A apresentação está carregando. Por favor, espere

A apresentação está carregando. Por favor, espere

Aulas de Micologia Médica: Resumos

Apresentações semelhantes


Apresentação em tema: "Aulas de Micologia Médica: Resumos"— Transcrição da apresentação:

1 Aulas de Micologia Médica: Resumos
Professor Doutor Eduardo Bagagli Departamento de Microbiologia e Imunologia Instituto de Biociências, Unesp, Botucatu Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

2 Aulas de Micologia 2002 - Prof Eduardo Bagagli
Bibliografia ZAITZ e cols. Compêndio de Micologia Médica. Editora Medsi, Rio de Janeiro. 1998 LACAZ e cols. Micologia Médica. 8ºed., 1992 RIPPON Medical Mycology, 1988 KWON-CHUNG & BENNETE. Medical Mycology, 1992 TRABULSSI. Microbiologia. 2ºed., 1989 Geral ALEXOPOULOS, C.J.; MIMS, C. W.; BLACKWELL, M. Introductory Mycology. John Wiley & Sons, New York, Third Edition, 1979 Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

3 Sites sobre fungos na internet: Gerais:
biodiversity.uno.edu/~fungi/ www. mycolog.com Lista de fungos Brasileiros: Fatos curiosos sobre fungos: Líquens: Micologia Médica: Fungos e alergias: Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

4 Aulas de Micologia 2002 - Prof Eduardo Bagagli
Características gerais dos fungos Eucariotos Heterotróficos Pouquíssima diferenciação celular Presença de esporos Parede celular com quitina Importância dos fungos Ambiental (reciclagem de nutrientes, decomposição de agentes poluidores Agricultura (fertilidade do solo, doenças de plantas, etc) Indústria (álcool, cerveja, vinho, antibióticos, ac cítrico, enzimas, farmacos) Alimentação (cogumelos comestíveis, “tempe”, etc) Estudos fundamentais (genética, biomol) Saúde (micoses no homem e animais, micetismo e micotoxicoses) Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

5 Aulas de Micologia 2002 - Prof Eduardo Bagagli

6 Organização somática dos fungos
Vegetativo Filamento ou hifa (septada ou cenocítica) Micélio M Reprodutivo Levedura (L) - Células individualizadas DIMORFISMO M L Capacidade de crescimento nas formas M e L Temperatura Nutrientes Importante fator de virulência nos fungos patogênicos Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

7 Nutrição e Crescimento dos fungos
Heterotróficos saprofitismo parasitismo simbiose Obtenção do alimento por absorção Acumulam glicogênio como material de reserva Versatilidade para utilizar #s substratos e interação com outros organismos Temperatura Umidade Fatores ambientais importantes: Luz pH Potencial redox Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

8 Reprodução dos Fungos Reprodução assexuada:
Propagação vegetativa; alta frequência; mitose; presente em todos os grupos de fungos Tipos Por fissão Blastósporos (brotamento) Artrósporos (fragmentação de hifas) Clamidósporos (presença de parede espessa) Esporangiósporos (em estrutura fechada) Zoósporos (esporangiósporos móveis) Conidiósporos (em estrutura aberta) Reprodução sexuada: Amplifica variabilidade genética; baixa frequência, meiose; ausente em alguns grupos (imperfeitos) Fases: Plasmogamia, Cariogamia e Meiose Define os tipos de reprodução sexuada Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

9 Núcleo celular fúngico:
Cromossomos pequenos, organizados em nucleossomos Estado haplóide é mais frequente Carioteca mantém-se íntegra na divisão celular Presença de centríolos ou “corpúsculo polar do fuso” Fenômeno da heterocariose (núcleos geneticamente #s em um mesmo indivíduo) Parassexualidade: Amplifica a variabilidade genética sem meiose; baixas frequências Heterocariose Cariogamia Haploidização por aneuploidias (perdas cromossômicas) Ocorrência de permutas cromossômicas Etapas: Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

10 Fungos e outros basidiomycetes organismos. Árvore FUNGI ascomycetes
baseada em rDNA. Alexopoulos et al., 1996 basidiomycetes ascomycetes zygomycetes chytridiomycetes FUNGI STRAMENOPILA ANIMAIS PLANTAS ALGAS VERMELHAS DICTYOSTELIUM AMOEBOFLAGELLATES EUGLENOIDS PHYSARUM HETEROLOBOSA GRUPO AMITOCHONDRIATE oomycetes hyphochytrideos labyrinthulideos diatomáceas algas pardas PLASMODIOPHORA? fungos limosos dictiostelídeos fungos limosos plasmodiais fungos limosos acrasídeos Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli PROCARIOTOS

11 Aulas de Micologia 2002 - Prof Eduardo Bagagli
KINGDOM FUNGI KINGDOM STRAMENOPILA Phylum Chytridiomycota Phylum Zygomycota Phylum Ascomycota Phylum Basidiomycota Phylum Oomycota Phylum Hyphochytriomycota Phylum Labyrinthulomycota PROTISTS Phylum Plasmodiophoromhycota Phylum Dictyosteliomycota Phylum Acrasiomycota Phylum Myxomycota Organismos Estudados pela Micologia. Alexopoulos et al 1996 Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

12 FUNGOS PATOGÊNICOS E OPORTUNISTAS
Micoses: infecção por microfungos parasitas. Ação mecânica e por metabólitos Presentes em todas as especialidades da medicina Fungo patogênico: regularmente isolado de um determinado processo infeccioso. Fungo oportunista: raramente isolado de uma variedade de manifestaçõs clínicas. Número de espécies fúngicas patogênicas: (cerca de 200) não-patogênicas: (conhecidas cerca de ) (estimado em até 1,5 milhão) Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

13 Fatores de Virulência de Fungos Patogênicos
Capacidade de crescimento a 37°C e condições redutoras do tecido Dimorfismo Capacidade de evasão do sistema de defesa (endosporulação, cápsula) Propriedades bioquímicas especiais: melanina, fenoloxidase, proteases, elastases, colagenases Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

14 Princípio de atuação das drogas antifúngicas
Dificuldades: poucas drogas disponíveis; tendem a ser tóxicas também ao hospedeiro; similaridade biológica entre fungo e reino animal Diferenças importantes entre fungos e animais. Possíveis alvos terapêuticos via biossintética própria para a quitina formação de lisina pela via do ácido aminodipídico produção de microtúbulo especial, durante a replicação síntese de ergosterol a partir de lanosterol, como principal esterol de membrana Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

15 Princípio de atuação das drogas antifúngicas
Drogas que atuam a nível de membrana (moléculas de ergosterol): Derivados poliênicos: Anfotericina B; Nistatina, Pimaricina Derivados imidazólicos: Ketoconazol, Itraconazol, Clotrimazol (interferem na síntese do ergosterol) Drogas que atuam a nível intracelular (síntese DNA, RNA, proteínas): Griseofulvina (desarranjo nos microtúbulos) 5-fluorcitosina (interfere na síntese de RNA) Actidione ou ciclohexamida (somente para meios decultura) Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

16 Terminologia e Classificação das Micoses
Localização do processo: dermatomicoses, oftalmomicoses, etc Literatura médica ou leiga: sapinho, pé-de-atleta, etc O fungo responsável: aspergilose, histoplasmose, etc Segundo os tecidos e órgão afetados: Micoses superficiais Micoses cutâneas Micoses subcutâneas Micoses sistêmicas -por fungos patogênicos -por fungos oportunistas Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

17 Diagnóstico Microbiológico das Micoses I
Exame microscópico (micromorfologia parasitária): Direto (raspado, secreções, escarro, etc) -clareamento com KOH 10-20% Direto com coloração (Giemsa, Nanquim, Gram, etc) Histopatologia (biópsia), coloração: HE (Hematoxilina Eosina) PAS (Periodic Acid-Schiff) GMS (Gomori Methenamine Silver Isolamento fúngico Meios de cultura como Ágar Sabouraud, adicionados ou não de antibióticos bacterianos e antifúngicos (actidione) O resultado da cutura pode demorar semanas e até meses Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

18 Diagnóstico Microbiológico das Micoses II
Micromorfologia saprofítica cultivo em lâmina em bloco de ágar-meio Atividades bioquímicas (auxanograma e zimograma) importante para leveduras Sorologia testes intradérmicos (inquéritos epidemiológicos) pesquisa de anticorpos e antígenos circulantes Métodos de biologia molecular hibridização com sondas marcadas amplificação específica de DNA pela PCR Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

19 Fungos Causadores de Micoses Superficiais 1 - Pitiríase Versicolor (I)
Características gerais: adquirido por contato; sem resposta imune celular; tecidos corneificados; infecções crônicas 1 - Pitiríase Versicolor (I) Lesões acrômicas ou hiperpigmentadas (versicolor), bordas delimitadas, tórax, abdomen, pescoço, face Micose das praias (o sol revela lesõs existentes) Agente Etiológico: Malassezia furfur Saprófita endógeno da pele normal (homem e animais) levedura lipofílica, antropofílica e zoofílica Sinonímias: Pityrosporum ovale e P.orbiculare Malassezia pachydermatis (pavilhão auricular animais) Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

20 1 - Pitiríase Versicolor (II) Diagnóstico laboratorial
Raspado da lesão, KOH + tinta Parker; Giemsa: leveduras em forma de cacho, com hifas curtas Cultura de fácil obtenção, requer substâncias oleaginosas. Colônias brancas, mucóide e brilhante. Leveduras pequenas Outras manifestações Foliculites (folículo capilar e glândula sebácea) Obstrução do canal lacrimal Dermatite seborreica (produtos de degradação do fungo) Infecções sistêmicas em pacientes com terapia intralipídica com cateter Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

21 Aulas de Micologia 2002 - Prof Eduardo Bagagli
2 - Tínea Negra Infecção assintomática do extrato córneo (palmas das mãos ou pés). Manchas enegrecidas fuliginosas. Agente Etiológico Exophiala werneckii, também denominado Cladosporium werneckii ou Phaeoannellomyces werneckii e outros (fungos dematiáceos). Ocorrência: América do Sul e Central. Brasil, Bahia principalmente. Má diagnosticada: confundida com melanoma maligno (mutilação). Diagnóstico micológico: Raspado epidérmico, KOH, presença de hifas amarronzadas septadas e células com brotamento. Cultura: crescimento lento, colônia filamentosa de coloração oliva à escura. Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

22 Agente Etiológico : Trichosporum beigelli
3 - Piedra Infecções fúngicas crônicas e assintomáticas dos pêlos com formação de nódulos visíveis a olho nu. 3.1- Piedra Branca (I) Nódulos são claros e deslizantes Localização: pêlos da barba, axila, região pubiana e cabelos (menor frequência) Agente Etiológico : Trichosporum beigelli Levedura artrosporada Já foi recuperado de macacos e cavalos. Presente no solo, água e vegetais. Pode fazer parte da flora normal da pele e mucosa oral Piedra branca genital é mais comum em adultos jovens masculinos. Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

23 Diagnóstico Laboratorial
3.1- Piedra Branca (II) Distribuição geográfica: universal Diagnóstico Laboratorial Exame direto do pêlo contaminado, KOH, nódulo é bem visível Cultura é leveduriforme branca-amarelada. Presença de artroconídios. 3.2- Piedra Preta Agente Etiológico: Piedraia hortai Nódulos são escuros e fixos. Presença de ascos e ascósporos típicos Ocorrem preferencialmente nos fios de cabelo Distribuição: Regiões tropicais e subtropicais. Amazônia A infecção é estimulada por alguns indígenas Fonte de infecçâo: solo; encontrado em pêlos de animais Cultura : crescimento bem lento; colônias bem escuras Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

24 Fungos Causadores de Micoses Cutâneas
Micoses causadas por fungos dermatófitos. Fungos que utilizam a queratina da pele, pêlos e unhas como alimento. Dermatofitoses: Envolve três gêneros distintos, biologicamente relacionados: Trichophyton Microsporum Epidermophyton Contém 41 espécies. Causando micoses: 11 espécies Dermatomicoses Micoses cutâneas causadas por outros fungos: filamentosos não-queratinofílicos e por leveduras do gênero Candida Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

25 Fungos Causadore de Micoses Cutâneas
Dermatófitos Fungos queratinofílicos A origem mais provável é o solo Adaptação ao homem e animais geofílicas antropofílicas zoofílicas Espécies Colonizam os tecidos queratinizados do corpo (pele, pêlos e unhas) Não são invasivos. Não sobrevivem no interior do tecido vivo, nem em áreas de inflamação intensa Apresentam atividade queratinolítica. Produzem elastases que atuam sobre a elastina do tecido cutâneo As dermatofitoses são as infecções mais prevalentes no homem. Distribuição universal Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

26 Fungos Causadore de Micoses Cutâneas - Dermatófitos
Aspectos Patológicos dos dermatófitos Possíveis interações com o hospedeiro Fungo contato Hospedeiro Desalojado mecanicamente Estabelecer na pele Sem sintomas Sinais clínicos da micose Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

27 Aulas de Micologia 2002 - Prof Eduardo Bagagli
Aspectos patológicos evolutivos dos dermatófitos O fungo não penetra no tecido vivo. Limita-se aos tecidos mortos da pele (queratina do extrato córneo, pêlos e unhas) Produzem metabólitos envolvidos na degradação da queratina Micotoxinas para competirem com outros organismos da pele? Estas substâncias funcionam como alergenos para o hospedeiro Dermatofitoses podem ser consideradas dermatites de contato biológico A manutenção do patógeno no hospedeiro depende que o mesmo não provoque uma reação inflamatória capaz de eliminá-lo Evolutivamente, algumas espécies adaptaram-se a sobreviver na pele do homem (antropofílicas), outras em animais (zoofílicas) As infecções heterólogas provocam reações inflamatórias intensas podendo culminar com o fim da infecção As infecções homólogas tendem a ser crônicas Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

28 Eritema Exudação Calor Alopécia
Aspectos patológicos evolutivos dos dermatófitos Nas manifestações típicas Resposta inflamatória no local da infecção Eritema Exudação Calor Alopécia O fungo tende a se “mover” do local para “fugir da inflamação” Ocasionando a clássica “forma de anel” Nas manifestações mais intensas Erupções nodulares “kerion” Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

29 Aulas de Micologia 2002 - Prof Eduardo Bagagli
Dermatófitos (ver detalhes Livros) Fase sexuada Ecologia Principais localizações nos tecidos Breve descrição dos 3 gêneros Tipos de manifestações Diagnóstico Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

30 Fungos Causadores de Micoses Subcutâneas
Aspectos Gerais: Vivem em estado saprofítico, no solo, vegetais e animais de vida livre São parasitas acidentais do homem Geralmente apresentam baixa virulência Vários são dematiáceos (produzem pigmentos escuros) Apresentam capacidade de crescimento tecidual Certa adaptação à condição patogênica (dimorfismo, divisão planar, corpúsculos leveduriformes (células escleróticas ou muriformes) A introdução do fungo se dá via de regra pela via traumática Lesões geralmente localizadas no tecido subcutâneo, persistentes e de longa duração, disseminação rara (exceção na esporotricose e cromo- blastomicose). Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

31 Fungos Causadores de Micoses Subcutâneas
MICOSES AGENTE ETIOLOGICOS Esporotricose Sporothrix schenckii Cromoblastomicose Phialophora verrucosa Fonsecaea pedrosoi F. compacta Cladosporium carrioni Rhinocladiella aquaspersas Lobomicose Paracoccidioides loboi (Loboa loboi) Rinosporidiose Rhinosporidium seeberi Feo/hifomicose Várias espécies dematiáceas Eumicetomas Várias espécies Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

32 Aulas de Micologia 2002 - Prof Eduardo Bagagli
Esporotricose Etiologia Sporothrix schenckii - Forma assexuada, anamorfa ou imperfeita Fase sexuada, teleomórfica ou perfeita : Ophiostoma stenoceras (=Ceratocystis stenoceras). Associado a vegetais Adquirido pela via traumática Fungo dimórfico Saprofítico do solo Patologia Lesão ulcerada, acompanhada de nódulos e abcessos ao longo do trajeto linfático (linfangite nodular, linfadenite satélite) Ocasionalmente pode ocorrer disseminação para o sistema nervoso central, visceras e outros órgãos Mais raramente, a inalação de partículas fúngicas pode ocasionar infecção pulmonar primária Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

33 Esporotricose - Ecologia e Epidemiologia
Plantas e o solo são os reservatórios naturais do patógeno Já foi isolado de animais aparentemente sadios, ar, água, e de diversos materiais orgânicos A infecção também ocorre em outros animais (cavalo, cachorro, gato), os quais podem agir como vetores da doença Distribuição é mundial Jardineiros, mineiros, caçadores e relacionados são os mais afetados Surtos epidêmicos já foram observados. Na África do Sul, 3000 casos foram registrados em trabalhadores de uma mina de ouro No Brasil, muitos casos estão associados ao contato com palhas de gramíneas Nos EUA, França, Canadá, e outros países clima temperado, contato com certos tipos de musgos (“sphagnum moss”) Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

34 Esporotricose - Diagnóstico
O exame direto não é recomendado, pois é raro identificar o parasita, o qual apresenta-se na forma de pequenas leveduras arredondadas, em formato oval ou de charuto. Intra e extra-celulares. Cultura - é relativamente fácil de obter. Em Ágar Sabouraud, tempe- ratura ambiente, após 3-5 dias. Colônia branco amarelada no início, achatada, aspecto úmido e membranoso; tornando-se acastanhado e enegrecida, após alguns dias. A forma filamentosa produz conídiosporos arranjados em formato de pequena margarida, hifas finas septadas e hialinas. Inoculação animal: camundongo via intraperitoneal (após 2-3 sema- nas, lesões). Histopatologia Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

35 Aulas de Micologia 2002 - Prof Eduardo Bagagli
Cromoblastomicose Etiologia Várias espécies de fungos Família Dematiaceae (produzem pigmentos) Phialophora verrucosa Fonsecaea pedrosoi F. compacta Cladosporium carrioni Rhinocladiella aquaspersas Principais: Biologicamente relacionadas Fungos do solo e/ou plantas; materiais em decomposição Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

36 Aulas de Micologia 2002 - Prof Eduardo Bagagli
Cromoblastomicose Patologia Penetra por traumatismo Formação de nódulos cutâneos verrucosos, desenvolvimento lento Evoluem para estruturas papilomatosas, ulceradas Hiperplasia do tecido, 1 a 3 cm acima da superfície da pele Presença de células fúngicas em divisão planar, corpos leveduriformes (corpúsculos fungóides) Mais comum nos membros inferiores, seguido de mãos, nádegas, etc. Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

37 Aulas de Micologia 2002 - Prof Eduardo Bagagli
Cromoblastomicose Epidemiologia De ocorrência universal, porém muito mais frequente na América tropical e subtropical Muito comum no México. Temos casos no Brasil Trabalhadores rurais pobres, descalços Mais frequente no sexo masculino (maior oportunidade de contato e predisposição a injúria) Raramente é observado em criança Provável quiescência prolongada no tecido Infecções naturais em animais (cachorros, gatos, cavalos, anfíbios) Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

38 Aulas de Micologia 2002 - Prof Eduardo Bagagli
Cromoblastomicose Diagnóstico O aspecto macroscópico da lesão é importante Exame direto de escamas coletadas dos pontos enegrecidos, clareado com KOH, presença de células arredondadas, acastanhadas, paredes grossas, septados ou não na região equatorial (corpúsculo fumagóide) Cultura: crescimento lento em Sabouraud, Mycosel; colônias escuras, aspecto aveludado Identificação: aspectos microscópicos de esporulação (três tipos): Tipo Phialophora Tipo Cladosporium Tipo Rhinocladiela Gênero Fonsecaea pode apresentar os três tipos de esporulação Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

39 Aulas de Micologia 2002 - Prof Eduardo Bagagli
Lobomicose Etiologia Lacazia loboi. Sin: Paracoccidioides loboi e Loboa loboi Fungo ainda não cultivável Leveduras catenuladas, parede expessa, nas lesões Patologia Infecção crônica da pele e subcutâneos, sempre com presença de quelóides Membros inferiores, pavilhão auricular, tronco, mão, etc Regiões expostas ao traumatismo e temperaturas mais baixas O estado geral do paciente não é afetado Relatos de pacientes com anos com a lesão Processos degenerativos tipo carcinomatosos podem ocorrer Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

40 Aulas de Micologia 2002 - Prof Eduardo Bagagli
Lobomicose Epidemiologia Região Amazônica Trabalhadores de florestas Presença em golfinhos. Transmissão do animal para o homem. Via traumática Diagnóstico Exame direto (biópsia ou secreções): leveduras com parede birrefringente, isoladas ou catenuladas (cadeia) Culturas: até hoje não se conseguiu Inoculações: camundongos imunossuprimidos; ovos embrionados, tatus Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

41 Aulas de Micologia 2002 - Prof Eduardo Bagagli
Rinosporidiose Definição e histórico Infecção do tecido mucocutâneo causada pelo Rhinosporidium seeberi Fungo ainda não cultivado e de classificação não bem definida Doença granulomatosa, com formação de pólipos, tumores, papilomas, os quais são hiperplásicos, bastante vascularizados Aspecto de coral, amora, morango, framboesa ou couve-flor, coloração vermelha Primeira descrição: SEEBER (1900), estudante Medicina, Argentina “infecção da região nasal por protozoário” ASHWORTH (1932) conclui tratar-se de fungo, na Escócia. Estudou o caso em um estudante de Medicina proveniente da Índia. Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

42 Rinosporidiose - Etiologia, Patologia, Ecologia
O nariz é a região mais comumente afetada, seguida da conjuntiva ocular Outras áreas menos frequentes: ânus, pênis, vagina, ouvido, faringe e laringe Evolução lenta. Disseminação rara. Infecção também observada em vários animais selvagens e domésticos O fungo parece ter afinidades com o ambiente aquático Família Olpidiaceae, Ordem Chitridiales A infecção parece estar relacionada ao ambiente aquático Pacientes que se banham ou trabalham em águas paradas Portos de extração de areia. Vento, poeira Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

43 Aulas de Micologia 2002 - Prof Eduardo Bagagli
Rinosporidiose Epidemiologia Maior ocorrência na Índia e Ceilão. Certos hábitos culturais destes países poderiam contribuir para a infecção No Brasil, existem casos humanos e animais. Maior frequência na região Nordeste Diagnóstico Somente clínico é difícil. Importante diferenciar de outras moléstias: angiomas, angiofibromas, epiteliomas, leishmaniose e rinoscleroma A presença de granulações branco-amareladas orienta o diagnóstico Exame direto destas granulações revelam a presença de esporângio grande (350 µm) contendo esporangiósporos (7-9 µm) Histopatologia Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

44 Micetomas Eumicóticos
Existem micetomas provocados por actinomicetos e fungos Causados pela inoculação do patógeno principalmente os pés Infecção crônica da pele e subcutâneo, caracterizado por: Aumento de volume do membro ou região afetada Formação de fístulas Drenagens de grãos Grãos eumicóticos: mede cerca de 0,5 a 2 mm (visível a olho nu), entrelaçado de filamentos micelianos e clamidósporos. A cor pode variar (dependendo da espécie): branca, amarelada ou preta Cerca de 23 espécies fúngicas estão implicadas na etiologia: (Madurella, Acremonium, Fusarium, Aspergillus e outros) Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

45 Feohifomicose Etiologia
Abrange amplo espectro de infecçoes causadas por fungos dematiáceos Este tipo de micose tem sido mantido à parte das formas já consagradas cromoblastomicose, eumicetomas, tinea nigra Etiologia Cerca de 40 espécies dematiáceas já foram recuperadas de lesões Exophiala jeanselmei Wangiella dermatitidis Lesões císticas subcutãneas Xylohypha bantiana Forma sistêmica cerebrais Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

46 Micoses sistêmicas Principal diferença:
verdadeiramente patogênicos oportunistas fungos Principal diferença: Estado imunológico do hospedeiro Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

47 R I P O N, 1 9 8 Fungos patogênicos Oportunistas Doença Histoplasmose
Fungos patogênicos Oportunistas Doença Histoplasmose Aspergilose Blastomicose Candidíase Paracoccidioidomicose Zigomicose Coccidioidomicose Criptococose Hospedeiro Normal Debilitado Porta de Entrada Primariamente infecção Pulmonar Várias Prognóstico 99% dos casos resolvem espontaneamente Depende do comprometimento do sistema de defesa Imunidade Ocorre imunidade após a cura Não proporciona resistência a reinfecção Morfologia no tecido Apresentam formas específicas no tecido (dimórficos) Não há mudança na morfologia* Distribuição Geograficamente restrita Ubíquos R I P O N, 1 9 8 Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

48 FUNGOS PATOGÊNICOS DIMÓRFICOS
Ausência de vacinas Impossibilidade de erradicação Aprender a conviver com o patógeno Tratamento difícil e de elevado custo econômico e social Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

49 Paracocidioides brasiliensis
Micose sistêmica mais importante na América latina Humano Tatus Micélio  Área endêmica de Botucatu Levedura Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

50 Paracoccidioides brasiliensis - causador da Paracoccidiodomicose (PCM)
Adolfo Lutz, 1908: Quem primeiro descreveu doença, em seus aspectos clínicos, histopatológicos e microbiológicos. Reconheceu a natureza fúngica da doença “micose pseudococcidioidica” Alfonse Splendore, 1912: Descreveu pormenorizadamente o fungo Zymonema brasiliense Evidenciou a presença de lesões mucocutêneas (oral) Suspeita de infecção pela via oral (materiais vegetais) Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

51 Paracoccidioides brasiliensis
Floriano de Almeida, 1930: Detalhou as características do fungo Distinguiu-o definitivamente do Coccidioides immitis Propôs denominação hoje consagrada, universalmente aceita (P.brasiliensis) Aguiar Pupo e Cunha Mota, 1936 Propuseram classificação clínica da (PCM) em formas Tegumentar (mucocutânea); linfática; visceral e mista Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

52 Paracocidioides brasiliensis
Locais de isolamento do patógeno em tatus Dasypus novemcinctus Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

53 Filogenia do P.brasiliensis (HERR, R. A., 2001)
94 66 100 Histoplasma capsulatum Blastomyces dermatitidis Penicillium marneffei Emericella nidulans Phaeococcus exophiale Exophiala jeanselmei Coccidioides immitis Paracoccidioides brasiliensis Lacazia loboi 90 92 99 Eurotiales Chaetothyriales Onygenales Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

54 Histoplasma capsulatum
Variedades: capsulatum duboisii farciminosum vários surtos epidêmicos cavernas guano de aves Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

55 Blastomyces dermatitidis
O cão é considerado animal sentinela desta micose freqüência da Blastomicose em cães é significativamente maior do que em humanos Não ocorre no Brasil Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

56 Aulas de Micologia 2002 - Prof Eduardo Bagagli
Coccidioides immitis Considerado o fungo patogênico de maior virulência Surtos epidêmicos no Nordeste do Brasil (humanos e cães) Isolado de tatus  Aspectos biogeográficos (migração humana) Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

57 Fungos Causadores de Micoses Oportunistas
Fungos do gênero Aspergillus Aspergilose Existem mais de 600 espécies pertencentes a este gênero Patogênicas (oportunistas) A.fumigatus (principal) A.flavus A.niger Aspergilose Alérgica Aspergiloma Aspergilose Disseminada Angioinvasão Produção de elastases Fatores inibidores da fagocitose (gliotoxina, aflatoxina) Manifestações Patogênicas Patogênese Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

58 Fungos Causadores de Zigomicose
Conidiobolus coronatus C.incongruus C.lamprauges Basidiobolus ranarum Conidiobolomicose Basidiobolomicose Entomoptorales (Menos frequente) Mucosa Nasal e Subcutâneo Membros (Mais frequente) Rhizopus arrhizus R. rhiopodiformis Apophysomyces elegans Cunninghamella bertholttiae Cokeromyces recurvatus Mucor spp Mucorales Zigomicose Rinocerebral Pulmonar Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli

59 Outras micoses oportunistas importantes
Candidíase e outras leveduroses Criptococose Pneumocistose Adiaspiromicose Aulas de Micologia Prof Eduardo Bagagli


Carregar ppt "Aulas de Micologia Médica: Resumos"

Apresentações semelhantes


Anúncios Google