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Ética, Política e Sociedade

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Apresentação em tema: "Ética, Política e Sociedade"— Transcrição da apresentação:

1 Ética, Política e Sociedade
Professora Kely A. Costa

2 Objetivo da aula: Discussão do texto “Política e Cotidiano: as mil e uma faces do poder”, de Adalberto Paranhos. Professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de Uberlândia/UFU. É autor, entre outros livros, de O roubo da fala: origens da ideologia do trabalhismo no Brasil. São Paulo: Boitempo, 1999.

3 Política = “Golpes baixos”
“Num certo sentido, a caracterização da atividade política como algo que sugere práticas desonestas e promessas não cumpridas, feitas às vésperas das eleições, não deixa de ter procedência” (p. 51) Isso evidenciaria, segundo o autor, pelo menos um determinado grau de consciência crítica de diferentes segmentos da população com base em sua experiência cotidiana.

4 Mas... “Se essas manifestações captam, com alguma consciência crítica, o que é, na prática, a política institucional, me parece necessário, porém, sair do campo das simples constatações e perguntar: a quem interessa, no fundo, a permanência dessa aura de descrédito que cerca o conceito de política, numa palavra, o aviltamento do seu significado? Não é difícil perceber.” (p. 52)

5 Assim... “Se se considerar que a omissão consiste numa forma de presença – em muitos casos, a pior delas, bem entendido – a nossa não-participação e o nosso alheamento diante da política constituem também um ato político, reforçando, por via indireta, aqueles que tiram partido da manutenção da ordem vigente” (p. 52).

6 O que é política? “Estou entre aqueles que entendem que somos todos, conscientemente ou não, seres políticos, enquanto seres sociais que estabelecem entre si relações de poder na sociedade” (p. 52).

7 Período feudal “... em pleno período feudal a reflexão política estava imersa na teologia, sinal de uma época em que a Igreja – aliás, portadora de um tremendo poder econômico, político e social – corporificava a ideologia dominante. Os filósofos medievais acreditavam, na esteira dos ensinamentos de São Paulo apóstolo, que todo poder está em Deus, afirmando com isso as bases divinas do Estado. Este era concebido como promotor do bem comum e a política deveria ser então regida pela ética.” (p. 53).

8 A Renascença e Maquiavel
Em meio às transformações que ocorrem na sociedade feudal, à medida que ocorre a transição para o capitalismo, a Renascença italiana se destaca como impulsionadora de um novo modo de ver a política, sobressaindo-se, ai, a figura de Maquiavel. O autor rompe com as concepções tipicamente medievais, dizendo que o poder real “é tudo menos divino” (p. 53)

9 Maquiavel e a política como ela é...
“Dono de um realismo que por vezes choca, trazendo, porem, as pessoas de volta à realidade da política institucional, Maquiavel dissertou sobre os mais variados meios utilizados pelos homens para atingir o poder estatal, nele manter-se e expandir o seu poderio, vendo nisso um atestado de virtù, ou seja, de eficácia política” (p. 54).

10 Virtú X Fortuna A partir destes conceitos começa-se a pensar política de forma política, ao contrário de antes que se abordava o tema a partir de análises religiosas ou morais. Fortuna diz respeito às circunstâncias, ao tempo presente e as necessidades do mesmo, a sorte da pessoa. É a ordem das coisas em todas as dimensões da realidade que influenciam a política, é externa ao homem e desafia suas capacidades. Virtú ( traduzindo do Latim para o Português: Virtude, porém é melhor usar Virtú, para não confundir com a virtude moral) é justamente a capacidade do indivíduo (político) de controle das ocasiões e acontecimentos, ou seja, da fortuna.

11 Desta forma... O político com grande Virtú vê justamente na Fortuna a possibilidade da construção de uma estratégia para controlá-la e alcançar determinada finalidade, agindo frente a uma determinada circunstancia, percebendo seus limites e explorando as possibilidades perante os mesmos. Os fins justificam os meios dentro de uma determinada situação política que sofre influência de outras dimensões como a social, a econômica e a moral e cabe ao político com as suas capacidades de análise e de estratégia achar um meio perante essa conjuntura para realização de um determinado fim.

12 Política para Max Weber
Na perspectiva do autor, em “A política como vocação”, a política tem como referência o Estado. Daí seu entendimento de política num sentido restrito, identificada à política institucional apenas. Segundo Paranhos, todavia, é preciso dar um passo adiante e valorizar outras dimensões da política, concebê-la em sentido amplo...

13 POLÍTICA para Paranhos...
“Política implica em relações de poder, ainda que inconscientemente, independente de fazer do Estado um ponto de referência. Em outras palavras, nessa concepção política é algo que atravessa o nosso cotidiano na medida em que as relações de poder se manifestam, inclusive em circunstancias e lugares por vezes insuspeitos.” (p. 55) Exemplos citados: o privilégio dos homens nas relações sexuais; nos hospitais psiquiátricos; no trabalho, entre um negro e um branco etc.

14 O poder: sujeitos e objeto
O poder não deve ser encarado exclusivamente como algo que atua sobre nós, como se nos limitássemos a ser objeto de sua ação. Ele também é exercido por nós, o que nos coloca simultaneamente na condição de sujeitos e objeto do exercício do poder. Todos somos fatores de poder na sociedade, conscientes ou não. Erros comuns: Identificar a política apenas ao Estado é coisificar o poder; imaginamos a política como algo distante de nós... (“dono do poder”; “chegar ao poder” etc.)

15 As relações de poder... MIL E UMA FACES...
As relações de poder são multiformes, daí Michael Foucault referir-se ao poder como algo que circula.

16 Afinal, quem detém o poder?
Foucault fala das relações políticas que se estabeleceram na nossa cultura, ao longo da história, provocando toda uma gama de fenômenos que só podem ser explicados através dessas relações políticas entremeadas pela trama da existência do sujeito. Segundo ele, o controle se exerce no nível do que se é, ou seja, no nível da existência individual. O poder cria, dessa forma, diversos mecanismos através dos quais é possível exercer uma vigilância sobre os indivíduos.

17 Micropoder O que mais interessa nos interessa na análise Foucault aqui é o fato de que, para ele, deve-se entender o poder como micropoder, ou seja, o poder não está centralizado em uma só instituição política, mas está disperso na sociedade. Ele deve ser entendido, portanto, como algo que mais se exerce do que se possui, na medida em que ele se estende por todas as camadas da sociedade, por todas as relações sociais.

18 Política então... Abre-se, assim, um novo leque de possibilidades para explorar a mesma palavra, se manifestando de modo diverso no nosso cotidiano. As empresas têm políticas de administração, assim como as pessoas desenvolvem políticas no seu relacionamento cotidiano. Quando se usa expressões como a política da Igreja, a política dos sindicatos, a política feminista, refere-se ao modo como cada um desenvolve suas questões diante da atividade que desenvolvem.

19 Governantes x Governados
Na medida em que o poder o político está numa instituição fora do meu próprio poder, eu me limito a exercer a minha responsabilidade de votar. Só sou uma pessoa política pelo meu dever. O resultado disso não é outro senão a apatia e a omissão. A atividade institucional promove, portanto, uma cisão dentro da própria sociedade, entre governantes e governados.

20 Cidadania e voto É no sentido de abrandar essa divisão que surge então a noção de ‘cidadania’, desenvolvida pelas instituições políticas na direção da participação dos indivíduos resumida à escolha de representantes políticos, através do exercício do voto. É nesse sentido que se dá a nossa crítica às eleições, limitadoras e limitadas, por se realizarem em limites de tempo e de espaço restritos. A participação é extremamente limitada, na medida em que se restringe o objeto de escolha. Vota-se, apenas, num cargo eletivo.

21 Democracia e República
O termo “democracia” surge pela primeira vez na Grécia antiga, por volta de 500 a.C. Para os gregos a palavra demokratia tinha o seguinte significado: demos = povo, kratos = governar. Daí surge à noção de governo do povo, baseado na soberania popular. Apenas a título de informação, por volta desse mesmo período surge em Roma outro termo que também é muito recorrente contemporaneamente que é a noção de República, palavra que deriva do latim e quer dizer: res = coisa ou negócio, publicus = povo ou público. Ou seja, República quer dizer coisa pública, negócio do povo.

22 Obrigada, queridos!


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