Questões sobre o positive accounting: crise com o Zimmerman Fábio Frezatti, FEA USP, EAC, Laboratório de Práticas Gerenciais

Zimmerman Artigo 1 aula 11: Desenvolvimento da pesquisa em Contabilidade Gerencial: as restrições da abordagem monoparadigmática de Zimmerman. No contexto brasileiro, o que está acontecendo com a contabilidade gerencial? Quais são as dificuldades para o desenvolvimento da área? Um dos problemas relacionados a pesquisa em contabilidade gerencial diz respeito ao rigor metodológico. Quais são o erros cometidos em relação a metodologia? Como melhorar? 2. Conforme visto nos dois artigos e pensando-se na perspectiva de mudanças do status quo da contabilidade, existe alguma perspectiva futura de alteração da predileção das revistas pela abordagem positivista?

Zimmerman 3. Zimmerman (2001) critica o processo indutivo e o foco na prática das pesquisas contábeis, todavia, ainda existe muita discussão acerca do gap entre teoria e prática, se as pesquisas não forem indutivas e não buscarmos na prática as perguntas relevantes a serem feitas, como poderemos resolver esse gap? O autor opina, na conclusão do artigo, que as escolas de negócios têm incentivado pesquisas que se assemelham a consultorias, mais orientadas para a prática. Essa opinião se confirma no cenário brasileiro? 5. As citações abaixo demonstram marcos históricos da pesquisa positiva em contabilidade. Nesse sentido, é possível discutir sobre a ligação da evolução da pesquisa em contabilidade com o contexto político social da época? “A pesquisa contábil positiva moderna começou a florescer na década de 1960, quando Ball e Brown (1968), Beaver (1968) e outros introduziram métodos empíricos de finanças para a contabilidade financeira.” “Desde a década de 1970, os economistas se esforçaram para desenvolver uma teoria da empresa, tentando explicar a estrutura organizacional da empresa (por exemplo, escolha de forma corporativa, estrutura de contratos, compensação de gerenciamento, centralização-descentralização)”.

Zimmerman 6. O texto apresenta fortes críticas a pesquisa Contábil Gerencial por meio de comparações sobre aos métodos empregados na Contabilidade Financeira. Porém, é válido realizar estas comparações, uma vez que se tratam de realidades cada vez mais distantes?

Frezatti et al 1. Como e em que tipo de pesquisa em contabilidade gerencial a abordagem positive accounting pode contribuir? Como lidar com a falta de dados em pesquisas em contabilidade gerencial? 2. Dado que o paper de Frezatti, Nascimento e Junqueira (2009) já possui quase 10 anos, seria possível identificarmos diferenças nas demandas, conflitos e necessidades metodológicas que as pesquisas em contabilidade gerencial tenham experimentado? 3. Os autores utilizam seis artigos como pano de fundo para apresentar sua proposta sobre a questão de pesquisa, sem uma justificativa expressa para sua escolha. Por que razão optaram por utilizar esses seis artigos – e apenas seis artigos?

Frezatti et al 4. Ao longo do resumo sobre o trabalho de Zimmerman de 2001, os autores mencionam que, na opinião desse pesquisador, o grande foco da pesquisa contábil gerencial concentra-se apenas em descrever os fenômenos observados, ao invés de gerar teorias para a predição de eventos. Essa constatação é problemática? A pesquisa precisa sempre gerar trabalhos preditivos com vistas a ser considerada útil? 5.Uma das críticas indicadas do trabalho de Zimmerman é no sentido de que o artigo de Ittner e Larcker de 2001 buscou embasamento conceitual em trabalhos com visão normativa. Quando é aceitável utilizar trabalhos com visão normativa como referencial teórico para um trabalho científico? 6.Visto a falta de regulação/norma sobre a forma de aplicação dos construtos da Contabilidade Gerencial, os praticantes os utilizam de forma disforme ao preconizado na literatura. Como posso, então, garantir a validade dos dados de de um survey sobre a implementação dos artefatos?

Frezatti et al 7.A leitura das críticas de Zimmerman tem como pano de fundo a sua experiência e as suas crenças epistemológicas. Para analisá-lo, com um mínimo de respeito metodológico, é necessário entender a sua visão do que seria o positivismo em pesquisa contábil, que não necessariamente coincide com a visão de positivismo sobre o enfoque epistemológico (DEMO, 2000). (Frezatti, Nascimento, & Junqueira, 2009). Assim, pergunto qual é a diferença entre positivismo na pesquisa contábil e positivismo sobre enfoque epistemológico?