UM MUNDO E VÁRIAS TEORIAS: A MULTIPLICIDADE DE TEORIAS DAS RI NO MUNDO ATUAL SNYDER, JACK. ONE WORLD, RIVAL THEORIES. FOREIGN POLICY, N 145, 2004. TRI.

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Transcrição da apresentação:

UM MUNDO E VÁRIAS TEORIAS: A MULTIPLICIDADE DE TEORIAS DAS RI NO MUNDO ATUAL SNYDER, JACK. ONE WORLD, RIVAL THEORIES. FOREIGN POLICY, N 145, TRI II Profa. Aline Borghi

UM MUNDO, TEORIAS DIVERGENTES Qual das perspectivas teóricas das Relações Internacionais se deve utilizar para analisar determinado fenômeno internacional? Não existe uma única teoria para explicar os fenômenos internacionais. Os acontecimentos que definem a política internacional devem ser explicados pelo conjunto das teorias das Relações Internacionais, e não pela aplicação de um único esquema teórico conceitual.

UM MUNDO, TEORIAS DIVERGENTES Qual é a utilidade prática para o estudo das teorias de Relações Internacionais? As abordagens teóricas do realismo, do liberalismo e do construtivismo não são obrigadas a predizer o futuro Suas contribuições estariam na sua capacidade de prover uma base conceitual para a formulação de perguntas instigantes que mostrasse aos formuladores e analistas de política internacional a complexidade das mudanças políticas, econômicas, culturais e sociais atualmente em curso neste início de século XXI.

UM MUNDO, TEORIAS DIVERGENTES Após apresentar as características básicas do realismo, do liberalismo e do construtivismo, o autor defronta essas teorias com alguns acontecimentos que moldam o atual cenário mundial As teorias também encontram dificuldades para explicar a complexidade das mudanças internacionais. Eventos: 11 de setembro, a guerra global contra o terror, as Guerras do Iraque e do Afeganistão, a emergência da China, o conceito de exportação de democracia, os direitos humanos e os movimentos radicais islâmicos são colocados diante do ferramental teórico disponibilizado por aquelas teorias.

UM MUNDO, TEORIAS DIVERGENTES Nenhuma dessas abordagens pode realmente explicar as mudanças destes tempos turbulentos. Os realistas falharam ao não conseguiram prever o fim da Guerra Fria. A teoria liberal da paz democrática funciona somente para aquelas situações em que a democracia já está consolidada, mas falha na previsão sobre qual seria o momento mais adequado para Estados implementarem sua transição democrática. Construtivistas podem ter sucesso para descrever mudanças baseadas em normas e ideias, mas não explicam a influência do poder material e das instituições sobre o nascimento de novos valores e ideias.

UM MUNDO, TEORIAS DIVERGENTES Estudos relacionados à prospecção estratégica? Os fenômenos internacionais não podem ser analisados utilizando-se as lentes de uma única teoria. Há que se usar lentes de cores variadas, cada cor representado as diferentes perspectivas teóricas das Relações Internacionais. Como construir uma ordem internacional, reconhecendo mutuamente a soberania dos Estados, preservando as liberdades e com regras comuns?

REALISMO Estados, motivados por seus próprios interesses, concorrem por poder e segurança Estados compartilham do mesmo comportamento, independente do tipo de governo Ênfase no poder militar e negociações entre Estados Não há um destaque para as mudanças nas RI e se desconsidera que a legitimidade pode justificar o poder militar

REALISMO Explicações da teoria para o mundo pós- 11/09: Por que os EUA responderam de modo agressivo aos “ataques terroristas”; a falta de habilidade das OIs em limitar a superioridade militar Falhas da teoria em explicar o mundo pós-11/09: Desconsiderava a importância de outros atores internacionais, como a Al Qaeda.

LIBERALISMO Promoção da democracia, integração econômica em nível global, OIs fortalecem valores democráticos e de paz Estados, Ois e interesses comerciais Falhas: entendimento de que os regimes democráticos sobrevivem apenas se forem garantidos por segurança e poder militar Liberais esquecem-se que frequentemente as transições para regimes democráticos são violentas.

LIBERALISMO Como a promoção da democracia no mundo se tornou uma parte integrante das estratégias de segurança internacional dos EUA Por que os EUA falharam em trabalhar com outras sociedades democráticas por meio de OIs