Carregar apresentação
A apresentação está carregando. Por favor, espere
PublicouAna Carolina Dias Oliveira Alterado mais de 8 anos atrás
1
Apresentação: Karolina Vêncio Frauzino Ramos
Governo do Distrito Federal – GDF Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal – SES Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde – FEPECS Escola Superior de Ciências da Saúde – ESCS Curso de Graduação em Medicina Pediatra - Hospital Regional da Asa Sul Apresentação: Karolina Vêncio Frauzino Ramos Orientadora: Luciana Sugai Brasília, 25 de janeiro de 2011
2
Admissão no HRAS: Criança com 3 anos, natural e procedente de Ipameri-GO, Peso 18kg. Queixa principal: “Febre alta e mancha no corpo” há um dia.
3
História Clínica Criança iniciou quadro de febre alta dia 02/01/11, adinamia e 1 mancha hiperemiada em membro inferior. Procurou atendimento em Domiciliano Ribeiro-GO, sendo então liberado para casa. No mesmo dia, a mãe notou aumento das lesões, com persistência da febre e cefaléia, procurando atendimento em Cristalina-GO. Antecedentes: nascido de parto cesáreo, a termo, sem intercorrências. Nega internações anteriores. Nega comorbidades. Vacinação completa. Pais hígidos.
4
História Clínica Exame físico:
REG, afebril, hidratado, eupneico, corado, acianótico, anictérico. Peso 18kg. Presença de lesões purpúricas em orelha,tronco,membros sup. e inferiores. AR: MV+ e sem RA, FR=32irpm ACV: RCR,2T, BNF sem sopros, FC=90bpm ABD: flácido e indolor,sem VMG EXT: perfundidas. Presença de lesões purpúricas em MMII, com dor ao toque em membro esquerdo.
5
Figuras do caso clínico mostrando rash purpúrico nos MMII.
Imagens: Ramos, KVF
6
Sintomas cardinais Febre Adinamia Púrpura Cefaléia
-Púrpura trombocitopênica ? -Púrpura de Henoch-schonlein ? -Erupções por drogas? -Endocardite bacteriana? -Enterovirose? -Meningococcemia ? Febre Adinamia Púrpura Cefaléia Endocardite: febre alta, adinamia e petéquias. Mais frequente em crianças após cirurgia cardíaca de correção de cardiopatia congênita ou quem usou cateter de swan-ganz. Petéquias são mais comuns subconjuntivais, palato e mucosa bucal, podendo estar em estremidades. Tem sopro. Sinais específicos: manchas de rock, manchas de janeway, nódulos de osler. Púrpura de henoch-schonlein: púrpura palpável, quadro clínico bom. Se não é bom, tem hematúria e dor abdomianl com diarreia sanguinolenta. Enterovirose: quadro mais viral (respiratório, gastrintestinal....) Quais dados clínicos faltariam para sua Hipótese Diagnóstica? Qual seria a conduta tomada frente ao caso?
7
História Clínica Do Hospital de Cristalina, foi encaminhada para Hospital do Gama (03/01/11), onde chegou com febre e aumento das lesões purpúricas em MMII e tronco, estado geral comprometido, Glasgow 12, desidratação e rigidez de nuca. Tendo recebido a seguinte conduta inicial: rigidez de nuca. Rocefin 4g EV – dose inicial Decadron – 1mg/kg – dose inicial 1,5mg/kg – manutenção Penicilina Cristalina – mg/kg/dia :2/2h Hidratação Venosa Encaminhamento à UTI-HRAS.
8
Rebaixamento de consciência
Sintomas cardinais -Púrpura trombocitopênica ? -Púrpura de Henoch-schonlein ? -Erupções por drogas? -Endocardite bacteriana? -Enterovirose? -Meningococcemia ? Febre Adinamia Púrpura Cefaléia Rebaixamento de consciência Rigidez de nuca -Meningite meningocóccica + meningococcemia A conduta para o caso foi adequada?
9
Com a hipótese de Meningite com Meningococcemia, paciente foi trazido pelo SAMU do HRG, no dia 04/01/2011, respirando ar ambiente, com Acesso Venoso Periférico em MSE, REG, hidratado, consciente, dispneico, pálido, acianótico, afebril, com lesões purpúricas disseminadas pelo corpo. FR: 36 irpm, SpO2: 99%, FC: 103bpm, PA:111x92x83mmHg. Pupilas isocóricas e fotorreagentes e rigidez de nuca.
10
Evolução Foi tomada a seguinte conduta: Hemocultura
Manitol solução injetável 200mg/ml na UTI Punção liquórica após primeira dose de manitol Dieta zero + HV em acesso periférico Ceftriaxona 1g EV 1x/dia por 10 dias Dexametasona 4mg/ml 2,5ml por 4 dias Midazolan 15mg amp 3ml na UTI Isolamento de contato Para os contatantes: Rifampicina 600mg 12/12h por 2 dias.
11
Leucócitos totais: Segmentados: 73% Linfócitos: 12% Monócitos: 15% Bastões: 8% Plaquetas: Hemoglobina: 11,5 Hematócrito: 35%
12
Proteína 154 mg/dL Glicose Zero Cloro 103 mg/dL Hemáceas 50/mm3 Células 3000 /mm3 Segmentados 100% Bacterioscopia negativa
13
Negativa
14
Evolução Paciente evolui com melhora clínica progressiva. No segundo dia de tratamento recebe alta da UTI já sem febre. Refere melhora da cefaléia e da dor em MMII por volta do 4º dia de tratamento. Recebe alta dia 16/01/2011, com diminuição significativa do rash petequial (agora só em MMII) e sem outros sintomas.
15
Figura do caso clinico, com meningite meningocócica+meningococcemia após tratamento com ceftriaxona (10 dias). Imagens: Ramos, KVF
17
Introdução Processo inflamatório das leptomeninges e espaço subaracnóide. Mais comum em crianças de 1 mês a 5 anos de idade – 90% dos casos.
18
Lactentes até 2 meses E.coli, Enterobacter sp., klebsiela pneumoniae, Salmonella enteritidis, streptococcus agalactiae, listeria monocytogenes Até os 5 anos Neisseria meningitidis, haemophilus influenzae, streptococcus pneumoniae Procedimentos neurocirúrgicos S.aureus, s.epidermidis Pós punção lombar s.aureus, pseudomonas.
19
Perda da auto-regulação da PIC
1.Solução de continuidade 2.Infecção adjacente às meninges 3.Foco infeccioso distante Foco primário Bacteremia Perda da auto-regulação da PIC Invasão das meninges Edema cerebral Reação inflamatória Prevalência de Gram – -Prematuros têm menores níveis de IgG e RNs a termo, de IgM e IgA. Síndrome da secreção inapropriada do ADH
20
Manifestações clínicas
Em lactentes até 2 anos de idade não se observam os sinais menínegos!! Neonatos e lactentes Febre Irritação Grito meníngeo Recusa alimentar Vômitos Abaulamento de fontanela Convulsões Convulsões no início do quadro: normal Convulsões no após início do tto: sinal de complicação Sepse neonatal = punção liquórica!!!
21
Manifestações clínicas
Pré-escolares - adultos Aumento de PIC: Diminuição do nível de consciência, papiledema, pupilas pouco reativas, postura de descerebração e reflexo de Cushing Febre Cefaléia intensa Rigidez de nuca Sinais meníngeos Vômitos Convulsões Pneumococo: oftalmoplegia e paralisia do VII par Hemófilo e pneumo: mais comum sinais de encefalite. Encefalite: Paralisias, convulsões, tremores, ptose, hipoacusia, nistagmo,
22
Diagnóstico Análise liquórica Exames de imagem Aglutinação pelo látex
Hemocultura Hemograma completo Eletrólitos Função renal
23
Diagnóstico 1. Análise liquórica RN Criança/adulto Aspecto
Incolor/xantocrômico Límpido/incolor Citometria(cels/mm³) Até 30 Até 5 Citologia 100%MN Glicose mg/dL 32-120 40-80 Proteína mg/dL 19-149 20-40 Behrman Richard E, Kliegman Robert M, Jenson Hal B, Stanton Bonita F. Tratado de Pediatria - Nelson, 18ª edição, Editora Elsevier, 2009;
24
Diagnóstico 2. Exames de imagem: TC Cerebral
- presença de sinais focais - Manutenção de Coma após 72h do tratamento - Meningite de repetição - Casos de história de otite média crônica Quando houver aumento do Perímetro Cefálico US Cerebral lactentes com fontanela anterior aberta para acompanhamento
25
Diagnóstico Análise liquórica Exames de imagem RNM
Aglutinação pelo látex Hemocultura Biópsia das lesões cutâneas meningococcemia Hemograma completo + Eletrólitos + Função renal Especificidade de % Sensibilidade de 30-70% Hemocultura: não retarda nem em caso de quadro grave
26
0-2 meses Ampicilina + Ceftriaxona 2meses 50 anos Ceftriaxona Adultos >50 anos, alcoólatras ou debilitados Ceftriaxona + ampicilina Pós-punção lombar Ceftriaxona + oxacilina Depressão da imunidade celular Ceftazidime + ampicilina Tempo de tratamento: 7-14 dias
27
1a escolha 2a escolha Meningococo Penicilina Ampicilina Cefalosporia de 3a geração Estreptococo B/A Penicilina/ Ceftriaxona /Vancomicina Cefalosporina de 3a geração Hemófilo Ceftriaxona Cefalosporina de 3a Enterobactéria Piperacilina/azteronan/quinolonas Estáfilo coagulase+ Oxacilina Vancomicina/co-trimoxazol Listeria Co-trimoxazol Pseudomonas Ceftazidime Piperacilina/aztreonan/quinolonas
28
Objetivo: diminuir chance de sequelas neurológicas;
Indicação: suspeita de meningite por hemófilo Iniciar medicação 20-30min antes da antibioticoterapia. dexametasona 0,15mg/kg 6/6h por 2 dias.
29
Pra etiologias: hemófilo ou meningococo:
-acompanhantes com contato prolongado -profissionais de saúde, se contato com secreções Adultos Rifampicina 600mg de 12/12h, por 2/4 dias. Crianças Rifampicina 20mg/kg :12/12h, por 2/4 dias. Gestantes Ceftriaxona 250mg, dose única Para hemófilo: Quimioprofilaxia em caso de contatante menor de 2 anos, não vacinado. Vacinação para hemófilo: 2, 4, 6 e 15 meses
30
Complicações Coma Choque séptico Efusão subdural estéril
Empiema subdural Ventriculite Hidrocefalia Sequelas neurológicas Artrite reativa SIHAD
31
Complicações Figuras 1 y 2: Tomografía axial computarizada que muestra imagen hipodensa hemisférica izquierda en espacio subdural correspondiente a empiema subdural. Efecto de masa marcado sobre la línea media y sistema ventricular. Revista Cubana de Medicina Intensiva y Emergencias 2009;8(1). Evacuación quirúrgica del empiema subdural secundario a sepsis otológica
32
-Febre de evolução prolongada/retorno da febre -Convulsões dias após o início do tratamento -Exantema que progride rapidamente -Oligúria ou PA<90mmHg -FR <8 ou >30/min -Pulso <40 ou >140 -Acidose -Leucócitos <4000 cel/mL -Rebaixamento de consciência -Sinais neurológicos focais -Papiledema -Perfusão periférica lenta Controvérsia: Punção liquórica de controle após 24-48h de evolução
34
Introdução Meningite meningocóccica x meningococcemia x bacteremia sem sepse. Causada pelos sorogrupos A, B, C, W135 e Y da neisseria meningitidis, um diplococo gram negativo, um colonizador comensal da nasofaringe. Nos EUA, possui maior prevalência em menores de de 2 anos (50%), com 25% dos casos acometendo maiores de 30 anos. Em 1990, a incidência variou de 0,8 a 1,3/ pessoas, com 2100 a 3.500casos/ano, sendo mais prevalente entre crianças pequenas.
35
-Síndrome de Waterhouse-Friderichsen
Infecção primária Bacteremia Estado de portador -Hemorragias -CIVD -Síndrome de Waterhouse-Friderichsen -Meningite Reação inflamatória mediada por complemento, com produção de TNF-x e ILs Casos de reicidiva: pesquisar deficiência de complemento (principalmente properdina) Reicidiva: Pesquisar deficiência de complemento. Vasculite de pequenos vasos
36
Manifestações clínicas
Padrões reconhecidos: Bacteremia sem sepse Meningococcemia (sepse) sem meningite Meningite com/sem menincococcemia
37
Manifestações clínicas
Bacteremia sem sepse Quadro semelhante à infecção viral Febre, cefaléia, mialgia, fraqueza, faringite, vômitos e/ou diarreia. Pode ter resolução espontânea.
38
Manifestações clínicas
Meningococcemia aguda: Inicia-se como infecção viral comum 7% dos casos: rash maculopapular, dor nas extremidades, mialgia ou recusa em caminhar Casos fulminantes: progressão súbita para choque séptico, com petéquias proeminentes e púrpuras, hipotensão, CID, acidose, hemorragia adrenal, insuficiência renal, falência miocárdica e coma.
39
Manifestações clínicas
Meningococcemia aguda: Outras manifestações: artrite séptica (8%), diarreia (6%), endocardite, pericardite purulenta, pneumonia (8%), endoftalmite, linfadenite mesentérica, osteomielite, sinusite, otite média e celulite periorbitária, uretrites, cervicites, vulvovaginites. A meningite pode estar presente ou não!
40
Manifestações clínicas
Meningococcemia crônica: Apresentação rara Febre, aparência não-tóxica, artralgias, cefaléia e um rash semelhante ao da infecção gonocóccica disseminada. Sintomas são intermitentes, com duração média de 6-8semanas. Hemoculturas são positivas Pode haver evolução para meningite
41
Imagem de: http://www.umm.edu/
42
Imagem de: http://www.vaccineinformation.org
43
Diagnóstico Isolamento do agente em: sangue, líquor ou lesões purpúricas (cultura ou bacterioscopia) Outros achados: Leucopenia ou leucocitose com desvio para a esquerda, trombocitopenia, proteinúria e hematúria. Aumento da PCR e VHS, hipoalbuminemia, hipocalemia e acidose metabólica. CIVD: testes de coagulação prolongados Cultura de nasofaringe: não é critério diagnóstico!!
44
Pacientes hospitalizados:
Penicilina G U/kg/dia a cada 4-6h, IV Cefotaxima 200mg/kg/dia Por 5 a 7 dias Ceftriaxona 100mg/kg/dia Tratamento depois só da hemocultura. O resto espera. Tratamento precoce: prioridade para um bom prognóstico!!!
45
Complicações Surdez – 5-10% Trombose arterial ou venosa
Necrose avascular das epífises Gangrena de extremidades Hemorragia adrenal Artrite reativa Reativações latentes de herpes Imagens de:
46
Bibliografia http://www.vaccineinformation.org http://www.umm.edu
Behrman Richard E, Kliegman Robert M, Jenson Hal B, Stanton Bonita F. Tratado de Pediatria - Nelson, 18ª edição, Editora Elsevier, 2009; Eduardo Marcondes & Flavio Adolfo Costa Vaz & Jose Lauro Araujo Ramos & Et Al. Pediatria Básica: Pediatria Clínica Especializada. Editora Sarvier, 2004; Marín AO, Melcón AG, Morales UR, Marín MR. Evacuación quirúrgica del empiema subdural secundario a sepsis otológica. Revista Cubana de Medicina Intensiva y Emergencias,2009;8(1).
47
Bibliografia Marra A, Camargo LFA. Corticóide para todas as meningites? Rev. Assoc. Med. Bras. vol.49 no.2 São Paulo Apr./June 2003
Apresentações semelhantes
© 2024 SlidePlayer.com.br Inc.
All rights reserved.