GEOLOGIA DE ENGENHARIA ENGENHARIA GEOTÉCNICA

Apresentação em tema: "GEOLOGIA DE ENGENHARIA ENGENHARIA GEOTÉCNICA"— Transcrição da apresentação:

1 GEOLOGIA DE ENGENHARIA ENGENHARIA GEOTÉCNICA
SOMAR SEMPRE Geólogo Álvaro Rodrigues dos Santos

2 HOMEM: O PRINCIPAL AGENTE GEOLÓGICO TRANSFORMADOR DA SUPERFÍCIE DO PLANETA
O Homem, através de obras de engenharia, atividades de mineração e atividades agrícolas remove e transporta materiais rochosos e terrosos em volume cem vezes maior do que os processos geológicos naturais responsáveis pela formação das rochas sedimentares em todo o planeta.

3 Principais formas diretas e indiretas de intervenção do Homem no meio físico geológico:
Agricultura e pecuária Mineração Cidades Represamento de cursos d’água: energia, abast., irrigação Desmatamento: madeira, carvão vegetal, lenha Obras civis: estradas, usinas de energia, dutos, canais, portos... - Mudanças climáticas

4 Tempo Geológico Divisões da História Cultura Período (Idades) Estágio
Humano QUATERNÁRIO Holoceno HISTÓRIA 4mil a.C - hoje Contemporânea hoje Homo sapiens Sapiens ~100 mil Neanderthalensis ~200 mil Moderna 1453 d.C Média 476 d.C Antiga 4 mil a.C. – 476 d.C. PRÉ-HISTÓRIA 2,5 milhões Até 4 mil a.C. NEOLÍTICO 10 mil a.C . – 4 mil a.C. dos Metais Pedra Polida Pleistoceno MESOLÍTICO ~ 12 mil a.C. transição PALEOLÍTICO ~2,5 milhões – 12 mil a.C. Pedra Lascada Homo erectus 1,5 Homo Habilis 2,5 TERCIÁRIO Plioceno Antropóides Hominídeos Australopithecus ~3,5 milhões

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26 TUDO BEM, MAS COM QUEM FICA A RESPONSABILIDADE DA MEDIAÇÃO DAS RELAÇÕES ENTRE O HOMEM E O PLANETA?

27 CIÊNCIAS DA TERRA GEOLOGIA GEOGRAFIA AGRONOMIA GEOTECNIA
CABE ÀS CIÊNCIAS DA TERRA OFERECER AS CONDIÇÕES TECNOLÓGICAS PARA QUE AS INTERVENÇÕES DO HOMEM NO PLANETA SEJAM COROADAS DE ÊXITO TÉCNICO, ECONÔMICO E AMBIENTAL

28 GEOLOGIA DE ENGENHARIA
GEOTECNIA GEOLOGIA DE ENGENHARIA MECÂNICA DAS ROCHAS MECÂNICA DOS SOLOS GEOTECNIA

29 A GEOCIÊNCIA APLICADA QUE VÊ O HOMEM COMO AGENTE GEOLÓGICO
GEOLOGIA DE ENGENHARIA A GEOCIÊNCIA APLICADA QUE VÊ O HOMEM COMO AGENTE GEOLÓGICO

30 GEOLOGIA DE ENGENHARIA POSICIONAMENTO DISCIPLINAR
TEÓRICA APLICADA GEOLOGIA FÍSICA meio ambiente água geodinâmica externa geodinâmica interna obras e serviços estratigrafia paleontologia paleogeografia minérios hidrocarbonetos GEOLOGIA HISTÓRICA GEOLOGIA ECONÔMICA GEOLOGIA DE ENGENHARIA

31 GEOLOGIA DE ENGENHARIA
CONCEITO OFICIAL DA IAEG “Geologia de Engenharia é a ciência dedicada à investigação, estudo e solução dos problemas de engenharia e meio ambiente decorrentes da interação entre as obras e atividades do Homem e o meio físico geológico, assim como ao prognóstico e ao desenvolvimento de medidas preventivas ou reparadoras de riscos geológicos”. UM CONCEITO MAIS CONCISO (Álvaro) “Geologia de Engenharia é a Geociência Aplicada responsável pelo estudo da interface tecnológica entre as atividades humanas e o meio físico geológico”

32 A GEOLOGIA DE ENGENHARIA TRABALHA COM UMA ABORDAGEM ESSENCIALMENTE FENOMENOLÓGICA
“Nature to be commanded must be obeyed” Francis Bacon “Nas Ciências Naturais, e na Geologia em especial, o primeiro e essencial passo está em descobrirmos e assimilarmos as leis básicas da Natureza. Isso feito, as cortinas se abrem e a compreensão dos fenômenos naturais ou induzidos pelo Homem surge clara à nossa frente” Álvaro R. Santos

33 MECÂNICA DOS SOLOS Disciplina responsável pelos estudos teóricos e práticos sobre o comportamento dos solos sob o enfoque de sua solicitação pela Engenharia

34 MECÂNICA DAS ROCHAS Disciplina responsável pelos estudos relativos ao comportamento físico e mecânico das rochas e maciços rochosos e a aplicação desse conhecimento para o melhor entendimento dos processos geológicos e para as solicitações da Engenharia

35 (engenharia de rochas) ENGENHARIA GEOTÉCNICA
MECÂNICA DOS SOLOS + (engenharia de solos) MECÂNICA DAS ROCHAS = (engenharia de rochas) ENGENHARIA GEOTÉCNICA

36 ENGENHARIA GEOTÉCNICA
A ENGENHARIA GEOTÉCNICA É O RAMO DA ENGENHARIA RESPONSÁVEL PELA RESOLUÇÃO DOS PROBLEMAS ASSOCIADOS ÀS SOLICITAÇÕES IMPOSTAS PELOS EMPREENDIMENTOS HUMANOS AO MEIO FÍSICO GEOLÓGICO.

37 GEOLOGIA DE ENGENHARIA
GEOTECNIA GEOLOGIA DE ENGENHARIA ENGENHARIA GEOTÉCNICA

38 AS DIFERENTES RESPONSABILIDADES DA GEOLOGIA DE ENGENHARIA E
DA ENGENHARIA GEOTÉCNICA

39 GEOLOGIA DE ENGENHARIA
A responsabilidade maior da Geologia de Engenharia está em oferecer à Engenharia (lato sensu) um quadro completo dos fenômenos geológico-geotécnicos que podem  ser esperados da interação entre as solicitações típicas do empreendimento que foi ou será implantado e as características geológicas (materiais e processos) dos terrenos por ele afetados. A esse quadro fenomenológico a GE junta suas sugestões de cuidados e providências que projeto e obra deverão adotar para ter esses fenômenos sob seu total controle .

40 ENGENHARIA GEOTÉCNICA
A responsabilidade maior da Engenharia Geotécnica está na definição final, em âmbito de Projeto e Plano de Obra, das soluções de engenharia e seus exatos dimensionamentos físicos e matemáticos, zelando pela plena compatibilidade e solidariedade entre as soluções adotadas e os fenômenos geológico-geotécnicos a elas associados.

41 AS DIFERENTES RESPONSABILIDADES DIANTE DE UM EVENTUAL PROBLEMA
Será de total responsabilidade da Geologia de Engenharia qualquer problema que venha a acontecer e que decorra de fenômeno geológico-geotécnico que não tenha sido previsto, ou corretamente descrito, em seu Quadro Fenomenológico. Como será de total responsabilidade da Engenharia Geotécnica qualquer problema que ocorra por não ter sido levado em conta, e da maneira adequada, algum fenômeno potencial incluído no referido Quadro.

42 FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA GEOLOGIA DE ENGENHARIA

43 A natureza dialética das intervenções do Homem no meio geológico

44 A GE E O FATOR DE SEGURANÇA
A CONFIANÇA DA ENGENHARIA GEOTÉCNICA NA INTERPRETAÇÃO DOS FENÔMENOS GEOLÓGICO-GEOTÉCNICOS PERMITE-LHE TRABALHAR COM COEFICIENTES DE SEGURANÇA MAIS REALISTAS, MENORES, E, POR DECORRÊNCA, COM SOLUÇÕES DE ENGENHARIA DE MENOR CUSTO

45 SOMAR SEMPRE UM TRABALHO MAIS SOLIDÁRIO ENTRE A ENGENHARIA GEOTÉCNICA E A GEOLOGIA DE ENGENHARIA SEMPRE REDUZIRÁ EM MUITO A PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA DE ACIDENTES OU QUALQUER ORDEM DE FALHA TÉCNICA

46 DISTINÇÕES NO SIGNIFICADO, NA ELABORAÇÃO E NO USO
CARTAS GEOTÉCNICAS E CARTAS DE RISCOS DISTINÇÕES NO SIGNIFICADO, NA ELABORAÇÃO E NO USO Geól. Álvaro Rodrigues dos Santos

47 CARTA GEOTÉCNICA E CARTA DE RISCOS
“A Carta Geotécnica traz informações sobre todas feições geológicas e geomorfológicas de uma determinada região quanto ao seu comportamento frente a um determinado tipo de ocupação. É essencialmente um instrumento de planejamento do uso do solo. As mais comuns são as CGs orientadas à ocupação urbana. Definem as zonas que não podem ser ocupadas de forma alguma e aquelas que podem ser ocupadas uma vez obedecidos os critérios técnicos estipulados pela Carta. As Cartas Geotécnicas relacionam-se diretamente com Planos Diretores e Códigos de Obra.” “A Carta de Riscos delimita em uma área ou região as zonas ou os compartimentos submetidos a um determinado tipo de risco (por exemplo, escorregamentos) frente a um determinado tipo de ocupação (por exemplo, urbana), definindo os diferentes graus de risco e as providências necessárias associadas a cada um desses graus. Geralmente é realizada para uma situação já com problemas detectados ou acontecidos e é mais comumente um instrumento de ações de Defesa Civil e/ou reorganização da ocupação. As Cartas de Riscos relacionam-se diretamente com Planos Emergenciais e Contingenciais de Defesa Civil.”

48 ESCAPAR DA ARMADILHA DA ABORDAGEM DE RISCO
RECUPERAR O FOCO NAS MEDIDAS PREVENTIVAS, AQUELAS QUE VÃO EVITAR A CRIAÇÃO DE NOVAS ÁREAS DE RISCO NÃO PODEMOS PASSAR A IDÉIA DE QUE O RISCO É INEVITÁVEL, E QUE UMA VEZ BEM ADMINISTRADO ELE É ATÉ ACEITÁVEL

49 PARAR DE ERRAR PLANEJAMENTO DO USO DO SOLO + PROGRAMAS HABITACIONAIS
DECISÃO ESTRATÉGICA ELEMENTAR E ESSENCIAL: PARAR DE ERRAR PLANEJAMENTO DO USO DO SOLO + PROGRAMAS HABITACIONAIS

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52 Almirante Tamandaré – RM Curitiba

53 Teresina - PI

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64 Monte Alto - SP

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82 GROTÃO: OCUPAÇÃO RECENTE EM CONDIÇÕES DE RISCO GEOTÉCNICO MUITO ALTO NO BAIRRO PINHAL DO MIRANDA

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86 Cultura técnica do corte-aterro-corte-aterro

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88 UMA DAS MAIORES CONTRIBUIÇÕES DA GEOTECNIA PARA A HUMANIDADE
CARTA GOTÉCNICA UMA DAS MAIORES CONTRIBUIÇÕES DA GEOTECNIA PARA A HUMANIDADE

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90 CARTA GEOTÉCNICA DOS MORROS DE SANTOS E S. VICENTE
TABELA ORIENTATIVA

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95 CARTA DE RISCOS FERRAMENTA ESSENCIAL PARA MEDIDAS EMERGENCIAIS DE DEFESA CIVIL E/OU DE REORDENAMENTO DA OCUPAÇÃO URBANA

96 ZONEAMENTO DE RISCO GEOLÓGICO-GEOTÉCNICO COTA 200

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98 REASSENTAMENTO OU CONSOLIDAÇÃO GEOTÉCNICA?

99 SOBRE AS ESCALAS DE TRABALHO
AS AÇÕES PÚBLICAS PRÁTICAS DE ORDENAÇÃO DO USO DO SOLO, SEJA EM ESCRITÓRIO, SEJA EM CAMPO, EXIGEM DAS CARTAS GEOTÉCNICAS E DE RISCO PRECISÕES COMPATÍVEIS COM ESCALAS ENTRE 1:5.000 E 1:1.000. ESCALAS MAIS ABRANGENTES QUE ESSAS PODEM TER ALGUMA FINALIDADE, MAS NÃO SE PRESTAM ÀS DECISÕES DO COTIDIANO DE UMA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL

100 RESPONSABILIDADES PROFISSIONAIS NA ELABORAÇÃO DA CARTA GEOTÉCNICA E DA CARTA DE RISCOS
UM TRABALHO EMINENTEMENTE INTERDISCIPLINAR: Geologia Geomorfologia Engenharia Geotécnica Cartografia LIDERANÇA PROFISSIONAL: Geologia de Engenharia e Engenharia Geotécnica

101 HOJE, O OBJETIVO FOCAL DA GEOTECNIA BRASILEIRA:
CONSEGUIR QUE A CARTA GEOTÉCNICA SE TRANSFORME DEFINITIVAMENTE EM UM INSTRUMENTO ROTINEIRO DAS AÇÕES PÚBLICAS DE REGULAÇÃO DO USO DO SOLO URBANO, ESPECIALMENTE AO NÍVEL MUNICIPAL. PROVIDÊNCIAS INDISPENSÁVEIS Preparação de Manual de Elaboração de Cartas Geotécnicas e de Cartas de Risco Treinamento em Elaboração de Cartas Geotécnicas e de Cartas de Risco Alteração no Estatuto das Cidades incorporando a obrigatoriedade dos Planos Diretores referenciarem-se a uma Carta Geotécnica

102 “Nature to be commanded must be obeyed”
Francis Bacon “Nas Ciências Naturais, e na Geologia em especial, o primeiro e essencial passo está em descobrirmos e assimilarmos as leis básicas da Natureza. Isso feito, as cortinas se abrem e a compreensão dos fenômenos naturais ou induzidos pelo Homem surge clara à nossa frente” “Qualquer ação humana sobre o meio natural interfere, não só, limitadamente, em matéria bruta, mas, significativamente, em matéria em movimento, ou seja, em processos geológicos, sejam eles menos ou mais perceptíveis, sejam eles mecânicos, físico-químicos ou de qualquer outra natureza, estejam eles temporariamente contidos ou em pleno desenvolvimento” Álvaro R. Santos

103 FIM