A PERSONALIDADE / TEORIAS EXPLICATIVAS

A PERSONALIDADE / TEORIAS EXPLICATIVAS
Somos o que pensamos ser ?

A PERSONALIDADE / Teorias...
Conceitos: qualidade do que é pessoal, o que determina a individualidade da pessoa; Elemento mais estável da conduta; Constitui-se por todas as características cognitivas, afetivas e volitivas de um indivíduo. (Fonte Aurélio, 2009)

Personalidade vem de “persona” = máscara. Na Grécia antiga os atores encenavam seus personagens usando máscaras, tornando claro que as características encenadas não eram próprias. Socialmente todos temos a nossa máscara.

A personalidade é uma soma de características geneticamente herdadas mais influências do meio ambiente. Este é um processo gradual, dinâmico e único.

A Teoria de Traços da Personalidade (CATTELL) Há traços geneticamente herdados (genótipos) e externamente adquiridos (fenótipos). Os primeiros tendem a conservar maior estabilidade embora possam ser mudados.

Os opostos existem em todos nós, havendo dominância para cada um deles. Um traço pode ser modificado conforme a necessidade e o desejo de seu possuidor. Todos temos vários traços de personalidade: Introversão x Extroversão; Proatividade x Passividade; Emotividade x Frieza; Segurança x Insegurança.

Cinco Dimensões da Personalidade
Extroversão Sociável, assertivo, falante, expressivo, dedicado, vive em grupo Ajustamento Emocional Emocionalmente estável e equilibrado, seguro, feliz, satisfeito, tranquilo e não deprimido Afabilidade (Simpatia) Cordial, confiante, de boa índole, tolerante, colaborador e cooperador, complacente Senso de Responsabilidade Responsável, digno de confiança, organizado, perseverante, autodisciplinado, íntegro, empreendedor Abertura e Interesse Curioso, imaginativo, criativo, sensível, flexível, aberto, brincalhão

As dimensões descritas são muito utilizadas nos processos de seleção conforme os perfis profissiográficos existentes para cada carreira. Isto constitui um material de grande valia para os agentes de seleção.

A Teoria Psicanalítica, de Freud (1895) Revolucionou a comunidade científica, afirmando que não controlamos totalmente a nossa conduta. Somos regidos por um aparelho psíquico cujo funcionamento é autônomo.

O aparelho psíquico é formada por três estruturas: O ID – inconsciente, que guarda instintos primitivos e material recalcado. Ao nascer a única estrutura possuída é o id. O EGO – estrutura consciente, formada a partir da inserção no meio social. É a nossa consciência acerca do mundo das pessoas e de nós mesmos. O SUPEREGO – estrutura consciente, formada no meio social e responsável por qualquer forma de censura.

O id equivale ao prazer assim como o superego à realidade. O ego desempenha papel mediador de modo a controlar os impulsos do id e as pressões do superego. Quanto mais fortalecida for a estrutura egóica, maior equilíbrio possui a pessoa.

As contribuições de Freud para o entendimento da personalidade permitiram compreender desordens que alteram a conduta humana como as neuroses, as psicoses e outros quadros que mudam o comportamento como a própria histeria de conversão. A apresentação do conceito de recalque possibilitou o entendimento, inclusive, de algumas questões fóbicas.

Recalque mecanismo de defesa do ego que permite que sejam esquecidos conteúdos cujas lembranças trariam enorme dor psíquica. O psiquismo, segundo Freud, é regido por um princípio econômico. Desta “economia” resulta o recalque. Materiais recalcados podem aparecer, em parte, nos sonhos ou no discurso analítico (discurso catártico). Todos os seres humanos são recalcados.

Histeria de conversão – patologia caracterizada pela existência de sintomas descritos por pacientes, mas que não têm causa patológica. Existe o sintoma, mas não uma doença. Somatizações – caracterizam-se pelo adoecimento motivado por causas emocionais. As doenças são reais. Atualmente todas as doenças são consideradas psicossomáticas.

Carl Rogers (1902) Psicólogo que fundou o humanismo e que defendia condições de desenvolvimento pleno para as crianças, criticando as punições que formam comportamentos impróprios nas pessoas (no sentido de não serem genuínos).

Rogers admite a idéia de que a verdadeira personalidade humana só pode ser conhecida na vida adulta, quando as pessoas são capazes de deixarem suas máscaras caírem. Ele atenta para os efeitos que sofremos da censura sobre toda a nossa conduta na infância e por toda adolescência e admite, ainda, um percentual de adultos que continuam sob os efeitos desta pressão social.

Pavlov ( )e skinner ( ) defendem que as condutas humanas mantêm-se ou não conforme encontrem aprovação ou reprovação para a sua continuidade. Deste modo somos educados ou não, desenvolvendo hábitos de convívio social compatíveis com as respostas encontradas nos ambientes para os mesmos.

Os efeitos da cultura e das comunidades locais, bem como o que dita a nossa constelação familiar exercem seu papel de influência em nossa formação.

Hábitos de educação, comemorações,utilização apropriada dos móveis e até de nossos utensílios pessoais nos são passados pela via do condicionamento.

Os efeitos do condicionamento sobre a personalidade É inegável que os condicionamentos que sofremos ao longo da vida influenciam a nossa conduta e, claro, a formação da nossa personalidade. O quão assertivos somos ou não socialmente depende de uma série de fatores, estando entre eles: O reforço encontrado para cada comportamento manifesto; A reprovação alcançada para determinadas condutas.

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