Profa. Ms. Raquel Pinheiro Niehues Antoniassi

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Transcrição da apresentação:

Profa. Ms. Raquel Pinheiro Niehues Antoniassi

Superação de mal-entendidos entre os profissionais; Contribuir para a promoção da uniformidade de conceitos e terminologias utilizados; Possibilitar a troca de informações nas discussões de pesquisas e no planejamento e execução de ações. A Organização Mundial de Saúde (OMS) publicou oficialmente, em 1980, o Manual de Classificação das Deficiências, Incapacidades e Desvantagens (CIDID), cujos objetivos eram:

DEFICIÊNCIA INCAPACIDADE DESVANTAGEM Principais Conceitos:

Refere-se a toda e qualquer perda, falta ou alteração de estrutura ou de função, temporária ou permanente, qualquer que seja sua causa.

Quando falamos de perda, falta ou alteração de estrutura, estamos nos referindo à ausência ou anormalidade de parte(s) do corpo, podendo ser membro (mão, braço, perna, etc.), órgão (olho, baço, etc.) ou tecido.

Portanto, estamos falando de algo que é orgânico, que é concreto, um fato inquestionável, uma realidade.

Quando falamos de alteração de função, estamos nos referindo à função de órgãos e à função cognitiva. E dizer que essas estão alteradas, em termos de deficiência, significa dizer que estão deficitárias.

Isso significa que uma pessoa pode nascer com uma deficiência ou adquiri-la ao longo de sua vida e, também, que uma deficiência não é necessariamente, algo estático e determinado. Outro aspecto importante é que as alterações de estrutura ou de função que caracterizam a deficiência podem ser temporárias ou permanentes, além de congênitas ou adquiridas.

São exemplos de deficiência: Deficiência física;Deficiência intelectual;Deficiência visual;Deficiência auditiva;Múltipla deficiência sensorial;Insuficiência renal crônica; etc.

A incapacidade surge como conseqüência direta de uma deficiência, seja essa de ordem psicológica (função cognitiva), física, sensorial ou outra. Portanto, a incapacidade refere-se a qualquer restrição decorrente de uma deficiência, da habilidade de desempenhar uma atividade considerada normal para o ser humano. Representa a objetivação da deficiência e reflete os distúrbios da própria pessoa, nas atividades e comportamentos essenciais à vida diária.

Ela pode ser temporária ou permanente, reversível ou irreversível e progressiva ou regressiva.

DEFICIÊNCIAINCAPACIDADE Deficiência visual decorrente, por exemplo, de lesão no nervo óptico O não enxergar Deficiência física decorrente, por exemplo, de lesão medular O não andar Deficiência física decorrente, por exemplo, de lesão cerebral Déficit do controle motor sobre membros superiores e inferiores Deficiência intelectual decorrente, por exemplo, de síndrome genética Déficit no raciocínio abstrato Deficiência física decorrente, por exemplo, de fratura nos membros inferiores (pernas) O não andar

Diz respeito ao prejuízo para um determinado indivíduo, como conseqüência de uma deficiência e/ou de uma incapacidade que o limita ou o impede de desempenhar um papel que esteja de acordo com a sua idade e sexo e com os fatores sociais e culturais.

Caracteriza-se pela diferença entre o rendimento do indivíduo e suas próprias expectativas e/ou as do grupo a que pertence.

DEFICIÊNCIAINCAPACIDADEDESVANTAGEM Deficiência visual decorrente, por exemplo, de lesão no nervo óptico O não enxergarLeitura, escrita, locomoção autônoma, etc. Deficiência física decorrente, por exemplo, de lesão medular O não andarPrática de esportes, locomoção autônoma, etc. Deficiência física decorrente, por exemplo, de lesão cerebral Déficit do controle motor sobre membros superiores e inferiores Escrita, locomoção autônoma, assumir cuidados de higiene pessoal, etc. Deficiência intelectual decorrente, por exemplo, de síndrome genética Déficit no raciocínio abstratoAssumir cuidados de higiene pessoal, aprendizagem, ter amigos, etc. Deficiência física decorrente, por exemplo, de fratura nos membros inferiores (pernas) O não andarPrática de esportes, locomoção autônoma, etc.

Quando falamos de desvantagem, falamos sempre de desvantagem em relação a algo ou a alguém, ou seja, sempre de modo comparativo. Sendo assim, diferentemente da deficiência e da incapacidade, que são concretas e objetivas, a desvantagem é relativa.

Enquanto a deficiência e a incapacidade estão caracterizadas pela própria pessoa que as possui, a desvantagem surge na relação desse indivíduo com o seu meio ambiente. A desvantagem reflete a interação do indivíduo com o meio, está relacionada à socialização da deficiência e às dificuldades nas habilidades de sobrevivência.

INCAPACIDADE meio físico (pessoa) DESVANTAGEM meio social (sociabilidade) DEFICIÊNCIA meio interno (órgãos)

DOENÇA OU DISTÚRBIO: situação intríseca DEFICIÊNCIA: exteriorização INCAPACIDADE: objetivação DESVANTAGEM: socialização

Tais diferenças conceituais permitem- nos compreender que nem tudo que parece ser causado por uma deficiência é conseqüência direta dela ou somente dela, ou seja, muitas coisas que consideramos serem causadas pela deficiência são, na verdade, causadas pela forma como nos relacionamos com ela ou com a pessoa que a tem.

intervenções individuais até planos de ação em políticas sociais Outro aspecto é que essa diferenciação possibilita maior clareza sobre o que podemos intervir e de que forma, o que favorece desde intervenções individuais até planos de ação em políticas sociais.

a superação de questões conceituais pode facilitar a promoção de outras ações, trazendo benefícios tanto a esse grupo de pessoas quanto à comunidade em geral Considerando os aspectos aqui estudados, entende-se que a terminologia científica é importante e necessária para que o grupo de pessoas que apresenta deficiências receba maior atenção, pois a superação de questões conceituais pode facilitar a promoção de outras ações, trazendo benefícios tanto a esse grupo de pessoas quanto à comunidade em geral.