Pedro H. Almeida LIGAMI – 26/04/2011

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Caso Mulher, 80 anos, demência senil, pneumonia e insuficiência respiratória. PA 80/30 mmHg, FC 120 bpm, PTP lentificada, diurese de 150 ml em 12h, Glasgow.
Advertisements

AIDPI / AIEPI / IMCI 1A SEMANA HUAP/UFF.
REUNIÃO NACIONAL DE MULHERES DIRETORAS DA FORÇA SINCAL.
RECEITAS 2010 / 2011 SALDO FR 30/04/2010 R$ ,00 QUITAÇÃO DE DÍVIDA DE UNIDADES INADIMPLENTES R$ ,00 ARRECADAÇÃO MENSAL DO FUNDO DE RESERVA.
AUDIOMETRIA.
Palestras, oficinas e outras atividades
Escolhe a opção que julgues ser a correcta!
SETE DIAS ATÉ DOIS MESES
Noradrenalina para o manuseio do choque séptico refratário a fluido e dopamina nos recém-nascidos a termo Noradrelanine for management of septic shock.
Apresentadora: Ana Virginia Lopes de Sousa UTI NEONATAL – HRAS/SES/DF
IMUNIDADE INATA Graduação em Biotecnologia Disciplina de Imunobiologia
Xadrez Equipe – Regional
Exercícios Porcentagem.
Resposta Inflamatória na CEC
Meningites Alunas : Fernanda Castro J. S. Gonçalves
MENINGITE CONCEITO: Inflamação das meninges,causada por um organismo viral, bacteriano ou fúngico.
Caso clínico Identificação: M.N.L., 06 anos, sexo feminino, residente em Salvador-Ba, data de nascimento 26/12/2003, peso: 24kg. História da doença atual:
Sepse Drª Cristine Pilati Pileggi Castro
Curiosidades O coração bate aproximadamente vezes por dia.
“Felizes aqueles que se divertem com problemas que educam a alma e elevam o espírito.” Fenelon.
Aula 26 O sangue.
Primeiros Socorros Camila Sarti
Atendimento na Sepse Marcos Gallindo.
Gestão dos Resíduos Sólidos
UTI CRITÉRIOS DE ADMISSÃO E ALTA
Pneumonia associada à ventilação mecânica
METAGENÔMICA Ana Sofia Oliveira Carolina Silveira Caroline Amurim
SEPSE Dra. Viviane Cordeiro Veiga 2008.
Reflexão – dados quantitativos e qualitativos da
TREINAMENTO GEL DENTAL PROTETOR SOLAR
MECÂNICA - DINÂMICA Cinemática Plana de um Corpo Rígido Cap. 16.
Física Vetores Ilan Rodrigues.
Educação Pré-Escolar / 1º Ciclo do Ensino Básico
Como tratar e prevenir exacerbações nas Bronquiectasias
FISCALIZAÇÃO DIRECIONADA NÍVEL DE SERVIÇO ANO I – Nº 1.
AULA 5 Função Logarítmica.
DELEÇÃO DO CÓDON 67 DA TRANSCRIPTASE REVERSA DO HIV-1 DETECTADA EM PACIENTE DE BOTUCATU, ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL: RELATO DE CASO BARRETO, S.F.D.¹;
Funcionários - Grau de Satisfação 2096 avaliações
Cristiane Vieira da Cruz
Casos Clínicos Antibióticos
CULTO DE ENSINO VILA SOLANGE MÊS DA ORÃÇÃO “ORAÇÃO MUDA AS COISAS”
8/11/2011 REPORTE OPERACIONAL Pátio Seguro IT Fl. 01.
AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO CARDÍACA EM CAVALOS DE ESPORTE
Citocinas Gerenciadores da resposta Imunológica;
SEPSE – interpretando o novo consenso
Luiz Carlos de Sá Carvalho, Dr CIBSS Desafios para atração e retenção de jovens profissionais.
UEPa – 2ª Fase – Resoluções 2014 Prof.:Marco Macêdo.
ANATOMIA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR PROF. CLÉIA BET BAUMGARTEN
01. Conceitos Básicos e definições
30 anos de pesquisa e conquistas para o Brasil. tendências tecnológicas e mercadológicas Evolução do mercado de leite Londrina, 13/04/2006 Paulo do Carmo.
Pneumonia associada à ventilação mecânica
Tá olhando o que!? Caso Clínico.
Rodrigues J.; Barreiro P.; Chapim I.; Chagas C.. Espinha com 35 mm totalmente penetrada na parede gástrica removida endoscopicamente Serviço de Gastrenterologia,
Pediatric septic shock and multiple organ failure
CONCEITOS  DIAGNÓSTICOS DE SEPSE E CHOQUE SÉPTICO EM PEDIATRIA: AJUDAM OU ATRAPALHAM A PRÁTICA CLÍNICA? Autora: Suzana Berlim Orientador: Alexandre Serafim.
Basofilia e Acidofilia: coloração do Panótico
Sepse Neonatal Precoce
Clube de Revista Francyne Britto Funayama Isabela Medeiros Novais
FACIMED – Curso de Medicina Prof. Ms. Alex Miranda Rodrigues
CASO CLÍNICO Relatório de Admissão- UTI Adulto
Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL
CAMPO GRANDE -MS PAM IBMN – M. ESTADUAIS.
Alunas:Sara Helena Progiante nº 60 Sarah Santos Maciel nº 61 Talita de Oliveira nº 63 Farmacoclínica - Caso 3.
Choque séptico Gabriela G. Silveira
DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Universidade Federal de Santa Maria.
Líquido cefalorraquidiano
VÍRUS.
Rinossinusites Crônicas
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA
Neurossonografia Neonatal Paulo R. Margotto
Transcrição da apresentação:

Pedro H. Almeida LIGAMI – 26/04/2011 SEPSE Pedro H. Almeida LIGAMI – 26/04/2011

1. SIRS (Síndrome Resposta Inflamatória Sistêmica) Inflamação: local Edema Rubor Calor Dor Inflamação: sistêmica T> 37,8 ou T < 35,5ºC Fc > 90bpm Fr > 20ipm Leucócitos >12000 ou <4000cél/mm Para que serve? É boa ou ruim?

2. SEPSE SIRS SEPSE SEPSE GRAVE CHOQUE SÉPTICO T> 37,8 ou Fc>90 Fr>20 Leuc > 12000 ou Leuc < 4000 SIRS causada por infecção SEPSE com disfunção orgânica Persistência de PAM <65mmHg ou marcadores de hipoperfusão após correta ressucitação

2. SEPSE SIRS SEPSE SEPSE GRAVE CHOQUE SÉPTICO T> 37,8 ou Fc>90 Fr>20 Leuc > 12000 ou Leuc < 4000 SIRS causada ou presumidamente causada por infecção (bacteriana, fúngica, viral ou parasitária) SEPSE com disfunção orgânica Persistência de PAM <65mmHg ou marcadores de hipoperfusão após correta ressucitação

2. SEPSE SIRS SEPSE SEPSE GRAVE CHOQUE SÉPTICO T> 37,8 ou Fc>90 Fr>20 Leuc > 12000 ou Leuc < 4000 SIRS causada ou presumidamente causada por infecção (bacteriana, fúngica, viral ou parasitária) SEPSE com disfunção orgânica Persistência de PAM <65mmHg ou marcadores de hipoperfusão após correta ressucitação SIRS NÃO REALACIONADA À INFECÇÃO : Anafilaxias e intoxicações Traumas Acidentes Cirurgias Doenças inflamatórias Pancreatites Colangites

2. SEPSE SIRS SEPSE SEPSE GRAVE CHOQUE SÉPTICO T> 37,8 ou Fc>90 Fr>20 Leuc > 12000 ou Leuc < 4000 SIRS causada ou presumidamente causada por infecção (bacteriana, fúngica, viral ou parasitária) SEPSE com disfunção orgânica (escala SOFA) Persistência de PAM <65mmHg ou marcadores de hipoperfusão após correta ressucitação

2. SEPSE SIRS SEPSE SEPSE GRAVE CHOQUE SÉPTICO T> 37,8 ou Fc>90 Fr>20 Leuc > 12000 ou Leuc < 4000 SIRS causada ou presumidamente causada por infecção (bacteriana, fúngica, viral ou parasitária) SEPSE com disfunção orgânica (escala SOFA) Persistência de PAM <65mmHg ou marcadores de hipoperfusão após correta ressucitação

2. SEPSE SIRS SEPSE SEPSE GRAVE CHOQUE SÉPTICO T> 37,8 ou Fc>90 Fr>20 Leuc > 12000 ou Leuc < 4000 SIRS causada ou presumidamente causada por infecção (bacteriana, fúngica, viral ou parasitária) SEPSE com disfunção orgânica (escala SOFA) Persistência de PAM <65mmHg ou marcadores de hipoperfusão após correta ressucitação Mortalidade <3% Mortalidade 20% Mortalidade >50%

HIPOPERFUSÃO Inflamação Coagulação HIPÓXIA TECIDUAL MORTE CELULAR HIPÓXIA MITOCONDRIAL Stress metabólico e neuro-humoral Disponibilidade de O2 para o transporte de elétrons mitocondrial (sistema enzimático) é reduzido – “crise energética mitocondrial” Metabolismo anaeróbio com predomínio de piruvato e lactato A instalação do choque determina uma miríade de respostas: SIRS, METABÓLICO E COAGULAÇÃO DISFUNÇÃO DE ORGÃOS FALÊNCIA MÚLTIPLA RECUPERAÇÃO

3. Fisiopatologia Microcirculação saudável Microcirculação Sepse

Dopa >5 ou Adrena <0,1mcg/kg/mi 4. SOFA Sequencial Organ Failure Assessment Sistema / pontos 1 2 3 4 Respiratório PaO2/FiO2 >400 <400 <300 <200 <100 Renal Creatinina <1,2 1,2 – 1,9 2,0 – 3,4 3,5 – 4,9 >5,0 Hepatico Bilirrubinas 2,0 – 5,9 6,0 - 11,9 >12 Cardio vascular PAM PAM > 70 PAM <70 Dopa <5mcg/kg/min Dopa >5 ou Adrena <0,1mcg/kg/mi Adrena >0,1mcg/kg/mi Hematologico Plaquetas > 150mil <150mil <100mil <50mil <20mil Neurológico Glasgow 15 13-14 10-12 6-9 <6

5. Marcadores Prognósticos Saturação Venosa Central Lactato

5. Marcadores: SVO2 _ + SATURAÇÃO VENOSA O2 SVO2  VO2  DO2  DO2 Estresse Dor Febre Tremores  DO2 Hipoxemia Anemia DC   DO2 PaO2 Hb DC  VO2 Hipotermia Anestesia Adaptado de Rivers e cols. SVO2 65-75% _ SATURAÇÃO VENOSA O2

5. Marcadores: SVO2 x Lactato DO2crítico Dependência fisiológica da oferta de O2 Lactato sangüíneo Taxa de extração de O2 VO2 DO2

5. Marcadores: SVO2 x Lactato DO2crítico Dependência fisiológica da oferta de O2 Lactato sangüíneo Taxa de extração de O2 VO2 DO2 SVO2

6. TRATAMENTO Choque Hipoperfusão microcirculatória Disfunção e falência de múltiplos órgãos Hipóxia e disfunção tecidual Lesão endotelial difusa Ativação da cascata inflamatória e da coagulação

7. PONTOS CHAVE Presteza diagnóstica ABC primário + ABC secundário Iniciar antibióticoterapia adequada na 1ª hora + controle do foco Suporte Hemodinâmico PVC 8-12 (12-15) PAM >65mmHg Débito Urinário > 0,5ml/kg/hora SVcO2 >70 HB >= 10 Corticóide ? Ventilação Mecânica Protetora Pplat <30 Sat >92% FiO2 <0,6 PEEP 8-10 Cabeceira elevada Controle Glicêmico Xigris?