Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem II

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Transcrição da apresentação:

Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem II Professora: Luciana Campos Aula 6 – 2015.2

Piaget ,Vygostky, Wallon

CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO Concepção Empirista Interacionista Inatista

O interacionismo tem 2 ramificações JEAN PIAGET LEV VYGOTSKY SÓCIO- INTERACIONISMO ▼ Do organismo com outros organismos e o ambiente: predominância do social no desenvolvimento. INTERACIONISMO ▼ Interação do organismo com o ambiente, privilegiando a maturação biológica.

Jean Piaget Formado em Biologia Interessou-se por pesquisar sobre o desenvolvimento do conhecimento nos seres humanos, o nome dado ao seu estudo foi EPISTEMOLOGIA GENÉTICA.

INTELIGÊNCIA PARA PIAGET “ É o mecanismo de adaptação do organismo a uma situação nova e, como tal, implica a construção contínua de novas estruturas. Esta adaptação refere-se ao mundo exterior, como toda adaptação biológica. Desta forma, os indivíduos se desenvolvem intelectualmente a partir de exercícios e estímulos oferecidos pelo meio que os cercam. O que vale também dizer que a inteligência humana pode ser exercitada, buscando um aperfeiçoamento de potencialidades, que evolui "desde o nível mais primitivo da existência, caracterizado por trocas bioquímicas até o nível das trocas simbólicas."

O INDIVÍDUO E O MEIO PARA PIAGET A inteligência do indivíduo, entendida como a adaptação a situações novas, está relacionada com a complexidade desta interação do indivíduo com o meio. Em outras palavras, quanto mais complexa for esta interação, mais “inteligente” será o indivíduo. As teorias piagetianas abrem campo de estudo não somente para a psicologia do desenvolvimento, mas também para a sociologia e para a antropologia, além de permitir que os pedagogos tracem uma metodologia baseada em suas descobertas.

Os dois pólos da atividade inteligente para PIAGET ASSIMILAÇÃO ACOMODAÇÃO EQUILIBRAÇÃO

Os estágios de desenvolvimento: SENSÓRIO-MOTOR: Vai do nascimento até cerca de 2 anos. As ações estão centradas no próprio corpo (egocentrismo). PRÉ- OPERACIONAL: Dos 2 aos 6/7 anos. O pensamento se organiza e a criança fica menos centrada em si. Ainda não há reversibilidade. OPERAÇÕES CONCRETAS:Dos 6/7 até 11/12 anos. Verifica-se uma descentração progressiva em relação à perspectiva egocêntrica que caracterizava a criança até então. Há reversibiliade. OPERAÇÕES FORMAIS: Dos 11/12 anos em diante, até a vida adulta. capacidade de raciocinar com hipóteses verbais e não apenas com objetos concretos. Trata-se do pensamento proposicional, por meio do qual o adolescente, ao raciocinar, manipula proposições.

Lev S.Vygotsky Advogadoe psicólogo Russo Morreu de tuberculose com menos de 40 anos Ainda é um teórico muito atual

A construção do ser para Vygotsky... Para Vygotsky, a cultura molda o psicológico, isto é, Determina a maneira de pensar. Pessoas de diferentes culturas têm diferentes perfis psicológicos. As funções psicológicas de uma pessoa são desenvolvidas ao longo do tempo e mediadas pelo social, através de símbolos criados pela cultura.

Zonas de Desenvolvimento Zona de Desenvolvimento Real Zona de Desenvolvimento Proximal ou Potencial

O brincar para Vygotsky Os elementos fundamentais da brincadeira são: a situação imaginária, a imitação e as regras. Segundo ele, sempre que brinca, a criança cria uma situação imaginária na qual assume um papel, que pode ser, inicialmente, a imitação de um adulto observado. Assim, ela traz consigo regras de comportamento que estão implícitas e são culturalmente constituídas. Num momento posterior, a criança se afasta da imitação e passa a construir novas combinações e, também, novas regras. A criança transita do domínio das situações imaginárias para o domínio das regras.

Piaget x Vygotsky: diferenças Piaget acredita que a aprendizagem subordina-se ao desenvolvimento e tem pouco impacto sobre ele. Com isso, ele minimiza o papel da interação social. Segundo Piaget, o pensamento aparece antes da linguagem, que apenas é uma das suas formas de expressão. A formação do pensamento depende, basicamente, da coordenação dos esquemas sensório motores e não da linguagem.Esta só pode ocorrer depois que a criança já alcançou um determinado nível de habilidades mentais, subordinando-se, pois, aos processos de pensamento. A linguagem possibilita à criança evocar um objeto ou acontecimento ausente na comunicação de conceitos. Vygotsky, ao contrário, postula que desenvolvimento e aprendizagem são processos que se influenciam reciprocamente, de modo que, quanto mais aprendizagem, mais desenvolvimento. Pensamento e linguagem são processos interdependentes, desde o início da vida. A aquisição da linguagem pela criança modifica suas funções mentais superiores: ela dá uma forma definida ao pensamento, possibilita o aparecimento da imaginação, o uso da memória e o planejamento da ação. Neste sentido, a linguagem, diferentemente daquilo que Piaget postula, sistematiza a experiência direta das crianças e por isso adquire uma função central no desenvolvimento cognitivo, reorganizando os processos que nele estão em andamento. 

Henri Wallon Wallon era formado em Medicina. Suas primeiras publicações tinham um caráter psiquiátrico, mas aos poucos ele foi se interessando pela infância e pela educação.

A psicogenética de Wallon “Wallon dedicou-se ao estudo do psiquismo humano, situando-o numa perspectiva genética. O projeto de sua psicogenética é o estudo da pessoa completa, considerada em suas relações com o meio (contextualizada) e em seus diversos domínios (integrada).” (Galvão, Izabel)

Wallon não privilegia um único aspecto do desenvolvimento As três dimensões da vida psíquica: Motora, Afetiva, Cognitiva. Temas centrais: EMOÇÃO MOVIMENTO INTELIGÊNCIA PERSONALIDADE Wallon não privilegia um único aspecto do desenvolvimento

HOMEM: GENENTICAMENTE SOCIAL “A possibilidade de atender simultaneamente à formação do indivíduo e à construção da sociedade repousa num princípio central da psicologia walloniana – a reciprocidade de ação entre o ser vivo e seu meio. No caso do ser humano, o meio social sobrepõe-se ao meio físico e biológico e é responsável pelo nascimento do psiquismo da criança; por isso a definição walloniana do homem como ser GENETICAMENTE SOCIAL”. (Galvão, Izabel) HOMEM: GENENTICAMENTE SOCIAL

A importância do coletivo Wallon valoriza o trabalho coletivo na sala de aula, o desenvolvimento da cooperação em detrimento da competição. Valoriza o professor como elemento responsável pela unidade do grupo. A importância do coletivo

As fases do Desenvolvimento para Wallon 1ª) FASE IMPULSIVA/ EMOCIONAL (0-1 ano): A criança tem forte ralção com a mãe. 2ª.) FASE SENSÓRIO MOTORA (1-3 anos): Fase do andar e da exploração espacial. 3ª.) FASE DO PERSONALISMO (3-6 anos): Fase da rejeição, da sedução e da imitação. 4ª.) FASE CATEGORIAL (6-11 anos): Fase da objetividade nas escolhas. 5ª.)FASE DA PUBERDADE (Após 12 anos): Fase da sexualidade e auto-afirmação. As fases do Desenvolvimento para Wallon

QUADRO COMPARATIVO:

Sua visão de homem, indicará uma determinada concepção de aprendizagem Sua visão de homem, indicará uma determinada concepção de aprendizagem. Qual o enfoque deverá nortear a sua prática docente?

A concepção de homem deve hoje estar comprometida com: 1) A construção do conhecimento, através de uma visão da relação sujeito-objeto, em que se afirma, ao mesmo tempo, a objetividade e a subjetividade do mundo, esta considerada como um momento individual de internalização daquela;

2) A realidade concreta da vidas dos alunos, vendo-os como atores de sua própria história; 3) A responsabilidade do processo educacional na formação da cidadania, valorizando as questões do saber pensar, saber criar, saber agir e saber falar na prática pedagógica;

4) A atividade realizada na prática social, levando-se em consideração que é dessa prática que provém o conhecimento, e que ele se dá como um empreendimento coletivo; 5) A diversidade da educação, questionando valores pessoais e sociais, submersos nos atos da escolha e da decisão do indivíduo.

6) A construção na rede de subjetividade que é tecida em diferentes momentos na escola e por ela; 7) O planejamento e a efetivação do projeto-político pedagógico da escola em termos de sua finalidade, considerando os princípios que o sustentam, portanto, a filosofia da educação, que o fundamenta, e as demais áreas que o articulam.

Bibliografia: DAVIS, Cláudia e OLIVEIRA, Zilma. Psicologia na educação. SP: Cortez, 1994. Freire, Paulo. Pedagogia do Oprimido. RJ: Paz e Terra, 1987. GRINSPUN, Mirian P. Orientação Educacional: Conflitos de Paradigmas e Alternativas.SP: Cortez, 2011. LÉVY, Pierre. As tecnologias da inteligência. Capítulos 7 e 8. Ed. 34:Rio de Janeiro, 1993. Vygotsky, Lev. A formação Social da Mente. SP:Martins Fontes, 1987. http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/ideias_20_p033-039_c.pdf, acesso em 21 de outubro de 2015.