O comportamento monopolista Varian, 9ª edição

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Transcrição da apresentação:

O comportamento monopolista Varian, 9ª edição Capítulo 26 O comportamento monopolista Varian, 9ª edição

Sumário Discriminação de Preços Vinculação de produtos Tarifas Compartilhadas Concorrência Monopolística Modelo de diferenciação de produtos por localização

Discriminação de preços

Discriminação de preços Discriminação perfeita ou discriminação de primeiro grau: O monopolista é capaz de diferenciar o preço por unidade vendida e por comprador. Discriminação de preço de segundo grau ou precificação não linear O monopolista pratica preços diferenciados de acordo com a quantidade que cada comprador adquire. Discriminação de preço de terceiro grau O monopolista pratica preços diferentes para compradores ou grupo de compradores diferentes.

Observação Todo tipo de discriminação de preços pressupõe que os compradores não possam arbitrar entre os diferentes preços praticados, isto é, que não seja possível que um comprador que teve acesso ao produto por um preço menor possa revender esse produto para um comprador que não pode compra-lo a esse preço mais baixo.

Discriminação perfeita Preço Preço cobrado pela qi-ésima unidade Excedente do produtor Preço cobrado pela qj-ésima unidade Receita do monopolista CMg Demanda Custo Variável qi qj qe Quantidade

Discriminação de preços de 2° grau: um exemplo. Dois tipos de consumidores em igual número p Demanda do consumidor 1 Demanda do consumidor 2 q

Continuação p Possíveis pacotes: quantidade q1 pelo custo A ou quantidade q2 pelo custo A+B+C. Esses, todavia, não são os melhores pacotes. C A B q1 q2 q

Continuação: solução ótima Pacotes ótimos: quantidade q1´ pelo custo A´ ou quantidade q2 pelo custo A´+B´. p2(q1´)-p1(q1´) = p1(q1´)-CMg p Receita adicional por vender a unidade ao pacote de B O que vc deixou de ganhar por diminuir uma unidade do pacote de A p2(q1´) p1(q1´) A´ B´ q1´ q2 q

Discriminação de preços de terceiro grau: exemplo Dois grupos de consumidores. A demanda inversa pelo produto por parte do grupo I é pI(qI) e a demanda pelo produto por parte do grupo II é pII(qII). O objetivo do monopolista é maximizar pI(qI)× qI+ pII(qII)×qII-c(qI+ qII) sendo que c(qI+ qII) é a função de custo da empresa.

Continuação: condição de ótimo pI+ pI´(qI)× qI=c´(qI+ qII) e pII+ pII´(qII)× qII=c´(qI+ qII) ou RMgI(qI) = RMgII(qII) = CMg(qI+ qII) ou Se o grupo I é mais sensível a preços (estudantes frente profissionais, por ex) - |I | > |II | - para que a igualdade acima possa valer, o preço cobrado para as pessoas do grupo 1 tem que ser menor do que o preço cobrado para o grupo 2.

Vinculação de produtos

Venda casada As empresas gostam de vender seus produtos de forma casada por várias razões: redução de custo complementariedade entre os bens envolvidos mas também: comportamento dos consumidores: há dispersão da disposição a pagar entre os consumidores – o preço = min{disposição a pagar}

Venda casada: exemplo Disposição a pagar por componentes de software Se P = 100  Receita total = 400 Se vender processador + planilha a P = 220, Receita total = 440 Ao juntar os itens, reduziu a dispersão a pagar entre os consumidores Tipo de consumidor Processador de texto Planilha eletrônica Consumidor do tipo A 120 100 Consumidor do tipo B

Tarifas compartilhadas

Exemplo do parque de diversão Dois preços: um para entrar no parque e outro para ter acesso aos brinquedos  demandas inter-relacionadas: o preço que as pessoas estão dispostas a pagar para entrar no parque depende do preço das “voltas” nos brinquedos Quais preços cobrar de forma a maximizar o lucro? Dilema da Disneylândia!

Dilema da Disneylândia Hipóteses Só há um brinquedo. As pessoas que vão ao parque vão para andar no brinquedo. Todos tem mesma preferência com relação a andar no brinquedo.

Tarifa em duas partes: Dilema da Disneylândia Curva de demanda por voltas no brinquedo EC p* Lucro com voltas Custo marginal por volta no brinquedo = assumido constante em c c Cma v´(x) x

Tarifa em duas partes: solução gráfica p=c v´(x) x

Concorrência Monopolística

Concorrência monopolística Industria: conjunto de firmas que produzem o mesmo produto Concorrência perfeita: muitas firmas que produzem o mesmo produto Monopólio: apenas uma firma que produz o produto Mas o que significa “produzir o mesmo produto?” Será que a empresa que produz a Coca-Cola é uma monopolista?

Concorrência Monopolística Muitas firmas produzem mercadorias semelhantes, mas não idênticas; assim, o mais correto é definir indústria como sendo o conjunto de empresas que produzem produtos que são considerados substitutos próximos entre si. Indústria de refrigerantes..

Concorrência Monopolística Nessas indústrias, quando a firma  seu preço, não perde todos os seus clientes – seu produto é diferenciado – perde apenas parte deles Desse modo, cada firma se defronta com uma curva de demanda por seu produto que é negativamente inclinada e tão elástica quanto o numero de produtos substitutos próximos na indústria

Ideia básica As firmas em concorrência monopolística produzem produtos parecidos, substitutos mas não idênticos... Há uma diferenciação de produto: cada empresa tenta diferenciar seu produto, quanto mais bem sucedida for a empresa, mais poder de monopólio terá (menos elástica será a curva de demanda encarada) Muito importante: nessas indústrias há livre entrada!

Ideia básica Nesse sentido, essa indústria tem elementos de competição e de monopólio. Competição: as empresas tem que “lutar” pelos seus clientes; há livre entrada Monopólio: cada empresa se depara com uma curva de demanda negativamente inclinada Essa estrutura descreve a maior parte das indústrias, sua análise vai depender das características específicas de cada indústria...

Ideia básica Não iremos tratar com detalhes no nosso curso, mas vamos analisar um resultado interessante que deriva do fato de haver livre-entrada nesse mercado.

Concorrência Monopolística Sobre essa curva de demanda individual cada firma se comportará como um monopolista comum, produzindo no ponto onde a RMg = CMg. Lucro Econômico Puro Vão entrar novas firmas que vão produzir um produto semelhante ao dele  reduz a demanda pelo seu produto e sua demanda fica mais horizontal visto que  o nº de substitutos Portanto no Longo Prazo... P CMg P CMg CMe CMe D D RMg RMg Q Q

Equilíbrio precisa satisfazer Cada empresa vende sobre sua curva de demanda. Cada empresa maximiza lucros, dada a curva de demanda com a qual se depara. A livre entrada força os lucros econômicos para zero.

Dois pontos sobre o equilíbrio Situação é ineficiente no sentido de pareto (P>CMg) Empresas irão operar à esquerda do nível de produção onde o Cme é minimizado Situação de excesso de capacidade Um numero menor de empresas  escala de produção será mais eficiente Um numero menor de empresas  menor variedade de produtos à disposição do consumidor

Modelo de diferenciação de produtos por localização

Exemplo do Sorveteiro Padrões de localização socialmente ótimos não são um equilíbrio  competição por clientes levará a um padrão de localização socialmente ineficiente Hipóteses: Consumidores se distribuem de forma homogênea na praia; A gente fixa o preço do sorvete e pergunta onde os sorveteiros irão ficar.

Exemplo do Sorveteiro Uma praia relativamente pequena, 2 sorveteiros Ideal Este padrão de localização será um equilíbrio? Não! Outro exemplo: uma cidade com duas rádios. E D E D

Competição monopolizadora e diferenciação de produto O modelo do calçadão sugere que a competição monopolizadora deverá resultar em um equilíbrio onde há pouca diferenciação de produto: as firmas tentando roubar os clientes uma das outras, procurarão imitar umas as outras, resultando em uma indústria com limitada diferenciação.

Mas isso nem sempre é verdade... Se o calçadão for bastante extenso, os sorveteiros irão se sentar em cada um dos cantos da praia e não terão interesse em competir. Um não terá motivo para querer imitar o outro e podemos observar produtos bem diferentes. Em algumas industrias, há um grande esforço das empresas em tentar “posicionar o seu produto” no mercado, levando a uma grande variedade.

Modelo do sorveteiro 2 sorveteiros  vão se situar no meio do calçadão 3 sorveteiros  não há equilíbrio! 4 ou mais  surgirá um padrão de localização.