REFLEXÕES SOBRE O EXPERIMENTO DIDÁTICO

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
II SEMINÁRIO PARA PROFESSORES INGRESSANTES
Advertisements

O SABER E O SABER FAZER DO PROFESSOR
Desenvolvimento profissional docente: Refletindo sobre as possíveis contribuições de colaboração, metacognição e tecnologia Vânia Maria Santos-Wagner Universidade.
FERRAMENTAS PEDAGÓGICAS INTERATIVAS
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
Revisão Unidade 01 Tecnologias na sociedade, na vida e na escola
Escola Superior de Educação
A escola é uma escada, cada degrau prepara para o degrau posterior.
Didáctica da Matemática
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇAO BÁSICA
Experimentação em Ciências na formação inicial de professores
BUSCANDO O SIGNIFICADO DA DIDÁTICA
EXPERIÊNCIA DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL NA UFRN
Diretrizes Curriculares e Práticas Docentes
Educação e Práticas Pedagógicas
Secretaria de Estado da Educação Departamento de Educação Básica
RELAÇÕES: PEDAGOGIA, EDUCAÇÃO ESCOLAR E DIDÁTICA
Feiras e Mostras em Ciências, Cultura e Tecnologia
Aulas Práticas no ensino de Ciências
A PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES
“ Caminhante não há caminho, o caminho se faz ao andar”
Softwares Educativos: possibilidades e limitações
MOMENTOS PEDAGOGICOS E AS SITUAÇÕES DIDÁTICAS
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇAO BÁSICA
HABILIDADES E COMPETÊNCIAS.
SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
PNLD 2014 – Ensino Fundamental II
UMA VISÃO SISTÊMICA DO USO DA NOÇÃO DE COMPETÊNCIAS NA AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM EM CURSOS A DISTÂNCIA Gianna Oliveira Bogossian Roque Marcos da Fonseca.
Projeto integrado. Aula 05 Metodologia e cronograma
LICENCIATURA EM LETRAS-PORTUGUÊS UAB – UNB
O Ensino de Ciências e suas Relações com o Contexto Social
O ENSINO DE CIÊNCIAS ATRAVÉS DA INVESTIGAÇÃO E EXPERIMENTAÇÃO
Ciências no Ensino Fundamental e na Educação Infantil – Aula 9
1ª. AULA Disciplina: Identidade, Cultura e Sociedade: História e Geografia I.
A PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES
I Encontro de Orientandos Curso Ciências Sociais – Universidade Federal de Rondônia.
Pesquisas sobre formação do professor reflexivo
METODOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR
Disciplina: Estágio Supervisionado I
AMPLIANDO O CONHECIMENTO MATEMÁTICO ATRAVÉS DE JOGOS
A APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA EM AMBIENTES INFORMATIZADOS
Pesquisa Científica Metodologia Científica na Ciência da Computação
II ENCONTRO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES I SEMINÁRIO INSTITUCIONAL DO PIBID UNIUBE “A multiculturalidade nos diferentes tempos e espaços de aprendizagens”
METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS PROFESSORA: LILIAN MICHELLE
Trabalho de conclusão de curso
PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS PROFESSORA: LILIAN MICHELLE
PIBID E FORMAÇÃO DE PROFESSORES: DESAFIOS E POSSIBILIDADES
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DA MATEMÁTICA CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSO ESPECIALIZAÇÃO EM TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO.
Perguntas de Modelação
PENSANDO O LIVRO DIDÁTICO E SUAS IMPLICAÇÕES NO ENSINO DE HISTÓRIA
Antoni Zabala – Capitulo 1,2 e 3
NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE PARANAVAÍ Plano de Trabalho Docente DISCIPLINA:ARTE TÉCNICA PEDAGÓGICA:APARECIDA DE FÁTIMA DE OLIVEIRA BERGO JULHO/2014.
A PRÁTICA EDUCATIVA Antoni Zabala.
Guia para Estágio e Seminários Temáticos – módulo linguagem
PLANEJAMENTO, CURRÍCULO E AVALIAÇÃO
O que é Ciência? Professor Israel Disciplina Ciências.
ARQUITETURAS PEDAGÓGICAS PEAD PÓLO – SÃO LEOPOLDO Profs. Drs.- Dóris Fiss, Leonardo Porto e Jaqueline Picetti.
PROGRAMA GESTÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR
Área de Ciências da Natureza
Grupo de Trabalho 4 AS ATIVIDADES DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES E A PESQUISA SOBRE EDUCAÇÃO BÁSICA.
Quando vale a pena usar as Tecnologias nas escolas?
Experimentação Teóricos e conceituais Sociológicos, políticos, etc. É a prática? É o espetáculo? ilustra teorias? Demonstração ou verificação dos fatos?
TEMA DA AULA A Pesquisa Científica e suas fases. OBJETIVOS DA AULA Compreender os aspectos gerais da pesquisa contemplando a elaboração de relatórios,
Aula 6_IEEC_2015 Profa. Joana Andrade.  Homem Mundo Homem mundo conhecimento Reflexão epistemológica e formação de professores de ciências.
Matriz de avaliação processual
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSO ESPECIALIZAÇÃO EM TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO NA PROMOÇÃO DA.
Transcrição da apresentação:

REFLEXÕES SOBRE O EXPERIMENTO DIDÁTICO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS – UFPEL PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO A DOCÊNCIA – PIBID ÁREA DA QUÍMICA REFLEXÕES SOBRE O EXPERIMENTO DIDÁTICO Pelotas, 22 de julho de 2009.

Motivação Diferentes concepções sobre o trabalho experimental. A partir dos textos qualificar as nossas atividades experimentais nas escolas.

Estimular a observação acurada e o registro cuidadoso dos dados; Motivos Para a Realização das Atividades Experimentais na Visão dos Professores Estimular a observação acurada e o registro cuidadoso dos dados; Promover métodos de pensamento científico simples e de senso comum; Desenvolver habilidades manipulativas; Treinar em resolução de problemas; Esclarecer a teoria e promover a sua compreensão (Kerr apud Galiazzi, 2001). GALIAZZI, M. C.; ROCHA, J. M. B.; SCHMITZ, L. C.; SOUZA, M. L.; GIESTA, S.; GONÇALVES, F. P.. Objetivos das atividades experimentais no ensino médio: a pesquisa coletiva como modo de formação de professores de ciências. Ciência & Educação, v. 7, n.2, p. 249-263, 2001.

Verificar fatos e princípios estudados anteriormente; Motivos Para a Realização das Atividades Experimentais Visão dos Professores Verificar fatos e princípios estudados anteriormente; Vivenciar o processo de encontrar fatos por meio da investigação, chegando a seus princípios; Motivar e manter o interesse na matéria; Tornar os fenômenos mais reais por meio da experiência. GALIAZZI, M. C.; ROCHA, J. M. B.; SCHMITZ, L. C.; SOUZA, M. L.; GIESTA, S.; GONÇALVES, F. P.. Objetivos das atividades experimentais no ensino médio: a pesquisa coletiva como modo de formação de professores de ciências. Ciência & Educação, v. 7, n.2, p. 249-263, 2001.

Os experimentos ajudariam os alunos a fixarem os conteúdos; Pesquisa com Licenciandos em Física em disciplina de teoria e prática pedagógica O experimento ajudaria os alunos a aprenderem os conceitos da física vendo na prática; Fazendo experimentos, os alunos eliminariam todas as dúvidas das aulas teóricas; Os experimentos ajudariam os alunos a fixarem os conteúdos; Os estudantes seriam motivados a aprender. MONTEIRO, M. A.. O uso do experimento didático: mediando uma leitura problematizadora do mundo tecnológico. In: COLÓQUIO INTERNACIONAL PAULO FREIRE, 5., 2005, Recife.

Referenciais “A origem do trabalho experimental nas escolas foi, há mais de cem anos, influenciada pelo trabalho experimental que era desenvolvido nas universidades.” IZQUIERDO, M. SANMARTÍ, N., ESPINET, M.. Fundamentación y diseño de las prácticas escolares de ciencias experimentales. Enseñanza de las Ciencias, v. 17, n.1, p. 45-59, 1999.

Referenciais “É muito freqüente encontrar manuais de práticas nos quais são encontrados experimentos sem nenhuma referência a um currículo concreto. Por mais úteis que pareçam aos professores, requerem algo mais para serem úteis aos alunos.” IZQUIERDO, M. SANMARTÍ, N., ESPINET, M.. Fundamentación y diseño de las prácticas escolares de ciencias experimentales. Enseñanza de las Ciencias, v. 17, n.1, p. 45-59, 1999.

Referenciais “O uso do experimento didático deverá oportunizar o estudante a abandonar sua postura passiva frente à aprendizagem. Para isso, faz-se necessário permitir ao mesmo expor suas idéias sobre o aparato experimental, como também inquiri-lo acerca de soluções de problemas” (Hernandez & Terrazan apud Monteiro, 2005). MONTEIRO, M. A.. O uso do experimento didático: mediando uma leitura problematizadora do mundo tecnológico. In: COLÓQUIO INTERNACIONAL PAULO FREIRE, 5., 2005, Recife.

Referenciais “O experimento didático possibilita que se resgate o contexto da produção das idéias. Ou seja, neste contexto temos um espaço de investigação e especulação cognitiva” (Campanário, apud Monteiro 2005). MONTEIRO, M. A.. O uso do experimento didático: mediando uma leitura problematizadora do mundo tecnológico. In: COLÓQUIO INTERNACIONAL PAULO FREIRE, 5., 2005, Recife.

Experimento e Teoria “Um dos maiores e mais danosos mitos da aprendizagem é a não interdependência experimento/teoria.” “Há o relacionamento interativo e interdependente onde os experimentos auxiliam a construção da teoria e a teoria determina os tipos de experimentos que podem ser conduzidos.” HODSON, D. (1988): “Experiments in science teaching”, in: Educational Philosophy & Theory, 20, pp. 53-66.

Questionamento Quais seriam as nossas concepções sobre experimentação nas atividades do PIBID?

Finalidades do experimento científico TESTAR UMA HIPÓTESE EXPERIMENTO CIENTÍFICO SOLUCIONAR UM PROBLEMA CONHECER PELA EXPERIÊNCIA DEMONSTRAR UMA VERDADE BORGES, R. M. R.; MORAES, R.. Educação em ciências nas séries iniciais. In: O significado de experimentação numa abordagem construtivista: o caso do ensino de ciências. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 1998. p. 29-45.

INDUTIVISTA EMPIRISTA EXPERIMENTO CIENTÍFICO DEDUTIVISTA-RACIONALISTA As concepções de experimentação são influenciadas pela concepção de ciências... INDUTIVISTA EMPIRISTA EXPERIMENTO CIENTÍFICO DEMONSTRATIVO CONSTRUTIVISTA DEDUTIVISTA-RACIONALISTA BORGES, R. M. R.; MORAES, R.. Educação em ciências nas séries iniciais. In: O significado de experimentação numa abordagem construtivista: o caso do ensino de ciências. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 1998. p. 29-45.

As concepções de experimentação são influenciadas pela concepção de ciências... Experimento demonstrativo Atividade voltada à demonstração de uma lei, de uma verdade já comprovada. Experimento indutivista-empirista Parte da observação desconsiderando conceitos prévios para realização dos experimentos. Experimento dedutivista racionalista Conduz as atividades orientadas pela teoria, que sempre precede a prática e a observação. Experimento construtivista Será discutido a seguir. BORGES, R. M. R.; MORAES, R.. Educação em ciências nas séries iniciais. In: O significado de experimentação numa abordagem construtivista: o caso do ensino de ciências. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 1998. p. 29-45.

...e pelas posturas epistemológicas de aprendizagem EPISTEMOLOGIA CONSTRUTIVISTA EPISTEMOLOGIAS DE APRENDIZAGEM EPISTEMOLOGIA EMPIRISTA EPISTEMOLOGIA APRIORISTA BORGES, R. M. R.; MORAES, R.. Educação em ciências nas séries iniciais. In: O significado de experimentação numa abordagem construtivista: o caso do ensino de ciências. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 1998. p. 29-45.

Atributos de um experimento construtivista ATIVIDADES COM PROBLEMATIZAÇÃO EXPERIMENTO CONSTRUTIVISTA USO DO CONHECIMENTO PRÉVIO DOS ALUNOS ATIVIDADES INTERDISCIPLINARES CONTEXTUALIZADAS USO INTENSIVO DE DIÁLOGO E REFLEXÃO BORGES, R. M. R.; MORAES, R.. Educação em ciências nas séries iniciais. In: O significado de experimentação numa abordagem construtivista: o caso do ensino de ciências. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 1998. p. 29-45.

Atitudes e valores em um experimento construtivista VALORIZA A COMPREENSÃO PROMOVE A PESQUISA COOPERAÇÃO E TRABALHO EM GRUPO EXPERIMENTO CONSTRUTIVISTA AUTONOMIA DOS ALUNOS INCENTIVA O QUESTIONAMENTO BORGES, R. M. R.; MORAES, R.. Educação em ciências nas séries iniciais. In: O significado de experimentação numa abordagem construtivista: o caso do ensino de ciências. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 1998. p. 29-45.

Reflexões Finais do Grupo Existe uma forma ideal de experimentação?

Aspectos a serem observados Não existe uma forma única, para realizar uma prática. O professor deve ter claro o objetivo e, a partir dele, criar a metodologia para fazer o aluno construir o seu conhecimento através da prática. É importante levar em conta os conhecimentos prévios dos alunos. As aulas práticas devem ser crescentes em complexidade para que os alunos evoluam ao longo das aulas.

Sistematizando... Experimentos demonstrativos; Experimentos fechados; Experimentos com grau de abertura crescente Experimentos abertos que propõem experimentos elaborados pelos alunos com problemas de seus contextos. Podem ser usados e, através deles, desenvolvidas diferentes competências nos alunos.

Conclusão De maneira geral, pode-se evidenciar que todas as formas de experimentação são válidas no processo de aprendizagem dos alunos, dependendo dos objetivos a serem alcançados. Entretanto, as práticas construtivistas parecem ser mais efetivas no desenvolvimento dos alunos.

Propostas para experimentação no PIBID Etapas de Investigação Problemas Procedimentos Conclusões 1ª Etapa Dados 2ª Etapa Em aberto 3ª Etapa 4ª Etapa

Referências BORGES, R. M. R.; MORAES, R.. Educação em ciências nas séries iniciais. In: O significado de experimentação numa abordagem construtivista: o caso do ensino de ciências. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 1998. p. 29-45. GALIAZZI, M. C.; ROCHA, J. M. B.; SCHMITZ, L. C.; SOUZA, M. L.; GIESTA, S.; GONÇALVES, F. P.. Objetivos das atividades experimentais no ensino médio: a pesquisa coletiva como modo de formação de professores de ciências. Ciência & Educação, v. 7, n.2, p. 249-263, 2001. HODSON, D. (1988): “Experiments in science teaching”, in: Educational Philosophy & Theory, 20, pp. 53-66. IZQUIERDO, M. SANMARTÍ, N., ESPINET, M.. Fundamentación y diseño de las prácticas escolares de ciencias experimentales. Enseñanza de las Ciencias, v. 17, n.1, p. 45-59, 1999. MONTEIRO, M. A.. O uso do experimento didático: mediando uma leitura problematizadora do mundo tecnológico. In: COLÓQUIO INTERNACIONAL PAULO FREIRE, 5., 2005, Recife.