Platão e a Justiça (V século a.C.) Grécia - Atenas.

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Transcrição da apresentação:

Platão e a Justiça (V século a.C.) Grécia - Atenas

Introdução à Ética e à Justiça em Platão Se Sócrates problematiza a questão da Justiça e da Ética, cabe a Platão arquitetá-la, idealizando-a. Também para Platão, como em Sócrates, a Justiça e a Ética são a mesma coisa. Ele ensina que o ideal do homem é desprezar os prazeres, as riquezas e as honras.

A finalidade do homem em Platão é procurar transcender a realidade, procurar um bem superior em relação àquele que perdeu. Para se atingir este bem o homem necessita alcançar a virtude, derrotando os vícios. “A virtude é como a saúde, a beleza e o bem estar espiritual, enquanto o vício é doença, deformidade e fraqueza” (PLATÃO, A República)

O conceito de dar a cada um aquilo que lhe é próprio assume uma postura central dentro da organização da república platônica. Existe baseado nesta teoria um sistema educacional a fim de orientar cada um segundo suas aptidões. No Livro 8º, da República, Platão discorre sobre a justiça, aliás, a justiça na cidade é o que leva Platão a escrever esse diálogo.

Na República, Platão define a justiça como a relação harmônica das 3 virtudes fundamentais que devem regular a alma: a temperança, a coragem e a sabedoria.

A justiça é a justa medida, na qual a temperança representa a sensibilidade regulamentada segundo a justiça, a coragem é a justiça do arbítrio (da vontade) e a sabedoria é a justiça do espírito.

Temperança A temperança é a sujeição harmoniosa das duas partes inferiores (os órgãos genitais, desejo, e o tórax, coragem, à parte racional, que deve sempre dominar.

“Um prazer excessivo perturba a alma não menos que a dor “Um prazer excessivo perturba a alma não menos que a dor.” (PLATÃO, A República) Os intemperantes consideram como seu pior inimigo quem lhes fala a verdade. (PLATÃO, A República)

“A temperança é uma espécie de ordem e de domínio dos desejos e das paixões. Por isso se diz, de maneira estranha, ´ser dono de si mesmo`.” (PLATÃO, A República) O amor deve ser conforme a razão. (PLATÃO, A República)

“Quando na alma humana, a parte melhor domina a pior, diz-se que o homem é senhor de si mesmo. Quando, porém, por efeito de má educação ou de má companhia, a parte melhor da alma é dominada pela inferior e vencida pela violência da parte pior, o homem em tais condições é dito escravo de si mesmo e privado de temperança.” (PLATÃO, A República)

“Os desejos simples e comedidos são aqueles guiados pela razão como bom senso e intenção correta.” (PLATÃO, A República) “Comparamos a temperança a uma harmonia.” (PLATÃO, A República)

Coragem Em primeiro lugar, a coragem refere-se à bravura do guerreiro (valentia). O significado foi ampliado e tornou-se, depois, virtude interior de força para o bem. Baseia-se na ideia de que bem não é fácil de fazer. Ele exige esforço de aquisição e esforço de resistência ao mal.

“O homem é corajoso quando sua faculdade emocional conserva, por meio das dores e dos prazeres, os preceitos racionais sobre o que há de temer ou não”. (PLATÃO, A República)

Sabedoria “A primeira virtude que se nos depara é a busca da sabedoria” (PLATÃO, A República) “À faculdade racional compete o comando porque é sábia e vigia toda a alma, ao passo que a faculdade emocional deve ser sua fiel aliada.” (PLATÃO, A República)

“Desejo tão somente afirmar que a pior desgraça para todo homem seria permanecer espiritualmente no engano em relação à natureza das coisas e que não há nada de mais desagradável e detestado do que ter e possuir na própria alma a ignorância e a mentira.” (PLATÃO, A República)

“Desejo tão somente afirmar que a pior desgraça para todo homem seria permanecer espiritualmente no engano em relação à natureza das coisas e que não há nada de mais desagradável e detestado do que ter e possuir na própria alma a ignorância e a mentira.” (PLATÃO, A República)

“Desejo tão somente afirmar que a pior desgraça para todo homem seria permanecer espiritualmente no engano em relação à natureza das coisas e que não há nada de mais desagradável e detestado do que ter e possuir na própria alma a ignorância e a mentira.” (PLATÃO, A República)

É necessário que a alma permaneça isenta de todo vício, distante dos maus hábitos, se quiser discernir de modo mais transparente o que é justo, com base em sua própria honestidade. (PLATÃO, A República)

Se não participar de nenhum conhecimento nem investigação é inevitável que se torne fraco, surdo e cego, porque entorpecido, desnutrido e escravo de suas sensações. (PLATÃO, A República)

“O homem que passa a odiar o conhecimento desiste de persuadir os outros com argumentos racionais, e passa a perseguir seus objetivos com violência ferina e selvagem, passando a viver em rude ignorância, destituída de harmonia e elegância.” (PLATÃO, A República)

O homem justo é, para Platão, aquele no qual prevalece a conjunção harmônica das três virtudes. Portanto, justo é o homem virtuoso. “O homem mais feliz é o justo; bem mais do que o injusto num mar de delícias”. (PLATÃO, A República) “A justiça é aquilo que estabelecemos como dever absoluto quando começamos a lançar as bases do Estado.” (PLATÃO, A República)

Borges, Arnaldo. Origens da filosofia do direito. Porto Alegre: A Borges, Arnaldo. Origens da filosofia do direito. Porto Alegre: A. Pedone, 1999. MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia: dos Pré-socráticos a Wittgenstein. 2.ed. Rio de Janeiro, 2000. PLATÃO. A República: diálogos. Rio de Janeiro: Globo.