Pesquisa de Sífilis Congênita no momento do parto:

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Transcrição da apresentação:

Pesquisa de Sífilis Congênita no momento do parto: soro materno ou sangue do cordão? Rev Chil Infect 2008; 25 (3): 155-161 Pontificia Universidad Católica de Chile, Facultad de Medicina, Departamento de Obstetricia y Ginecología e Departamento de Laboratorios Clínicos Apresentação: Talita Viana, Tereza I B Dias, Tatiane Sampaio Coordenador: Paulo R. Margotto ESCS – Internato em Pediatria/HRAS – Brasília, 26/3/2010 www.paulomargotto.com.br

Ddas Talita, Tatiane e Teresa

Introdução A sífilis é uma enfermidade sistêmica causada Treponema pallidum, sendo a infecção natural exclusiva do ser humano. A principal via de transmissão é o contato sexual. Sífilis congênita é toda infecção produzida pelo Treponema pallidum adquirida pelo feto por via transplacentária durante o período de gestação de uma mãe com sífilis não tratada ou tratada inadequadamente. Pode se manifestar na vida intra-uterina (aborto, morte fetal, hidropsia fetal não imune) ou ser clinicamente inaparente no momento do parto (60%), evoluindo durante a infância com graves seqüelas.

Introdução Gestantes infectadas são em sua maioria assintomáticas. Dificuldade de fazer o diagnóstico no RN devido à passagem transplacentária de anticorpos IgG maternos, dificultado a interpretação dos textes sorológicos nos primeiros meses de vida. A negatividade de provas treponêmicas que detectam IgM não descartam a possibilidade de sífilis congênita. Objetivo: determinar qual a melhor forma de triagem de recém-nascidos (RN) – prova não treponêmica em sangue do cordão umbilical ou no soro materno. Identificação dos RNs de risco: sorologias maternas (provas não treponêmicas) no início do acompanhamento pré-natal, no terceiro trimestre e no momento do parto.

Metodologia Estudo prospectivo de amostras de soro materno e sangue de cordão de todos os binômios mãe-RN atendidos na maternidade do Hospital Clínico da Pontifícia Universidade Católica do Chile entre junho de 1999 e agosto de 2001. Registro dos antecedentes da gestação e tratamentos realizados. Triagem com prova não treponêmica (RPR) e, em caso de positividade da amostra materna, do RN ou ambas, efetuaram-se provas confirmatórias treponêmicas (MHA-Tp, ELISA Captia IgG, ELISA captia IgM). Casos confirmados foram avaliados por especialista para diagnóstico de sífilis congênita e determinação de tratamento.

Metodologia Grupo I – RPR reagente em soro materno e sangue do cordão. Grupo II – RPR reagente apenas em sangue do cordão. Grupo III – RPR reagente apenas em soro materno.

Resultados: descrição dos pacientes que entraram no estudo RPR: Rapid Plasma Reagin. MHA-Tp: microhemaglutinación Trepo- nema pallidum

Resultados das provas não treponêmicas nos binômios

06 casos confirmados e tratados 01 caso de mão tratada durante a gestação 04 falsos positivos, não confirmados pelas provas treponêmicas.

03 RNs infectados, todos com RPR NR no sangue periférico do RN, bem como no cordão. 03 casos de mães adequadamente tratadas.

Resultados das provas não treponêmicas segundo o tipo de amostra em que se realiza a pesquisa em 9 casos catalogados como sífilis congênita Vejam que 3 casos de 9 (33%) não seriam diagnosticados sem o teste não treponêmico materno (e portanto, NÃO TRATADOS!)

Análise dos falsos positivos das provas não treponêmicas segundo o tipo de amostra usada para a pesquisa nos 37 binômios reativos

Resultados Falso positivo de 65% (17% grupo I, 38% grupo II, 45% grupo III, 53% em soro materno, 65% em sangue do cordão) para os 39 casos de RPR reagente e 1% no total da amostra. Falso negativo de 35% no sangue do cordão, 0% na amostra materna. Três dos nove RN que necessitaram de traramento não seriam diagnosticados sem o RPR no soro materno.

Discussão Entre 60 e 90% dos RN filhos de mulheres com sífilis não tratada durante a gestação desenvolvem a doença durante a infância. Apesar da recomendação de realizar provas não treponêmicas como triagem pelo menos 2 vezes na gestação, é comum que gestantes cheguem ao momento do parto com essa triagem incompleta (omissão do exame do 3º trimestre) ou que adquiram a infecção após o último teste. Daí a necessidade de se repetir o exame no momento do parto.

Discussão As provas não treponêmicas apresentam elevadas taxas de falso-positivo, tanto em soro materno quanto em sangue do cordão. Mais altas taxas de falso negativo são observadas em amostra do sangue do cordão (5%) que em soro materno (0,5%). Em 1998 o CDC modificou as recomendações para rastreio de sífilis congênita no momento do parto, indicando o uso de prova não treponêmica em soro materno. Atual normativa de 04 exames de rastreamento: início do pré-natal, 24 sem, 32-34 sem, momento do parto.

Abstract

Referências

Consultem(Aqui e Agora!) Sífilis Congênita Autor(es): Liu Campello Porto

Obrigada! Dr. Paulo R. Margotto, Ddas Tatiane, Teresa e Talita