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LGBTs na escola: do silenciamento hostil à rejeição velada, da tolerância ao respeito Lula Ramires Seminário NEPAIDS - USP Setembro de 2011.

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1 LGBTs na escola: do silenciamento hostil à rejeição velada, da tolerância ao respeito
Lula Ramires Seminário NEPAIDS - USP Setembro de 2011

2 Lula Ramires Graduado e Licenciado em Filosofia pela USP
Fez créditos mas não defendeu dissertação em Antropologia Social no Museu Nacional/UFRJ Participou da campanha de Herbert Daniel a dep. Estadual em 1986 Contatos com grupos em Londres (1990) – Gay Young London e ActUP Entrou para o NGL PT em 1996 e seguida no CORSA Projetos de formação continuada em Div Sexual

3 Mestrado em Educação pela FE USP
Dissertação: Habitus de gênero e experiência escolar: jovens gays no Ensino Médio em São Paulo Coordenador-geral do CORSA Membro do GT LGBT do MEC Doutorado em Educação pela USP (formação inicial de educadoras/es e EAD)

4 Historicamente encarou e lidou com a homossexualidade como um tabu
A escola... Historicamente encarou e lidou com a homossexualidade como um tabu Exemplo clássico: O Ateneu de Raul Pompeia Ao entrar no liceu, o personagem Sergio tem que decidir se vai entre os alunos “que protegem” (fortes, masculinos) e os que “são protegidos” (frágeis, passivos, dotados de feminliidade Digressão: um dia será preciso, ao examinar a evolução arquitetônica, refazer a história dos banheiros

5 Na memória... Ficaram registrados principalmente situações em que o preconceito entrou em cena como forma de diminuir, desacreditar, agredir ou ofender alguém – independente da orientação sexual Em contraposição há relatos de gays e lésbicas que preferiram “andar na linha”, mantendo uma imagem heterossexual e que inclusive se destacaram como melhores alunos/as

6 A escola hoje Segue um modelo que foi concebido para as elites e claramente não dá conta das classes populares. Expansão do ensino público em SP a partir de 1930, com ênfase nos governos de Ademar de Barros e Jânio Quadros O crescimento da oferta privada nas últimas décadas Hoje universalização mas : Queda da qualidade Relação prof x estudantes (tbem de classe) Diversidade social e cultural

7 Hoje, observa-se Ambivalência
Como resultado das ações do movimento LGBT por visiblidade, eclode uma saída do armário em massa Passa-se da repulsa ostensiva (da qual nem se podia falar) a uma rejeição discreta via o “politicamente correto” Indícios de convívio tolerado e acenos de aceitação e apoio (em geral por parte das meninas)

8 A solidariedade que brota espontaneamente entre um gay e sua melhor amiga é emblemático
Sensibilidade feminina como efeito da marginalização e exclusão das mulheres A primeira imagem que os gays constroem de si é apoia-se historicamente em: se gosto de homens, é porque também sou mulher ou no mínimo efeminado.

9 Entendendo a escola como lugar de
Transmissão do conhecimento cientifíco, humanista, cultural e artístico (em suma: o currículo) Relações sociais (socialização secundária - introjetar o que a sociedade espera de cada um/a enquanto cidadã/o, profissão mas sobretudo como homem ou mulher)

10 Atualmente a escola é ambigua com relação às representações de gênero e sexualidade
- Reitera o que é socialmente sancionado e valorizado, modelando condutas e subjetividades - Questiona e reconfigura normas, valores, imagens, comporta-mentos que estruturam as relações interpessoais

11 Material empírico Oito entrevistas realizadas com jovens que estavam no Ensino Médio e que relataram sua trajetória escolar até aquele momento tendo como referência o fato de serem gays

12 Referencial teórico: Habitus de Pierre Bourdieu A noção de gênero proposta por teóricas do feminismo, entre elas Joan Scott O conceito de “experiência” de François Dubet

13 Habitus é um conjunto de disposições corporais e mentais que informa e conforma as ações cotidianas dos agentes sociais guiando suas escolas. Incide sobre a formação de identidades Integra as experiências passadas e age como matriz de percepções, apreciação e decisão que orienta a ação. É um princípio gerador de práticas. (a identidade (inclusive a de gênero) não é um ser, mas um fazer)

14 Apropriado (Setton 2002) para examinar a coerência de traços comuns de um grupo submetido às mesmas condições de existência. Princípios assimilados como formas de ver, apreciar e julgar. O habitus é um sistema coletivo (partilhado pelo grupo) que orienta a ação de cada indivíduo. Situa-se entre as condições objetivas (limites e possibilidades) e a autonomia do agente.

15 A prática é o produto de uma relação dialética entre um habitus e uma situação.
Experiências passadas formam analogias aplicadas a novas situações. Apreender a afinidade entre o comportamento dos agentes e as estruturas e condicionamentos sociais.

16 Ao recortar o conceito de habitus pelo eixo do gênero, tentaremos identificar traços importantes da produção dos corpos e seus modos de agir: a identidade de gênero – resultante da ação e assimilação de um habitus - aparecerá inscrita num corpo sexuado e sexualizado, com disposições duráveis, mas não imutáveis. O gênero é, portanto, uma dimensão central no processo de construção das identidades coletivas e individuais, que se revela através da complexa incorporação de um habitus de gênero. Entendo a identidade de gênero como dotada simultaneamente de uma interioridade e de uma exterioridade: ela forma uma totalidade que poderia ser traduzida como sendo o modo pelo qual uma pessoa se sente e se apresenta para si e para os outros como homem ou como mulher, ou como uma mescla de ambos, sem que haja uma conexão direta e necessária com sua conformação genital.

17 Pesquisa UNESCO Cerca de um de cada 4 alunos não gostaria de ter um colega homossexual. Duas formas de ler este dado: - mesmo em pequeno número, a presença é significativa (numa sala de 40 alunos, dez hostilizarão o/a colega homossexual - há 75%, ou seja a esmagadora maioria que não se incomoda, mas também nada faz para refrear as agressões verbais e físicas.

18 Professores que silenciam e as vezes colaboram na produção de tal violência (Unesco)
Hierarquia (de gênero) e moralismo – há apenas uma forma correta de vivenciar a sexualidade E são naturalizadas, então deixam de ser percebidas como violência. Formas de desrespeito que são incentivadas ou banalizadas pelo silêncio.

19 “muitos dizem que não têm preconceito, desde que o homossexual permaneça longe, não se aproxime e, que não insinue que eles possam ser um igual ou um parceiro da relação. Os rapazes têm aversão às “cantadas” vindas de homossexuais, sentindo-se ameaçados em sua masculinidade e, muitas vezes, reagindo com violência” Castro, Abramovay e .

20 CURSOS DE FORMAÇAO CONTINUADA DO CORSA
Rever os próprios preconceitos Refletir sobre a própria sexualidade Perspectiva ética, a partir dos Direitos Humanos (dignidade, liberdade, respeito à diferença) Incidir sobre as práticas pedagógicas (conteúdo e relações)

21 Sexualidade Ainda se considera que a simples menção vai incitar alunas/os à prática Prevenção da gravidez (por um viés da visão de uma classe sobre outras – projetos de vida, etc.) Prevenção das DST e do HIV/Aids Resistencia à disponibilização de preservativos

22 Kit “Escola Sem Homofobia”
Parte de um projeto maior (pesquisa, capacitação, elaboração de materiais) Advocacy da ABGLT, em parceria com Pathfinder, Reprolatina e Ecos Pesquisa em 11 capitais Capacitações nas 5 regiões – rede com SEEs e SMEs, ONGs e educadores/as Guia do/a Educador/a, videos, boleshes

23 A escola é hoje um ponto de conver-gência e, portanto de conflito, de diversas sociabilidades (entre diferentes classes sociais, entre brancos e não-brancos, entre meninos e meninas, garotas e rapazes, entre heterossexuais e LGBTs) e de trajetórias forjadas ainda em estruturas sociais fortemente ancoradas na hetero-normatividade (que acarreta a homofobia como forma de estigmatização, margina-lização e exclusão de quem não se com-forma ou transgride o padrão “normal”) .

24 Quanto às políticas públicas educacionais, estas revelam que os adultos se mostram coniventes com a homofobia, tendendo à omissão e à negligência quando confrontados com violência verbal e física. Componente geracional

25 Miguel Almeida do Vale Heteronormatividade é uma estrutura Homofobia é dispositivo

26 LGBTs NA ESCOLA Ainda é dificil se assumir, pois há medo de expor e cair no ridículo ou sofrer violência verbal e física Seqüelas do estigma e conflitos intensos – tentativas de suicídio Exploração e experimentação - Entre o desejo e a identidade: incerteza Práticas sexuais X identidade de gênero e orientação sexual Namorar e ficar Bissexualidade

27 Guia CORSA / ECOS Discussão dos conceitos Contexto escolar
Situações desafiadoras Indicações de filmes e bibliografia

28 L U L A R A M I R E S www.corsa.org.br lularamires@terra.com.br
Fones: (11) (Vivo) (Tim) CORSA / São Paulo


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