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Aspectos Psicossociais da adolescência

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Apresentação em tema: "Aspectos Psicossociais da adolescência"— Transcrição da apresentação:

1 Aspectos Psicossociais da adolescência
Alexandre Campos

2 Principais assuntos da aula
A busca da identidade. Principais perdas na adolescência. “Síndrome da Adolescência Normal”.

3 Adolescência Puberdade 3

4 Puberdade X Adolescência
Mudanças físicas; Transformam o corpo infantil em um corpo adulto; Reprodução; Universal. Adolescência Período psicossociológico; Transição entre a infância e a idade adulta; Cultural. (PALACIOS et al, 2004)

5 5

6 Adolescência A adolescência é um momento da vida, marcado pela descoberta de uma sexualidade, que se apresenta com peculiaridades próprias dessa fase, e que sofre influência do tempo presente. Há algo nesse período da vida que produz efeitos psíquicos, que marca uma disjunção com a infância e que exige, portanto, uma passagem.

7 Afinal, o que está em jogo?
Com que peculiaridades se apresentam os conflitos com o quais o adolescente se depara?

8 Duração multideterminada
Início Fim Duração multideterminada Fatores predominantemente biológicos Fatores predominantemente culturais

9 Adolescência

10 Transição Evolutiva Enquanto algumas transições se devem essencialmente a mudanças contextuais (por exemplo: a aposentadoria), a adolescência se inicia fundamentalmente na raiz das mudanças biológicas. No entanto, essas mudanças físicas estão estreitamente relacionadas com mudanças psicológicas e contextuais. Interação entre os níveis biológico, psicológico e sociocultural. (Coll, Marchesi & Palácios, 2004)

11 Alguns exemplos: Mudanças hormonais podem alterar o equilíbrio emocional, que podem fazer com que o adolescente prefira ficar sozinho, evitando contato com os pais e companheiros. Meninas que experimentam muito estresse em suas relações familiares podem ter sua primeira menstruação antecipada.

12 Adolescência e sociedade atual
Lipovetsky (1983) designa a contemporaneidade como A Era do Vazio; Sociedade ocidental: cultura narcísica (LEMOS, 2007). Prolongamento da adolescência: Erotização da infância Valorização do estilo jovem

13 Contribuição para retardar a aquisição de uma identidade estável
Busca do prazer a qualquer custo; Banalização da lei; Valorização constante do consumo; Facilidade de acesso à informação; Recusa à informação?; Flexibilização de possibilidades; Permissividade. (Hind et al., 2005)

14 Principais perdas na adolescência
O adolescente em sua busca de uma identidade adulta, passa por um período “turbulento”, e terá que elaborar e/ou se conscientizar de três “perdas” básicas: do corpo infantil; da “identidade” infantil; dos pais da infância.

15 Perda do corpo infantil
Adolescente assiste passivamente as modificações do seu corpo; Não sabe lidar com o novo corpo (desajeitado, bruto e desastrado);

16 Corpo se transformando em adulto
Mente infantil X Corpo se transformando em adulto Despersonificação. Necessidade de exercitar autonomia e independência. Possibilidades cognitivas relacionadas à abstração. Reformulação do esquema corporal.

17 Perda da identidade e do papel infantil
Não pode manter a dependência infantil Não pode assumir a independência adulta Adolescência = confusão de papéis; a identidade infantil não é substituída automaticamente por uma nova identidade.

18 Aos pais: obrigações e responsabilidades
Nessa ambivalência o adolescente busca uma nova identidade Adolescente delega: Ao grupo: atributos Aos pais: obrigações e responsabilidades Fenômeno da turma.

19 Perda dos pais da infância
Infância: os pais tudo podem, tudo fazem; Adolescência: visão mais crítica e relativizada das figuras parentais;

20 Os pais passam a ser julgados, avaliados e muitas vezes desafiados;
Pais reais Pais ideais Distanciamento emocional em relação aos pais e aproximação com os iguais; Duplo luto; 20

21 Substituição dos pais perfeitos por “ídolos” ou “adultos de referência”;
Alguns jovens escolhem como ídolos, os símbolos da violência e da autodestruição; O processo de elaboração desses lutos provoca grande instabilidade nos adolescentes; Em decorrência das perdas e ganhos, a adolescência é marcada por buscas, contestações e crises. 21

22 Uma nova Psicologia do Desenvolvimento na Adolescência?
Necessidade de revisar abordagens teóricas, abandonar modelos seculares, integrar conhecimentos... Uma nova Psicologia do Desenvolvimento na Adolescência?

23 A busca da identidade

24 Identidade Característica do self que “define” um determinado indivíduo em termos de valores, crenças, projetos, papel social (em vários níveis ecológicos), habilidades, etc. Resposta para a pergunta: quem sou eu? Caracterizada por “estabilidade flexível”.

25 Desafios na construção da identidade
Construir uma identidade que exprima autonomia e independência em relação aos pais sem romper a ligação com a família. Encontrar uma orientação para a vida que não traia suas convicções, mas que seja consistente com o que é esperado dele.

26 Quem sou eu? 26

27 Sigmund Freud Término do estágio de latência;
Fase genital: ressurgimento dos impulsos sexuais da fase fálica; Retorno do Complexo de Édipo; Identificação sexual; Escolha objetal socialmente aceita.

28 Erick Erikson Em termos psicodinâmicos: a sexualidade cede lugar a fatores sociais e culturais. Preocupação central na adolescência: busca de uma identidade estável. “Moratória psicossocial”. Compasso de espera para os compromissos da idade adulta. Teste de papéis. Erik Homburger Erikson ( )

29

30 Crise: identidade X confusão de identidade
Puberdade ao início da idade adulta; Exigência social e a insegurança pessoal; Virtude: fidelidade; Questões importantes: ocupacionais, relativas a valores e identidade sexual.

31 Escolha ocupacional Papel Sexual Definição de valores 31

32 James Marcia Baseada na teoria de Erikson;
Não concordância com o caráter binário do conflito Conquista x confusão da identidade. Inclui temas vocacionais e ideológicos. Elementos crucias na formação de identidade: Crise: período de tomada de decisões, de consideração das alternativas; Comprometimento: investimento pessoal e engajamento a curso de ação (ocupação, sistema de crenças).

33 Estados de identidade: desenvolvimento do ego depende da presença ou ausência de crise e de comprometimento. Crise Comprometimento Difusão de identidade Ausente Pré-fechamento ou identidade hipotecada Presente Moratória Em crise Conquista de identidade Resolvida

34 Difusão de identidade Evita-se compromissos;
Não considera seriamente as opções; Sentem-se confusos ou intimidados com a tarefa de encontrar uma identidade. Família ausência de cobrança, suporte, envolvimento, autoridade (estilos negligente e indulgente). Personalidade Desenvolvimento moral e cognitivo atrasado. Baixo traço de cooperatividade. Miopia para o futuro.

35 Pré-fechamento Identidade outorgada pelo adulto e não pela exploração pessoal de alternativas; Não são responsáveis pelo que decidiram ser. Família Estilo autoritário Personalidade Passividade Dependência de gratificação Locus de controle externo.

36 Moratória Experimentação de alternativas e possibilidades, embora ainda sem identidade própria.   Família Caráter dinâmico do conflito familiar, dada a transitoriedade do estado. Personalidade Esquiva a danos elevada; Conflito individual x coletivo (cooperatividade); Locus de controle interno.

37 Conquista de identidade
Depois de explorar várias alternativas, define e assume compromissos com determinados valores, crenças projetos, estáveis. Família Estilo competente Personalidade Desenvolvimento normal em termos cognitivos e sócio-afetivos.

38 Síndrome da Adolescência Normal
Muitos comportamentos considerados anormais ou patológicos em outras fases do desenvolvimento, podem ser considerados normais nessa etapa. Aparente “patologia” aos olhos do adulto; (ABERASTURY & KNOBEL,1991)

39 Comportamentos da “Síndrome da Adolescência Normal”:
Busca de si mesmo e da identidade. Tendência Grupal Necessidade de intelectualizar e fantasiar Crises religiosas Deslocalização temporal Evolução sexual do auto-erotismo até a heterossexualidade Atitude social reivindicatória Contradições sucessivas em todas as manifestações de conduta Separação progressiva dos pais Constantes flutuações do humor e do estado de ânimo

40 1. Busca de si mesmo e da identidade
Busca uma identidade adulta. Diversas identidades: Transitórias (adotada durante certo tempo); Ocasionais (adotada frente a situações novas); Circunstanciais (conduz a identificações transitórias que costumam confundir o adulto).

41 Busca da individualidade
2. Tendência Grupal Busca da individualidade x Grupo como proteção 41

42 Deslocamento do sentimento de dependência dos pais para o grupo.
Fortalecidos por uma identificação em massa; Em grupo, tudo é permitido! Os adolescentes são cruéis com aqueles que tem coragem de ser diferentes.

43 Grupo: obediência das regras grupais, roupas, costumes e preferências.
O grupo constitui o passo intermediário para alcançar a identidade adulta; Nas trocas de apoio mútuo ou reprovação, vai-se reforçando a referência de si; Auto-imagem e auto-estima, positiva ou negativa, influenciada pelo grupo. Sem a turma o adolescente é um rosto sem espelho.

44 Fase crítica para os pais:
Conflito entre pais e filhos; Valores da família X Valores do grupo. Busca de auto-afirmação entre seus pares (auto-afirmação grupo-dependente): Transgressões; Situações de risco; Fanatismo pelos valores do grupo (intolerância com o diferente); Identidade social.

45 Na turma, indivíduos respeitáveis e tímidos isoladamente transformam-se em feras imorais. São as turmas que lincham! Na turma a responsabilidade pessoal desaparece. A turma é a lei. Ai daquele que não obedece!

46 3. Necessidade de intelectualizar e fantasiar
Formas típicas do pensamento adolescente; Recorre ao pensamento para compensar as perdas que ocorrem dentro de si e que não pode evitar; Papel do desenvolvimento cognitivo.

47 Ana Freud (1920): mecanismos de defesa
Intelectualização: Distância emocional de temas conflituosos; Manipular esses temas de forma impessoal, para assim controlar a ansiedade; Teorizações. Ascetismo: Manter o ID dentro de certos limites por meio de proibições; Rejeitar atividades que podem gerar satisfação; Medo de que os impulsos escapem ao controle.

48 Abstração e o novo formato de pensamento (Elkind, 1967)
Pensamento idealista. Defesa de “teses” e linhas de raciocínio. Processo decisório relativizado – dificulta a tomada de decisões. Paradoxo entre conceito e ação. Egocentrismo Auto-referência em situações sociais e audiência imaginária. Invulnerabilidade (fábula pessoal). Desenvolvimento das operações formais

49 Fábula Pessoal Tendência do adolescente em pensar que suas experiências são únicas e que não são regidas pelas mesmas regras que governam a vidas dos outros, sem que ninguém tenha experimentado as sensações que eles estão vivenciando. Ex.: “Eu posso dirigir sem carteira e não baterei o carro.”

50 Fábula Pessoal como um construto multifacetado
Personalidade narcísica grandiosidade exibicionismo hiperfoco em questões pessoais. Onipotência Invulnerabilidade Singularidade Adolescentes parecem não ter medo de nada. 50

51 Principais motivos para usar drogas
Curiosidade Busca de prazer Exemplo dos pais Ser aceito no grupo Quebrar barreiras sociais Conseguir status Diminuir a timidez Pressão da mídia Santo Américo 51

52 Muitos programas que buscam alertar os adolescentes sobre os perigos das drogas estão fadados ao fracasso. Esses programas são elaborados sobre o pressuposto de que, se os adolescentes conhecessem os perigos, eles fugiriam deles.

53 A adolescência é a idade da certeza.
Acreditam piamente naquilo que seus pensamentos lhes dizem. “Sei muito bem o que estou fazendo.” Essa ilusão tem um agravante: o reforço da turma.

54 4. As crises religiosas Atitudes de ateísmo ou de misticismo;
Aceitação x questionamento; Tentativa de identificação; Às vezes, o mesmo jovem passa por períodos de negação ou de exaltação da religiosidade; Predomínio mais de uma crença, um fanatismo, do que a religiosidade.

55 5. A deslocalização temporal
Desorientação temporal: as urgências são enormes e as postergações irracionais (tentativa de manipular o tempo) Em busca da satisfação de seus desejos, age sem planejamento e sem refletir sobre as consequências de suas ações;

56 Grandes paixões, amores “eternos”;
O adolescente vive paixões sequenciais, todas elas “eternas”; Sob o impacto das paixões, se descuida das atitudes responsáveis e preventivas; Comportamento orientado temporalmente é elaborado durante a adolescência;

57 Gravidez na adolescência
Aumento no número de adolescentes com idades entre 13 e 15 anos que ficam grávidas de forma inesperada. A gravidez não ocorre por falta de informação! Porém, o que sabem teoricamente não podem aplicar na prática. Comportamento e atitudes marcados por onipotência. Elas não precisam cuidar-se porque nada acontecerá com elas. Se “algo errado” suceder, acontecerá sempre com os outros, não será nunca problema delas.

58 Muitas vezes, essas mães adolescentes terão que arcar com o filho sozinhas, porque é pouco provável que seu parceiro, também adolescente, consiga se responsabilizar pela gravidez. Estas jovens terão seu futuro comprometido. Ainda que a moça grávida conte com sua família para auxiliá-la, sofrerá mudanças que irão alterar o caminho pensado por elas.

59 Relógio Social Eventos Marcadores

60 6. A evolução sexual desde o auto-erotismo até a heterossexualidade
O estímulo biológico e cultural, “empurram” o adolescente a iniciar-se na atividade genital – da fantasia para o ato. Atividade masturbatória intercurso sexual Curiosidade sexual 60

61 Práticas sexuais x identidade sexual
Práticas isoladas não definem opção sexual. “Amor à primeira vista” Ansiedade em torno da aparência muitos apostam na aparência para solucionar conflitos e temores

62 7. Atitude social reivindicatória
Atitude de revolta contra a autoridade e o questionamento dos valores sociais – forma de auto-afirmação e tentativa de construção da identidade social; Passeata contra a redução da meia-passagem estudantil em  Manaus

63 Momentos de contestação, ilusões e de projetos grandiosos;
Estereótipos; Desejo de viver grandes emoções aliados ao sentimento de invulnerabilidade podem conduzir a situações limite.

64 8. Contradições sucessivas nas manifestações de condutas
Conduta dominada pela ação; Impossibilidade de manter uma linha de conduta rígida, permanente e absoluta; Personalidade permeável e instabilidade necessária;

65 A criança separa de forma absoluta o bem e o mal, o belo e o feio, o sim e o não; já o adolescente percebe que esses conceitos são relativos e dependem das circunstâncias; Lida com o imprevisível, tanto no seu mundo interno como no externo.

66 9. Separação progressiva dos pais
Para atingir a maturidade é necessário ter individualidade e independência reais; Separação progressiva dos pais, entrada na turma, e posterior individuação são passos necessários; O conflito de gerações é uma realidade!

67 10. Constantes flutuações do humor e do estado de ânimo
Altos e baixos com relação ao humor acontecem milhares de vezes ao dia;

68 Entusiasmo e frustração, tudo constante e alternando no dia a dia, explicam os sentimentos de solidão e exaltação; Reatividade: mudanças no estado de humor; Por incrível que pareça, estas mudanças de estado de ânimo são normais!

69 De acordo com Knobel (1991), há um verdadeiro leque de manifestações que mudam em intensidade e variedade externas. Encarar a “normal anormalidade” do adolescente tem por objetivo facilitar a compreensão deste período da vida.

70 Algumas considerações
Heterogeneidade Atualmente é difícil manter a idéia generalizada da adolescência como uma tempestade; Para muitos, não representa um período de graves dificuldades e tensões; Adolescência: experiência pessoal e fenômeno cultural; (PAPALIA, OLDS & FELDMAN, 2006)

71 Ainda assim, a adolescência pode ser uma época difícil.
Estão anunciadas as modificações inevitáveis no corpo; A perda da completude imaginária na infância e seu trabalho de luto; O des(encontro) com o outro sexo; A tendência à atuação expressa nas condutas de risco.

72 Diante de tudo o que foi exposto, o que fazer?

73 Segundo Rubem Alves, há apenas duas regras para lidar com os filhos adolescentes:
A primeira é: "Não faça nada! Tudo o que fizer estará errado". A segunda é: "Fique por perto para "catar'' os cacos". Ou seja, temos que não fazer nada e ficarmos apenas por perto, até que o tempo seja a razão.

74 Obrigado!

75 O adolescente e a lei

76 “Se não vejo na criança, uma criança, é porque alguém a violentou antes; e o que vejo é o que sobrou de tudo o que lhe foi tirado” Herbert de Souza

77 10 razões da Psicologia contra a redução da maioridade penal:
1. A adolescência é uma das fases do desenvolvimento dos indivíduos e, por ser um período de grandes transformações, deve ser pensada pela perspectiva educativa. O desafio da sociedade é educar seus jovens, permitindo um desenvolvimento adequado tanto do ponto de vista emocional e social quanto físico;

78 2. É urgente garantir o tempo social de infância e juventude, com escola de qualidade, visando condições aos jovens para o exercício e vivência de cidadania, que permitirão a construção dos papéis sociais para a constituição da própria sociedade;

79 3. A adolescência é momento de passagem da infância para a vida adulta
3. A adolescência é momento de passagem da infância para a vida adulta. A inserção do jovem no mundo adulto prevê, em nossa sociedade, ações que assegurem este ingresso, de modo a oferecer – lhe as condições sociais e legais, bem como as capacidades educacionais e emocionais necessárias. É preciso garantir essas condições para todos os adolescentes;

80 4. A adolescência é momento importante na construção de um projeto de vida adulta. Toda atuação da sociedade voltada para esta fase deve ser guiada pela perspectiva de orientação. Um projeto de vida não se constrói com segregação e, sim, pela orientação escolar e profissional ao longo da vida no sistema de educação e trabalho;

81 5. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) propõe responsabilização do adolescente que comete ato infracional com aplicação de medidas socioeducativas. O ECA não propõe impunidade. É adequado, do ponto de vista da Psicologia, uma sociedade buscar corrigir a conduta dos seus cidadãos a partir de uma perspectiva educacional, principalmente em se tratando de adolescentes;

82 6. O critério de fixação da maioridade penal é social, cultural e político, sendo expressão da forma como uma sociedade lida com os conflitos e questões que caracterizam a juventude; implica a eleição de uma lógica que pode ser repressiva ou educativa. Os psicólogos sabem que a repressão não é uma forma adequada de conduta para a constituição de sujeitos sadios. Reduzir a idade penal reduz a igualdade social e não a violência - ameaça, não previne, e punição não corrige;

83 7. As decisões da sociedade, em todos os âmbitos, não devem jamais desviar a atenção, daqueles que nela vivem, das causas reais de seus problemas. Uma das causas da violência está na imensa desigualdade social e, conseqüentemente, nas péssimas condições de vida a que estão submetidos alguns cidadãos. O debate sobre a redução da maioridade penal é um recorte dos problemas sociais brasileiros que reduz e simplifica a questão;

84 8. A violência não é solucionada pela culpabilização e pela punição, antes pela ação nas instâncias psíquicas, sociais, políticas e econômicas que a produzem. Agir punindo e sem se preocupar em revelar os mecanismos produtores e mantenedores de violência tem como um de seus efeitos principais aumentar a violência;

85 9. Reduzir a maioridade penal é tratar o efeito, não a causa
9. Reduzir a maioridade penal é tratar o efeito, não a causa. É encarcerar mais cedo a população pobre jovem, apostando que ela não tem outro destino ou possibilidade; 10.Reduzir a maioridade penal isenta o Estado do compromisso com a construção de políticas educativas e de atenção para com a juventude. Nossa posição é de reforço a políticas públicas que tenham uma adolescência sadia como meta.


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