Trabalho de casa de Matemática e variáveis motivacionais da aprendizagem auto-regulada Baldaque, M.*; Mourão, R.*; Guimarães, C.**; Rosário, P.*; Costa,

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Transcrição da apresentação:

Trabalho de casa de Matemática e variáveis motivacionais da aprendizagem auto-regulada Baldaque, M.*; Mourão, R.*; Guimarães, C.**; Rosário, P.*; Costa, M.*; Lourenço, A.* ; Salgado, A.*; Núñez, J.C.****; González-Pienda, J.****; Valle, A.*****; Trigo, L.***; Paiva, M. O.*; Magalhães, C.*; Santos, L.*; * Departamento de Psicologia, Universidade do Minho; ** Departamento de Psicologia, Universidade da Beira Interior; *** Departamento de Psicologia, Universidade Católica Portuguesa; **** Departamento de Psicologia, Universidad de Oviedo; ***** Departamento de Psicologia Evolutiva e da Educación, Universidad de A Coruña Este estudo foi financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, Portugal (PTDC/CED/66503/2006). Agradecimento: este trabalho foi possível com o subsídio de investigação concedido pelas empresas FUSTE e Têxtil Manuel Gonçalves. Os desenhos são da autoria de Ricardo Roque Martins. Correspondência: Universidade do Minho. Departamento de Psicologia. Campus de Gualtar. P-4710 Braga (Portugal). Introdução Objectivos Desenho Junto dos professores e no espaço temporal do intervalo entre dois testes de Matemática do segundo período do ano lectivo foram recolhidas informações sobre as tarefas de TPC prescritas. Por cada TPC marcado no período de tempo da investigação, os alunos completaram em casa um inquérito sobre as tarefas do TPC em questão. Estes eram recolhidos e guardados em envelope próprio, no início da aula subsequente, por um aluno da turma designado como responsável pela tarefa. Questionários centrados na Matemática foram aplicados aos alunos para avaliar a Auto- eficácia e a Auto-regulação nesta disciplina. Racional teórico  Entendemos por TPC (Trabalhos de Casa): Tarefas prescritas pelos professores aos alunos que se destinam a ser realizadas fora do horário escolar e, portanto, sem orientação directa do professor durante a sua realização (Cooper, 2001). Participantes De entre as ferramentas instrutivas, os trabalhos de casa (TPC) são o recurso mais generalizado e utilizado em escolas de todo o mundo. Estudos realizados nas últimas décadas têm chamado a atenção para o peso e importância de variáveis de carácter processual impactantes nos TPC. No presente estudo, realizado com alunos do 2.º Ciclo do Ensino Básico, é analisado o papel predictor de algumas variáveis motivacionais (e.g., auto-eficácia e auto-regulação da aprendizagem) do aproveitamento em Matemática.  Implicações Educativas da Auto-regulação da Aprendizagem: Atribuição de um papel activo ao aluno Ensino de estratégias de auto-regulação da - aprendizagem e sua metodología Monitorização do processamento da informação e dos resultados escolares O completamento das tarefas de TPC prescritas, a instrumentalidade percebida pelo aluno nessas mesmas tarefas, assim como o controlo do TPC por ele percebido são variáveis igualmente analisadas neste trabalho, no sentido de conhecer o seu valor explicativo face às já mencionadas variáveis motivacionais. Os dados do estudo realçam que o rendimento em Matemática é explicado quer pelas variáveis motivacionais quer pelas variáveis de TPC tomadas, sublinhando assim a importância de todas elas na promoção do sucesso escolar.  Definimos auto-regulação como: “Processo activo em que os sujeitos estabelecem objectivos que norteiam a sua aprendizagem tentando monitorizar, regular e controlar a sua cognição, motivação e comportamentos com o intuito de os alcançar” (Rosário, 2004, p.37).  TPC como oportunidade para: Centrar a responsabilidade do processo de aprendizagem do aluno, atribuindo-lhe um papel activo Treinar de forma explícita as estratégias de auto-regulação da aprendizagem Promover e praticar a monitorização do processo e a auto-reflexão sobre os produtos alcançados. Referências  Analisar o poder predictor das variáveis Auto-eficácia a Matemática e Auto-regulação da Aprendizagem no rendimento académico centrado no domínio (Matemática)  Avaliar o poder explicativo das variáveis de TPC - Completamento das Tarefas, Instrumentalidade Percebida e Controlo Percebido das Tarefas - sobre as variáveis motivacionais consideradas (e.g., Auto-eficácia a Matemática e Auto-regulação da Aprendizagem). 794 alunos distribuídos por 30 turmas de 12 escolas públicas portuguesas. Todos os alunos frequentavam o 2.º Ciclo do Ensino Básico. Destes, 419 frequentavam o 5.º ano de escolaridade e 375 o 6.º ano. Na amostra tomada, 51, 3 % dos alunos eram do sexo masculino e 48,7% eram do sexo feminino. As idades dos alunos estavam compreendidas entre os 9 e os 14 anos (M=11 anos, DT=.88).  Auto-eficácia em Matemática – Avaliada com a pergunta: “Nesta disciplina sou um(a) aluno(a)… “, com 4 alternativas de resposta entre 1 (fraco)… 4 (muito bom).  Processos de auto-regulação da aprendizagem – Avaliados através do Inventário de Processos de Auto-regulação da Aprendizagem (Rosário et al., 2006, 2007), instrumento com 12 itens representativos das três fases do processo de auto-regulação da aprendizagem, baseado no modelo de Zimmerman (2000).  Rendimento académico na disciplina de Matemática – avaliado a partir das notas atribuídas aos alunos no final do segundo período. Resultados Medidas e variáveis Variáveis motivacionais e de rendimento  Associações positivas e estatisticamente significativas entre as variáveis de TPC, o rendimento académico e a auto-regulação da aprendizagem.  Aumento do rendimento na medida em que: Aumentam os níveis de auto-eficácia percebida na Matemática; Aumenta a percepção de correcção dos TPC; Há incremento da taxa de completamento dos TPC.  Taxa de completamento dos TPC – Número total de TPC completados face ao n.º de TPC realizados  Instrumentalidade dos TPC – 6 questões referentes à utilidade percebida do TPC para o a rendimento em Matemática. Likert 5 alternativas 1(nada útil) a 5 (muito útil).  Controlo percebido – Avaliado com as perguntas: “O professor ficou a saber quem fez o último TPC” e “O professor corrigiu o último TPC” Cooper, H. (2001). The battle over homework: Common ground for Administrators, Teachers, and Parents. California: Corwin Press. Rosário, P. (2004). Estudar o estudar – (Des)venturas do Testas. Porto: Porto Editora. Rosário, P., Mourão, R., Núñez, J.C., González-Pienda, J., & Valle, A. (2006). SRL and EFL homework: gender and grade effects. Academic Exchange Quarterly, 10(4), Zimmerman, B.J. (2000). Attaining self-regulatio. A social cognitive perspective. In M. Boekaerts, P. Pintrich, & M. Zeidner (Eds.), Handbook of self-regulation. New York (pp ). San Diego: Academic press. Variáveis de TPC