A apresentação está carregando. Por favor, espere

A apresentação está carregando. Por favor, espere

POLÍTICAS LINGUÍSTICAS: CASO DA REPÚBLICA DA ÍNDIA e países limítrofes: PAQUISTÃO (N+O), BANGLADESH (S+L), e atual ILHA DE SRI LANKA (Ceilão até 1972)

Apresentações semelhantes


Apresentação em tema: "POLÍTICAS LINGUÍSTICAS: CASO DA REPÚBLICA DA ÍNDIA e países limítrofes: PAQUISTÃO (N+O), BANGLADESH (S+L), e atual ILHA DE SRI LANKA (Ceilão até 1972)"— Transcrição da apresentação:

1 POLÍTICAS LINGUÍSTICAS: CASO DA REPÚBLICA DA ÍNDIA e países limítrofes: PAQUISTÃO (N+O), BANGLADESH (S+L), e atual ILHA DE SRI LANKA (Ceilão até 1972) O papel das Políticas Linguísticas na constituição das Nações

2

3

4 Sobre a existência e a unidade da Índia
A Índia não existia enquanto unidade antes do domínio colonial britânico. (colonizada pelo Reino Unido desde o século XIX; anexada o fôra pela Companhia Britânica das Índias Orientais, no século XVIII). O Império Britânico reuniu um vasto território sob um mesmo governo.

5 Sobre a existência e a unidade da Índia (cont.)
Mais uma vez, neste caso, observa-se a CIRCULARIDADE DO MOVIMENTO entre: querer fundamentar a criação do Estado em realidades que supostamente pré-existem a ele, e a um só tempo promovem-se políticas que pretendem fazer existir estas realidades. [Supõe-se uma convenção para fundamentar um contrato; como a convenção não existe, o contrato trata de criar essa convenção.]

6 A existência e a unidade da Índia (cont.)
O que existia enquanto realidade convencional nos territórios que compreendiam a Índia britânica, que hoje incluem, além da: Índia Paquistão BanglaDesh o Sri Lanka (Ceilão) e outros..., era uma vasta diversidade de línguas, culturas, religiões e etnias, infinitamente mais diversa do que em toda a Europa. Sociedades pluralistas, multilingues, multiculturais, multi-étnicas…

7 Questões interessantes a verificar na Índia:
De fato, a primeira questão é: Como alguma unidade foi preservada?, o que é por si éttonant. Uma segunda é: Por que a divisão principal se deu em termos de: islâmico e não-islâmico.

8 Percurso histórico A Índia, ou parte dela, foi invadida muitas vezes ao longo de sua história. Como no caso do Império Mogol (fundado pelo guerreiro Panipat, turco do Afganistão ( ), na revolta dos cipaios, patrocinada pelos britânicos). Mas isso nunca implicou em guerras de libertação nacional a partir da premissa de que todos combateriam um inimigo comum. O mais pitoresco da história é que muitos invasores foram simplesmente absorvidos pela Índia, tal a sua enormidade. Por que não aconteceu o mesmo a partir da descolonização britânica? Por que a Índia não voltou ao seu status quo ante, de território fragmentado em diversas nações?

9 Mahatma Gandhi Atribui-se a Gandhi a meta da Índia unificada, o que é verdade do ponto de vista de que isso realmente constava do Programa de seu grupo ativista. Mas nada garantiria que uma Índia unificada viesse a acontecer. A dinâmica dos fatos facilmente teria feito desaparecer esta premissa. M.G. foi um dos idealizadores e fundadores do moderno Estado indiano e um influente defensor do Satyagraha (A busca ou o caminho da verdade: princípio da não-agressão, forma não-violenta de protesto) como um meio de revolução). A Índia tornou-se uma nação moderna em 1947 após tal esforço para a independência que foi marcada pela difundida resistência não-violenta chefiada por Ghandi ( =79a.)

10 Mahatma Gandhi Mahatma = grande alma, liderou mais de 250 milhões
de hindus. Direito em Londres (1888). África do Sul (1893) representando firma hindu em processo judicial. A discriminação racial local despertou em G. s/ consciência social. Como advogado, Gandhi fez o melhor para descobrir os fatos e depois de resolver um caso complicado, ele passou a ter notoriedade por sua atuação. “Tive um aprendizado que me levou a descobrir o lado melhor da natureza humana e entrar nos corações dos homens. Percebi que a verdadeira função de um advogado é unir rivais…”. 1915-retorna à Índia e inicia sua campanha...

11 Objetivo dos ingleses (cont.)
Era, em primeiro lugar, interesse dos ingleses manter a Índia pacífica e unificada, de modo a preservar seus interesses e a ter um único interlocutor para tratar deles. (Analogamente ao que acontece com a China de hoje, onde os ocidentais caucionam o governo e preferem evitar uma fragmentação estilo soviético). Note-se que os ingleses poderiam ter facilmente fomentado a guerra civil, jogado os indianos uns contra os outros. Mas não fizeram nada disso, muito pelo contrário.

12 Sobre a descolonização da Índia
A descolonização da Índia (do Reino Unido) não foi de fato ressentida pelos britânicos. Havia grupos internos - o lobby colonial - que queria a manutenção. E havia um sentimento romântico (particularmente de Churchill, como primeiro-ministro do Reino Unido durante a Segunda Guerra Mundial) que designava a Índia como a Jóia da Coroa... Mas o fato é que a Índia era relativamente pouco importante para o Império Britânico. E, insustentável, no contexto pós-guerra, quando os britânicos sofreram racionamento até 1954.

13 A constituição da Índia como Estado unitário
É aos britânicos que se deve, em primeiro lugar, a constituição da Índia como Estado unitário. Quanto aos poderes internos da Índia - sultões, marajás etc. - razões ambivalentes os levaram a ser simpáticos, ou ao menos a não se oporem à ideia.

14 A constituição da Índia como estado unitário (cont.)
Para aqueles que tinham relações comerciais importantes e algo como uma “burguesia”, ainda que incipiente, já era clara a noção da necessidade de um infra-estrutura institucional - um Estado - para viabilizar seus negócios e sua vida civil. Para aqueles mais atrasados ou mais remotos, isso fazia pouca ou nenhuma diferença. A vida corria como antes. O domínio colonial britânico lhes parecera relativamente benigno, colocando-os em contacto com o mundo e o governo unitário parecia apenas uma atualização desse conceito.

15 Government of India Act (1935)
Government of India Act (1935) - instituições da Índia moderna, inclusive eleições e tribunais. Do ponto de vista indiano, a constituição da Índia enquanto Estado nacional unitário teve muito de inercial - não houve oposição, no sentido de regiões quererem se singularizar e ter sua própria independência. Uma outra razão importante para isso era - e é ainda - o fato de que a maior parte das regiões da Índia e particularmente suas grandes cidades são constituídas por uma vasta miríade de povos, não sendo possível circunscrever e delimitar regiões ou territórios culturalmente homogêneos.

16 Definição da Índia Por fim, a Índia era definida por contraposição aos colonizadores britânicos e não internamente a partir de uma cultura comum. A independência da Índia não foi pautada pelo programa romântico. A Índia enquanto unidade foi uma criação inglesa, na verdade. E assim teria permanecido, não fosse pela questão islâmica. Constituição da Índia estipula o inglês como língua oficial provisória até 1965, quando seria adotado o hindi (na grafia devanagari). No entanto, em 1965, os representantes políticos de falantes nativos de outras línguas protestaram e fizeram com que o inglês permanecesse como única língua oficial da Índia.

17 O islamismo e a criação do Paquistão
O islamismo foi trazido à Índia pelos mogóis (não confundir com os mongóis), cujo império de ascendência direta de Gengis Khan, viu sua fundação em 1526, entrou em declínio a partir do início do século XVIII e foi extinto em definitivo pelo poderio britânico em 1857. A Índia acomodou várias religiões, mas o islamismo, como religião militante e universalista, criou um sério problema de classe. Esta é a fonte da tensão que subsiste até hoje.

18 O islamismo como fonte de tensão...
Cette nuit la liberté, de Dominique Lapierre e Larry Collins. Mohammed Jinnah (primeiro governador-geral do Paquistão) - intransigente acerca de um Estado independente para os muçulmanos. Mediação dos Mountbatten (descendentes da rainha Elizabeth II do Reino Unido e o Príncipe Felipe, Duque de Edimburgo): esforços malogrados. Massacres nas cidades como Lahore (“a Paris da Índia”).

19 Como se deu a criação do Estado Paquistanês...
Paquistão: Entidade federal criada em 1947, como resultado da divisão da Índia Britânica em 2 domínios soberanos: a União da Índia e o Domínio do Paquistão. O Paquistão, como Israel, foi um estado criado em bases religiosas. Não é o estado dos habitantes da bacia do Indo; é o estado dos islâmicos da Índia. Como em Israel, além do vínculo religioso, não havia nenhum vínculo cultural. Havia uma prevalência dos hindufones (como dos falantes do iídiche).

20 República Islâmica do Paquistão
Capital Islamabad Cidade mais populosa Karachi Língua oficial e nacional Urdu, inglês

21 República Islâmica do Paquistão
Por meio da Constituição de 1956, reiterando a resolução de Como parte do processo de constituição do Paquistão, tem-se uma política linguística dividida em duas partes: 1ª) Instituição do urdu como língua nacional que, de fato, era e continua a ser mutuamente inteligível com o hindi. Necessidade da prevalência do urdu. A língua tornada única, o urdu, foi, então, retrabalhada, persianizada e arabizada, para enfatizar sua separação e impedir a reunificação a partir do argumento do vínculo cultural.

22 República Islâmica do Paquistão
O urdu passou a ser escrito da direita para a esquerda... – a estratégia!... Enquanto o hindi sempre foi escrito da esquerda para a direita (por ser uma escrita da modalidade devanagari < sânscrito, “deva, “divindade” e nagari, “urbana”, “a escrita urbana dos deuses”, usada desde o séc. XII. Muitas línguas da I. usam o devanagari, além do híndi: o sânscrito, o marata, o caxemira, o sindi, o biari, o bhili, o concani, o bhojpuri e o nepalês.

23 República Islâmica do Paquistão
Como parte do processo de constituição do Paquistão, temos uma política linguística agora em sua segunda parte: a instituição do urdu como língua oficial e nacional única. E pergunta-se? Qual é exatamente o status das minorias linguísticas no Paquistão?), em detrimento das demais que, em sua maioria não são sequer dialetos, mas apenas vernáculos não-gramatizados.

24 A língua oficial da República Islâmica do Paquistão
a Constituição prescreveu o inglês como língua oficial por 20 anos, depois dos quais o urdu seria adotado. Em 1962, a Constituição tornou este período indefinido. Em 1973, foi estabelecido um período de 15 anos, depois dos quais o urdu seria obrigatório, o que é até hoje.

25 Multilinguismo e aspectos culturais
A sociedade paquistanesa é multilinguística, predominantemente muçulmana, que tem em alta conta os valores familiares tradicionais, embora as famílias urbanas tenham adotado o sistema do núcleo familiar, devido às restrições sócio-econômicas impostas pelo sistema tradicional. As últimas décadas assistiram ao surgimento de uma classe média em cidades como Karachi, Lahore e outras, cujos integrantes se dizem liberais, por oposição às regiões a noroeste, na fronteira com o Afeganistão, que permanecem conservadoras e dominadas por costumes tribais centenários.

26 Aspectos culturais A globalização aumentou a influência da cultura ocidental no país. Cerca de quatro milhões de paquistaneses vivem no exterior, dos quais quase meio milhão residem nos EUA e cerca de uma milhão, na Arábia Saudita. Aproximadamente um milhão de descendentes de paquistaneses vivem no Reino Unido.

27 Línguas do Paquistão Particularmente o Punjabi (variante-prestígio) e o Sindhi. Sânscrito - até o ano 1000. Influências do Persa (Farsi). Hindi como o Urdu avançaram a partir do hindustani, a língua franca do subcontinente (ou hindi-urdu). Hindustani (N.Índia) >hindi (com influência do sânscrito) e urdu - com um vocabulário persianizado. “The total number of people who understand the language may be as high as 800 millions”  L2 L1  350/400 milhões.

28 Enquanto isso, na Índia... A polêmica, relativamente pouco importante, entre o hindi e o inglês. mas o universalismo socialista do Partido do Congresso faz prevalecer o inglês por ser neutra. Uma situação complexa. há línguas oficiais locais, variantes de prestígio locais e mistura local de línguas. Dificuldades estatísticas [Calvet]: Populações e percentagens totais: Índia - 1 bilhão de habitantes – segundo maior pais populoso do mundo. falantes nativos do hindi - 33%, 337 mi islâmicos - 12 % Paquistão mi falantes nativos do urdu - 10%, 15 mi Bangladesh mi islâmicos - 86 % hinduistas - 12 % Bombaim (maior cidade da Índia) - marathi e gujarati (variantes de prestígio)

29 Índia – país polilíngue ou multilíngue
Inglês, como dito antes, obrigatório entre a União e estados não-hindifones. Isso tudo faz da Índia efetivamente um país onde as pessoas são polilíngues ou multilíngues. Filmes de Hollywood são falados em hindi-urdu.

30 Um novo nacionalismo na Índia
Bandeira do BJP (Bharatiya Janata Party, o partido político nacionalista na Índia (fundado em 80): indianizar a Índia. Nas eleições parlamentares de 2004, o partido recebeu votos (22%, 138 assentos). Quem será a favor? Quem será contra? Que acontecerá? Está ameaçada a unidade da Índia enquanto Estado? Pode-se dizer que “um Estado assim não pode funcionar”, porque não é uma Nação? Que espécie de prognóstico é possível fazer?

31 PAQUISTÃO - BANGLADESH
As duas porções do território do Paquistão em (em verde). O Paquistão Oriental (em verde, à direita) declarou-se independente em 1971, com o nome de Bangladesh.

32 SRI LANKA

33 SRI LANKA SRI LANKA, emancipação em 1947. Constituição de 1972.
Língua: cingalês (grupo étnico majoritário de 19 mi.) e tâmil (com dois dialetos).


Carregar ppt "POLÍTICAS LINGUÍSTICAS: CASO DA REPÚBLICA DA ÍNDIA e países limítrofes: PAQUISTÃO (N+O), BANGLADESH (S+L), e atual ILHA DE SRI LANKA (Ceilão até 1972)"

Apresentações semelhantes


Anúncios Google