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A HISTÓRIA DA CONSTRUÇÃO DE BETIM
Espaço geográfico construído por gente
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O processo de construção nos séculos XVIII e XIX
No século XVIII, a economia mineradora de Minas Gerais gerou, também, o aparecimento da agropecuária em áreas próximas das minas. O atual município localizava-se entre as minas do rio das Velhas e as minas de Pitangui. No primeiro momento foram instaladas algumas famílias ligadas à bandeira de Fernão Dias, em seguida, um posto de troca das tropas que ligava as duas regiões mineradoras.
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O nome do município está relacionado à sua origem: Joseph Rodrigues Betim foi um dos integrantes da bandeira que ficou no lugar por alguns anos para implantar uma Bandeirinha -povoados destinados a produzir alimentos para as bandeiras dos paulistas. Em meados do século XVIII, surgiu o Arraial da Capela Nova do Betim, em torno da igreja de Nossa Senhora do Monte do Carmo.
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No século XIX o país sofre algumas transformações na organização política e do trabalho (fim do trabalho escravo, proclamação da república, criação do Estado Nacional). O contexto histórico da época, gerou a transferência da capital de Ouro Preto para a região de Curral Del`Rei. A região onde se instalou a nova capital oferecia diferentes minerais demandados pela indústria: Canga, bauxita, hematita, calcáreo, etc.
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A construção da cidade de Belo horizonte ativou a economia de Betim, porque nosso subsolo é constituído, principalmente , pelas rochas de gnaisse (pedras para construção civil) A nova capital foi inaugurada no final do século, 1897, numa área bem próxima de Betim.
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O século XX e a construção do espaço
No inicio do século foi construída a ferrovia ligando a nova capital à região de Henrique Galvão (Divinópolis). Ela atravessou o município de leste para oeste, seguindo o vale do rio Betim. Em 1914 foi construída uma hidréletrica na cachoeira do rio Betim que permitiu a diversificação econômica da cidade.
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A economia agropecuária foi impulsionada pela proximidade da capital, através de seu mercado consumidor. Em 1938 o municipio se emancipou politicamente e também se transformou em comarca. Na década de a política estadual foi direcionada para uma implantação industrial, criou a Cidade Industrial de Contagem . Esta política provocou o surgimento de algumas cerâmicas do ramo de refratários em Betim.
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A cidade continuou tendo como base econômica, até meados da década de 1960, a economia agropecuária, voltada para o mercado consumidor da capital. A localização estratégica da cidade como área de passagem entre lugares de economia dinâmica continuou (Belo horizonte e São Paulo). Na década de 1960 passaram pelo municipio as rodovias federais BR 381 e 262.
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A história da Colônia de Santa Izabel
O Brasil iniciou a implantação de políticas públicas de saúde no final do século XIX. Em 1904 foi publicado o primeiro decreto tornando obrigatória a vacinação em massa. Os médicos Osvaldo Cruz e Carlos Chagas foram os primeiros que estiveram à frente da elaboração e implantação das medidas de uma política sanitária para o país. Uma das ações dessa política foi a elaboração e implantação de 33 colônias de hansenianos espalhadas pelo Brasil.
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Em Minas Gerais foram construídas 4 colônias e dentre elas a de Santa Izabel, em Betim. A pedra fundamental é do ano de 1922 e a inauguração foi em 1931. Santa Izabel foi construída no terraço do rio Paraopeba, área rural do então Distrito de Santa Quitéra, Capela Nova do Betim. O local foi pensado para viver isolado, mas com uma boa estrutura de lazer e serviços. O sistema de produção de água e energia elétrica tinha geração própria, retirado do rio Bandeirinhas.
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As ruas e avenidas largas, pavimentadas e modernas, lembravam as cidades planejadas do país.
Foram construídos vários equipamentos de lazer, tais como clubes recreativos, quadras, o cineteatro Glória. O livro escrito pelo doutor Orestes Diniz, primeiro diretor da Colônia de Santa Izabel, Nós também somos gente, explica com detalhes a política oficial da época: como eram capturados os doentes e como se organizava o trabalho de tratamento nas colônias.
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A política de isolamento e retirada dos filhos para serem levados aos preventórios gerou reações de fuga e criação de uma comunidade de parentes que deu origem à região de Citrolândia. Atualmente, os antigos pacientes que foram internados nas colônias conquistaram uma indenização que foi popularizada com o nome de Lei “Tião Viana” e os filhos separados (preventórios) estão se movimentando para conquistar a mesma reparação do Estado.
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