10- Produtividades e Crescimento

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Transcrição da apresentação:

10- Produtividades e Crescimento Formação Livre II O Valor da Tecnologia e a Inovação 10- Produtividades e Crescimento IST – MEE (1º ano curricular) 2011/2012, 1º semestre Prof. responsável – António S. Carvalho Fernandes

10- Produtividades e crescimento Conteúdo O VAB e o PIB As ópticas da produção, do rendimento e da despesa Produtividades do trabalho e do conhecimento Consumo, investimento e condições de crescimento económico Setembro 2011 10- Produtividades e crescimento

10- Produtividades e crescimento 1- O VAB e o PIB Na óptica da produção: A VABpb é o VAB a preços de base. Corresponde ao valor acrescentado bruto por todas as unidades económicas do país. O PIBpm é o Produto Interno Bruto a preços de mercado. Corresponde à soma do VABpb com o valor dos impostos indirectos (líquidos de subsídios aos produtos) (IVA e outros) A óptica da produção analisa essa riqueza considerando as contribuições dos factores trabalho e capital[1]. Esta visão parte da análise dos processos de produção das unidades económicas identificando cada uma das componentes que contribuem para o valor acrescentado e agregando-as de acordo com os factores referidos. Na produção, o PIBpm [2] iguala o valor acrescentado bruto calculado a preços de base, VABpb, mais os impostos indirectos líquidos de subsídios sobre os produtos. [1] Relembro que o termo capital, termo clássico e corrente, iguala o que aqui designo por tecnologia mais capital. [2] PIBpm é o PIB a preços de mercado. Setembro 2011 10- Produtividades e crescimento

2- As ópticas da produção, do rendimento e da despesa Na óptica do rendimento: O rendimento nacional bruto, RNB, iguala o PIBpm. Corresponde à soma do rendimento do trabalho mais o rendimento do capital. Nas contas nacionais, corresponde à soma das remunerações do trabalho, L, mais o excedente de exploração e rendimento misto, EERM, mais os impostos à produção e importação menos subsídios, Imppi. A óptica do rendimento passa pela identificação daquilo que os actores económicos, ou seja, os participantes no processo económico, recebem. Grosso modo, o total do rendimento é necessariamente igual ao total da produção. Assim, toda a riqueza construída é também a riqueza recebida pelos actores económicos, que são as famílias, as empresas e o estado. Em última análise, são as famílias porque as empresas pertencem às famílias e o estado devolve às famílias o valor que provisoriamente retém. As famílias participam no processo económico com dois factores: tradicionalmente, esses factores correspondem ao trabalho e ao capital. Assim, o rendimento também se pode dividir no rendimento do trabalho e no rendimento do capital[1]. [1] Returns to labour e returns to capital Setembro 2011 10- Produtividades e crescimento

2- As ópticas da produção, do rendimento e da despesa (2) Na óptica da despesa: A despesa nacional, D, iguala o PIBpm. Corresponde à soma do consumo final, Cf, com a poupança bruta, SB, ou investimento, I. Nas contas nacionais, corresponde à soma do consumo final, Cf, com a formação bruta de capital fixo, FBCF. A óptica da despesa é a análise dos gastos, ou empregos, dos actores económicos. Que destino ou empregos dão as famílias, as empresas e o estado aos seus rendimentos? A resposta a esta pergunta é a análise da despesa. Pode-se afirmar que a despesa é dividida em duas partes: o consumo e a poupança, não considerando as contas com economias do resto do mundo. O consumo pode-se dividir em consumo privado, ou seja, das famílias e das empresas, e consumo público, o do estado. A poupança é o remanescente entre o rendimento e o consumo, a qual, por seu lado, constitui o disponível para investimento. Grosso modo, o valor da despesa é necessariamente igual ao do rendimento e ao da produção. Setembro 2011 10- Produtividades e crescimento

2- As ópticas da produção, do rendimento e da despesa (3) Nas três ópticas : Em resumo, a produção é igual ao rendimento, R, e à despesa, D. Esta despesa, D, é igual ao consumo final, Cf, mais o investimento, I ou poupança, S. O produto interno bruto, PIB, está relacionado de muito perto com cada um destes agregados e aparece, em muitas circunstâncias, igual a qualquer deles. Nas contas públicas, de acordo como o SEC95, para ser rigoroso, o rendimento R que iguala o PIBpm é o rendimento nacional bruto, RNB, mais o saldo dos rendimentos primários pagos e recebidos do resto do mundo. O rendimento nacional bruto, RNB, é o rendimento nacional disponível bruto menos o saldo das transferências correntes recebidas de e pagas ao resto do mundo. A despesa D é a soma do consumo final, Cf[1], mais a formação bruta de capital, FBC, mais a exportação de bens e serviços, menos a importação de bens e serviços. A formação bruta de capital corresponde à poupança bruta mais o saldo das transferências de capital com o resto do mundo, mais ou menos a capacidade ou necessidade líquida de financiamento. A despesa, D, iguala também o PIBpm. [1] o qual corresponde ao das seguintes três entidades: as famílias, as instituições sem fim lucrativo e ao serviço das famílias, ISFLSF, e as administrações públicas. Setembro 2011 10- Produtividades e crescimento

3- Produtividades do trabalho e do conhecimento (1) LP - A produtividade do trabalho é o quociente entre o VAB e o número de trabalhadores, N. LP = VAB / N É, afinal, o valor acrescentado por cada trabalhador. (Também é muitas vezes calculada por hora de trabalho) Figura VI‑15. Ordenação pela produtividade do trabalho, LP, das divisões da CAE rev. 2, no ano 2002. Unidades: milhar de Euro por trabalhador. Preços de 1995. Dados da BDTec2003 v. 5, tal como indicados na Tabela VI‑12. Ordenação pela produtividade do trabalho, LP, das divisões da CAE rev. 2, no ano 2002. Unidades: milhar de Euro por trabalhador. Preços de 1995. Dados da BDTec2003 v. 5 Setembro 2011 10- Produtividades e crescimento

10- Produtividades e crescimento Setembro 2011 10- Produtividades e crescimento

10- Produtividades e crescimento Setembro 2011 10- Produtividades e crescimento

3- Produtividades do trabalho e do conhecimento (2) Comparações internacionais: Figura VI‑22. Evolução da razão entre a produtividade do trabalho em Portugal e a média dos países da EU-15. Calculado a partir de dados da AMECO_ON_LINE, Jan. 2006. Evolução da razão entre a produtividade do trabalho em Portugal e a média dos países da EU-15 Setembro 2011 10- Produtividades e crescimento

3- Produtividades do trabalho e do conhecimento (3) Evolução das razões entre os PIBpm/capita português e irlandês e o da média da EU-25 Figura VI‑23. Evolução das razões entre os PIBpm/capita português e irlandês e o da média da EU-25. Calculado a partir de dados da AMECO_ON_LINE, Jan. 2006. Setembro 2011 10- Produtividades e crescimento

3- Produtividades do trabalho e do conhecimento (4) KP - A produtividade do conhecimento É o quociente entre o valor acrescentado e o valor distribuído pelo uso do conhecimento (trabalho). KP = VAB / L É, afinal, o valor acrescentado por cada unidade de valor que se atribui ao uso do conhecimento (trabalho) Ordenação das divisões de acordo com os valores da produtividade do conhecimento, KP, em 2000. Unidade: adimensional. Dados da BDTec2003 v. 5, Jan. 2006 Setembro 2011 10- Produtividades e crescimento

4- Consumo, investimento e condições de crescimento económico Diagrama causal entre produto, rendimento e despesa. Admite-se que a parcela de consumo final contém o necessário para, pelo menos, manter o conhecimento na mesma quantidade, ou seja, pelo menos compensa o natural desvanecimento do conhecimento individual. O investimento contém uma parcela de novo capital e a parcela de compensação do consumo de capital fixo (CCF). Todos os fluxos representam valor. Setembro 2011 10- Produtividades e crescimento

Condições de crescimento Como é que este ciclo é desequilibrado no sentido do crescimento ou da diminuição do valor criado? Produto L + C r Rendimento r.C Despesa f + S Conhecimento (K) Capital (C) Uso do conhecimento = Trabalho (L) Uso do capital ( ) Investimento (I) Poupança (S = I) Consumo final ( Factores de produção CCF SITUAÇÃO EM EQUILÍBRIO: Cons. Final = deprec. de K Inv. = CCF Setembro 2011 10- Produtividades e crescimento

Condições de crescimento Se aumentar o consumo final (diminuindo obrigatoriamente a poupança): Factores Factores > de produção de produção Uso do conhecimento Uso do conhecimento = Trabalho (L) = Trabalho (L) SITUAÇÃO EM DESEQUILÍBRIO: O capital reduz-se e, ao fim de alguns ciclos, o produto também se reduz, implicando a redução do rendimento e da despesa. Conhecimento (K) Conhecimento (K) Produto Produto Uso do capital ( Uso do capital ( C C ) ) r r L + L + C C Capital (C) Capital (C) < r r Rendimento Rendimento CCF L + L + r.C r.C < Poupança (S = I) Poupança (S = I) Investimento (I) Investimento (I) Despesa Despesa Consumo final ( Consumo final ( C C ) ) C C + S + S > f f f f Temos uma recessão. Setembro 2011 10- Produtividades e crescimento

Condições de crescimento Se aumentar a poupança (diminuindo obrigatoriamente o consumo final): Factores Factores < de produção de produção Uso do conhecimento Uso do conhecimento = Trabalho (L) = Trabalho (L) SITUAÇÃO EM DESEQUILÍBRIO: O capital aumenta e, ao fim de alguns ciclos, o produto também aumenta, implicando o aumento do rendimento e da despesa. Conhecimento (K) Conhecimento (K) Produto Produto Uso do capital ( Uso do capital ( C C ) ) Capital (C) Capital (C) r r L + L + C C r r > CCF Rendimento Rendimento Novo capital L + L + r.C r.C > > Poupança (S = I) Poupança (S = I) Investimento (I) Investimento (I) Despesa Despesa Consumo final ( Consumo final ( C C ) ) C C + S + S f f f f < Temos crescimento. Setembro 2011 10- Produtividades e crescimento

Condições de crescimento O crescimento requer que haja, durante alguns ciclos, o mesmo trabalho com menor consumo e um aumento do investimento. Esse sacrifício do consumo terminará quando o aumento do produto e do rendimento der origem ao aumento da despesa e, assim, a um novo aumento do consumo. A produtividade do conhecimento KP = VAB / L tem que aumentar!! Setembro 2011 10- Produtividades e crescimento