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DIFERENTES ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE AUTISMO (AULA 2)

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Apresentação em tema: "DIFERENTES ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE AUTISMO (AULA 2)"— Transcrição da apresentação:

1 DIFERENTES ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE AUTISMO (AULA 2)
CAROLINA LAMPREIA MARIANA LUISA GARCIA DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA PUC-Rio

2 TEORIAS BIOLÓGICAS Cerebelo: lóbulos VI e VII menores (atenção) e Células de Purkinje em < nº (sensorial) Sistema límbico: amígdala (social) e hipocampo (aprendizagem, memória, estereotipia) Tamanho do cérebro: poda (informação) Neurônios-espelho: empatia (Caminha, 2006) a plasticidade do cérebro permite sua reestruturação pela intervenção precoce LAMPREIA & GARCIA

3 TEORIA DA MENTE Teoria Modular da Mente
a mente é composta, desde o nascimento, de diferentes faculdades psicológicas ou 'órgãos' ou 'módulos' (Chomsky, 1995) possuir uma teoria da mente é ter a habilidade inata de atribuir e interpretar estados mentais (intenções, crenças) e emoções aos outros e a si próprio É uma teoria inatista LAMPREIA & GARCIA

4 Teoria da Mente e Autismo
Autistas não possuem essa habilidade inata Autistas têm dificuldades em compreender: as intenções dos outros seus sentimentos Isso dificulta suas relações sociais LAMPREIA & GARCIA

5 Teoria da Mente e suas revisões
Déficit das Funções Executivas Déficit em manter conjunto de estratégias apropriadas para atingir um objetivo futuro para solução de problema Teoria da Fraca Coerência Central Não leva em conta o contexto, o significado global (Happé, 1994) LAMPREIA & GARCIA

6 ABORDAGEM DESENVOLVIMENTISTA
Construtivista social (Vygotsky, 1984)  o psicológico é uma construção social (diferente de Piaget que é cognitivista / naturalista) as funções psicológicas são construídas em contexto interpessoal A capacidade de compreender os estados mentais dos outros – ter uma teoria da mente – é fruto das interações sociais do bebê LAMPREIA & GARCIA

7 Abordagem Desenvolvimentista e autismo
Hobson (2002): desde o nascimento, os bebês estão emocionalmente conectados às pessoas → estão aptos a perceber e reagir ao comportamento e expressões dos outros; a tomar seu papel na dança comunicativa do intercâmbio interpessoal No autismo, dado um dano biológico inato na capacidade de ser sensível e responsivo às emoções dos outros e de expressar emoções, o bebê não pode se engajar em interações sociais e todo o seu desenvolvimento é prejudicado LAMPREIA & GARCIA

8 A importância do engajamento afetivo
o engajamento afetivo com o outro é a base da significação que está presente desde as primeiras interações do bebê levar em conta a dimensão afetiva considera o que há de específico no ser humano não levar em conta a dimensão afetiva pode acarretar visão robotizada de sujeito; acarretar em treinamento cf. linguagem macacos – adestramento cf. caso autismo – conseqüências para intervenção LAMPREIA & GARCIA

9 O desenvolvimento típico rumo ao símbolo
Capacidades inatas Comunicação afetiva = intersubjetividade primária = (0-9 meses) Comunicação intencional = intersubjetividade secundária (9-15 meses) Linguagem / fala (15 meses) LAMPREIA & GARCIA

10 Capacidades inatas do bebê para a interação social
Engajamento afetivo → sensibilidade e responsividade ao outro (Hobson, 2002) Imitação neonatal → protusão da língua (Trevarthen e cols., 1998) Limiar de sensibilidade → ‘normal’, baixo, alto (Stern, 1992) Comportamento do bebê com pessoas é muito diferente de comportamento com objetos → bebês discriminam pessoas de objetos, discriminam expressões faciais e contexto LAMPREIA & GARCIA

11 Capacidades Inatas_MC.avi
Vídeo 1: 3’57 Capacidades Inatas_MC.avi MC 9 dias (movimentos braços acompanham voz adulto) MC 22 dias (movimentos braços acompanham música) MC 22 dias (atenção a fala avó) LAMPREIA & GARCIA

12 A comunicação afetiva e a intersubjetividade primária
(interações diádicas face-a-face: protoconversações) Comportamentos sociais da mãe falar como bebê  entonação de voz elevada, sintaxe simplificada, velocidade reduzida, exagero da inclinação fazer rosto de bebê  expressões esquisitas, exageradas olhar exagerado, chegar mais perto (Stern, 1992) Comportamentos sociais do bebê sorriso, vocalizações, contato ocular, preferências por rosto e voz humanos LAMPREIA & GARCIA

13 Intersubjetividade Primária 2.avi
Vídeo 2: 11’30 Intersubjetividade Primária 2.avi MC 22 dias (engajamento + desengajamento) P 3m (muito engajamento/excitação) MC 3m (engajamento) MC 4m13 (antecipação) MC 4m13 (excitação na troca de fralda) MC 5m (vocalização) LAMPREIA & GARCIA

14 (interações triádicas mãe-bebê-objeto: protolinguagem)
Comunicação intencional, intersubjetividade secundária e atenção compartilhada (interações triádicas mãe-bebê-objeto: protolinguagem) intencionalidade → se desenvolve quando o bebê compreende que seu comportamento tem valor comunicativo e pode ser usado voluntariamente para afetar o comportamento do outro e obter os resultados desejados (Schaffer, 1977) Requer capacidade de coordenação entre MEIOS e FINS atenção compartilhada LAMPREIA & GARCIA

15 Desenvolvimento da intencionalidade ao longo do desenvolvimento
AÇÃO (SINAL NATURAL)  1º há uma ação : mãe atribui intenção ao bebê e arranja as coisas de maneira que a ação do bebê se torne eficaz GESTO (SINAL CONVENCIONAL) ato intencional : bebê se torna consciente do aspecto comunicativo de seu próprio comportamento  é dirigido para mãe SÍMBOLO (SÍMBOLO CONVENCIONAL)  comunicação mediada por sons derivada da fase gestual (Clark, 1978) LAMPREIA & GARCIA

16 Atenção compartilhada (a partir dos 9 meses)
Ambos os participantes estão monitorando a atenção do outro para o objeto o bebê olha para a face do adulto durante seu foco conjunto e compreende o adulto como um agente intencional que percebe certo aspecto do meio que é o mesmo daquele que ele está percebendo (Tomasello, 2003) cada participante sabe do foco de atenção do outro LAMPREIA & GARCIA

17 Comportamentos de Atenção Compartilhada
seguir o comportamento do outro: o olhar e o apontar imitar o comportamento do outro: atos instrumentais (abrir caixa) e atos arbitrários (dar tchau) dirigir o comportamento do outro: apontar imperativo (para pedir) e apontar declarativo (para compartilhar interesse) (Tomasello, 2003) LAMPREIA & GARCIA

18 Seguir e Dirigir Apontar e Fala.avi
Vídeo 3: 3’03 Seguir e Dirigir Apontar e Fala.avi M 17m (seguir apontar) MC 15m (apontar declarativo) T e outros (apontar declarativo) T e outros (apontar imperativo) T (fala) LAMPREIA & GARCIA

19 Símbolos: fala referencial (13 meses)
A linguagem / fala Símbolos: fala referencial (13 meses) Vocalização como sinal natural (balbucio) Vocalização como sinal convencional (gesto vocal) Sinal convencional parecido com fala referencial Fala referencial ou SÍMBOLO convencional (palavra) (Bates, 1976) LAMPREIA & GARCIA

20 Gesto vocal: entre 9-10 meses, algumas Cs
desenvolvem gestos vocais usados em sequências de pedir ou mostrar (ex.: “ah-ah” para pedir qualquer coisa = “quero X”) parecido com fala referencial mas com uso mais restrito do que os comportamentos de nomear Símbolo/palavra: relação nome-objeto uso em variedade de contextos  processo de descontextualização LAMPREIA & GARCIA

21 O caso do autismo Muitas crianças autistas não aprendem a falar e têm problemas severos de compreensão. Outras adquirem a linguagem tarde e não progridem além de uma fala simplificada. Os autistas de alto-funcionamento (HFA), embora falem em sentenças longas e complexas, seu uso da linguagem é anormal (problema pragmático → uso da linguagem em contexto) LAMPREIA & GARCIA

22 Prejuízos na comunicação afetiva Contato ocular Expressão facial
Aconchego colo Antecipação ao ser pego Regulação mútua Problemas sócio-afetivos Observar e ser sensível à perspectiva e sentimentos do outro → Falta de empatia LAMPREIA & GARCIA

23 Prejuízos na comunicação intencional Interesse compartilhado
Seguir apontar Apontar declarativo Jogo faz-de-conta Imitação motora Resposta ao nome Olhar para outros Sem fala Problemas fala: ecolalia, compreensão, reversão pronominal, uso, prosódia LAMPREIA & GARCIA

24 Aspectos secundários do prejuízo primário para a comunicação
Problemas Simbólicos problema simbólico (uso signos e símbolos) → o jogo simbólico, que é um bom marcador do autismo e pode servir de critério de diagnóstico, está correlacionado ao desenvolvimento da linguagem (Rapin, 1996) Problemas de Fala problema de compreensão de sons, ecolalia, reversão pronominal (Rutter, 1968) Problemas Pragmáticos déficits pragmáticos (falha no uso da comunicação) (Wing, 1988; Shah e Wing, 1986) LAMPREIA & GARCIA Lampreia, C.

25 Vídeo 4: 4’38 Autismo_1_Mari.avi Autismo_2_An.avi
Mari – F. 1 ano - sem expressão facial Mari – G. 8 meses - fisoterapeuta Autismo_2_An.avi An – A. 2a8m – ToM An – A. 2a8m – excitação contato físico LAMPREIA & GARCIA

26 Referências Bates, E. (1976) Language and context. The acquisition of pragmatics. N.Y.: Academic Press. Caminha, R.C. (2006) O Autismo e a Teoria dos Neurônios-espelho. Trabalho de Conclusão de Curso. PUC-Rio. Chomsky, N. (1995) Language and Nature. Mind, 104, 413, 1-61. Clark, R.A. (1978) The Transition from Action to Gesture. Em A. Lock, Action, Gesture and Symbol. The Emergence of Language. (p ). London: Academic Press. Frith, U. (1997) Autism. Scientific American Mysteries of the Mind, Special Issue, vol. 7, nº 1, Happé, F. (1994) Autism. An Introduction to Psychological Theory. London: University College London Press. Hobson, P. (2002) The Cradle of Thought. London: Macmillan. LAMPREIA & GARCIA

27 Rapin, I. (1996)(org.) Preschool Children with Inadequate Communication. Developmental Language Disorder, Autism, Low IQ. Londres: Mac Keith Press. Schaffer, H.R. (1977) Early Interactive Development. Em H.R.Schaffer, Studies in Mother-Infant Interaction. (p. 3-16). London: Academic Press. Shah, A. e Wing, L. (1986) Cognitive Impairments affecting Social Behavior in Autism. Em E. Schopler e G. B. Mesibov, Social Behavior in Autism. N.Y.: Plenum Press. Stern, D. (1992) O Mundo Interpessoal do Bebê. Uma Visão a partir da Psicanálise e da Psicologia do Desenvolvimento. (Trad. Maria Adriana Veríssimo Veronese) Porto Alegre: Artes Médicas. Tomasello, M. (2003) Origens culturais da aquisição do conhecimento humano. Tradução Claudia Berliner. São Paulo: Martins Fontes. Trevarthen, C., Aitken, K., Papoudi, D. e Robarts, J. (1998) Children with Autism. Diagnosis and Interventions to Meet their Needs.(2nd edition) London: Jessica Kingsley. Vygotsky, L.S. (1984) A Formação Social da Mente. O Desenvolvimento de Processos Psicológicos Superiores. São Paulo: Livraria Martins Fontes Editora Ltda. LAMPREIA & GARCIA

28 Wing, L. (1981) Language, Social, and Cognitive Impairments in Autism and Severe Mental Retardation. Journal of Autism and Developmental Disorders, 11,1, Wing, L. (1988) The Continuum of Autistic Characteristics. Em E. Schopler e G.B. Mesibov, Diagnosis and Assessment in Autism. N.Y.: Plenum Press. LAMPREIA & GARCIA


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