A oferta e a demanda em condições de intervenções governamentais.

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Transcrição da apresentação:

A oferta e a demanda em condições de intervenções governamentais

É base da filosofia do liberalismo econômico, que advoga o funcionamento eficiente e a soberania do mercado, sem interferência do Estado. O Estado, segundo esta filosofia, deve se responsabilizar mais com a justiça, a paz, a segurança, e deixar o mercado resolver as questões econômicas fundamentais. Sistema de concorrência pura

 Grande simplificação da realidade;  O mercado sozinho não promove perfeita alocação de recursos, devido a quatro rações básicas vigentes na sociedade contemporânea: os problemas de poder de mercado, assimetria de informações, externalidades e bens públicos  Os preços podem variar não apenas devido ao mercado mas, em função de: - força de sindicatos ( através dos salários que remuneram os serviços de mão-de-obra); - poder de monopólios e oligopólios na formação de preços no mercado; - intervenção do governo (impostos, subsídios, tarifas, política salarial, fixação de preços mínimos, política cambial); -fatores externos. Críticas:

Essas críticas justificam a atuação governamental para complementar a iniciativa privada, regular alguns mercados e injustiças, bem como corrigir as ineficiências na alocação dos recurso escassos. Há muitos mercados, entretanto, que comportam-se como um sistema de concorrência pura. Ex. hortifrutigranjeiro.

Sistemas Econômicos - Síntese Propriedade Privada X Propriedade Pública Problemas econômicos fundamentais resolvidos pelo mercado pelo órgão central Mercado Centralizada Maior eficiência alocativa Maior equidade distributiva

Como conciliar essas duas evidencias? Pode-se discriminar duas formas alternativas de intervenção. 1. O governo pode tomar medidas que contrariem as leis do mercado ou 2. Pode tentar alcançar seus objetivos utilizando os mecanismos de mercado.

Suponhamos que, numa situação de equilíbrio, o preço de mercado de uma tonelada de arroz seja R$ 600,00 como mostra o Gráfico 1. O arroz é um produto básico e, dado o baixo poder aquisitivo da população, o governo considera que o preço está muito elevado.

Por circunstâncias políticas, o governo pode decretar um tabelamento de preço ao nível R$ 400,00, abaixo do preço de equilíbrio. Isso provoca um desequilíbrio, dado que as quantidades demandadas serão maiores que as ofertadas. Como irá funcionar o mercado nessa situação de déficit?

Primeira alternativa de intervenção Podemos considerar duas hipóteses 1. Consumidores e produtores ignoram o tabelamento e o excesso de demanda força o retorno do preço ao nível de equilíbrio. 2. O preço tabelado passa a ser praticado, em função de rigorosa fiscalização e repressão por parte do governo. Mesmo assim, para contornar o déficit de produto é necessário algum tipo de racionalização,  Seja, através de filas em que os últimos encontram as prateleiras vazias,  Seja, por meio de distribuição de cupões de racionamento que permite a cada pessoa ou família adquirir, numa semana ou mês, determinada quantidade de produto.

Primeira alternativa de intervenção O racionamento é caracterizado como algo comum nas economias centralizadas, porém foram adotados, também, nos EUA e em países capitalistas europeus em períodos de guerras, pós-guerras e graves crises econômicas. A pratica mostra que os governos que utilizaram por longo prazo a alternativa que contraria as leis do mercado geralmente fracassaram, provocando distorções maiores.

Segunda alternativa: intervenção governamental utilizando os mecanismo de mercado ao invés de contrariar as leis do mercado. O país pode formar um estoque regulador do produto ou manter uma reserva cambial para adquirir esses produtos no exterior. O governo pode colocar à venda parte dos estoques ou reduzir as barreiras para estimular a importação do produto deficitário. A oferta dos estoques e a oferta externa se somaram à oferta vigente, deslocando a curva de oferta para a direita e rebaixando os preços, sem qualquer tipo de tabelamento.

Sistema de preços mínimos ou preço de suporte Da mesma forma que o governo toma decisões para proteger os consumidores, ele pode definir condições para proteger os produtores. Uma dessas políticas é o sistema de preços mínimos ou preço de suporte, utilizando os estoques reguladores. Essa política é um elemento básico da ação governamental da maioria dos países principalmente na agricultura

Embora possa ser influenciada negativamente por lobbies, que defendam, de forma corporativista, os interesses dos produtores rurais, essa política se justifica pelas seguintes razões: 1. A oferta de produtos agrícola é de natureza sazonal, havendo necessidade de formar estoques para atender a procura durante todo o ano; 2. A agricultura envolve altos riscos de perda da safra em função de irregularidade climática; 3. Os produtos agrícolas são normalmente bens essenciais e, portanto sua procura é de um modo geral inelástica.

A irregularidade da oferta e a inelasticidade da demanda se combinam para tornar os preços dos bens agrícolas profundamente instáveis, o que não interessa aos produtores nem aos consumidores. Por isso o governo pode intervir no mercado, comprando o produto quando a oferta é abundante e os preços tendem a ficar abaixo do preço mínimo, ou vendendo seus estoques, quando há escassez de oferta e os preços tendem a subir. O governo pode, alternativamente, financiar os agricultores para que eles próprios ou em cooperativas construam os silos para estocar seus produtos.

O governo pode atuar também do lado da oferta, seja desestimulando a produção diretamente, seja financiando a produção de produtos substitutos. Nos EUA e Europa ocidental, os governos chegaram a pagar subsídios para que os produtores reduzissem a área plantada de certos produtos com excesso de oferta. No Brasil dos tempos de Getúlio Vargas, para sustentar o preço mínimo do principal produto de exportação –o café- o Governo implantou a política de compra. Os estoques cresceram tanto que, em alguns anos, tiveram que ser parcialmente incinerados ou jogados no mar. Essa política que parece irracional, do ponto de vista do senso comum, teria sua lógica na tentativa de reduzir a oferta e evitar a queda das receitas de exportação dada a relativa inelasticidade da procura de café.

O governo também pode tentar influenciar a atividade econômica especificas via política fiscal, cobrando tributos e concedendo subsídios. Consideremos o caso da incidência de um imposto sobre a produção. Observa-se na Tabela e no Gráfico, que o produtor e o consumidor estavam inicialmente dispostos a transacionar 6 toneladas a um preço de R$ 40,00 a tonelada. Com a decisão do governo de cobrar um imposto de R$ 20,00 por unidade vendida, o produtor agora está disposto a oferta a quantidade anterior a um preço R$ 20,00 maior, já que do preço unitário recebido R$ 20 vão para o governo. Portanto a curva de oferta se desloca para a esquerda e para cima, o que significa uma redução da oferta. Preço R$Quantidade ofertada em T. AntesDepois

O governo pode tentar influenciar a atividade econômica especificas via política fiscal, cobrando tributos e concedendo subsídios. Mantido constante os demais fatores ( Coeteris paribus), esse deslocamento altera o preço de equilíbrio. Agora, com os impostos o produtor estará vendendo 5 toneladas a um preço de R$ 50,00. O resultado será um aumento de preço de 40,00 para 50,00 (R$ 10,00) e uma redução da quantidades vendidas de 6 para 5 toneladas.

Quem realmente arca com o ônus do imposto? Preço R$Quantidade ofertada em T. AntesDepois Intuitivamente podemos pensar que o produtor repassa todos os tributos para o consumidor. Porém, na realidade a distribuição do ônus do imposto vai depender da elasticidade das curvas de oferta e de demanda no ponto de equilíbrio.

Quanto mais elástica seja a procura, uma maior parte do ônus do imposto será assumido pelo produtor. E quanto mais inelástica seja a demanda a maior parte do ônus recairá sobre o consumidor. Demanda elásticaDemanda inelástica O efeito de um subsídio é exatamente contrario ao de um imposto. Com o subsídio a oferta aumenta e a curva se desloca para a direita e para baixo. A distribuição do beneficio do subsídio, também, dependerá da elasticidade das curvas.

Exercício 1. No mercado local de filé de peixe, as quantidades de equilíbrio são Kg e o preço é R$ 1,50 por Kg como mostra a curvas de oferta e demandas iniciais. Suponha que os vendedores são tributados com uma taxa de R$ 1,00. Isso desloca a curva da oferta que passa a ser O’. 1. Por que ocorre o deslocamento? 2. Qual é o novo nível de equilíbrio? 3. Quanto de imposto incide sobre o consumidor? 4. Quanto de imposto incide sobre o produtor? 5. Qual é o total de imposto recebido pelo governo? Qual é a receita liquida do produtor?

Exercício Partindo das equações da oferta (P=60+2Q) e da procura (P=300-Q) consideremos o impacto de um aumento de tributos de R$ 30,00 por unidades. Como se altera o equilíbrio do mercado? O produtor consegue transferir para o consumidor o ônus do imposto? Como se distribuiu esse ônus? A arrecadação governamental para este caso será de quanto?

Exercício Partindo das equações da oferta (P=60+2Q) e da procura (P=300-Q), consideremos agora a hipóteses de concessão, por parte do governo, de um subsídio de R$ 30,00 por unidade. Como se comportaria o mercado? Quem, o produtor ou consumidor, e em quanto se beneficia do subsidio?

Exercício Grande parte da demanda de produtos agrícolas da Argentina vem de outros países. Por exemplo, a demanda total pelo trigo argentino é Q = P. Sabemos também que a demanda doméstica é Q d = P e a oferta doméstica é Q S = P. Suponha que a demanda por exportação de trigo sofra uma queda de 40%. a) Os agricultores argentinos estão preocupados com essa queda na demanda de exportação. O que deve acontecer com o preço do trigo argentino sob o livre mercado? Os agricultores têm razão de estar preocupados? b) Suponha que o governo argentino queira adquirir uma quantidade de trigo que seja suficiente para elevar seu preço até o nível de $3,50 por saca (27,2155 kg). Com essa queda na demanda da exportação, qual seria a quantidade de trigo que o governo teria que comprar a cada ano? Quanto isto custaria ao governo?

Dada a demanda agregada, Q = P, e a demanda doméstica, Q d = P, podemos obter a demanda de exportação por resíduo, Q e = P. O preço de equilíbrio inicial é obtido igualando-se a demanda agregada à oferta: P = P, ou P = $2,65. O melhor procedimento para tratar da queda da demanda de exportação em 40% é supor que a curva de demanda de exportação gira para baixo e para a esquerda em torno do intercepto vertical, de modo que a demanda diminui 40% para todos os preços, e o preço máximo que o país estrangeiro está disposto a pagar não se altera. A nova demanda de exportação é 0,6Q e =0,6( P)=926,4-105,6P. A demanda total passa a ser Q D = Q d + 0,6Q e = P + (0,6)( P) = 2626,4 – 212,6P. Igualando oferta agregada e demanda agregada, P = 2626,4 – 212,6P, ou P = $1,63, que corresponde a uma redução significativa do preço de mercado em relação ao preço de equilíbrio original de $2,65 por saca. A esse preço, a quantidade de equilíbrio é 2280,65 milhões de sacas. A receita total diminuiu de $6614,6 milhões para $3709,0 milhões. A maioria dos agricultores estaria preocupada.

b) Agora, suponha que o governo argentino queira adquirir uma quantidade de trigo que seja suficiente para elevar seu preço até o nível de $3,50 por saca. Com essa queda na demanda da exportação, qual seria a quantidade de trigo que o governo teria que comprar ? Quanto isto custaria ao governo? Para o preço de $3,50, o mercado não está em equilíbrio. As quantidades demandadas e ofertadas são Q D = 2626,4-212,6(3,5)=1882,3, e Q S = (3,5) = 2668,5. O excesso da oferta é, portanto, 2668,5-1882,3=786,2 milhões de sacas. O governo deve adquirir essa quantidade manter o preço em $3,5, e gastará $3,5(786,2 milhões) = $2751,7 milhões.