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DESIDRATAÇÃO TRO/ HIDRATAÇÃO VENOSA

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Apresentação em tema: "DESIDRATAÇÃO TRO/ HIDRATAÇÃO VENOSA"— Transcrição da apresentação:

1 DESIDRATAÇÃO TRO/ HIDRATAÇÃO VENOSA
Diarreia Aguda DESIDRATAÇÃO TRO/ HIDRATAÇÃO VENOSA Internato em Pediatria-6ª Série Apresentação:Marcella Barra Coordenação: Carmen Lívia Brasília, 8 de setembro de 2015

2 Caso Clínico Paciente, feminino, 4 anos, chega ao Pronto Socorro da Ceilândia com queixa de diarreia há 3 dias. Acompanhante: mãe Mãe refere que a criança está evacuando em média 4 vezes por dia (habitual dessa criança: 1 vez ao dia, SIC), fezes pastosas/aquosas há 3 dias. Nega sangue e muco nas fezes. Refere ainda, dor abdominal, irritabilidade e diminuição do apetite. Nega febre, vômitos e alterações urinárias. Fez uso de chás caseiros apenas. Reside em Ceilândia, casa de alvenaria com saneamento básico. Nega viagem recente. Frequenta escola. Nega doença de base, internações, cirurgia e alergias. Cartão vacinal atualizado.

3 DIARREIA AGUDA Definições
Definição: Diarreia é definida como aumento do numero de evacuações e/ou diminuição da consistência das fezes. (Mudança do padrão habitual nos lactentes). Diarreia Aguda: Duração de até 14 dias. Diarreia Persistente: Duração entre 14 e 30dias. Diarreia Crônica: Duração de mais de 30 dias (> 14 dias pelo Nelson) Disenteria: Presença de sangue e muco + tenesmo + urgência para defecar Diarreia: 3 ou mais evacuações amolecidas em 24h; Aumento do volume: volume fecal acima de 10mL/Kg/dia. A diarreia aguda tem por definição duração de 14 dias ou menos, sendo na grande maioria das vezes de etiologia infecciosa, por isso chamada de gastroenterocolte aguda - GECA. A disenteria tem clínica de acometimento de cólon (colite)

4 DIARREIA AGUDA Epidemiologia
Uma das principais causas de mortalidade infantil nos países em desenvolvimento. 1,5 bilhões de episódios por ano no mundo. Cada criança menor de 5 anos apresenta uma média de três episódios anuais. (Guia Prática da Organização Mundial de Gastroenterologia: Diarréia Aguda Março de 2008)

5 DIARREIA AGUDA Mecanismos Etiopatogênicos Diarreia osmótica
Processo infeccioso(enteropatógenos) Lesionam enterócitos Atividade das dissacaridases Digestão Absorção desses açucares DIARREIA AGUDA Mecanismos Etiopatogênicos Diarreia osmótica Acúmulo desses açucares Osmolaridade Luminal Conteúdo fecal DIARREIA OSMÓTICA Além disso, com o aumento dos carboidratos no lúmen, há aumento de fermentação pelas bactérias da flora, resultando em gases, distensão abdominal e cólicas. Ex: Rotavírus

6 DIARREIA AGUDA Mecanismos Etiopatogênicos Diarreia Secretora
Bactérias (toxinas) AMP; GMP; Ca Secreção ativa de água e eletrólitos DIARREIA SECRETORA Ex: E. coli, cólera, shigella, salmonela

7 DIARREIA AGUDA Etiologias
Bactérias Vírus Protozoários Escherichia coli Rotavírus Giardia lamblia Shigella sp Adenovírus E. Histolytica Salmonella sp Astrovírus Cryptosporidium Vibrio cholerae Calicivírus Isospora belli Clostridium difficile Strongyloides Campylobacter Trichuris trichuria Yersinia enterocolitica Balantidium coli

8 DIARREIA AGUDA Etiologias
Rotavírus: Principal causa de diarreia grave em menores de 2 anos; Mecanismos osmótico e secretor; Clínica: febre, vômitos, evacuações frequentes, fezes aquosas por 5 a 7 dias; Desidratação rapidamente;

9 DIARREIA AGUDA Etiologias
Escherichia coli Gram-neg; flora endógena; 6 cepas patogênicas. E. coli enterotoxigênica (ECET): Principal causa de diarreia bacteriana no Brasil. Mecanismo secretor; “Diarreia do viajante” Acomete qualquer faixa etária Clínica: Evacuação abundante, aquosa, explosiva, sem muco, com náuseas e dor abdominal. Sem febre. Duração média de 5 dias.

10 DIARREIA AGUDA Etiologias
Shigella Gram-neg; altamente contagiosa; Clínica: Disenteria – evacuações de pequeno volume, elevada frequencia, inicialmente do tipo aquosa, evoluindo para diarreia com sangue, muco e pus + tenesmo + cólica; Maioria autolimitada – até 7 dias; Entre 1-4 anos Anemia microangiopática, SHU, púrpura trombocitopênica.

11 DIARREIA AGUDA Etiologias
Salmonella Gram-neg; causa frequente de surtos de diarreia associados a intoxicação alimentar; Principalmente menores de 5 anos; Fezes aquosas que podem conter muco e sangue; Cefaleia, dor abdominal e febre; Pode gerar graves complicações: sepse, meningite, pneumonia,etc

12 DIARREIA AGUDA Etiologias
Cólera Vibrio cholerae; Gram-neg; História de grandes epidemias; Toxina potente; Fezes em “água de arroz” (com muco) GECA moderada a grave com vômitos, perda significativa de água e eletrólitos. Resolução em 4 a 6 dias se hidratação adequada;

13 DIARREIA AGUDA Etiologias
Giardia lamblia Diarreia aguda autolimitada; Fezes com muco, raramente sangue. Entamoeba histolytica Escolares e adolescentes; Pode ser apenas diarreia ou disenteria; Complicações: colite fulminante e perfuração intestinal

14 DIARREIA AGUDA Modo de transmissão: via fecal-oral:
Transmissão indireta: ingestão de água e alimentos contaminados, contato com objetos contaminados (Ex.: utensílios de cozinha, acessórios de banheiros, equipamentos hospitalares). Transmissão direta: pessoa a pessoa (Ex.: mãos contaminadas) e de animais para as pessoas. (

15 DIARREIA AGUDA Quadro Clínico
Sinais e sintomas: No geral, é autolimitada, duração de 2 a 14 dias. Diarréia aquosa: Perda de grande quantidade de água durante a evacuação, promovendo uma alteração na consistência das fezes. Pode estabelecer rapidamente um quadro de desidratação. Diarréia sanguinolenta (disenteria): Presença de sangue nas fezes, podendo haver presença de muco e pus. Sugere inflamação ou infecção de cólon. Dor abdominal Náusea Vômito Febre portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/svs/doenca-diarreica-aguda-dda

16 DIARREIA AGUDA Diagnóstico
Anamnese: Idade, duração, frequência e volume das fezes, sintomas associados. Excluir as causas não infecciosas de diarreia aguda: uso recente de medicações (laxativos, antiácidos, antibióticos), ingestão de bebidas alcoólicas, excesso de bebidas lácteas; Onde o paciente reside, condições sanitárias do local, história de viagem recente a lugares endêmicos ou não endêmicos. Portador de uma doença que pode estar relacionada com o quadro ou pode interferir no manejo da diarreia (hipertensão arterial sistêmica, diabetes, doenças cardíacas, doenças hepáticas, doenças pulmonares crônicas, insuficiência renal, alergia alimentar, HIV positivo). Realização de um cuidadoso exame físico (avaliar desidratação, examinar abdômen).

17 DIARREIA AGUDA Diagnóstico Laboratorial
Na maioria das vezes não é de grande ajuda. Pedido em casos de evoluções graves, crianças imunossuprimidas e surtos (para orientar as medidas de controle). Hemograma (sepse); Bioquímica (Desidratação grave); EPF; Elisa das fezes (Rotavírus); Cultura de fezes (coprocultura); pH das fezes;

18 Caso Clínico # Exame físico: Paciente irritada, chorosa, porém em bom estado geral. Eupneica, normocardica, cordada, acianótica, anictérica e afebril. Presença de lágrimas, olhos normais, pulsos cheios bilateralmente, prega desaparece em 1 segundo. Abdome: Levemente distendido, com dor a palpação superficial e profunda, RHA aumentados, ausência de visceromegalias.

19 DIARREIA AGUDA Tratamento
O tratamento da doença diarreica aguda consiste em quatro medidas: 1. Correção da desidratação e do desequilíbrio eletrolítico; 2. Combate à desnutrição; 3. Uso adequado de medicamentos; 4. Prevenção das complicações. (

20 DIARREIA AGUDA Complicações
Desidratação Desnutrição Distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-básicos. Insuficiência Renal Aguda Síndrome Hemolítico Urêmica Convulsões Perfuração da mucosa intestinal e peritonite Meningoencefalite Septicemia

21 Avaliação do estado de hidratação do paciente (MS)
Etapas A B C Observe Estado Geral Bem, alerta Irritado, intranquilo Comatoso, hipotonico* Olhos Normais Fundos Muito fundos, secos Lágrimas Presentes Ausentes Sede Normal, sem sede Sedento, avidez Mal/Incapaz de beber* Explore Sinal da prega Desaparece rápido Desaparece lento Muito lento (>2s) Pulso Cheio Rápido, fraco Mto fraco/Ausente* Decida Sem sinais de desidratação 2 ou + sinais: Com desidratação 2 ou + com pelo menos 1 dos *: Grave Trate Plano A Plano B (peso) Plano C (peso) Perda de peso: até 3% normal, de 3 a 10% desidratação e acima de 10% desidratação grave. FC: Taquicardia discreta desidratação, Taquicardia significativa desidratação grave Fontanela (para <6 meses): Plana hidratado, deprimida desidratado, muito deprimida desidratação grave Diurese: Escassa e concentrada desidratado, muito reduzida ou ausente desidratação grave

22 PLANO A (MS) Prevenir desidratação no domicílio
Oferecer ou ingerir mais líquido que o habitual para prevenir desidratação (soro caseiro, chá, suco, SRO, após cada evacuação diarreica; Manter a alimentação habitual; Se não melhorar em 2 dias ou se apresentar sinais de piora, levá-lo ao serviço de saúde; Piora na diarreia Recusa de alimentos Vômitos repetidos Sangue nas fezes Muita sede Diminuição da diurese

23 PLANO A (MS) Prevenir desidratação no domicílio
Orientar o paciente ou acompanhante a reconhecer sinais de choque, preparar a SRO e práticas de higiene pessoal e domiciliar; Administrar zinco 1 vez ao dia por 10 a 14 dias. Até 6M: 10mg/dia Maiores de 6M: 20mg/dia IDADE Líquido a ser ingerido Menores de 1 ano mL De 1 ano a 10 anos mL Maiores de 10 anos O que o paciente aceitar

24 PLANO B (MS) Tratar por VO na unidade de saúde
Administrar solução de Reidratação Oral; Quantidade dependerá da sede do paciente. Administrada até que desapareçam os sinais de desidratação. Durante a reidratação, reavaliar o estado de hidratação do paciente; Desaparecendo os sinais de desidratação – A Se continuar – Gastróclise (sonda nasogastrica) Se evoluir para desidratação grave - C *Apenas como orientação inicial, paciente deverá receber de ml/Kg em 4-6h. *Durante a permanência do paciente, orientar a reconhecer os sinais de desidratação, preparar a solução, e praticar medidas de higiene.

25 DIARREIA AGUDA Tratamento Solução de reidratação oral
SRO (OMS): Osmolaridade total: 311mEq/l SRO (MS): 245mEq/l Constituintes SRO novo SRO antigo Cloreto de sódio 2,6g/L 3,5g/L Citrato Trissódico 2,9g/L Cloreto de Potássio 1,5g/L Glicose 13,5g/L 20g/L Sódio 75mMol/L 90mMol/L Cloro 65mMol/L 80mMol/L Citrato 10mMol/L Potássio 20mMol/L Osmolaridade 245mMol/L 311mMol/L

26 DIARREIA AGUDA Gastróclise
Sondagem nasogastrica com SRO. INDICAÇÕES: Perda de peso após 2 horas de TRO Vômitos persistentes: 4 ou mais vezes em 1 hora Distensão abdominal acentuada com RHA presentes Dificuldade de ingestão de SRO Velocidade: 20 a 30 ml/Kg/h até a reidratação.

27 PLANO C (MS) Tratar desidratação grave
FASE RÁPIDA – MENORES DE 5 ANOS (FASE DE EXPANSÃO) SOLUÇÃO VOLUME TEMPO DE ADMINISTRAÇÃO SORO FISIOLÓGICO 0,9% Iniciar com 20ml/Kg. Repetir até que a criança esteja hidratada. (Reavaliação clínica) 30 MINUTOS Em RN e cardiopatas graves, começar com 10ml/Kg FASE RÁPIDA – MAIORES DE 5 ANOS (FASE DE EXPANSÃO) SOLUÇÃO VOLUME TEMPO DE ADMINISTRAÇÃO 1º soro fisiológico a 0,9% 30ml/Kg 30 minutos 2º RL ou Polieletrolítica 70ml/Kg 2 horas e 30 minutos

28 PLANO C (MS) Tratar desidratação grave
FASE DE MANUTENÇÃO E REPOSIÇÃO PARA TODAS AS FAIXAS ETÁRIAS SOLUÇÃO VOLUME EM 24 HORAS Soro Glicosado a 5% + Soro fisiológico 0,9% na proporção 4:1 (manutenção) PESO ATÉ 10 Kg 100ml/Kg 10 A 20 Kg 1000 ml + 50ml/Kg de peso que exceder 10 Kg ACIMA DE 20 Kg 1500 ml + 20ml/Kg de peso que exceder 20 Kg Soro Glicosado a 5% + Soro fisiológico 0,9% na proporção 1:1 (reposição) Iniciar com 50 ml/Kg/dia. Reavaliar esta quantidade de acordo com as perdas do paciente. KCl a 10% 2ml para cada 100ml de solução da fase de manutenção

29 DIARREIA AGUDA Uso de Medicamentos
Antibioticoterapia: Apenas se presença de sangue nas fezes (disenteria), comprometimento do estado geral ou cólera grave. Em outras situações, são ineficazes, portanto, proscritos. Ciprofloxacino: 15mg/Kg a cada 12h, VO, por 3 dias Ceftriaxona: 50 a 100mg/Kg, IM 1x/dia, 2 a 5 dias. Antiparasitários: Amebíase (Quando o tratamento para Shigella fracassar ou se identificas trofozoítos de Entamoeba histolytica) Giardíase (quando diarreia durar 14 dias ou mais ou na presença de cistos ou trofozoítos nas fezes

30 DIARREIA AGUDA Uso de Medicamentos
Medicamentos CONTRA-INDICADOS na diarreia aguda ANTIEMÉTICOS (Metoclopramida, Clorpromazina, etc.): Podem provocar manifestações extrapiramidais, depressão do sistema nervoso central e distensão abdominal. Podem dificultar ou impedir a ingestão do soro oral. ANTIESPASMÓDICOS (Elixir paregórico, Atropínicos, Loperamida, Difenoxilato, etc.): Inibem o peristaltismo intestinal, facilitando a proliferação de germes e, por conseguinte, o prolongamento do quadro diarréico. Podem levar à falsa impressão de melhora. ADSTRINGENTES (Caolin-pectina, Carvão ativado, etc.): Têm apenas efeitos cosméticos sobre as fezes, aumentando a consistência do bolo fecal, além de expoliar sódio e potássio. ANTIPIRÉTICOS (Dipirona, etc.): Podem produzir sedação, prejudicando a tomada do soro oral. LACTOBACILOS etc.: Não há evidência de sua eficácia, apenas onera o tratamento.

31 DIARREIA AGUDA Uso de Medicamentos
Probióticos: Reduz a gravidade e a duração da doença, associado a TRO. (Aceita pela Sociedade Brasileira de Pediatria); Prevenção de diarreia associada a uso de antibiótico. Zinco: 1vez/dia por 10 a 14 dias Até 6 meses: 10mg/dia; Acima de 6 meses: 20mg/dia

32 DIARREIA AGUDA Medidas de Prevenção
Aleitamento materno Práticas adequadas de desmame Imunização Saneamento básico Higienização das mãos Educação em saúde Controle das epidemias

33 Obrigada


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