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Dra. Ana Karkow Cesuca – Faculdade INEDI Curso de Psicologia

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Apresentação em tema: "Dra. Ana Karkow Cesuca – Faculdade INEDI Curso de Psicologia"— Transcrição da apresentação:

1 Dra. Ana Karkow Cesuca – Faculdade INEDI Curso de Psicologia
RECURSOS PARA AVALIAÇÃO EM SAÚDE MENTAL ENTREVISTA CLÍNICA INICIAL Dra. Ana Karkow Cesuca – Faculdade INEDI Curso de Psicologia

2 Entrevista clínica inicial
Não é uma técnica única Depende do objetivo da entrevista e da orientação do entrevistador. Objetivos determinam a estratégia, os alcances e os limites da entrevista clínica.

3 O que é entrevista clínica?
Conjunto de técnicas de investigação, com conhecimentos psicológicos Tempo delimitado Dirigido por um entrevistador treinado Objetivo: Descrever e avaliar aspectos pessoais, relacionais ou sistêmicos Fazer recomendações, encaminhamentos Definir objetivos do processo terapêutico Propor algum tipo de intervenção

4 Técnica de investigação
Técnica – procedimentos que investigam temas em questão Investigação – levantamento de informações, fazer inferências, tomar decisões Domínios da psicologia clínica Psicologia do desenvolvimento Psicopatologia Psicodinâmica Teorias sistêmicas Entrevista faz parte de um processo de avaliação Pode ser feita em apenas uma sessão Entrevista ≠ Psicoterapia Caráter intrínseco de processo terapêutico da entrevista Caráter intrínseco de processo avaliativo da psicoterapia

5 Ideal é utilizá-la com um conjunto de procedimentos em psicologia (instrumentos projetivos ou cognitivos, observação, entre outros). Única técnica capaz de: Testar aparentes contradições; Explicitar características observadas em instrumentos padronizados; Tem a característica de ser dirigida A fim de atingir os objetivos da entrevista, o entrevistador pensa na estrutura de sua intervenção. Contudo, o sujeito tende a conduzir a entrevista Entrevistador deve estar preparado para lidar com o direcionamento que o sujeito dará Otimizando a demanda do sujeito e os objetivos da tarefa

6 Atribuições do entrevistador e do entrevistado
- Colocar a entrevista clínica no domínio de uma relação profissional Responsabilidade pela condução do processo Aplicação de conhecimentos da psicologia Dominar a técnica Reconhecer a desigualdade intrínseca da relação (entrevistador tem o poder) Responsabilidade de zelar pelo outro Necessidade de treinamento especializado Fazer recomendações, encaminhamentos ou sugerir tratamento

7 Atribuições do entrevistador e do entrevistado
Fornecer informações Sentimento colaborativo Resultado da entrevista depende: Experiência e habilidade do entrevistador Qualidade da formação clínica Sensibilidade do avaliador para os aspectos relacionais Necessária prática supervisionada

8 Desafios com a inclusão de terceiros – quem é o beneficiado?
Justiça, empresas... Entrevistador deve atentar para os conflitos de interesse e das questões éticas envolvidas Deve-se ter claro: Quem são seus clientes? Quais as demandas? Necessidade de delimitação temporal (pode haver mais de um encontro)

9 Delimitação define o setting e fortalece o contrato terapêutico
A delimitação temporal entre a entrevista inicial e o processo terapêutico tem a função de explicitar as diferenças de objetivos dos dois procedimentos e dos papéis diferenciados do profissional Delimitação define o setting e fortalece o contrato terapêutico

10 Tipos e objetivos da entrevista clínica
Classificação dos tipos de entrevistas Forma – estrutura Objetivo

11 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À FORMA
Estruturadas Semi-estruturadas Livre estruturação

12 Entrevista estruturada
Pouca utilidade clínica Aplicação em pesquisa Raramente considera as demandas e necessidades do sujeito Destina-se para o levantamento de informações a partir das necessidades de um projeto de pesquisa Privilegiam a objetividade Perguntas quase sempre fechadas ou delimitadas Buscam respostas específicas para questões específicas

13 ENTREVISTA DE LIVRE-ESTRUTURAÇÃO ENTREVISTA LIVRE ENTREVISTA NÃO-ESTRUTURADA
Toda entrevista exige alguma forma de estruturação (metas, papel, procedimentos, objetivos a serem atingidos) Enquadram-se nas entrevistas clínicas Entrevista Clínica Estruturada para o DSMIV

14 Entrevistas semi-estruturadas
Permite a criação de um registro (clínicas sociais, saúde pública, psicologia hospitalar) Entrevistador possui clareza: De seus objetivos Do tipo de informação necessária De como essa informação pode ser obtida Sequência das perguntas

15 CLASSIFICAÇÃO QUANTO AOS OBJETIVOS
Há uma interdependência entre abordagem e objetivos da entrevista Hipótese Entrevistador Psicodinâmico Entrevistador Comportamental

16 CLASSIFICAÇÃO QUANTO AOS OBJETIVOS
Hipótese Entrevistador Psicodinâmico Explora o desenvolvimento precoce Processos inconscientes Defesas e conflitos predominantes Entrevistador Comportamental Definição das situações-problema Identifica os antecedentes do comportamento Definição de estratégias de intervenção terapêutica diferentes

17 Há dois níveis de objetivo
1) Finalidade/Objetivos-fins: Descrever e avaliar para oferecer alguma forma de retorno Objetivo comum a todas as formas de entrevista clínica Etapas de uma entrevista: Apresentação da demanda Reconhecimento da natureza do problema Formulação de alternativas de solução e de encaminhamento

18 2) Objetivos instrumentais:
Exame detalhado dos sintomas apresentados Cada modalidade de entrevista define seus objetivos instrumentais – alcance e as limitações da técnica Ex.: Entrevista psicodinâmica Investigação do desenvolvimento psicossexual

19 Quanto à finalidade Triagem Anamnese
Diagnósticas (sindrômicas ou dinâmicas) Sistêmicas Devolução

20 Entrevista de triagem Avalia a demanda do sujeito Faz encaminhamentos
Utilizada em Serviços de Saúde Pública ou em Clínicas sociais Avalia a adequação da demanda em relação ao encaminhamento pretendido. Avalia a gravidade da crise O psicólogo clínico também também deverá triar seus pacientes e encaminhá-los quando julgar não ser possível atendê-lo.

21 Entrevista de anamnese
Levantamento detalhado da história de desenvolvimento da pessoa, desde a sua infância. Técnica de entrevista facilmente estruturada cronologicamente. Mais utilizada na terapia infantil Outras abordagens também a utiliza por investigarem questões de desenvolvimento (abordagem sistêmica – linha do ciclo de desenvolvimento pessoal)

22 Alguns pontos que podem ser considerados na entrevista de anamnese
Genograma da família (descrição do contexto familiar) História pré-natal e perinatal (como transcorreu a gestação do ponto de vista físico e psicológico) Aspectos nutricionais, doenças, acidentes, uso de drogas Fatos significativos na vida do casal e da mãe Parto Reações dos pais quanto ao sexo do bebê, seu apgar, sua aparência, qualidade da relação mãe-bebê.

23 A primeira infância (0 até os 3anos)
Importância da qualidade da relação materno-infantil Ansiedade básica de separação e reação a estranhos – disponibilidade de figuras substitutas Padrões de comportamento motor , de linguagem e social – o ambiente foi estimulante? Como foram manejadas as tentativas frustradas?

24 Infância intermediária (3 aos 11 anos)
Alargamento das redes de relações Primeiros padrões de autoafirmação, agressividade, impulsividade. Histórias de pesadelos, fobias, enurese, crueldade com animais, masturbação compulsiva. Pré-puberdade e adolescência Facilidade ou não de criar e manter relações Tendência de participar de grupos (aceita normas e regras sociais) Interesses religiosos, políticos... Área sexual, primeiras experiências, escolha e variabilidade de parceiros – reações da família

25 Idade adulta História e situação ocupacional – concretização, escolha e preparação profissional Relações sociais – extensão do círculo de amizade, qualidade, duração e profundidade das relações interpessoais Relação conjugal – áreas de satisfação e insatisfação Área sexual – escolha do parceiro, prática sexual, satisfação, experiências

26 Entrevista diagnóstica
Descrever, avaliar, relacionar e inferir. Prioriza aspectos sindrômicos e/ou psicodinâmicos Sindrômicos - classificação de um quadro ou síndrome Descrição de sinais (baixa autoestima, sentimentos de culpa) Descrição de sintomas (humor deprimido, ideação suicida) Psicodinâmico Descrição e compreensão da experiência ou do funcionamento do sujeito (a partir da abordagem teórica) Visa a modificação de um quadro apresentado em benefício do sujeito

27 Ideal é que se priorize as duas perspectivas de modo complementar.
Ex.: Pessoas deprimidas (sintoma ou síndrome) frequentemente dirigem sua agressividade contra si mesmas (aspecto dinâmico) e que pode resultar em um comportamento autodestrutivo (sinal) ou no extremo ideação suicida (sintoma). Comum sinais ou sintomas isolados que não configuram uma síndrome, mas são importantes para sugerir a dinâmica, o funcionamento, do paciente. Identificação precoce – importante para prevenção de crises. Interação entre sinais, sintomas e síndromes com a dinâmica permite compreender melhor o sujeito.

28 ENTREVISTAS SISTÊMICAS
Avaliação de casais e famílias Avaliação da estrutura e da história relacional ou familiar Provocar interações significativas em áreas importantes da dinâmica familiar. Entrevista Familiar Estruturada de Féres-Carneiro

29 ENTREVISTAS DE DEVOLUÇÃO
Comunicação do resultado e avaliação das reações do sujeito Auxilia o sujeito a compreender as conclusões e recomendações e a remover distorções ou fantasias Pode ser realizada em uma mesma sessão, ao final da entrevista. Deve-se abrir espaço para o sujeito expressar seus sentimentos e pensamentos em relação às conclusões e recomendações do avaliador. Entrevista de devolução demarca o término do processo de avaliação Encaminhamentos

30 PROCESSO DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
Envolve diferentes procedimentos e várias entrevistas Ex.: Avaliação de um jovem adolescente com comportamentos estranhos e incompreensíveis para a família Entrevista da família Entrevista com o adolescente (avaliação do quadro sintomático e de aspectos psicodinâmicos) Aplicação de instrumentos de avaliação psicológica no adolescente Entrevista de devolução com o adolescente Entrevista de devolução com os pais Última entrevista de encaminhamento com o adolescente e os pais e definir estratégia psicoterápica.

31 COMPETÊNCIAS DO AVALIADOR E A QUALIDADE DA RELAÇÃO
Entrevista ponto inicial – crucial o desenvolvimento de uma relação de ajuda Aceitação das recomendações e a permanência no tratamento – conjunto de competências do entrevistador + uso da técnica Entrevista – contato social entre duas ou mais pessoas Deve estar presente, inteiramente disponível para o outro – necessidades ICS dificultam a escuta; cuidar suas necessidades pessoais (Terapia e Supervisão) Auxiliar a se sentir à vontade e a desenvolver aliança terapêutica (percepção de estar recebendo apoio + sentimento de estarem trabalhando juntos)

32 Facilitar a expressão dos motivos da busca por ajuda (coração da entrevista)
Motivos reais podem estar latentes Resistências que dificultam o processo Abandonar ideias supervalorizadas ou autoimagem distorcida – experienciado como perda real Buscar esclarecimentos de colocações vagas e incompletas – funcionam como defesa Gentilmente, confrontar esquivas e contradições No nível adequado à sua capacidade e estrutura egóica Técnica dirigida ao insight Requer capacidade para tolerar a ansiedade

33 Tolerar a ansiedade relacionada aos temas da entrevista.
Desenvolver confiança em sua própria capacidade de suportar alguns temas Evitar tabus na relação entrevistador X entrevistado Reconhecer defesas e o modo de estruturação do paciente (transferência) Observação dos comportamentos verbais e não-verbais Compreender os processos contratransferenciais (recursos + importantes do clínico)

34 Assumir iniciativas em momentos de impasse
Mobilizar recursos pessoais diante de situações difíceis – para trabalhar com segurança Risco de vida Sintomas psicóticos Violência Impulsividade Dominar as técnicas utilizadas.

35 CONCLUSÃO “Nada mais ético do que um bom treinamento”.
Compromisso ético Depende da técnica Do treinamento Valores e formação pessoal e profissional Avaliação do quanto as omissões e apontamentos podem interferir e afetar o outro Antecipar os conflitos inerentes à atividade de entrevista clínica (necessidade de definir quem são os clientes e como responder às demandas) Própria relação com o sujeito (supervisão clínica) – não se isolar e buscar apoio.

36 REFERÊNCIAS Tavares, M. (2000). A entrevista clínica. Em.: Cunha, J. (org.). Psicodiagnóstico V – 5ª Ed. Revisada e ampliada. Porto Alegre: Ed. Artmed.

37 ENTREVISTA FAMILIAR ESTRUTURADA – UM MODELO DE AVALIAÇÃO DAS RELAÇÕES FAMILIARES (FÉRES-CARNEIRO, 1997) Método de avaliação das relações familiares e dos dinamismos familiares Utiliza linguagem simples Exige da família respostas faladas e/ou não verbais Necessita do entrevistador, observador e de um gravador. Ênfase na promoção de saúde emocional da família

38 EFE Composta de seis tarefas
Cinco verbais Uma não-verbal Duas tarefas (1 e 4) são propostas à família como grupo e as outras a cada membro individualmente. Cada tarefa pretende avaliar a dinâmica conjugal e/ou grupal

39 TAREFA 1: "VAMOS IMAGINAR QUE VOCÊS TERIAM DE MUDAR-SE DA CASA ONDE MORAL NO PRAZO MÁXIMO DE UM MÊS. GOSTARIA QUE VOCÊS PLANEJASSEM AGORA, EM CONJUNTO, COMO SERIA A MUDANÇA. " Objetivo: verificar como a família funciona quando necessita fazer algo em conjunto A escolha do tema e a estipulação do prazo de um mês visam conseguir maior envolvimento dos membros da família com a tarefa.

40 Observar: a forma como a família lida com a proposta que lhe é feita, como a família atua como grupo. A comunicação na família Como cd membro assume seu papel familiar Como são as regras familiares Como a família lida com o conflito Como surgem as lideranças Em que medida a integração grupal é capaz de levar o grupo familiar a ser produtivo e chegar a conclusões conjuntas, respeitando a individualização dc cada membro

41 NORMAS DE APLICAÇÃO PARA A TAREFA 1
"a mudança é definitiva ou é apenas por uns dias, ou para passar férias?" - E.: mudança é definitiva. "um mês não dá para mudar". "não temos dinheiro para mudar" – E.: "Vamos imaginar que vocês têm de se mudar nesse prazo.“ "todos têm de mudar mesmo?", ou "pode não mudar'!", ou "pode deixar para depois?“ – E.: " Imaginem que vocês têm de se mudar no prazo de um mês." Se depois disso algum membro insistir em não responder, o entrevistador não deverá intervir mais

42 TAREFA 2: "QUANDO VOCÊ ESTÁ FAZENDO UMA COISA QUALQUER, MAS FICA DIFÍCIL TERMINAR ESSA TAREFA SOZINHO, O QUE VOCÊ FAZ?” Objetivo: avalia em que medida os membros da família são capazes de buscar ajuda sem desmerecer seus próprios recursos. Fornece dados sobre a auto-estima de cada membro. Indivíduos auto-dcsvalorizados podem ter dificuldade em pedir ajuda e, quando o fazem, podem não conseguir explicitar claramente seu pedido Indivíduos muito auto-valorizados podem não pedir ajuda por serem auto-suficientes. Verifica como são as regras familiares sobre auto- valorização, como os membros da família interagem para resolver os seus problemas.

43 NORMAS DE APLICAÇÃO PARA A TAREFA 2
"depende ... “ – E.: "Depende de quê?“ " peço ajuda“ – E.: "A quem?“ "não peço ajuda“ - E.; "Por que?"

44 TAREFA 3: "DIGA QUE COISAS VOCÊ MAIS GOSTA EM VOCÊ. “
Objetivo: analisa que coisas boas se permite a alguém dizer a respeito de si mesmo. É também uma forma de descobrir o que é permitido pela família e pelas regras pessoais. Indicações sobre a auto-estima dos membros da família Dimensão individual da autoestima, gostar ou não de si mesmo Dinâmica familiar , de que forma os pais explicitam sentimentos de valor positivo nos membros da família.

45 NORMAS DE APLICAÇÃO PARA A TAREFA 3
"são coisas que eu gosto de fazer?", "são coisas que eu tenho?" - E.: "Gostaria que cada um dissesse o que mais gosta em si mesmo." Se depois disso, mesmo assim, algum membro continuar falando de coisas externas a si mesmo, o entrevistador não deve intervir mais. Um membro da família ter ficado em silêncio ou ter dito que não gosta de nada em si mesmo – E.: “o que achou do que foi dito a seu respeito?”. O entrevistador deve esperar até que todos se manifestem. "E você, de que coisas mais gosta em você?”

46 Tarefa 4: "Como É um dia de feriado na família?"
Objetivo: avaliação da re1ação conjugal. Se interagem como marido e mulher, se se individualizam e se funcionam como modelo de uma relação homem-mulher gratificante. Caso não surja espontaneamente, nas respostas da família algo específico sobre o casal, o entrevistador pergunta explicitamente sobre as atividades do mesmo. Informações sobre as regras familiares relacionadas ao lazer, à tomada de decisões.

47 NORMAS DE APLICAÇÃO PARA A TAREFA 4
Se apenas um membro da família falar, o entrevistador aguardará algum tempo e, em seguida, perguntará se mais alguém quer dizer alguma coisa. Dirigir-se aos membros do casal, perguntando: "E o casal tem alguma atividade própria no dia de feriado?" Caso não exista o casal na família, o entrevistador deverá perguntar ao pai, à mãe ou a outros membros adultos da família se ele tem atividades no dia de feriado, da qual os outros membros não participam.

48 TAREFA 5: “IMAGINE QUE VOCÊ ESTÁ EM SUA CASA, DISCUTINDO COM UMA PESSOA QUALQUER DE SUA FAMÍLIA, E ALGUÉM BATE À PORTA. QUANDO VOCÊ VAI ATENDER, A PESSOA COM QUEM VOCÊ ESTÁ DISCUTINDO LHE DÁ UM EMPURRÃO. O QUE VOCÊ FAZ?” Objetivo: avaliar se as regras familiares permitem a expressão de sentimentos agressivos e se a agressão pode ser livremente expressa em relação a qualquer membro da família. Há espaços na família para que seus membros possam vivenciar sentimentos de raiva, sem a ameaça de destruição e possam usar sua agressividade de forma construtiva. Avaliação da interação conjugal e familiar, dos manejos de discordâncias e conflitos e das regras de autoridade e poder familiar.

49 NORMAS DE APLICAÇÃO PARA A TAREFA 5
"depende da situação" ou "depende da pessoa“ – E.: "Como assim?' Se os excmplos forem dados com pessoas que não são da família – E.: "Gostaria que imaginassem a situação com alguém da família”. Se só entreos irmão – E.: "Como seria com o papai ou com a mamãe?" Se os pais exemplificarem a situação apenas com os filhos – E.: "Como seria entre vocês?" (o casal).

50 TAREFA 6: "CADA UM DE VOCÊS VAI ESCOLHER UMA OU VÁRIAS PESSOAS DA FAMÍLIA, PODE SER QUALQUER PESSOA, E VAI FAZER ALGUMA COISA PARA MOSTRAR A ESSA PESSOA QUE GOSTA DELA, SEM DIZER UMA PALAVRA.” Objetivo: avaliar se as regras familiares permitem o contato físico como a manifestação da afeição. Como ocorrem os contatos físicos entre os diferentes subsistemas familiares Avalia a comunicação não-verbal e os processos de individualização e integração no grupo familiar.

51 NORMAS DE APLICAÇÃO PARA A TAREFA 6
Anotar a comunicação não-verbal "Você (A) entendeu o gesto que ele (B) fez para você?" Caso A também não tenha compreendido. E.: dirigir- se a B: "Você poderia explicar seu gesto?” O entrevistador deverá encerrar o atendimento dizendo à família que, no próximo encontro eles conversarão sobre tudo o que aconteceu.

52 NORMAS DE APLICAÇÃO Aplicada em conjunto, numa única sessão, a todos os membros da família. Sua aplicação deve ser inserida no contexto da queixa trazida pela família ou por algum de seus membro. Pode ser aplicada no primeiro contato com a família, depois de o terapeuta ouvir o motivo da procura. Pode ser aplicada depois de um ou alguns contatos – o terapeuta explicita a necessidade da entrevista familiar.

53 Tempo de duração – varia de 30 a 90 minutos.
Atuam um entrevistador, que coordena a sessão no que se refere à aplicação das tarefas, e um observador que intervém ativamente quando é diretamente abordado por algum membro da família . Utiliza-se um gravador para o registro do material verbal Observador anota a comunicações não-verbais, desde o primeiro contato (troca de olhares, contatos físicos, postura, expressões faciais, risos, caretas, choro)e em que momento foram expressos.

54 CATEGORIA DE AVALIAÇÃO
Comunicação Regras Papéis Liderança Conflitos Manifestação da agressividade Afeição física Interação conjugal Individualização Integração

55 COMUNICAÇÃO Fator de grande importância na saúde emocional da família
Qualquer comportamento verbal ou não-verbal, manifesto . Distúrbios comunicacionais Comunicação desqualificada e disfuncional Incongruência – um contraria o outro, há contradições mútuas. Confusa – frases incompletas, obscuras, mudanças bruscas de assunto, linguagem pouco explícita. Ausência de direcionalidade – informações não são dirigidas a quem de fato se quer dirigir. Ausência ou intensidade em demasia de carga emocional

56 regras Relacionadas ao desenvolvimento emocional sadio dos membros
Norma, regra comportamental aceita pela maior parte do grupo familiar. Tipos de interação permitidos entre os membros da família. Regulador de conduta da família. Coerentes – se reforçam mutuamente, não contraria outra Flexíveis – permitem possíveis alterações Democráticas – compartilhadas pela maior parte dos membros.

57 papéis Desempenho no cumprimento das funções familiares essenciais e na clareza dos diferentes subsistemas familiares (marido, esposa, mãe, pai, filho...) Funções de cada membro, a partir das posições que ocupa nos subsistemas conjugal, parental, fraterno e filial. Família como facilitadora de saúde emocional, na medida em que cada membro conhece e desempenha seu papel Presença dos papéis – limites claros dentro do sistema familiar. Definição – explícito a função de cada membro. Adequados – cd membro se comporta de acordo com sua definição de papel. Flexíveis – permitem assumir outras funções.

58 liderança Pais e filhos precisam estar cientes da necessidade do uso diferenciado da autoridade Pais devem assumir a função de liderança da família. Resultante da interação em que um membro assume a liderança, influenciando nos demais e sendo influenciado por eles. Funções de organizador e orientador. A autoridade dos pais precisa ser questionada e o papel do líder pode ser assumido por outros para haver saúde emocional da família. Ausente – nenhum membro assume o papel Fixa – sem assumida pelo mesmo membro Autocrática – líder decide pelo grupo coercitivamente Democrática – decisões tomadas por consenso

59 conflitos Podem tanto estimular o crescimento quanto predispor ao desequilíbrio emocional Expressão – há a permissão explícita e clara do conflito Positivamente valorizados – diferenças e discordâncias vistas não como uma ameaça, mas como algo construtivo, que estimula o crescimento. Busca de solução – família possui recursos para lidar e solucionar com os conflitos.

60 MANIFESTAÇÃO DA AGRESSIVIDADE
Importância da expressão dos sentimentos Explicitação de sentimentos de raiva e/ou de comportamentos hostis, dirigidos por um membro da família. Ausente - não podem expressá-los Destrutiva – quando os sentimentos ou comportamentos impedem o contato entre eles, ou eliminam a possibilidade de encontrar soluções, provocando raiva ou hostilidade. Sem direcionalidade adequada – não podem explicitar os sentimentos agressivos para alguns membros

61 AFEIÇÃO FÍSICA Tipo de comportamento não-verbal, manifestado pelos membros da família, através de contatos físicos carinhosos, para expressar amor. Ausente – quando não conseguem trocar entre si carinhos. Recusada – quando um membro tenta manifestar e o outro não aceita. Sem carga emocional adequada – contatos físicos sem manifestação de ternura Saúde emocional quando há a manifestação espontânea e terna de afeição física pelos diferentes membros do grupo

62 INTERAÇÃO CONJUGAL Processo de trocas relacionais estabelecidas no subsistema conjugal, ou seja, entre o marido e a mulher. Diferenciação – limites do subsistema conjugal são claros, destacando-se no sistema familiar. Individualização – os membros do subsistema possuem individualidade. Gratificação – trocas relacionais são vivenciadas como agradáveis e construtivas.

63 INDIVIDUALIZAÇÃO Possibilidade de preservação da identidade individual de cada membro da família. Diferenças e discordâncias são respeitadas, permitindo a heterogeneidade de interesses e opiniões.

64 INTEGRAÇÃO A família deve funcionar como um grupo integrado, possuindo uma identidade grupal. Os membros comportam-se de forma coesa e coordenam seus esforços para atingir objetivos comuns.

65 Auto-estima Importância dos pais validarem positivamente o crescimento de seus filhos e se interessem por suas realizações. Sentimentos de valor que cada um tem em relação a si mesmo. Alta auto-estima – quando os pais possuem sentimentos de valor positivo em relação a si mesmos e valorizam o crescimento e as novas aquisições e realizações dos filhos.

66 INTEGRAÇÃO FAMILIAR FACILITADORA DE SAÚDE EMOCIONAL
Comunicação é congruente, clara, com direcionalidade e carga emocional adequada. Regras são explícitas, coerentes, flexíveis e democráticas. Papéis definidos, diferenciados e flexíveis. Liderança presente, diferenciada e democrática. Conflitos expressos, sem desvalorização e com busca de solução. Agressividade manifesta de forma construtiva e sem discriminação de direcionalidade. Afeição física presente e aceita, possuindo carga emocional adequada.

67 INTEGRAÇÃO FAMILIAR FACILITADORA DE SAÚDE EMOCIONAL
Interação conjugal diferenciada, individualizada e prazerosa. Individualização presente, com preservação das identidades próprias e também identidade grupal. Explicitação de sentimentos de alta autoestima. Ênfase – promoção de saúde emocional da família

68 ESCALAS PROPOSTAS AVALIAÇÃO
Interação facilitadora de saúde emocional na família 1. comunicação congruente ___-___-____-____ Interação dificultadora de saúde emocional na família -____-___-____ incongruente Avaliador deve assinalar os espaços e verificar o quanto está mais próxima de um ou de outro lado. Avaliação discursiva

69 REFERÊNCIAS Féres-Carneiro, Terezinha. Entrevista familiar estruturada - EFE: um método de avaliação das relações familiares.Famílias: diagnóstico e terapia. Petrópolis, R. J.: Vozes Féres-Carneiro, Terezinha. Entrevista familiar estruturada - EFE: um método de avaliação das relações familiares.Temas psicol., Dez 1997, vol.5, no.3, p ISSN X


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