AMÉRICA PORÇÃO NORTE 8º Ano

Canadá Ponto de vista demográfico Motivos do vazio demográfico: clima polar, solos gelados, terras improdutivas e áreas de montanhas rochosas Motivos da concentração demográfica: fronteira com os Estados Unidos, clima favorável à fixação humana, áreas industriais próximas a região dos Grandes Lagos e o vale do Rio São Lourenço (navegação, ligação entre o conjunto dos grandes lagos e o oceano Atlântico)

Do ponto de vista do povoamento e da linguística Há diferenças entre as províncias canadenses destaca-se da Quebec das outras regiões, onde predominou a colonização francesa que determinou o idioma, a cultura e as tradições. Gera a questão da emancipação dessa província

Ponto de vista econômico As áreas cultiváveis são pequenas, principalmente o norte deste país não são aproveitadas para o cultivo devido ao clima polar, solos gelados, terras improdutivas e áreas de montanhas rochosas. O que justifica estar entre os dez maiores produtores mundiais de trigo e soja é a produção moderna com o uso de máquinas e tecnologia.

EUA em cinco regiões geoeconômicas.

Industrialização antiga e tradicional, a região Nordeste é conhecida como manufacturing belt (cinturão industrial) em razão da grande concentração de fábricas. Destacam-se a siderurgia e as indústrias química, metalúrgica, automobilística e eletrônica. Nessa região estão situados a capital, Washington, e o principal centro econômico-financeiro do país, a cidade de Nova York. Próximo às grandes cidades desenvolvem-se cultivos de hortaliças, pecuária leiteira (conhecida como dairy belt, cinturão dos laticínios) e uma moderna avicultura.

Desenvolve-se na região sul a fruticultura, fruit belt, com destaque para a produção de laranja, na Flórida. Também há grandes plantações de arroz, tabaco e cana-de-açúcar. São encontrados : petróleo, explorado principalmente no estado do Texas; o gás natural, chumbo, ouro e zinco. As principais indústrias são a petroquímica, a têxtil e a alimentícia, que constituem uma área de industrialização recente conhecida como Sun belt (cinturão do Sol), além das duas importantes bases espaciais Base de Cabo Kennedy, na Flórida, e Houston, no Texas.

Considerada o celeiro agrícola dos Estados Unidos, as planícies centrais se destaca com a produção de trigo, wheat belt, e de milho, corn belt. Nessa região a agricultura é altamente mecanizada e emprega pouca mão-de- obra. A ciência e a tecnologia estão à disposição dos agricultores, permitindo alto rendimento e grandes colheitas. Essa região conta com poucas indústrias, sobressaindo a química, a siderúrgica e a automobilística.

Destacam-se na região oeste a pecuária bovina de corte, o cultivo irrigado de frutas (figura abaixo) e hortaliças, e a extração de minérios, assim como na maior parte do país, a agricultura é comercial, destinada a abastecer os mercados interno e externo. Praticada em médias e grandes propriedades, conta com pouca mão-de-obra e muito investimento de capital em tecnologia.

As atividades econômicas na Costa do Pacífico são praticadas em uma estreita faixa de terra situada entre o litoral do Oceano Pacífico e a Cadeia da Costa. Além de desenvolver a fruticultura irrigada e a extração de petróleo, a região detém um importante parque industrial, conhecido como Vale do Silício, onde estão as indústrias de alta tecnologia, principalmente de informática e de telecomunicações, conhecida por desenvolver modelos acessíveis de financiamento, para projetos de tecnologia, os chamados Startups Companies (empresas iniciantes de tecnologia). Tem grande importância geoestratégica para os Estados Unidos, pois está mais próxima dos mercados asiáticos - os que mais crescem na economia global.

México No México, a industrialização, teve forte participação externa. As indústrias maquiladoras se concentram no território mexicano, na fronteira. O papel dos Estados Unidos nesse processo é usufruir da mão-de-obra barata.

Nicholas Brady, ex-secretário do Tesouro norte-americano, elaborou na década de 80 o Plano Brady, que ajudou a resolver a crise da dívida da América Latina na década passada. A crise ameaçava o sistema bancário dos EUA, credor da dívida. Um dos países para o qual esse Plano foi mais efetivo tornou-se parceiro econômico dos EUA em uma organização importante dentro da nova ordem mundial, destacando NAFTA entre EUA, México e Canadá.

Os EUA, a maior economia do mundo, exercem uma influência sobre os seus vizinhos membros do acordo regional em questão, de modo que as economias de Canadá e México encontram-se bastante dependentes dos estadunidenses, embora essas relações de dependência expressem-se de maneiras distintas. O Canadá absorve quase 80% de suas exportações, tanto é que boa parte das indústrias situadas no território canadense encontra-se em áreas próximas à fronteira com os EUA. Todavia, é importante considerar que o Canadá é um país desenvolvido, com um alto desenvolvimento humano e que, inclusive, desalinha- se dos estadunidenses em várias posições e perspectivas geopolíticas. O México, é bastante dependente dos Estados Unidos, apresentando, contudo, uma grande desvantagem em termos de balança comercial, pois seus produtos possuem menos tecnologia agregada e, por isso, saem mais baratos do que aqueles importados pelo vizinho do norte. Além disso, no México, há uma grande internacionalização de suas indústrias, haja vista que boa parte delas é de origem estadunidense, principalmente as chamadas maquiladoras, que se situam nas áreas de fronteiras entre os dois países. Essas fábricas são uma espécie de montadoras de produtos cujas peças foram produzidas em outras partes do mundo. Elas se aproveitam do baixo custo da mão de obra mexicana para reduzir os custos de produção, além da proximidade entre os dois países, o que barateia os gastos com transporte.