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Heber Odebrecht Vargas

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Apresentação em tema: "Heber Odebrecht Vargas"— Transcrição da apresentação:

1 Heber Odebrecht Vargas
Delirium Heber Odebrecht Vargas

2 Delirium Características Causada por transtornos do SNC ou sistêmicos
Instalação aguda ou subaguda Evidências de disfunção difusa de tecido cerebral Disfunção potencialmente reversível Manifestações clínicas variadas de paciente em paciente e de episódio para episódio

3 Importância do Delirium
Elevada prevalência, em especial nos idosos São gastos 6,9 bilhões de dólares/ano nos EUA Aumenta os custos hospitalares em US$ 2500/paciente Taxa de mortalidade é de 22 a 76%(= IAM e sepsis) Taxa de mortalidade no próximo ano é de 35 a 40% Apresenta dificuldades no seu reconhecimento Inouye, 2006

4 Evolução do delirium Pode ser o primeiro sintoma de uma enfermidade física subjacente e deve nos conduzir a uma procura por uma explicação médica Pacientes têm hospitalização mais prolongada, maior declínio funcional e alto risco para institucionalização A maioria dos pacientes recupera-se completamente, com média de duração de sintomas de 10 a 12 dias

5 DELIRIUM - HISTÓRICO A palavra delirium vem do latim “delirare”, que significa “estar fora do lugar”. Uma das 1ªs doenças mentais descritas na medicina Hipocrates ( a.C.) já descrevia o conjunto de sintomas que hoje poderiam ser reconhecidas como delirium.

6 DELIRIUM – DEFINIÇÃO O delirium é um síndrome neurocomportamental causada pelo comprometimento transitório da atividade cerebral, invariavelmente secundário a distúrbios sistêmicos. Pode ser comparado a uma síndrome de insuficiência cerebral aguda, decorrente da quebra da homeostase cerebral e desorganização da atividade neural. (Engel e Romano, 1959; Lipowski 1990)

7 Delirium Ocorre comumente em pessoas com sérias enfermidades médicas cirúrgicas e/ou neurológicas. Devido a sua rápida evolução algumas vezes pode ser o primeiro sintoma de uma enfermidade física subjacente e deve nos conduzir a uma procura por uma explicação médica Delirium é uma síndrome e não uma doença e é melhor compreendido com a via final comum de muitas causas potenciais Andreasen, 2001

8 DELIRIUM – DEFINIÇÃO Observam-se alterações da consciência e da atenção, déficits cognitivos específicos (desorientação temporoespacial, comprometimento da memória, do pensamento e do juízo), alterações da sensopercepção (alucinações ou ilusões visuais, auditivas etc.), perturbações da psicomotricidade, do comportamento (apatia e agitação) e do humor. O início é geralmente agudo, variando de algumas horas até poucos dias. O curso é flutuante ao longo das 24 horas, freqüentemente acompanhado de alterações do ciclo sono–vigília. Caracteristicamente, o paciente em delirium apresenta sonolência diurna e agitação noturna (American Psychiatric Association, 1994).

9 DELIRIUM - EPIDEMIOLOGIA
10 – 20% da população hospitalizada 10 – 40% da população hospitalizada acima dos 70 anos Pacientes em pós-operatório  mais de 50% Pacientes em estado terminal → mais de 80% 70% dos casos de delirium não são diagnosticados É uma variável independente de mortalidade

10 O delirium é um marcador de morbi-mortalidade, aumenta o tempo de internação e consequentemente o custo hospitalar. Apesar de sua prevalência é frequentemente não reconhecido gerando atraso em sua terapêutica, piorando o já comprometido estado geral do paciente

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12 DELIRIUM - FISIOPATOLOGIA
Não há uma explicação completa da fisiopatologia Porém verifica-se que o estado de confusão agudo é decorrente de possíveis fatores ligados a uma perda da homeostase cerebral. SANTOS, F.S.; - Mecanismos fisiopatológicos do dellirium. Rev. psiquiatr. clín., May/June 2005, vol.32, no.3, p

13 DELIRIUM - FISIOPATOLOGIA
Os principais neurotransmissores envolvidos na gênese do delirium são: Acetilcolina, Serotonina, GABA, Possivelmente outros fatores neurobiológicos como citocinas, hormônios e radicais livres. SANTOS, F.S.; - Mecanismos fisiopatológicos do dellirium. Rev. psiquiatr. clín., May/June 2005, vol.32, no.3, p

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15 Delirium Fatores causais gerais Idade avançada
Lesões cerebrais prévias Dependência e drogas Uso abusivo de álcool por anos Tais fatores levam a reserva funcional diminuída do cérebro, que fica mais limitado perante lesões, alterações funcionais e perdas neuronais

16 DELIRIUM – FATORES PREDISPONENTES
Inouye S. N Engl J Med 2006; (354: )

17 Etiologia “I WATCH DEATH”

18 Etiologia “I WATCH DEATH”
nfection W ithdrawl A cute metabolic T rauma C NS pathology H ypoxia D eficiencies E ndocrinopathies cute vascular oxins or drugs eavy metals

19 Etiologia “I WATCH DEATH”
nfection HIV; sepse; pneumonia W ithdrawl Álcool; barbitúricos; hipnóticos-sedativos A cute metabolic Acidose; alcalose; dist. hidroeletrolítico; insuf. Hepática; insuf. renal T rauma TCE; AVC; pós-operatório; queimaduras severas C NS pathology Abcesso; hemorragia; hematoma subdural; hidrocefalia; infecções; convulsões; AVC; tumores; metástases; vasculites; meningites; encefalites; sífilis H ypoxia Anemia; intoxicação por CO; hipotensão; insuf. cardíaca ou respiratória D eficiencies B12; folato; tiamina; niacina E ndocrinopathies Mixedema; hipo/ hiperglicemia; hiperparatireoidismo; hipo/ hiperadrenocortismo cute vascular Encefalopatia hipertensiva; AVC; arritmias; choque oxins or drugs Pesticidas; solventes; drogas ilícitas; medicações eavy metals Chumbo; manganês; mercúrio

20 Síndromes Psicóticas Causas Orgânicas Causas Psiquiátricas AGUDAS CRÔNICAS Esquizofrenia T. esquizotípico T. delirantes persistentes T. psicóticos agudos e transitórios T. delirante induzido T. esquizoafetivo Delirium Demências Transtornos Mentais Orgânicos

21 DELIRIUM – QUADRO CLÍNICO
Início súbito de um quadro transitório de disfunção cognitiva. Os sinais e sintomas intermitentes, variando ao longo do dia, porém: Agravam-se durante a noite Há um prejuízo da atenção com inabilidade de planejamento e resolução de problemas.

22 Delirium Quadro Clínico Rebaixamento do nível de consciência:
Alteração básica Sonolência, mudança no estado de alerta, da atenção, dificuldades de concentração e de apercepção de si mesmo e do meio

23 Delirium Orientação Orientação alopsíquica preservada
Desorientação temporal é a primeira, seguida da espacial Transtorno de identificação espacial Fabulação

24 DELIRIUM – QUADRO CLÍNICO
Sensopercepção: A percepção é alterada: Alucinações, Ilusões, frequentes ilusões visuais (ambientes escuros) ou alucinações visuais ou táteis. Não possuem implicação pessoais. Frequentes zoopsias Tais distúrbios são mais freqüentes em pelo menos 40% dos pacientes.

25 DELIRIUM – QUADRO CLÍNICO
Memória: Usualmente encontra-se prejudicada, principalmente para fatos recentes. Sono-vigília: O ciclo mostra-se alterado. Insônia (sono entrecortado e diminuído) Delírios Idéias delirantes Tipo perseguição

26 DELIRIUM – QUADRO CLÍNICO
Humor Ansiedade intensa, perplexidade, irritação, terror e pavor Ideação paranóide Labilidade afetiva Os distúrbios emocionais, de curta duração geralmente Apatia. Raiva, Irritabilidade, Terror, Desinibição sexual, Depressão Euforia A Loucura, de Angelo Bronzino

27 DELIRIUM – QUADRO CLÍNICO
Atividade psicomotora, pode apresentar-se com 3 formas: Hipoalerta/hipoativo, Hiperalerta/hiperativo Misto

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29 DELIRIUM - PROGNÓSTICO
Existe risco aumentado de demência em pacientes idosos: Que foram hospitalizados, sem historia previa de prejuízo cognitivo e com episódios de delirium durante a internação. Os trabalhos revelam que a prevalência de demência pós delirium varia de 24.1% a 69%.

30 Delirium Evolução Fase prodrômica: ansiedade, dificuldade para concentrar-se, inquietação, medo, perplexidade, hipersensibilidade à luz e sons, dificuldade para adormecer, pesadelos Evolução (final da tarde, início da noite): ilusões visuais e táteis, ansiedade, agitação psicomotora. Fenômenos autonômicos: sudoreses profunda, tremores grosseiros, febre

31 Delirium Evolução Delirium: mais intenso à noite e de madrugada. Alguns só ficam confusos a noite Término: o quadro permanece para o doente como uma reminiscência vaga do que ocorreu

32 Delirium Diagnóstico Diferencial Esquizofrenia
Surgimento mais insidioso Personalidade pré-mórbida Pouca flutuação do quadro clínico Sem transtorno sono-vigília e de nível de consciência Orientação geralmente preservada Alucinações em geral auditivas Delírios persecutórios, personalizados Não há alterações autonômicas, asterixis e mioclonias focais Delirium: não há embotamento afetivo

33 Delirium Diagnóstico Diferencial Demências
Curso e instalação insidioso Alterações no nível de consciência raras Flutuação do quadro, alterações do ciclo sono-vigília e alucinações são infreqüentes

34 DELIRIUM – DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

35 Tratamento Tratamento da causa básica Não farmacológico:
Orientação quanto aos estímulos sonoros Orientação quanto aos estímulos de luz Orientação quanto aos estímulos gerais Farmacológico: Antipsicóticos típicos Antipsicóticos Atípicos Benzodiazepínicos

36 Delirium Pesquisa da etiologia Hipoglicemia: dano irreversível ao SNC
Pode ocorrer sem história de DM Hipóxia ou anóxia: danos irreversíveis Hipoperfusão: origem cardiovascular Hipóxia: Função ventilatória prejudicada Hipertermia: dano cerebral grave Deficiência de tiamina: Síndrome de Wernicke. Perda de memória irreversível, delirium, ataxia, transtorno do movimento dos olhos, nistagmo e fraqueza muscular Alcoolistas crônicos desnutridos, hiperemese gravídica, desnutrição e consumpção

37 DELIRIUM - TRATAMENTO O tratamento na fase aguda:
Suporte básico ao paciente Correção de desequilíbrios metabólicos e eletrolíticos, Cuidados neurológicos, psiquiátricos e relativos ao quadro clínico. Oferecer ao paciente, circunstâncias ambientais que facilitem a reorientação desse quadro confusional

38 DELIRIUM - TRATAMENTO Melhor forma de prevenção:
São os cuidados de uma equipe de enfermagem bem treinada para reconhecimento do delirium e até mesmo de seus sinais prodrômicos. Há um trabalho relatando que a consulta geriátrica prévia a cirurgias pode reduzir o risco de delirium em até 12% . Outros estudos não evidenciaram eficácia na profilaxia com haloperidol ou acetilcolina

39 Fatores predisponentes para Delirium e intervenções potenciais
Fator predisponente Intervenções Exemplos Alteração da cognição Programa de atividades terapêuticas estimuladoras Programa de orientação da realidade - Estimulação de eventos atuais, lembranças, palavras cruzadas, - Calendário, horários, cartão de orientação Interrupção do sono-vigília - Estratégias de redução do barulho no período noturno. - Período de sono não interrompido - Eliminação de conversas noturnas em corredores, - Reescalonamento de medicações e atividades de enfermagem (sinais vitais, testes) Imobilização - Mobilização precoce - Redução do equipamento imobilizante - Deambulação ou exercício ativo - Redução de cateteres vesicais, contenção física, tanques portáteis de O2 para mobilização Medicamentos psicoativos - Uso restrito; uso em condições bem estabelecidas  - Protocolos não- farmacológicos para manuseio do sono e ansiedade - Medicamentos anticolinérgicos, sedativo-hipnóticos, narcóticos - Uso de chás, leite morno, músicas relaxantes e massagens Alteração visual e auditiva Providenciar órteses e equipamentos adaptativos- e amplificadores Reconhecimento precoce e tratamento - Óculos, lentes, ap. auditivos - Iluminação indireta de ambientes -estímulos visuais (TV) - -  - Verificar presença de cera Desidratação - Estimular líquidos via oral ou endovenosa- : TAVARES, Almir. de Neuropsiquiatria . de : Guanabara Koogan: 2005.

40 Inouye S. N Engl J Med 2006;(354:1157-1165)
DELIRIUM - TRATAMENTO Inouye S. N Engl J Med 2006;(354: )

41 Tratamento Farmacológico
Haloperidol em doses baixas é o mais estudado e um dos mais seguros para o tratamento do delirium Antipsicóticos de 2ª geração são efetivos no controle da agitação psicótica: - Risperidona 0,5 a 4mg/dia - Quetiapina 25 a 100 mg/dia - Olanzapina 5 a 10 mg/dia Sadock, 2009

42 Delirium ou Síndrome Confusional Aguda

43 EFEITOS DOS NEUROTRANSMISSORES GLUTAMATÉRGICA
DOPAMINA REFORÇO NEG GABA ANSIEDADE,CONVULSÕES HIPERESTIMULAÇÃO GLUTAMATÉRGICA NORADRENÉRGICA ALT. CARDIOVASCULARES NÁUSEAS, VÔMITOS, PILOEREÇÃO, MIDRÍASE, TREMORES,  TEMPERATURA SAA CANAIS DE CÁLCIO L ATIVIDADE ELÉTRICA EFEITOS DOS NEUROTRANSMISSORES GLUTAMATÉRGICA CONFUSÃO MENTAL, ALUCINAÇÕES, CONVULSÕES

44 Quadro Clínico Evolução da SAA Delirium SAA leve SAA Tremens moderada
Ansiedade Irritabilidade Insônia Tremor Confusão profunda Tremores grosseiros Alucinações visuais atemorizantes Febre Desorientação Alucinações Dias de abstinência

45 Diagnóstico X Classe Depend. Abuso Intoxica. Abstinên Delirium
Delirium Abstinên Álcool X Anfetamina Cafeína Cocaína Canabis Alucinógen Inalantes Nicotina Opióides Sedativos Kaplan & Sadock, 2007

46 Delirium por abstinência de Álcool
Monitorização do agravamento da SAA locomoção e visitas limitadas(<estimulação) dieta leve (confusão= jejum aspiração) contenção nas agitações reposição vitamínica= tiamina 300mg/dia Benzodiazepínicos em doses > (EV ?) Laranjeira, 2000

47 O Que Não Fazer Hidratar indiscriminadamente
Administrar glicose sem tiamina Administrar clorpromazina Administrar Fenil-hidantoina Administrar Diazepan sem recursos Laranjeira, 2000 PERKEO

48 Obrigado


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