PANORAMA HISTÓRICO DO FENOMENO RELIGIOSO Ensino Religioso.

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Transcrição da apresentação:

PANORAMA HISTÓRICO DO FENOMENO RELIGIOSO Ensino Religioso

QUEM SOMOS NÓS NESTE MOMENTO: Início das construções culturais, tecnológicas e sociológicas (linguagem, moradia, vestimenta, domesticação de plantas e animais, arte e ferramentas)

COSMOVISÃO PREDOMINANTE A natureza e o sagrado se misturam. Essa compreensão vem da observação da natureza, da necessidade de entendimento dos fenômenos naturais que assombram o ser humano, ou aos quais ele deseja controlar. O homem, como parte da natureza, também é sagrado e à medida que a “domina”, torna-se herói.

O SAGRADO SE EXPRESSA: Em seres superiores, heróis, figuras totêmicas ligadas às forças da natureza e aos animais. É o momento ideal para a origem do mito. É preciso explicar, pela arte, pela narrativa, pelo simbólico a experiência religiosa pessoal e grupal.

Politeísmo: crença em vários deuses. FORMAS RELIGIOSAS PREDOMINANTES: Politeísmo e Henoteísmo Henoteísmo: veneração de um Deus Supremo, mas não nega a existência de outros. Politeísmo: crença em vários deuses.

A RELIGIÃO NESTE MOMENTO É fluída, flexível. Não há estrutura rígida, mas a presença de sacerdotes, ou místicos que dirigiam os rituais e comandam socialmente os grupos.

A maior figura literária da Idade Média foi Dante Alighieri QUEM SOMOS NÓS NESTE MOMENTO: As sociedades humanas estão espalhadas por todos os continentes. Usamos ferramentas, criamos cultura e ciência e a escrita torna-se uma importante ferramenta. A maior figura literária da Idade Média foi Dante Alighieri

A intolerância campeia e domina as relações humanas. Há inovações tecnológicas e muitas guerras entre Judeus e Cristãos, Cristãos e Muçulmanos, povos dominando povos. A intolerância campeia e domina as relações humanas.

COSMOVISÃO PREDOMINANTE Predomina, nas sociedades ocidentais os Teísmos/Monoteísmos. Deus está no centro de todos os acontecimentos da vida, rege a natureza e dela é Senhor. O homem, como parte da natureza deve servir-lhe. (Teocentrismo).

O SAGRADO SE EXPRESSA: Não mais na natureza ou no humano. O Sagrado transcende ao humano e é representado em símbolos e rituais e são mediados por sacerdotes.

O sagrado está apartado do homem comum. Há um dualismo na compreensão do ser humano: o corpo é mal, a alma é boa e a vida deve ser dedicada a conquistar o “outro mundo” a “outra vida” a “salvação”.

Vem daí a noção de pecado, condenação, inferno, bem como de salvação e redenção.

FORMAS RELIGIOSAS PREDOMINANTES: Teísmo/monoteísmo no Ocidente, enquanto na China e Índia predomina o Politeísmo que, embora consistente não influencia tanto as relações sociais futuras no globo.

É a época das grandes navegações e as religiões totêmicas ou animistas de vários continentes são sumariamente ignoradas, e os povos que as cultivam massacrados.

A RELIGIÃO NESTE MOMENTO Não é fluída nem flexível, mas é fortemente hierarquizada, institucionalizada. A Igreja torna-se a mediadora das relações sociais, julgando o que é bom ou mal e dominando os espaços seja pelo poder do conhecimento, seja pela imposição da força.

Há o poder temporal personificado nos reis e o poder espiritual personificado nos papas. O cristianismo se impõe em face aos Islamismo e ao Judaísmo e as três religiões monoteístas se combatem mutuamente por meio de guerras e invasões.

QUEM SOMOS NÓS NESTE MOMENTO: A ciência, a escrita e a filosofia contribuem para uma reconfiguração do humano. Avançamos para a industrialização, para o trabalho operário.

As guerras trazem mais motivos econômicos do que religiosos. Começamos a questionar toda verdade absoluta, principalmente a verdade religiosa. O mundo e as relações sociais tornam-se ainda mais complexas. Grandes mudanças se anunciam.

COSMOVISÃO PREDOMINANTE Mesmo dentro dos monoteísmo a visão predominante é antropocêntrica. Permeada pelo advento da razão eternizado na máxima (penso logo existo). É o tempo do colapso das hierarquias, caem monarquias, papados, feudos, reis e governos em todo o mundo.

Essa compreensão muda os paradigmas religiosos. O homem não tinha mais senhor, não podia mais ser escravizado, muito embora fosse explorado economicamente pelo trabalho mal regulado de então.

A mudança se opera também no campo subjetivo e da fé. O ser humano não precisa mais de mediadores para se relacionar com o Transcendente. Ele mesmo o faz. A idéia fundante neste momento é a da SECULARIZAÇÃO.

Nas religiões monoteístas, ainda por meio de rituais midiatizados pelos sacerdotes (padres, rabinos). Contudo há uma atenção singular em relação as religiões orientais. Mas há também uma mudança significativa: Se Deus não é mais o senhor absoluto quem o é?

Gradativamente, o ser humano se coloca no lugar de Deus, outorgando a si mesmo a resolução de todos os problemas relativos à vida. Com isso, as mitologias perdem força, os rituais são tidos como alienantes. Gradativamente são as relações econômicas que ganham a centralidade e a sacralidade tomada de Deus.

No ocidente, o monoteísmo. No Oriente, o Politeísmo. FORMAS RELIGIOSAS PREDOMINANTES: No ocidente, o monoteísmo. No Oriente, o Politeísmo.

Mantém-se hierarquizada, mas não detém o poder, embora detenha muitas fontes de conhecimento. Os fiéis sentem dificuldade em manter sua fé e os rituais parecem pura repetição, sobretudo diante do anúncio da filosofia: Feuerbach, Marx e Nietzche (“Deus morreu”)

O conhecimento se torna fluido e perde sua validade muito rapidamente. QUEM SOMOS NÓS NESTE MOMENTO: O ser humano - antes, centro de tudo, agora se vê miniaturizado frente a um universo de possibilidades. A ciência avança e a tecnologia em todas as áreas dita novas formas de relacionamento no campo individual e econômico. O conhecimento se torna fluido e perde sua validade muito rapidamente.

Surge, assim, uma nova configuração familiar. Os laços parentais perdem força e o ser humano começa a sentir o impacto de sua própria ação no mundo. Surge, assim, uma nova configuração familiar.

Levamos o planeta à beira do colapso ecológico, engendramos duas guerras mundiais, e os que tiveram sorte, sobreviveram a pelo menos 20 anos de guerra fria.

Ela fomentou a existência de Estados nacionalistas totalitários e tirânicos em todo o planeta com governos que conseguiram matar e aterrorizar mais que as duas grandes guerras.

COSMOVISÃO PREDOMINANTE Mundo destotalizante marcado pela complexidade, pela pluralidade e pelo intercâmbio de experiências. Complexa é a sociedade e confuso é o ser humano neste momento.

Essa complexidade gera um subjetivismo é marcado pelo predomínio do gosto individual: cada um deseja uma religião feita ao seu modelo e por meio de recortes misturam tudo o que vêem sem preocupar-se com o desmonte de tradições seculares que guardam em si um significado mais complexo do que atender ao desejo individual. A religiosidade neste momento é difusa e há uma crise nas instituições religiosas.

O SAGRADO SE EXPRESSA: Na mídia, no consumo e no mercado que rege a vida de todos, e ao qual ninguém consegue capturar. O Transcendente é algo comercializável, e ao ser misturado como mercado perde sua fundamental característica: transcender.

Todas ainda estão presentes em todos os continentes. A RELIGIÃO NESTE MOMENTO Todas ainda estão presentes em todos os continentes. Muito embora as pesquisam indiquem um declínio da presença de cristãos, (monoteísmo) a manutenção ou declínio em alguns países da presença do Judaísmo (monoteísmo), a quase extinção dos animismos (África, Oceania e América do Sul) e uma presença significativa dos politeísmos no Oriente.

FORMAS RELIGIOSAS PREDOMINANTES: Traz consigo as marcas de seu tempo: complexidade, pluralismo e a necessidade de responder as demandas do mercado. A principal marca é a banalização do sagrado e o sincretismo irrefletido.