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Maria Cecilia Trannin Orientadora: Profª Drª Marta de Azevedo Irving Co-orientadora: Profª Drª Rosa Pedro Estudos Interdisciplinares de Comunidades e Ecologia.

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1 Maria Cecilia Trannin Orientadora: Profª Drª Marta de Azevedo Irving Co-orientadora: Profª Drª Rosa Pedro Estudos Interdisciplinares de Comunidades e Ecologia Social Mídia, Você é Verde? Uma Investigação sobre a Difusão Midiática das Unidades de Conservação

2 Objetivo Mapear a difusão das Áreas Protegidas brasileiras através de dois eixos centrais: Mídia Impressa de Massa Construtores da Informação

3 2005 Avaliação do Milênio dos Ecossistemas Relevância A quantidade de água armazenada em reservatórios é de três a seis vezes maior do que a que flui naturalmente; “Estamos gastando todo o capital natural da Terra, 20% a mais do que o planeta pode oferecer”. Dos 24 ecossistemas considerados vitais, 15 já foram seriamente degradados ou usados de forma insustentável; 1,4 bilhão de pessoas padecem de grave escassez de água; Cenário no ano de 2032: perda de 72% da biodiversidade. 1.300 cientistas de 95 países afirmam que:

4 O Brasil possui alguns dos ecossistemas mais ricos do mundo (FUNBIO:2003) Brasil: aproximadamente 8% Território Nacional em UC´s Recomendação mundial: 10% de proteção por Bioma Relevância AmazôniaCerradoMata Atlântica 68 mamíferos Caatinga 294 anfíbios 172 répteis 191 aves

5 Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC Lei Nº 9.985, de 18 de julho de 2000. SNUC As UC´s, representam “O mecanismo adotado para conservação dos ecossistemas naturais/ dos ecossistemas naturais/ o patrimônio cultural para uma grande abrangência o patrimônio cultural para uma grande abrangência de valores humanos, em diversas sociedades.” (IRVING,1998) (IRVING,1998) As Unidades de Conservação são estabelecidas e protegidas legalmente no Brasil através do

6 SNUC Reserva Particular do Patrimônio Natural Reserva de Desenvolvimento Sustentável Unidades de Proteção Integral Unidades de Uso Sustentável Estação Ecológica Reserva Biológica Parque Nacional, Estadual e Municipal Monumento Natural Refúgio da Vida Silvestre Área de Proteção Ambiental Área de Relevante Interesse Ecológico Floresta Nacional Reserva Extrativista Reserva de Fauna Categorias de Manejo do SNUC

7 Áreas Protegidas e Políticas Públicas Convenção sobre Diversidade Biológica Conferência das Partes COP 7- 2004- Malásia Conferência das Partes COP 8- 2006- Brasil Metas prioritárias do Governo: SNUC MMA – Diretoria Nacional de Áreas Protegidas Política Nacional de Áreas Protegidas Fórum de discussão Congresso Mundial de Áreas Protegidas 2003 - Durban “Programa Estratégico de Comunicação, Educação e Sensibilização da opinião pública com respeito às Áreas Protegidas”.

8 Questões Como vem sendo realizado o processo de difusão da informação sobre as Unidades de Conservação pela mídia impressa de maior tiragem no país? Como os “construtores da informação”, os jornalistas ambientais considerados “referência” no Brasil, compreendem e propõem recomendações para a efetividade deste processo?

9 IRVING, M. LOUREIRO, C.F. DIEGUES, A.C. THOMPSON, J. SODRÉ, M. PEDRO, R. BRUNO, F. FOUCAULT, M. HARDT, H. NEGRI, A. DEBORD, G. “SOCIEDADE DO ESPETÁCULO” Fundamentação Teórica Comunicação & Mídia:Meio Ambiente: Colaboradores:Teoria Central:

10 Contexto: Paris-1967 Expansão capitalista - Maio 1968 “No espetáculo, imagem da economia reinante, o fim não é nada, o desenrolar é tudo. O espetáculo não deseja chegar a nada que não seja ele mesmo.” “A origem do espetáculo é a perda de unidade do mundo (...) Do automóvel à televisão, todos os bens selecionados pelo sistema espetacular são também suas armas (...) o espetáculo é a linguagem comum desta separação (...) “O espetáculo reúne o separado, mas os reúne como separados(...) O espectador não se sente em casa em lugar nenhum, pois o espetáculo está em toda parte". Sociedade do Espetáculo “Tudo que era antes vivido, tornou-se uma representação”. (DEBORD: 1987)

11 Estrutura do Trabalho 1. Mídia & Meio Ambiente: Múltiplos Saberes e Poderes 2.A Difusão Midiática do Meio Ambiente na Sociedade do Espetáculo: Uma Estetização Necessária? 3. Mídia & Unidades de Conservação no Brasil: Uma Relação Possível? 4. Contextualização Metodológica da Pesquisa 5.Olhar da Maior Mídia Impressa Brasileira sobre as Áreas Protegidas 6.Com a Palavra, Os Construtores da Informação 7.Entre a Informação e o Espetáculo: Pensando Alguns Caminhos para a Difusão das Áreas Protegidas 8. Referências Bibliográficas

12 Metodologia Levantamento bibliográfico; Pesquisa documental; Desenvolvimento de duas abordagens paralelas: Análise das matérias veiculadas pela revista “VEJA” 1.112.502 exemplares vendidos x 320.620 da Folha de São Paulo (IVC: 2003) Análise da interpretação dos construtores da informação 20 jornalistas considerados “Referência” no país

13 Metodologia VEJA Definição da terminologia-chave para análise das matérias (SNUC) Definição do período de análise (07/99 - 06/04) Definição das Categorias de Análise: Forma e conteúdo Conteúdo: Com relação ao SNUC; Com relação à Teoria do Espetáculo. Análise dos Resultados: Quantitativa Qualitativa – análise de conteúdo Seleção dos Jornalistas Elaboração, Distribuição e Aplicação dos questionários Definição das Categorias Metodológicas: Categorias “a posteriori” Categorias do Espetáculo Análise dos resultados: Quantitativa Qualitativa – análise de conteúdo JORNALISTAS AMBIENTAIS

14 Metodologia: Categorias do Espetáculo Natureza Espetáculo Separação Consumada Unidade na Aparência

15 Análise dos Resultados - VEJA Selecionadas: 375 Analisadas: 61 Nenhuma matéria foi encontrada sobre o SNUC; Apenas 7% das matérias mencionam alguns conceitos; Apenas 13% das matérias com perspectiva analítica. 84% das matérias com referências a fontes de informação Fontes Federais: 59%Terceiro setor: 51%Universidade: 15%

16 Análise dos Resultados - VEJA Referência à população local nas áreas de inserção das UC´s: 23% Relação entre o UC´s e Gestão da Biodiversidade: 66% Referência a estratégias de manejo: 21% Referência a Políticas Públicas: 43%

17 Áreas mais Difundidas pela Mídia PN Mar de Fernando de Noronha (PE) PN do Iguaçu (PR) PN do Pantanal Matogrossense (MT) PN Marinho dos Abrolhos (BA) PN Chapada dos Veadeiros (GO) PN da Amazônia (AM) PN Lagoa do Peixe (RS) APA Baleia Branca (SC) Reserva Biológica Atol das Rocas

18 Análise dos Resultados - VEJA Perspectiva Utilitarista “Começa neste mês a época ideal para viajar ao Pantanal, sem as chuvas que atrapalham a vida dos turistas entre novembro e abril. Avistar animais fica fácil, pois eles se reúnem em torno de lagoas” (Matéria veiculada em 12/05/2004, intitulada “A Estação do Pantanal”.) “Parque Turbinado: Com a administração terceirizada, a área das cataratas ganha conforto e atrações” (Matéria veiculada em 20/09/2000, referente ao Parque Nacional do Iguaçu) “A Floresta dá dinheiro: os xiitas da ecologia estão errados. A Amazônia pode e deve ser explorada. A Amazônia tem água, vida e muitos tesouros. Com os devidos cuidados, a Amazônia aumentará as riquezas do país(...) (Matéria veiculada em 22/08/2001) “O Sertão virou pó: Um pedaço do Nordeste maior que o Ceará está se tornando um deserto imprestável para a lavoura” (Matéria veiculada em 01/09/99)

19 Análise dos Resultados - VEJA Categorias do Espetáculo Natureza Espetáculo Confirmada em 52% das matérias, sendo que mais da metade apresentada de “forma negativa” “O país vive perigosamente à beira de um desastre ecológico” “ O ritmo atual de destruição da Amazônia é um dos maiores registrados em todos os tempos. (...) Depois de um brevíssimo período de estabilidade, Amazônia voltou à UTI ambiental”. (Matéria veiculada em 17/05/2000, intitulada “Licença para cortar”) (Matéria veiculada em 23/05/2001, intitulada “Um campo de futebol a cada 8 segundos”) “O espetáculo, raro no mundo (refere-se a presença de baleias em Laguna, Santa Catarina), ocorre entre os meses de maio a outubro (...) Para garantir que o show continue, o Governo vai criar no local uma Área de Proteção Ambiental (APA). (Matéria veiculada em 16/06/1999, intitulada “Berçário gigante”)

20 Análise dos Resultados - VEJA Categorias do Espetáculo Separação Consumada Confirmada em 77% das matérias “O perigo maior somos nós, as pessoas, a civilização que teima em comprimir as fronteiras da mata”. (Matéria veiculada em 25/02/2004, intitulada “Paraíso cercado e ameaçado”) “Uns querem fechar acesso à paraísos ecológicos. Outros acham que o exagero vai criar privilégios”. (Matéria veiculada em 18/02/2004, intitulada “A guerra natural”)

21 Análise dos Resultados - VEJA Categorias do Espetáculo Unidade na Aparência ”O Brasil é um anão no ramo do ecoturismo, uma modalidade que rende fortunas a países sem tantos atrativos”. Confirmada em 46% das matérias (Matéria veiculada em 06/10/99, intitulada: “As paisagens intocadas”) “Só o tamanho da Amazônia brasileira, dá indicações de que há muitos tesouros a explorar. Arrancados aleatoriamente, esses benefícios são mal aproveitados, acabam custando caro e tendem a se esgotar junto com a própria floresta(...) Mas deixar a riqueza guardada para sempre é uma quimera diante dos interesses econômicos do mundo e um luxo inconcebível para um país pobre”. (Matéria veiculada em 22/08/2001, intitulada: “A floresta dá dinheiro”.)

22 Análise dos Resultados – Jornalistas Adalberto Marcondes André Alves André Muggiati André Trigueiro Antônio Carlos Teixeira Beth Fernandes Carlos Tautz Eduardo Geraque Elias Fajardo da Fonseca Hiram Firmino Liana John Lúcia Chayb Lúcio Flávio Pinto Maura Campanilli Olga Tavares Regina Scharf Rogério Raupp Ruschel Washington Novaes Silvestre Gorgulho Vilmar Berna A maior parte está acima de 45 anos (60%) A maior parte exerce a profissão a mais de 16 anos (70%) Perfil: Jornalistas Entrevistados

23 Desmatamentos, secas e queimadas / acidentes, catástrofes e desastres. Temas mais Difundidos pela Mídia Outros

24 Conotação Simbólica da Difusão A maioria dos entrevistados respondeu que é negativa (75%) Natureza Espetáculo “Normalmente, o espaço reservado pela mídia aos assuntos ambientais privilegia mais fortemente as situações de crise, as catástrofes, os acidentes, as tragédias. No jornalismo espetáculo, as melhores manchetes, as melhores imagens, estão relacionadas à eventos dessa natureza.” Separação Consumada “Considero negativa porque a cobertura da imprensa aborda esses temas fora de um contexto mais amplo e complexo, que o os situe dentro das dinâmicas sócio ambientais”.

25 Definição para as Áreas Protegidas “São áreas em que a atividade humana é proibida total ou parcialmente. Existem diferentes níveis de proteção estabelecidos por lei. O objetivo, em geral, é assegurar a preservação de recursos naturais ameaçados”. “Por lei, são regiões que não podem sofrer nenhuma exploração pelo homem”. “Áreas preservadas da ação predatória do homem, na forma de parques, reservas, estações ecológicas, RPPNs, etc”.

26 Difusão Midiática das Áreas Protegidas “Como a cobertura é cíclica, provocada por fatos traumáticos, as informações não seguem um processo cumulativo. Por isso, o conhecimento da opinião pública está sempre começando. E avança pouco”. “Normalmente a população as vê como algo “alheio e emparedado”, porque não tem acesso às informações e muitas vezes nem pode visitar as áreas protegidas”.

27 Difusão Midiática das Áreas Protegidas Razão da Difusão: Natureza Espetáculo (68%) Articulação com o Terceiro Setor

28 Fatores que Dificultam a Difusão “Superficialidade e falta de informação.” “ A principal é que a mídia parece ver o meio ambiente dissociado das questões socioculturais e políticas do país. O meio ambiente é uma coisa e o ser humano, no caso o brasileiro, é outra!” “Biodiversidade não é notícia – só se divulga quando “estoura” alguma coisa”. “Acesso do jornalista à informação; falha na Assessoria de Imprensa Federal, que deveria passar as informações para os jornalistas; falta de interesse dos próprios jornalistas em buscar estas informações, pois isso não é pauta”.

29 Algumas Conclusões Dificuldades conceituais e desinformação sobre as áreas protegidas Desconhecimento dos jornalistas quanto a forma de Produção Espetacular Biodiversidade não é notícia para os jornalistas 66% X 3% Natureza Espetáculo positiva e negativa 53% X 47% Espetáculo sem Informação X Informação sem espetáculo

30 Algumas Conclusões Cisão homem natureza é evidente 77 % Natureza é veiculada como catástrofe ou paraíso Paraíso tem visão utilitarista Desaparece a noção de patrimônio Academia não é fonte de referência para informação Políticas Públicas com tendências positivas

31 Recomendações para Políticas Públicas Criação de Assessoria de Imprensa dirigida aos jornalistas ambientais O resgate do papel da academia na tradução e difusão do conhecimento sobre as UC´s Desenvolvimento de estratégias de comunicação integrada Promoção de eventos de atualização

32 Recomendações para Políticas Públicas Distribuição de boletins informativos Difusão de ações de educação ambiental Inclusão da população do entorno das UC´s nas estratégias de difusão Inclusão dos jornalistas do Fórum de Áreas Protegidas

33 Limitações da Pesquisa Questão evolutiva das matérias Apenas um veículo de massa Mídias especializadas podem ter um enfoque distinto Ausência de entrevistas com assessores de comunicação do MMA e ONG´s

34 Continuidade da Pesquisa Ampliação do veículos Expansão dos setores entrevistados Análise dos cursos de formação existentes Teste da replicabilidade de metodologia

35 E o Espetáculo? “Uma resposta não poderá ser dada, a não ser no nível da linguagem do movimento, dentro do movimento (...) É que hoje não se fala mais em tomar o poder, mas em fazer poder, fazer um outro poder, e, se todos sabem que esta é uma perspectiva utópica, sabem também que ela se torna necessária e realista pela vertigem da passagem de época que estamos vivendo”. (NEGRI: 2003)


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