Autores:   Stéfani Tainá Belortti Graduanda, UNIP, Brasil. Rafael Marçal

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Planejamento e Gestão: Implantação dos Planos Municipais de Saneamento Básico Luiz Antônio Castro dos Santos.
Advertisements

TARIFA SOCIAL DOS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO NO DISTRITO FEDERAL CONGRESSO ABAR 2015 Brasília 18 de agosto de 2015 Cássio.
POLÍTICA PÚBLICA DE SANEAMENTO BÁSICO NO BRASIL Instituto de Economia – UFRJ Escola Nacional de Saúde Pública – ENSP/FIOCRUZ Autor: Yuri Ferreira Coloneze.
Palestra: A importância do fortalecimento do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável – SISAN José Valverde Machado Filho 22/08/2016.
PCMAT - Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho Objetivo (Porque fazer ):  Estabelecer diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e.
EIXO TEMÁTICO: PLANEJAMENTO E GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS A evolução dos indicadores de saneamento de Niterói e de São Gonçalo Lydyanne Barbosa dos Santos.
STATUS DA GESTÃO DO CONHECIMENTO NA UEPG Profa. Eliane Rauski Profa. Claudia Muller Profa. Eliane Rauski – NUTEAD/UEPG.
Conjuntos Programas, Ações e Atividades EstadoDireitoCidadaniaSeguimento Social, Cultural, ou Econômico. Políticas.
Bruno Joaquim Lima Rochele Amorim Ribeiro
DIREITO AMBIENTAL Política Nacional do Meio Ambiente-Lei 6938/1981 Estrutura do SISNAMA: Art. 6º - Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito.
PRIMEIRA OFICINA REGIONAL
ANA BEATRIZ Nº1/DIANA Nº4/ISABELLA Nº11/LARISSA Nº15
Patrick Luan Ferreira dos Santos Regina Maria Monteiro de Castilho
Autores: Gislene Esquivel de Siqueira Renavan Andrade Sobrinho
Sistemas de Gestão Ambiental Principais Alterações
AUDIÊNCIA PÚBLICA 1º QUADRIMESTRE 2016.
Cynthia Alves Félix de Sousa
Análise do Programa de Pesquisa em Saúde e Saneamento da Funasa no Período de 2000 a 2016 Cibele Medeiros Brito Leite Cristine Diniz Santiago Filomena.
Sala de Situação e sua interface com o Relatório de Gestão Municipal
Saneamento Básico em Guanambi
47o CONGRESSO NACIONAL DA ASSEMAE
RELAÇÃO ENTRE OS FATORES DE RECURSOS DE CONSTRUÇÃO QUE AFETAM O CUSTO DO PROJETO Aluno: Michelle Kemper Campos de Melo Profª. Pastor Brasília, 2015.
Júlio César Teixeira - UFJF Carlos Henrique Moreira Vidigal - UFJF
Clínica Ampliada e Projeto Terapêutico Singular
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
Universidade Aberta do SUS- UNASUS
Michele Adriana Cintra Staub Orientadora Fabiana Ferreira Vargas
Melhoria da atenção à saúde da mulher: ações integrais promovendo a prevenção do câncer de colo uterino e de mamas na UBS 04 do município de Piripiri -
O Regimento da 6ª Conferência, aprovado pelo ConCidades, Resolução Normativa nº 19 de 18 de setembro de 2015, encontra-se disponível no sítio da Conferência.
Júlio César Teixeira - UFJF Gabriel Procópio da Fonseca - UFJF
AUDITORIA.
Orientadora: Christiane Lacerda Franco Rocha
OS PROBLEMAS NOS DADOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA EM PERIFERIAS METROPOLITANAS: O CASO DE SÃO GONÇALO, METRÓPOLE DO RIO DE JANEIRO Andreza Garcia de Gouveia.
UNIVERSIDADE ABERTA DO SUS
Elaboração de Projetos
MELHORIA DA ATENÇAO À SAÚDE DAS PESSOAS IDOSAS
47º CONGRESSO NACIONAL DA ASSEMAE Campinas/SP, 21 de junho de 2017.
Eliana de Fátima Baldissera Cobalchini
REFERENCIAIS COMPARATIVOS
Agência Nacional de Vigilância Sanitária Plano de Gerenciamento de Resíduos Documento que aponta e descreve as ações relativas ao manejo.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA MODALIDADE A DISTÂNCIA INVESTIGAÇÃO DOS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS.
A INFORMAÇÃO FAZ A DIFERENÇA.
Conceitos Demográficos
POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS.. O ESTADO E A SOCIEDADE.
Gestão e Gerenciamento dos Resíduos Sólidos
PAUTAS Elaboração do TCC Tipo de TCC Sala virtual de TCC.
OFICINA DE ELABORAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE (PMS/ )
ELABORAÇÃO DO PLANO DE EMERGÊNCIA
Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde
Saneamento: para qualidade de vida é a grande questão
Projeto Integrador 2017/1 Tema central Saneamento.
Planejamento da ação didática. Caminhão na ponte.
ATENÇÃO PRIMÁRIA Contratos de Gestão SMS-RIO.
Fundamentos do Psicodiagnóstico
Curso Programação Anual de Saúde e Relatório Anual de Gestão
IMPLANTAÇÃO DE SERVIÇOS DE PICS NO SUS
Planejamento Urbano e Plano Diretor
Maria Zilvaneide de Paula Lima
Universidade Aberta do SUS– UNASUS
Santa Catarina – Censo IBGE 2010
RECOLHA: COLETA DE RESÍDUOS SÓLIDOS RESULTADOS E DISCUSSÃO
PESQUISA EM ENSINO DE MATEMÁTICA
Thiago Augusto Maziero
A importância da Ed. Física no Desenvolvimento Motor na Escola Publica e na Escola Privada do Ensino Fundamental.
ESTUDO DE ABRANGÊNCIA NACIONAL COM DETALHAMENTO POR MUNICÍPIO
Planejamento Financeiro e Orçamentário
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.  O IBGE é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.  É o responsável pelos levantamentos e.
FONTE DA BICA E O MONITORAMENTO DA QUALIDADE DE SUAS ÁGUAS
Usos da Epidemiologia nos Serviços de Saúde: Sistemas de Informação e Indicadores de Saúde Thais B Santos.
Palestrante: RUBENS PEREIRA E SILVA JUNIOR
Transcrição da apresentação:

pesquisa sobre a implantação do plano de saneamento básico nas cidades da região dE Araçatuba. Autores:   Stéfani Tainá Belortti Graduanda, UNIP, Brasil. Rafael Marçal Professor Mestre, UNIP, Brasil Gislaine Bianchi Professora Especialista, UNIP, Brasil.  

INTRODUÇÃO O Saneamento Básico abrange um conjunto de ações que o homem estabelece para manter ou alterar o ambiente, no sentido de controlar doenças, promovendo saúde, conforto e bem-estar (ÁGUAS..., c2017). O conceito de saneamento básico sofreu diversas mudanças ao decorrer do tempo, já que antes o objetivo primordial era o afastamento dos resíduos, por exemplo, e não a eliminação total deles como é considerado hoje (PHILIPPI JR, GALVÃO JR., c2012). O desenvolvimento e a ampliação do conceito do Plano de Saneamento Básico só começaram em 2000 através da integração dos “serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem urbana e manejo de resíduos sólidos” como aponta Philippi Jr. e Galvão Jr. (c2012, p. 57-58). A falta de saneamento básico pode gerar desnutrição infantil e vários tipos de doenças, desde parasitoses, viroses, doenças bacterianas entre outras, sendo as crianças as mais atingidas (CARDOSO et al, 2010).

Para a Organização Mundial de Saúde, saneamento é : controle de todos os fatores do meio físico do homem, que exercem ou podem exercer efeitos nocivos sobre o bem estar físico, mental e social. De outra forma, pode-se dizer que saneamento caracteriza o conjunto de ações socioeconômicas que têm por objetivo alcançar Salubridade Ambiental (OMS). O governo estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico por meio do decreto 7217/2010. O mesmo decreto regulamenta a Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico. A partir da publicação da Lei 11.445/2007 – Lei de Saneamento Básico – todas as prefeituras terão obrigação de elaborar em seus municípios o PMSB (Plano Municipal de Saneamento Básico), garantindo assim a universalização dos serviços, ou seja, todos os cidadãos podem ter acesso a coleta e tratamento de esgoto e a água potável, por exemplo. Além disso, o PMSB deverá ser revisado em um período não superior a quatro anos.

O saneamento urbano pode ser definido como o conjunto de obras que promovam o saneamento no meio urbano e que compreende quatro grandes eixos: abastecimento de água; coleta, tratamento e disposição dos esgotos sanitários; drenagem e águas pluviais; e coleta, tratamento e disposição final de resíduos sólidos. Com base no Instituto Trata Brasil e no SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento) de 2012, a média nacional da população que possuem coleta de esgoto é de 48,3% e a média nacional do esgoto tratado é de 38,7% (TERA..., 2015). Mais da metade da população brasileira não possuem acesso a coleta e tratamento de esgoto. Há também uma parcela de brasileiros, cerca de 14 milhões de pessoas no ano de 2000, que não possuem rede de abastecimento de água e, aproximadamente, 39 milhões de cidadãos que não possuem as residências ligadas a redes coletoras de esgoto (LOBO, 2003). Sobre a elaboração do plano, é necessário o reconhecimento do território e das problemáticas presentes nele para, dessa forma, poder recolher todas as informações indispensáveis para executá-lo. O plano precisa atender os requisitos mínimos estabelecidos pela Lei nº. 11.445/2007 para ser aprovado, como apresenta a tabela 1 a seguir:

Fonte: PHILIPPI JR., GALVÃO JR, c2012. Tabela 1- Requisitos mínimos para a elaboração do conteúdo do PMSB de acordo com a Lei n. 11.445/2007. Requisito 1 Diagnóstico da situação e de seus impactos nas condições de vida, utilizando sistema de indicadores sanitários, epidemiológicos, ambientais e socioeconômicos e apontando as causas das deficiências detectadas. Requisito 2 Objetivos e metas de curto, médio e longo prazo para a universalização, admitidas as soluções graduais e progressivas, observando a compatibilidade com os demais planos setoriais. Requisito 3 Programas, projetos e ações necessárias para atingir os objetivos e as metas, de modo compatível com os respectivos planos plurianuais e com outros planos governamentais correlatos, identificando possíveis fontes de financiamento. Requisito 4 Ações para emergências e contingências. Requisito 5 Mecanismo e procedimentos para a avaliação sistemática da eficiência das ações programadas.

Após a elaboração do Plano de Saneamento Básico, é preciso que a Câmara Municipal o aprove para poder entrar em vigor, porém nem todos os municípios possuem o Plano conforme determina a Lei. Esses municípios podem estar deixando de efetuarem o saneamento básico como solicita a Lei e aqueles que possuem o Plano podem não estarem revisando-o no tempo determinado. O PMSB, após ser sancionado, poderá receber retorno da população para poder melhorar o que for necessário. Esse retorno pode ser realizado por meio da avaliação da satisfação dos usuários, na qual irá qualificar os serviços realizados e se os objetivos propostos no plano estão sendo cumpridos.

OBJETIVOS Fazer um levantamento dos municípios pertencentes a região de Araçatuba, analisar quais possuem ou não o Plano e quais contém o Plano em processo de elaboração e realizar um diagnóstico quantitativo da implantação do Plano de Saneamento Básico Municipal das cidades pertencentes a região estudada, dando ênfase ao eixo do tratamento de água e coleta, tratamento e disposição final dos esgotos sanitários.

METODOLOGIA Coletar os dados nos municípios da região de Araçatuba, Estado de São Paulo, a partir do Plano de Saneamento Básico Municipal. Será analisado se as cidades realmente possuem o Plano de Saneamento Básico regulamentado por lei aprovada na câmara municipal. A partir desse contato com as prefeituras e outros órgãos públicos, os dados coletados servirão de base para a elaboração de gráficos e tabelas das análises. Outro item relevante a ser abordado é a quantidade de habitantes. Os dados obtidos durante a pesquisa serão classificados, resumidamente, em três tipos de municípios: Tipo I: aqueles que possuem o Plano aprovado; Tipo II: aqueles que não possuem o Plano aprovado; Tipo III: aqueles que o Plano está em elaboração.

Gráfico 1: Representação dos municípios que possuem ou não o Plano de Saneamento Básico na região de Araçatuba. Fonte: Elaborado pela autora.

Do total dos municípios que possuem o plano apenas 13 têm a população entre 0001 a 10.000 habitantes; 2 têm a população entre 10.001 a 20.000 habitantes; somente 1 tem a população entre 20.001 a 50.000 habitantes e 2 têm acima de 50.000 habitantes (gráfico 2). Gráfico 2- Representação dos municípios que possuem o Plano através da análise habitantes X Plano. Fonte: Elaborado pela autora.

Já nas cidades que não possuem o Plano foi possível verificar que: 16 municípios têm a população entre 0001 a 10.000 habitantes; 3 têm a população entre 10.001 a 20.000 habitantes; 4 têm a população entre 20.001 a 50.000 habitantes, 2 municípios têm a população acima de 50.000 habitantes (gráfico 3). Gráfico 3- Representação dos municípios que não possuem o Plano através da análise habitantes X Plano. Fonte: Elaborado pela autora.

CONCLUSÃO Dos 43 municípios estudados na região de Araçatuba, apenas 18 possuem o Plano de Saneamento Básico, ou seja, mais da metade das cidades não têm o Plano aprovado e, consequentemente, não possuem um saneamento básico ideal. O saneamento básico, como dito anteriormente, está relacionado com a infraestrutura, manuseio de resíduos sólidos, abastecimento e tratamento de água e esgoto. Todo cidadão tem o direito de ter em sua residência água tratada e descarte correto do esgoto. Infelizmente, é possível encontrar alguns bairros que não possuem infraestrutura e saneamento adequado. Dessa forma é possível concluir, por meio dos gráficos e das análises, que a maioria dos municípios da região de Araçatuba não possuem o Plano de Saneamento Básico e a maioria dessas cidades são constituídos por até 10.000 habitantes. Esses municípios menores são os menos interessados para os investidores privados.  

As cidades maiores, com mais de 20 As cidades maiores, com mais de 20.000 habitantes, também são de grande relevância de possuírem o Plano, pois o aumento do adensamento populacional urbano produz uma maior quantidade de dejetos que devem serem controlados para poderem serem tratados e despejados corretamente. A maioria desses municípios não possuem o Plano, podendo assim comprometer o meio ambiente e a saúde dos cidadãos. A ausência da implantação do Plano, em algumas cidades, pode ser ocasionada pela falta de recursos financeiros. Já é um grande passo os municípios menores terem o Plano, mas ainda falta muitas cidades possuírem ele e, consequentemente, a permitirem que todos tenham um saneamento básico ideal e suficiente para o bem-estar e a saúde sem prejudicar as questões ambientais.  

REFERÊNCIAS BIBIOGRÁFICAS ÁGUAS do Brasil. Papel e importância do plano de saneamento como instrumentos de gestão. Disponível em: <http://aguasdobrasil.org/edicao-05/papel-e-importancia-do-plano-de- saneamento-como-instrumentos-de-gestao.html>. Acesso em: 04 fev. 2017. CARDOSO, Franciano Dias Pereira. et al. Prevalência de enteroparasitoses em escolares de 06 a 14 anos no município de Araguaína-Tocantins.. Revista Eletrônica de Farmácia 2010; 7(1):54-64.  LOBO, Luiz. Saneamento Básico: em busca da universalização. Brasília: Editora do Autor, 2003.  OMS/UNICEF. TRATA BRASIL. Disponível em: < http://www.tratabrasil.org.br/>. Acesso em 8 jan. 2017.  PHILIPPI JR., Arlindo; GALVÃO JR., Alceu de Castro. Gestão do Saneamento Básico: abastecimento de água e esgotamento sanitário. 1º ed. Barueri-SP: Manole, 2012. 

Portal Saneamento Básico Portal Saneamento Básico. Falta de saneamento básico no Brasil é grande ameaça à saúde pública. Disponível em: <http://www.saneamentobasico.com.br/portal/index.php/meio- ambiente/falta-de-saneamento-basico-no-brasil-e-grande-ameaca-a-saude-publica/>. Acesso em: 20 nov. 2016. TERA. A situação do saneamento básico no Brasil. Disponível em: <http://www.teraambiental.com.br/blog-da-tera-ambiental/a-situacao-do-saneamento-basico-no- brasil>. Acesso em: 05 jan. 2017. TRATA Brasil. Cartilha de Saneamento. 2009. Disponível em: <http://www.tratabrasil.org.br/novo_site/cms/templates/trata_brasil/util/pdf/Cartilha_de_saneame nto.pdf>. Acesso em: 12 jan. 2017. UOL. Censo 2010. Disponível em : <http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas- noticias/2012/11/13/estudo-do-ibge-mostra-que-mais-de-70-dos-municipios-nao-tem-politica-de- saneamento-basico.htm>. Acesso em: 28 mar. 2016.

Obrigada !!! Autores: Stéfani Tainá Belortti Graduanda, UNIP, Brasil.   Stéfani Tainá Belortti Graduanda, UNIP, Brasil. Rafael Marçal Professor Mestre, UNIP, Brasil Gislaine Bianchi Professora Especialista, UNIP, Brasil.