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Alicerces da filosofia ocidental
PLATÃO Alicerces da filosofia ocidental
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. Nascido em Atenas, Platão ( a.C) pertencia a uma das mais nobre famílias atenienses. Seu nome verdadeiro era Aristócles, mas, devido a sua constituição física, recebeu o apelide de Platão, termo grego que significa “de ombros largos”.
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. Platão foi discípulo de Sócrates, a quem considerava o mais sábio e o mais justo dos homens. Depois da morte de seu mestre, empreendeu inúmeras viagens, período em que ampliou seus horizontes culturais e amadureceu suas reflexões filosóficas.
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. Por volta de 387 a.C retornou a Atenas, onde fundou sua própria escola filosófica, a Academia, nos jardins construídos por seu amigo Academus.
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. Essa escola foi uma das primeiras instituições permanentes de ensino superior do mundo ocidental. Uma espécie de universidade pioneira dedicada a pesquisa científica e filosófica, além de um centro de formação política.
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. A maior parte do pensamento platônico nos foi transmitida por intermédio da fala de Sócrates, nos diálogos socráticos, escrito pelo próprio Platão.
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. Seu pensamento é tão vasto e importante que deu origem a uma expressão famosa: “Toda filosofia ocidental são notas de rodapé a Platão”.
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Dualismo platônico Como grande parte dos pensadores de sua época, Platão também enfrentou o impasse criado pelos pensamentos de Parmênides e Heráclito: o problema da permanência e da mudança, da unidade e da multiplicidade. Chegou a uma conclusão dualista, isto é, de que existiriam duas realidades diametralmente opostas:
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. Mundo sensível – corresponde à matéria e compõe- se das coisas como percebemos na vida cotidiana (isto é, pelas sensações), as quais surgem e desaparecem continuamente. Assim, as coisas e fatos dos mundo sensível são temporárias, mutáveis e corruptíveis (o mundo de Heráclito).
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. Mundo inteligível – corresponde às ideias. Estas são sempre as mesmas para o intelecto, de tal maneira que nos permitem experimentar a dimensão do eterno, do imutável, do perfeito (o mundo de Parmênides).
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Processo de conhecimento
Para Platão, o processo de conhecimento desenvolve-se por meio da passagem progressiva do mundo sensível, das sombras e aparências, para o mundo das ideias, das essências (ou seres verdadeiros).
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. A primeira etapa desse processo é dominada pelas impressões ou sensações advindas dos sentidos. Essas impressões sensíveis são responsáveis pela opinião que temos da realidade. A opinião representa o saber que se adquire sem uma busca metódica. O conhecimento, porém, para ser autêntico, deve ultrapassar o plano da opinião, e penetrar na esfera racional da sabedoria, o mundo das ideias.
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O método proposto por Platão para realizar essa passagem e atingir o conhecimento autêntico (epistéme) é a dialética. Equivalente aos diálogos críticos de Sócrates, a dialética socrático-platônica consiste, basicamente, na contraposição de uma opinião à crítica que dela podemos fazer, com o objetivo de purificá-la dos erros e equívocos, permitindo uma ascese até as ideias verdadeiras. .
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. Somente quando saímos do mundo sensível e atingimos o mundo racional das ideias é que alcançamos também o domínio do ser absoluto, eterno e imutável. Nesse mundo das ideias só podemos entrar, segundo Platão, através do conhecimento racional, científico ou filosófico.
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