THURLER, MÔNICA GATHER INOVAR NO INTERIOR DA ESCOLA

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
A ESCOLA ENTRE O SISTEMA DE ENSINO E A SALA DE AULA
Advertisements

A Escola pode resgatar a Cidadania?
PLANEJAMENTO NA EDUCAÇÃO
POLÍTICAS EDUCACIONAIS E TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
Dez novas competências para Ensinar – Philippe Perrenoud
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
Dinâmica e Gênese dos Grupos
Mestrado em Gestão e Conservação da Natureza
Pedagogia da pesquisa-ação
Maria Aparecida Felix do Amaral e Silva
A gestão escolar e o serviço pedagógico e administrativo -burocrático
Revisão Unidade 01 Tecnologias na sociedade, na vida e na escola
Dez novas competências para Ensinar – Philippe Perrenoud
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL - UEMS
Qualidade Total.
LIDERANÇA.
Identidade dos Indivíduos nas Organizações
COMPETÊNCIAS QUE DEFINEM
LUGAR DA FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES
Profa. Dra. Flavinês Rebolo Lapo
POR QUE PLANEJAR!.
O Aluno a Distância.
Pesquisa Ação: Uma introdução metodológica.
DIDÁTICA E METODOLOGIA NO ENSINO SUPERIOR
Construindo uma identidade profissional
GESTÃO ESCOLAR.
SUSTENTABILIDADE E SAÚDE
DESAFIOS COLOCADOS À ESCOLA PORTUGUESA
Organização, Planejamento e Gestão De Projetos Educacionais
PERGUNTA-SE As escolas dão a devida atenção aos CONSELHOS DE CLASSE?
C ONHECENDO E C OMPARTILHANDO E XPERIÊNCIAS II Encontro de Formação com Especialistas em Educação Básica – SEE/MG 20/05/2014.
10 NOVAS COMPETÊNCIAS PARA ENSINAR
Similitudes e dissonâncias no percurso de formação: a gestão pedagógica no exercício da docência no Ensino Superior.
Educação.
APRENDER POR PROJETOS. FORMAR EDUCADORES Pedro Ferreira de Andrade
Marco Doutrinal e Marco Operativo
Profa. MSc. Daniela Ferreira Suarez
Dez novas competências para Ensinar
CONTRIBUIÇÕES DA GESTÃO PARA O PAPEL SOCIAL DA ESCOLA
ADMINISTRADORES E O AMBIENTE EXTERNO.
FUNDAMENTOS DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Empresarial
Gestão por Competências
Gestão Farmacêutica – Organizar e Ciclo PDCA
Administração de Recursos Humanos II
Transformação Organizacional Desafios e Premissas Antonio Flavio Testa.
Experiência, aprendizagem e formação para a Saúde: algumas questões
FORMANDO PROFESSORES PROFISSIONAIS : QUAIS ESTRATÉGIAS
Como estimular o Desenvolvimento dos Colaboradores
A Liderança com o uso do Coaching como Ferramenta Gerencial
Empreendedorismo.
A Gestão participativa
Os Estilos de Liderança
A Mudança de Estruturas e a Espiritualidade Vicentina
O profissional da gestão escolar e suas implicações
1 Encontro Nacional das Escolas de Governo Sejam Bem-vindos ao Brasília,
Antoni Zabala – Capitulo 1,2 e 3
Capítulo 1 A administração hoje.
Situação de Aprendizagem
A ADMINISTRAÇÃO HOJE 1.
Gerenciamento dos Recursos Humanos
Segundo Kramer “uma proposta pedagógica é um caminho, não é um lugar
Mentoring Coaching.
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
ESCOLA DE NEGÓCIOS, ARTES E OFÍCIOS (81) Quem somos nós O que fazemos Como fazemos Por quê fazemos.
A Liderança transformacional
Plano Nacional de Formação Pedagógica Inicial de Monitores - CEFFA Brasil PLANO NACIONAL DE FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE MONITORES CEFFABRASIL.
PROGRAMA UM COMPUTADOR POR ALUNO – UCA MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO II Seminário de acompanhamento do Projeto UCA-UNICAMP Norte UCA-Rondônia Marcelo.
Conceito de juventude Felipe Maciel e Maikieli Provenzi.
COMO GERENCIAR E MOTIVAR VENDEDORES O Que os Gerentes Precisam Fazer Para Manter os Vendedores Motivados ? Quais São As Atribuições Básicas de Um Gestor.
Transcrição da apresentação:

THURLER, MÔNICA GATHER INOVAR NO INTERIOR DA ESCOLA THURLER, MÔNICA GATHER INOVAR NO INTERIOR DA ESCOLA. PORTO ALEGRE, ARTMED, 2001 A autora tenta, neste livro, fazer o balanço sobre os conhecimentos da pesquisa da pesquisa a partir da literatura disponível sobre as organizações e os processos de inovação, assim como de uma observação participante conduzida no âmbito de diversos processos de inovação educativa.

THURLER, MÔNICA GATHER INOVAR NO INTERIOR DA ESCOLA THURLER, MÔNICA GATHER INOVAR NO INTERIOR DA ESCOLA. PORTO ALEGRE, ARTMED, 2001 Conceitos que situam-se no centro deste livro: representação social, aprendizagem individual e coletiva, competência, estratégia, organização. Este livro propõe, a partir do estado da pesquisa, uma concepção do estabelecimento escolar favorável à inovação, centrando-se na construção do sentido.

THURLER, MÔNICA GATHER INOVAR NO INTERIOR DA ESCOLA THURLER, MÔNICA GATHER INOVAR NO INTERIOR DA ESCOLA. PORTO ALEGRE, ARTMED, 2001 1- ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO, LÓGICAS DE AÇÃO E AUTONOMIA Neste capítulo a autora nos mostra que existem práticas que favorecem a mudança, não como resposta a uma situação excepcional, mas, porque conseguem integrar essa mudança sem crise. Para Thurler, os estabelecimentos escolares são formas organizacionais estáveis que sobrevivem a muitas mudanças em sua missão, seu meio, seus recursos e, principalmente na renovação permanente dos alunos, assim como, em menor medida, dos professores e dirigentes. Para ela a organização do trabalho que leva demasiado longe a preocupação com a estabilidade fica ameaçada de esclerose.

A mudança põe em cheque a instituição. THURLER, MÔNICA GATHER INOVAR NO INTERIOR DA ESCOLA. PORTO ALEGRE, ARTMED, 2001 Não é somente a organização burocrática e hierárquica são impedimentos à mudança. Os sistemas também mostram-se pouco favoráveis. A mudança põe em cheque a instituição. A mudança bem-sucedida não pode ser a conseqüência da substituição de um modelo de gestão antigo por um novo, concebido de antemão por uns sábios quaisquer.

THURLER, MÔNICA GATHER INOVAR NO INTERIOR DA ESCOLA THURLER, MÔNICA GATHER INOVAR NO INTERIOR DA ESCOLA. PORTO ALEGRE, ARTMED, 2001 A mudança bem-sucedida é resultado de um processo de construção coletiva que tem sentido quando os autores se mobilizam, conseguem ultrapassar os jogos estratégicos e as relações de poder habituais para criarem e desenvolverem conjuntamente novos recursos e capacidade que permitirão ao sistema guiar-se ou tornar a se orientar como um conjunto humano e não como uma máquina.

THURLER, MÔNICA GATHER INOVAR NO INTERIOR DA ESCOLA THURLER, MÔNICA GATHER INOVAR NO INTERIOR DA ESCOLA. PORTO ALEGRE, ARTMED, 2001 2. A cooperação profissional Neste capítulo, a autora começa descrevendo o individualismo como cultura profissional dominante. A seguir desenvolve uma visão da colegiatura e da cooperação livremente consentidas e centradas na profissão. No íntimo da identidade profissional, ainda permanece o individualismo. O mais profundo indício de uma mudança em profundidade é a diminuição de peso dos conteúdos disciplinares e uma avaliação formativa e certificativa orientada claramente para as competências.

THURLER, MÔNICA GATHER INOVAR NO INTERIOR DA ESCOLA THURLER, MÔNICA GATHER INOVAR NO INTERIOR DA ESCOLA. PORTO ALEGRE, ARTMED, 2001 Não se pode desenvolver competências sem dedicar o tempo necessário para colocá-las em prática. Se o sistema muda - não somente reformulando seus programas em termos de desenvolvimento de competências verdadeiras, mas liberando disciplinas, introduzindo os ciclos de aprendizagem, plurianuais, ao longo do curso, chamado para a cooperação profissional, convidando para uma pedagogia, diferenciada – então o professor deve mudar sua representação e sua prática.

THURLER, MÔNICA GATHER INOVAR NO INTERIOR DA ESCOLA THURLER, MÔNICA GATHER INOVAR NO INTERIOR DA ESCOLA. PORTO ALEGRE, ARTMED, 2001 Não se pode desenvolver competências sem dedicar o tempo necessário para colocá-las em prática. Se o sistema muda - não somente reformulando seus programas em termos de desenvolvimento de competências verdadeiras, mas liberando disciplinas, introduzindo os ciclos de aprendizagem, plurianuais, ao longo do curso, chamado para a cooperação profissional, convidando para uma pedagogia, diferenciada – então o professor deve mudar sua representação e sua prática. não basta diminuir o individualismo para se enfraquecer as outras duas características do professor: * Falta de método; * Conservadorismo

3. A relação com a mudança na Cultura do Estabelecimento Escola THURLER, MÔNICA GATHER INOVAR NO INTERIOR DA ESCOLA. PORTO ALEGRE, ARTMED, 2001 3. A relação com a mudança na Cultura do Estabelecimento Escola Organizar a mudança na escola é levar em conta sua cultura, como a realidade é percebida reagem à organização, aos acontecimentos, às palavras e às ações, interpretam-nas e conferem-lhes sentido. As escolas não têm a mesma cultura, sendo que em parte é a cultura que determina o seu clima, o moral, o prazer, o bem-estar ou a eficácia dos professores e dos alunos. Organizar uma ação social eficaz e intencional no estabelecimento escolar é considerar sua cultura e cultura pode ser definida como o conhecimento socialmente compartilhado e transmitido daquilo que é e deveria ser.

THURLER, MÔNICA GATHER INOVAR NO INTERIOR DA ESCOLA THURLER, MÔNICA GATHER INOVAR NO INTERIOR DA ESCOLA. PORTO ALEGRE, ARTMED, 2001 A mudança é recebida ou desejada, favorecida ou impedida pelo próprio estabelecimento escolar sob a influência de algumas dimensões que funcionam como uma bula ou freio para a mudança: Toda escola tem uma forma ideal pré-estabelecida, bem como previsões de eventuais mudanças, que são relacionadas a essa forma ideal; A escola que possui uma cultura idealista tem, em novos projetos, uma esperança. Alguns estabelecimentos, através de sua cultura, não aceitam a exigência de subculturas. A cultura conservadora não acredita como outros estabelecimentos, que é “impossível não mudar.” Alguns sempre dispostos a ver no que dá, outros que a solução virá sem nada fazer. Em alguns, com regras democráticas permitem fazer valer a opção da maioria, permitindo que os atores tomem posse das novas idéias, decidindo com conhecimento de causa.

THURLER, MÔNICA GATHER INOVAR NO INTERIOR DA ESCOLA THURLER, MÔNICA GATHER INOVAR NO INTERIOR DA ESCOLA. PORTO ALEGRE, ARTMED, 2001 A autora menciona Stoll ao instituir, vínculos entre cultura local e eficácia dos estabelecimentos escolares, mostrando o seu modelo conceitual Estabelecimentos em movimento: são aqueles caracterizados por uma cultura de cooperação profissional de alto nível, que tem por objetivo uma regulação constante e o desenvolvimento da qualidade. Estabelecimento em viagem de cruzeiro: apresentam um grande número de qualidades das escolas eficientes. São as escolas consideradas “boas” de antigamente, muitas vezes presas aos valores tradicionais e pouco voltadas para a necessidade de formação do futuro. Estabelecimento em passeio: estão no meio termo entre eficientes e ineficazes. Estão mais ou menos voltados para uma certa forma de mudança. Nesta categoria é que se encontra a maioria dos estabelecimentos atuais. Estabelecimento em pleno combate: têm consciência de que são ineficientes, e o são. Fazem esforços para melhorar, o que os ajuda a progredir. São os estabelecimentos mais gratificantes para os interventores externos e os mais disponíveis para participar de redes. Aplicam mudanças com entusiasmo.

THURLER, MÔNICA GATHER INOVAR NO INTERIOR DA ESCOLA THURLER, MÔNICA GATHER INOVAR NO INTERIOR DA ESCOLA. PORTO ALEGRE, ARTMED, 2001 Estabelecimento afundando: não são apenas ineficientes. Seus professores são apáticos, incompetentes e incapazes de mudar. Estão sempre isolados e fechados sobre si mesmo e só mudarão se forem beneficiados com medidas especiais. Conclui esse capítulo colocando: os atores de um estabelecimento escolar devem negociar e conciliar-se com relação aos objetivos visados em uma mudança. 4 – Um estabelecimento escolar em projeto É preciso colocar a inovação em um projeto realista e criar as condições necessárias para realizar seus objetivos. Eles conseguem isso quando se posicionam como atos coletivos diante do sistema, desenvolvendo uma forte identidade e seu próprio projeto.

THURLER, MÔNICA GATHER INOVAR NO INTERIOR DA ESCOLA THURLER, MÔNICA GATHER INOVAR NO INTERIOR DA ESCOLA. PORTO ALEGRE, ARTMED, 2001 Estabelecimento afundando: não são apenas ineficientes. Seus professores são apáticos, incompetentes e incapazes de mudar. Estão sempre isolados e fechados sobre si mesmo e só mudarão se forem beneficiados com medidas especiais. Conclui esse capítulo colocando: os atores de um estabelecimento escolar devem negociar e conciliar-se com relação aos objetivos visados em uma mudança. 4 – Um estabelecimento escolar em projeto É preciso colocar a inovação em um projeto realista e criar as condições necessárias para realizar seus objetivos. Eles conseguem isso quando se posicionam como atos coletivos diante do sistema, desenvolvendo uma forte identidade e seu próprio projeto.

THURLER, MÔNICA GATHER INOVAR NO INTERIOR DA ESCOLA THURLER, MÔNICA GATHER INOVAR NO INTERIOR DA ESCOLA. PORTO ALEGRE, ARTMED, 2001 Thurler define, por sua importância, os dois tipos de projetos existentes em estabelecimentos escolares: Projeto Educativo – é aquele que oferece uma orientação global. É aquele que guia e impregna os dispositivos, procedimento e seqüência pedagógica e embasa o projeto de estabelecimento escolar. Nem sempre resulta num processo de estabelecimento escolar. Projeto de Estabelecimento Escolar – parece-se mais com um programa de ação que envolve o ator coletivo, constituído por professores que trabalham naquele estabelecimento escolar. Um projeto de estabelecimento escolar, segundo Bouvier citado pela autora, compõe-se de: Uma fixação na história da organização e de seu meio; Um objetivo ambicioso para três, cinco oito anos ou mais, um desafio coletivo, um grande plano; Um código de valores; Cenário para realizar os objetivos principais; Um plano a médio prazo e um plano de ação; Dimensões econômicas, sociais, culturais ( e pedagógicas para um estabelecimento escolar); Uma intenção de comunicar-se e de avaliar; Uma vontade explícita de capitalizar e teorizar a experiência, tanto para o desenvolvimento ulterior do estabelecimento escolar quanto para a escala mais ampla do sistema escolar

THURLER, MÔNICA GATHER INOVAR NO INTERIOR DA ESCOLA THURLER, MÔNICA GATHER INOVAR NO INTERIOR DA ESCOLA. PORTO ALEGRE, ARTMED, 2001 Um projeto de estabelecimento escolar consolida-se, então em: Um projeto educativo mais ou menos consensual; Uma história e nas representações que os atores do lugar fazem dele; Uma análise que os atores fazem da situação presente; Um sentimento de continuidade, de permanência; Um estado das relações de poder, das redes de comunicação, das modalidades e graus de cooperação, do estilo de direção e decisão. As três dimensões em que um projeto escolar é levado a funcionar, objetivando o processo global são: A capacidade individual e coletiva de se projetar num futuro incerto; A identificação dos signatários do projeto: a participação no processo do projeto aceitando ser ator e autor: A representação coletiva de como o sistema aprende.

5 – Liderança e modo de exercício do poder THURLER, MÔNICA GATHER INOVAR NO INTERIOR DA ESCOLA. PORTO ALEGRE, ARTMED, 2001 5 – Liderança e modo de exercício do poder A autora nos mostra que no campo escolar como em outras partes, as representações do poder, da influência, da autoridade e da liderança estão onipresentes. Escolas em processo de mudança deverão construir uma nova visão da gestão das relações de força e se possível substituir a liderança autoritária por uma liderança cooperativa capaz de envolver a todos. Líder é aquele que exerce a liderança em determinado contexto. Para os franceses diretores, chefes e comandantes: Não esgotam a diversidade dos líderes e das formas de liderança; Não exercem pelo simples fato de seu estatuto, uma influência real e durável

THURLER, MÔNICA GATHER INOVAR NO INTERIOR DA ESCOLA THURLER, MÔNICA GATHER INOVAR NO INTERIOR DA ESCOLA. PORTO ALEGRE, ARTMED, 2001 Diretores da escola, como líderes que são, têm as seguintes características: A totalidade de seu tempo é tomada, freqüentemente, por reuniões, conversas telefônicas, encontros e etc. A sua atividade é esporádica, pontual e variada, porém fragmentada. Tendem a engajar-se na situação mais comum e urgente. Investem pouco tempo na planificação reflexiva. Dedicam muito às atividades administrativas á manutenção da ordem. Ficam todo o tempo na escuta, tentando levar em conta cada problema levantado. Perante as solicitações que vêm de fora, a eficácia decresce. Convivência com o crescente desânimo das equipes perante o estresse e a dispersão.

THURLER, MÔNICA GATHER INOVAR NO INTERIOR DA ESCOLA THURLER, MÔNICA GATHER INOVAR NO INTERIOR DA ESCOLA. PORTO ALEGRE, ARTMED, 2001 Os líderes têm uma enorme dificuldade em sua tarefa, pois: O desafio de se fazer mil coisa ao mesmo tempo é constante; A maior parte das tarefas tem um caráter repetitivo e aborrecido; As interações são, às vezes, superficiais ou debilitantes; São obrigados a enfrentar dilemas organizacionais sem saída; Deparam-se com o desequilíbrio entre as tarefas de gestão e as funções de liderança; Fazem, constantemente, apostas muito diferentes; Fadigam-se pelo excesso de trabalho; Têm que conscientizar-se de seus limites pessoais; São limitados na reorientação de sua carreira profissional; Chocam-se com a realidade que encontram; Têm pouca autonomia concedida pela hierarquia; Sofrem falta de apoio por parte dos professores. Porém a mudança não pode ser feita sem liderança.

THURLER, MÔNICA GATHER INOVAR NO INTERIOR DA ESCOLA THURLER, MÔNICA GATHER INOVAR NO INTERIOR DA ESCOLA. PORTO ALEGRE, ARTMED, 2001 Existe, pois, seis diferentes fontes de liderança em um estabelecimento O estatuto da autoridade – quando a liderança é função do diretor da escola ou de um de seus colaboradores. Devem assegurar que todos caminhem na mesma direção. O estatuto eletivo – o corpo docente delega poderes ao líder. A habilidade profissional – são reconhecidas suas competências neste ou naquele terreno profissional. O carisma pessoal – é a capacidade que certas pessoas têm de mobilizar as outras, de levá-las a pretender um objetivo comum. O sentido da organização – a liderança é tida como uma forma de habilidade e está voltada para a própria dinâmica de mudança, para o desenvolvimento organizacional. A posição no sistema social – o líder obtém influência de sua inserção em redes que ultrapassa o estabelecimento escolar.

THURLER, MÔNICA GATHER INOVAR NO INTERIOR DA ESCOLA THURLER, MÔNICA GATHER INOVAR NO INTERIOR DA ESCOLA. PORTO ALEGRE, ARTMED, 2001 O estatuto de autoridade e o eletivo são lideranças formais. As outras fontes exercem uma função mais informal. A liderança também pode ser exercida em diferentes modalidades: Liderança voltada para a formação ou o acompanhamento; Liderança voltada para a cultura; Liderança voltada para as transações; Liderança voltada para a transformação. Existe, ainda a liderança cooperativa que é uma forma de liderança democrática que rompe com a organização clássica do trabalho dentro de um estabelecimento escolar. Ela não suprime a função do diretor de escola, simplesmente a redefine.

6. O estabelecimento escolar como organização aprendente THURLER, MÔNICA GATHER INOVAR NO INTERIOR DA ESCOLA. PORTO ALEGRE, ARTMED, 2001 6. O estabelecimento escolar como organização aprendente Thurler tenta combinar três correntes: A exploração cooperativa como modo de profissionalização O cuidado com a eficiência da transformação das práticas pedagógicas A concepção da escola, como organização de aprendizado. Para Thurler, o estabelecimento escolar é um grupo de professores que assumem a responsabilidade de desenvolver dispositivos de ensino-aprendizagem mais eficazes. O estabelecimento escolar só poderá tornar-se uma organização aprendente se ele aprender a aprender. Conclusão: Mudar os estabelecimentos escolares para que eles mudem a escola: um paradoxo?

THURLER, MÔNICA GATHER INOVAR NO INTERIOR DA ESCOLA THURLER, MÔNICA GATHER INOVAR NO INTERIOR DA ESCOLA. PORTO ALEGRE, ARTMED, 2001 “Nesse ponto a autora nos oferece algumas pistas para inflectir (Curvar, dobrar, inclinar) gradualmente a cultura e o funcionamento dos estabelecimentos escolares. Evidentemente, haverá o esforço de manter uma postura coerente: se toda mudança só se torna efetiva quando tem sentido, as transformações da cultura e do funcionamento dos estabelecimentos não poderiam ser então impostas....” (Thurler, 2001)