Estudo comparativo do efeito protetor e dos eventos adversos da vacina contra influenza em idosos vacinados pela rede pública e privada no município de.

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Transcrição da apresentação:

Estudo comparativo do efeito protetor e dos eventos adversos da vacina contra influenza em idosos vacinados pela rede pública e privada no município de Tubarão - SC (PMUC), Saúde Coletiva. Introdução Muitos estudos têm demonstrado o impacto da vacinação contra a influenza na prevenção de internações e mortes por pneumonias e outras doenças, tanto em idosos saudáveis como em populações de risco, particularmente em períodos de maior circulação do vírus. Contudo, outros estudos demonstraram resultados inesperados, em que a incidência de infecção respiratória aumentou após as campanhas de vacinação. Assim, um estudo sobre o efeito protetor da vacina contra o influenza na população idosa em Tubarão, traz resultados que ajudam a mostrar qual o real impacto/eficácia dessa vacina nessa população. Além disso, no Brasil, há poucos trabalhos publicados que apresentam dados a respeito de reações adversas da vacina contra influenza. Esses efeitos são, também, outra queixa comum da população, fato esse, que acredita-se contribuir com as baixas coberturas vacinais. Objetivos Investigar e comparar a incidência de eventos adversos e do efeito protetor da vacina contra influenza em idosos vacinados pela rede pública e privada no município de Tubarão – SC, durante o período de inverno no ano de Medir o efeito protetor da vacina contra influenza entre idosos vacinados pela rede pública. Metodologia Foi realizado um estudo de coorte durante os meses de abril a setembro em idosos com idade igual ou superior a 60 anos, residentes de Tubarão, que receberem a dose da vacina contra influenza nos postos de saúde do SUS e em hospital privado nos meses de abril e maio de Os indivíduos do grupo de vacinados (300) foram contatados por telefone após um período de sete a quinze dias da vacinação, para serem questionados a respeito da ocorrência de reações adversas. O grupo controle foi formado por 52 idosos que freqüentavam os postos de saúde, e não receberam a vacina. Todos os participantes foram entrevistados e acompanhados prospectivamente em relação à ocorrência de sintomas gripais (febre, mal estar, mialgia, calafrios, cefaléia, secreção nasal, dor de garganta, tosse, dor no peito e dor ao mover os olhos). Resultados A incidência de eventos adversos pós-vacinais foi de 22,33%, sendo mal estar o sintoma mais relatado (12%). Os resultados deste trabalho mostraram que não houve uma diferença significativa entre a incidência de eventos adversos entre idosos vacinados SUS vs vacinados rede privada (Figura 1). Em relação ao efeito protetor da vacina, dentre os sinais e sintomas respiratórios relatados nos indivíduos vacinados, no inverno de 2008, a tosse foi o sinal mais frequente (33%), sendo significativo (p=0.0158) perante o grupo de não vacinados. Portanto, houve diferença significativa entre idosos vacinados pelo SUS e não vacinados quando comparados em relação a apresentação de pelo menos um sintoma respiratório durante os meses de inverno (Figura 2). Conclusões → A vacina contra o influenza pode ser considerada pouco reatogênica, considerando que apesar de 22,33% dos indivíduos vacinados em Tubarão, no ano de 2008, terem apresentado pelo menos um evento adverso pós-vacinal, estes foram sintomas brandos. → Não houve diferença significativa em relação aos eventos adversos entre os idosos vacinados pela rede pública e rede privada no município de Tubarão. → Os idosos vacinados tiveram mais chances de apresentar pelo menos um dos sintomas respiratórios investigados durante os meses de inverno do que os não vacinados, RR=1,125 ( ), p=0, Bibliografia ● CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION (CDC). Prevention and control of influenza: recommendations of the Advisory Committee on Immunization Practices (ACIP). MMWR Morb Mortal Wkly Rep 2000; 49( RR-3): ● DONALÍSIO, M. R; RAMALHEIRA, R. M; CORDEIRO, R. Eventos adversos após vacinação contra influenza em idosos, Distrito de Campinas, SP, Revista Brasileira de Medicina Tropical. jul - ago Figura 1: Incidência de eventos adversos em idosos vacinados contra o influenza pela rede pública e privada. * Figura 2: Incidência de sinais e sintomas respiratórios apresentados durante os meses de inverno por idosos vacinados e não vacinados contra o influenza. Apoio Financeiro: Unisul e FAPESC Pereira, T. S.S.; Freire, A. T.; Braga, A. D.; Pereira, G.W.; Blatt, C.; Borges, A. A. PMUC. Curso de Medicina, campus Tubarão.