou chás caseiros com plantas sem orientação de um médico ou farmacêutico Não há regras ou testes seguros para distinguir as plantas comestíveis das venenosas, portanto não coma folhas, frutos e raízes desconhecidas Nem sempre o cozimento elimina a toxicidade da planta.

87 O QUE FAZER PARA PREVENIR INTOXICAÇÕES ?
Tome cuidado ao podar as plantas que liberam látex provocando irritação na pele e principalmente nos olhos; evite deixar os galhos em qualquer local onde possam vir a ser manuseados por crianças; quando estiver lidando com plantas venenosas use luvas e lave bem as mãos após esta atividade

88 O QUE FAZER NOS CASOS DE INTOXICAÇÕES ?
Lavar a área afetada com bastante água Guarde a planta para identificação Procure orientação médica (serviço de urgência ou pronto atendimento) e leve, se possível, a planta que provocou a intoxicação Em caso de dúvida ligue para os números ou (Centro de Informação e Assistência Toxicológica do Distrito Federal)


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