Anderson Izydio Ribeiro Cabral Lysanea Karina Cabral Corrêa

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Transcrição da apresentação:

Anderson Izydio Ribeiro Cabral Lysanea Karina Cabral Corrêa INDISCIPLINA ESCOLAR E REPROVAÇÃO: UM ESTUDO NA UNIDADE INTEGRADA VIRIATO CORRÊA Anderson Izydio Ribeiro Cabral Lysanea Karina Cabral Corrêa

SUMÁRIO INTRODUÇÃO OS ALUNOS NA VISÃO DO PROFESSOR 2.1 BREVE PERFIL PESSOAL DO ALUNADO 2.2 BREVE PERFIL SOCIAL DO ALUNADO OS ALUNOS NA VISÃO DA DIREÇÃO EDUCAÇÃO ESCOLAR E INDISCIPLINA INDISCIPLINA ESCOLAR: CAUSA DE REPROVAÇÃO? INDISCIPLINA NA ESCOLA: UM MAL A SER COMBATIDO A GESTÃO ESCOLAR E A INDISCIPLINA COMO FATOR-PROBLEMA NA APRENDIZAGEM CONSIDERAÇÕES FINAIS

A REALIZAÇÃO DO ESTUDO O estudo acerca do tema da pesquisa concretizou-se numa escola da rede pública estadual a fim de constatar se as hipóteses e os objetivos idealizados ligavam-se com as respostas obtidas nas argüições enlaçadas com as entrevistadas, respeitando suas respostas na íntegra como toda entrevista deve obedecer, a seguir fundamentou-se as respostas com uma literatura especializada para garantir uma cientificidade para o trabalho. Desta forma, pôde-se estabelecer uma relação entre indisciplina escolar e reprovação, sem induzir o leitor deste relatório a uma conclusão pronta, mas sim fazê-lo perceber a reciprocidade de ambos aspectos pedagógicos.

O ESTABELECIMENTO DO BREVE PERFIL PESSOAL E SOCIAL DO ALUNADO PARA AS ENTREVISTADAS PARA A PROFESSORA: características da adolescência; metodologia de ensino; relação da indisciplina com a idade cronológica; relação professor/aluno; relação professor/família;alunos indisciplinado/hiperativos; opinião da professora sobre a indisciplina ser causa direta da reprovação; características de um aluno indisciplinado; fatores que originam a indisciplina escolar na sala de aula. PARA A DIREÇÃO: relação dos alunos adolescentes com a direção; orientação da direção para com os professores acerca dos tipos psicosociais de seus alunos; principais características sociais e cognitivas dos alunos; o histórico dos alunos; a opinião da direção da escola acerca da disciplina como causa da reprovação escolar; o trabalho da direção junto aos pais; o trabalho da escola junto aos alunos rotulados indisciplinados.

EDUCAÇÃO ESCOLAR E INDISCIPLINA INDISCIPLINA: diz respeito à falta de limites, o desrespeito aos direitos dos outros, a incompreensão das regras de convivência, a falta de solidariedade, atitudes que não combinam com as atividades em grupo e outros atos que podem transgredir a normalidade social. Fatores que levam à prática da indisciplina na escola: Um local onde os alunos não se sentem bem, à vontade; Um espaço de mudança de comportamento de cunho não agradável; Um espaço de diversas manifestações culturais e pela não aceitação da cultura do outro; Um novo paradigma de educacao familiar que não impoe a idéia de disciplina; O relacionamento professor / aluno O modelo sócio-pedagógico propagado pela escola que se torna um ambiente hostil e sem motivação.

A INDISCIPLINA ESCOLAR PODE SER CAUSA DE REPROVAÇÃO? A educação oferecida pelas escolas não atende e não atrai tanto os alunos como antes se observava; Em resposta a esta realidade, alega-se a prática da indisciplina como um mecanismo de defesa ao excesso de regras e de imposições numa escola portadores da característica supracitada; Evidenciando os depoimentos recolhidos ao longo do estudo, pôde-se corroborar que na impossibilidade de se responder a indagação central, há de se entender que numa situação agravante de indisciplina escolar fomentada por um ou mais alunos, não há necessidade de se aplicar nenhum instrumento avaliativo em virtude de se pressupor o seu resultado final no processo de ensino-aprendizagem. Segundo Lajonquière (1996, p.26): “percebe-se que aprendizagem, disciplina e maturação psicológica quando se amalgamam produzem efeitos ou positivos ou negativos.

O COMBATE À INDISCIPLINA ESCOLAR De acordo com Leandro de Lajonquière, na sua obra Indisciplina na escola – alternativas teóricas e práticas (1996, p.25); “ o mal da educação atual não seria apenas 01, mas 2, pois acrescenta aos problemas de aprendizagem a denominada indisciplina escolar. Fatores que dão origem a esta problemática: estruturação escolar no passado; problemas psicológicos e sociais; a permissividade da família; o desinteresse pela escola; o apelo da mídia pela violência; Para que combater a indisciplina escolar? Sem desmerecer outras conseqüências positivas que o fim da indisciplina escolar pode proporcionar, não pode-se negligenciar que a educação ainda é, via de regra, uma saída para uma possível mudança sócio-econômica para o país, a fim de tirá-lo de um lugar desconcertante perante os outros ditos desenvolvidos que investem na educação escolar.

A GESTÃO ESCOLAR E A INDISCIPLINA PEDAGÓGICA Um dos grandes anseios sociais é ver a escola como um local para a formação íntegra dos cidadãos nela presentes, valorizando o ensino escolar e o interpretando como uma condição precípua para a ascensão social e econômica numa sociedade que realmente investe na educação. Estas expectativas devem ser supridas em um lugar bem organizado e gerido por quem cria e assegura condições organizacionais, operacionais e pedagógico-didáticas para professores, alunos e técnicos de um estabelecimento de ensino. Para tanto é imprescindível o trabalho mútuo entre a direção pedagógica com os educadores, coordenadores, supervisores, orientadores, família e comunidade. Vale ressaltar que nos casos de indisciplina extrema, antes de aplicar severas punições para os seus praticantes, pode-se evitá-la a partir de um contato amistoso entre a direção e os alunos, numa espécie de parceria social.

Sem desmerecer que um mínimo de regras representa um problema a menos na escola. De acordo com Dubet (1997) “a disciplina é conquistada todos os dias, é preciso sempre lembrar as regras do jogo, cada vez é preciso reinteressá-los, cada vez é preciso ameaçar, cada vez é preciso recompensar”. Isso pode se concretizar numa gestão participativa e democrática, onde todas as personagens estão associadas e ninguém é excluído.

CONSIDERAÇÕES FINAIS A disciplina deve se concretizada pela harmonia entre escola e família, pois somente um destes componentes agindo sozinho não é capaz de atenuar o seu antônimo: a indisciplina. Sonha-se com uma escola que realmente envolva seus alunos num clima de formação de cidadãos ativos, críticos e intervenientes. Cuja maior problemática seja saber onde empregar um contingente de pessoas críticas, solidárias, respeitosas e responsáveis, não dando vazão à indisciplina, nem escolar e nem social.