1 Os Métodos de alfabetização e as Cartilhas Leduc Laboratório de Estudos de Linguagem, Leitura, Escrita e Educação Margareth Brainer de Queiroz Lima Eliana Borges Correia de Albuquerque

2 POR QUE FALAR SOBRE MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO E CARTILHAS?

3 Índices mostram um persistente fracasso na alfabetização. COMO EXPLICAR O FRACASSO NA ALFABETIZAÇÃO? ONDE RESIDEM AS RESPOSTAS?  Um problema histórico?  O que acontece, ou não acontece, para que boa parte das crianças brasileiras não se alfabetizem?  Que práticas de ensino da escrita e da leitura têm sido desenvolvidas nas escolas?  As políticas de promoção continuada difundidas e praticadas por inúmeras escolas brasileiras nas últimas décadas têm contribuído para o fracasso na alfabetização?  E as políticas de formação de professores?  Em que medida a utilização dos métodos para alfabetização podem ser responsáveis?  Respostas na ampliação do próprio conceito de alfabetização e do surgimento de um novo conceito, o de letramento?

4 Os significados de ser “Alfabetizado” no Brasil Primeiros censos no Brasil (marcados por problemas) 1872, 1890, 1900 e buscava-se saber o nº de pessoas que sabiam(ou não) ler e escrever 1936: fundação do IBGE- índice de analfabetismo declaração da pessoa sobre sua capacidade de ler e escrever o próprio nome a pessoa capaz de escrever um bilhete simples era considerada alfabetizada Unesco definia como alfabetizada uma pessoa capaz de ler ou escrever um enunciado simples, relacionado a sua vida diária Unesco sugeriu a adoção do conceito de alfabetismo funcional (pessoa capaz de utilizar a leitura e escrita para fazer frente às demandas de seu contexto social e de usar essas habilidades para continuar aprendendo e se desenvolvendo ao longo da vida). Década de 90- o IBGE passou a divulgar também índices de analfabetismo funcional. Pelo critério adotado, são analfabetas funcionais as pessoas com menos de quatro anos de escolaridade Ùltimos tempos - A dicotomia analfabeto x alfabetizado cede lugar para o interesse em determinar e comparar níveis de habilidade de leitura e escrita.

5 Panorama geral dos Métodos de Alfabetização Analítico-sintético

6 Historicamente, os primeiros métodos de alfabetização. Há relatos que apontam o usos desses métodos na Grécia antiga e no Império Romano até o início do século XVIII. Parte-se das menores unidades da língua escrita (letras) para passar a analisar unidades mais amplas (sílabas), depois, de forma mais lenta, a analisar palavras, e, a seguir, frases e textos. Exemplos: Alfabéticos Silábicos Fônicos OS MÉTODOS TRADICIONAIS Os Métodos Sintéticos

 As "cartas de ABC" representam o método mais tradicional e antigo de alfabetização, conhecido como "método sintético":  PRIMEIRO as letras do alfabeto (maiúsculas e minúsculas; de imprensa e manuscritas)  DEPOIS apresenta segmentos de um, dois e três caracteres, em ordem alfabética (a-é-i-ó-u, ba-bé-bi-bó-bu, ai-ei-oi-ui, bai-bei-boi-bui, etc);  POR FIM, palavras cujas sílabas são separadas por hífen (An-tão, A-na, An-dei, A-mar; Ben-to, Bri-tes, Bus-car, Ba-ter, etc).  Leitura: “bê-a-bá, ene-e-ne, ene-e-ne=banana 107 e. RJ: Livraria Francisco Alves, Autoria anônima, a 1a. edição dessas "cartas de ABC" é de MÉTODO SILÁBICO: OPERACIONALIZAÇÃO