A Gestão Científica do Trabalho Humano

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A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL Séculos XVIII – XIX 6/7/2016www.nilson.pro.br1.
Transcrição da apresentação:

A Gestão Científica do Trabalho Humano

No início... No início, isoladamente, os homens viviam dos recursos que a natureza generosamente lhes oferecia em abundância, com o tempo, tiveram que inventar suas ferramentas e atuar sobre a natureza para obterem seus meios de sobrevivência; tiveram que inventar a propriedade coletiva e, depois, a propriedade privada; tiveram que dividir e subdividir as tarefas; que descobrir novas tecnologias para a consecução dos bens cada vez mais escassos; que produzir novos bens para a satisfação de suas novas necessidades; que organizar e reorganizar o trabalho de modo a tornar eficientes os processo produtivo; etc .

No início... Assim, o trabalho sempre esteve presente na história da humanidade, sendo seu objetivo inicial, sobrevi-vência. Porém, com a Revolução Industrial, passou-se a o lucro e para obtê-lo era preciso mão-de-obra de baixo custo, fato que teve como consequência a exploração dos trabalhadores.

Essas características pertencem ao modo de produção capitalista, que se consolidou na Inglaterra, através da primeira Revolução Industrial, que ocorreu no final do século XVIII e foi possível graças ao acúmulo de capital, conquistado através do mercantilismo. A partir daí, surgem as fábricas, há o uso de máquinas à vapor, ocorre uma maior divisão do trabalho e, consequentemente, o aumento da produção. O capitalismo desde sua origem é um sistema de exploração da mão-de-obra, pois já nessa época houve a concentração de riquezas nas mãos dos grandes proprietários capitalistas.

Na segunda metade do século XIX, houve a segunda Revolução Industrial, a qual foi a inserção de outros países nesse processo, proporcionando assim, a expansão do capitalismo, sendo a passagem do capitalismo competitivo para o monopolista, com formação de grandes empresas e a fusão do capital bancário com o capital industrial. Houve o progresso técnico-científico, possibilitando o desenvolvimento de novas máquinas, utilização do aço, do petróleo e da eletricidade, evolução dos meios de transporte e expansão dos meios de comunicação.

Na década de 1970, de acordo com MAGNOLI (1995) ocorreu a terceira Revolução Industrial, a qual alterou o panorama produtivo mundial, devido ao surgimento de tecnologias microeletrônica e da transmissão de informações sobre a automatização e robotização dos processos produtivos. Além disso, surgiram novos ramos industriais, como a indústria de computadores e softwares, telecomunicações,química fina, robótica e biotecnologia, os quais caracterizam-se por utilizarem mão-de-obra qualificada

Momentos característicos do processo de trabalho na história do modo de produção capitalista Cooperação Simples – verifica-se uma negociação entre capital e trabalho, pois o capitalista compra a capacidade de trabalho do artesão, que com autonomia sobre o processo de trabalho decide sobre os métodos a serem desenvolvidos. No entanto as etapas do processo de produção são definidas pelo capitalista, que busca com a formação do trabalhador coletivo fazer o objeto de trabalho percorrer mais rapidamente em virtude da cooperação.Desta forma o capitalista proprietário do material a ser processado (objeto de trabalho), define o que será processado por cada trabalhador (conteúdo do trabalho).Enquanto o trabalhador através de suas ferramentas(instrumento de trabalho) impõe sua força de trabalho (capacidade de trabalho), planejando, definindo como, em que ritmo e intensidade (método de trabalho) o produto será transformado.

Manufatura: é um processo de produção de bens em série padro-nizada,ou seja, são produzidos muitos produtos iguais e em gran-de volume, por meio de máquinas, ferramentas e trabalho. O processo pode ser manual (origem do termo) ou com a utilização de máquinas. Para obter maior volume de produção é aplicada a técnica da divisão do trabalho, onde cada trabalhador executa apenas uma pequena porção da tarefa. Assim, especializa-se e economiza movimentos, o que vai conferir a maior velocidade de produção. As manufaturas surgiram durante a Revolução industrial. Eram pequenas oficinas já com produção em série, porém com trabalho praticamente manual. As fábricas ou indústrias tinham porte e mecanização muito maior. Atualmente não existe mais esta distinção, e o termo manufaturado é sinônimo de industrializado. No contexto da economia, na manufatura é iniciada a hierarquização das forças de trabalho em mais qualificadas e menos qualificadas. Os trabalhadores com maior qualificação costumam ter mais necessidade de esforço mental do que os que ocupam cargos menos qualificados. Nessa diferenciação qualitativa surge a diferenciação de salário a receber, além de um conhecimento menor dos procedimentos de produção por parte dos que tem qualificação inferior.

A Grande Indústria- a submissão do trabalhador ao processo produtivo se amplia não só diante da organização do trabalho, Mas também, da base técnica. A valorização do ofício manual deixa de existir. A introdução da maquinaria no processo produtivo permite ao capitalista organizar a produção conforme a racionalidade técnica e não mais conforme a habilidade do trabalhador. Ou seja, com o advento da maquinaria surge a possibilidade de organizar o processo produtivo sem, necessariamente,levar em consideração a qualificação da mão-de-obra. A introdução da maquinaria no processo produtivo ocorre simultaneamente ao processo de desapropriação do conhecimento técnico adquirido pelo trabalhador em suas práxis. Ao absorver o conhecimento técnico produzido pelo próprio trabalhador em suas atividades cotidianas e ao transferi-lo ao processo produtivo, via introdução da maquinaria o capitalista amplia o domínio do capital sobre o trabalho.

NOVOS MODELOS DE GESTÃO As teorias organizacionais existentes foram surgindo à medida que novos contextos as exigiam, como novas alternativas, seguindo o que poder-se-ia chamar de processo evolutivo, adequado às mudanças do ambiente. Na última década, novos modelos de gestão passaram a ser adotados, formas alternativas, mistos dos conhecimentos existentes com diferentes concepções. Assim, temos as metáforas, comparadas a modelos de gestão,como é o caso do fordismo, comparado à metáfora da máquina, do toyotismo, comparado à dos organismos,

TAYLORISMO Taylorismo ou Administração científica é o modelo de administração desenvolvido pelo engenheiro estadunidense Frederick Winslow Taylor (1856-1915), que é considerado o pai da administração científica. Caracteriza-se pela ênfase nas tarefas, objetivando o aumento da eficiência ao nível operacional.

Quanto ao modelo taylorista verifica-se a busca em eliminar a Inter-venção dos trabalhadores na produtividade e no rítmo de produção. Através de suas técnicas, o taylorismo tenta eliminar a arbitrariedade do trabalhador impondo o melhor método de excecução (the one best way) e através da definição de tempos-padrão impor o rítmo de produção em cada posto de trabalho. Assim o controle sobre o processo de trabalho se torna mais intensivo em relação à manufatura suprindo algumas lacunas em termos de produtividade. Com a divisão entre trabalho intelectual e manual, os trabalhadores necessitam de qualificações mínimas para atuarem nas fábricas tayloristas, realizando trabalhos repetitivos não exigindo esforço mental. Destaca-se que a organização do trabalho taylorista é um aperfeiçoamento do processo de trabalho manufatureiro. Desta forma, verifica-se que o capitalista detentor do saber operário, dos instrumentos de trabalho e dos objetos de trabalho define os conteúdos e métodos de trabalho numa relação de cooperação através da coerção (supervisão) e indução (promessas de promoção). Desta forma a mais-valia relativa é obtida através da intensificação do trabalho (TAYLOR, 1970; VARGAS, 1985; LE VEN, 1992; CORIAT, 1985; DURAND, 1985; DRUCK, 200

FORDISMO Idealizado pelo empresário estadunidense Henry Ford (1863-1947), fundador da Ford Motor Company, o Fordismo é um modelo de Produção em massa que revolucionou a indústria automobilística a partir de janeiro de 1914, quando introduziu a primeira linha de montagem automatizada. Ford utilizou à risca os princípios de padronização e simplificação de Frederick Taylor e desenvolveu outras técnicas avançadas para a época. Suas fábricas eram totalmente verticalizadas. Ele possuia desde a fábrica de vidros, a plantação de seringueiras, até a siderúrgica

Uma das principais características do Fordismo foi o aperfeiçoamento da linha de montagem. Os veículos eram montados em esteiras rolantes que movimentavam-se enquanto o operário ficava praticamente parado, realizando uma pequena etapa da produção. Desta forma não era necessária quase nenhuma qualificação dos trabalhadores. Outra característica é a de que o trabalho é entregue ao operário, em vez desse ir buscá-lo, fazendo assim a analogia à eliminação do movimento inútil. A característica fundamental do fordismo é a introdução da “esteira” no processo de produção como forma de transportar, mecanicamente, os componentes do produto complexo a ser montado em série na linha de montagem. Com o uso da esteira reduz-se a porosidade da linha de montagem, ou seja, obtém-se maior economia de tempo eliminando os movimentos supérfluos das operações de montagem.

Como o taylorismo, o fordismo também amplia o controle do capital sobre o trabalho. Enquanto o taylorismo propõe o controle do trabalho por meio da reorganização e gestão do processo produtivo, o fordismo exerce este controle por meio do maquinário. No fordismo, o trabalho é controlado não apenas pela gestão e organização do trabalho, mas também e principalmente pela imposição do ritmo da máquina. Em outras palavras, enquanto o taylorismo pressupõe a reorganização do maquinário e das peças conforme a reorganização da força de trabalho, o fordismo pressupõe a reorganização da força de trabalho conforme a reorganização do maquinário. No fordismo, o controle de tempo e movimento é incorporado ao capital fixo. A cadência do trabalho passa a ser regulada de maneira mecânica e externa ao trabalhador: é a regulação do trabalho coletivo pelo capital (Ruas, 1985).

Na década de 1970, após os choques do petróleo e a entrada de competidores japoneses no mercado automobilístico, o Fordismo e a Produção em massa entram em crise e começam gradativa-mente a serem substituídos pela Produção enxuta, modelo de produção baseado no Sistema Toyota de Produção. Em 2007 a Toyota torna-se a maior montadora de veículos do mundo e pôe um ponto final no Fordismo. O Toyotismo é um modo de organização da produção capitalista originário do Japão, resultante da conjuntura desfavorável do país. O toyotismo foi criado na fábrica da Toyota no Japão após a Segunda Guerra Mundial, este modo de organização produtiva, elaborado por Taiichi Ohno e que foi caracterizado como filosofia orgânica da produção industrial (modelo japonês), adquirindo uma projeção global. TOYOTISMO

O Japão foi o berço da automação flexível pois apresentava um cenário diferente dos Estados Unidos e da Europa: um pequeno mercado consumidor, capital e matéria-prima escassos, e grande disponibilidade de mão-de-obra não-especializada, impossibilitavam a solução taylorista-fordista de produção em massa. A resposta foi o aumento na produtividade na fabricação de pequenas quantidades de numerosos modelos de produtos, voltados para o mercado externo, de modo a gerar divisas tanto para a obtenção de matérias-primas e alimentos, quanto para importar os equipamentos e bens de capital necessários para a sua reconstrução pós-guerra e para o desenvolvimento da própria industrialização.

Características do sistema O sistema pode ser teoricamente caracterizado por seis aspectos : 1- Mecanização flexível, uma dinâmica oposta à rígida automação fordista decorrente da inexistência de escalas que viabilizassem a rigidez. A mecanização flexível consiste em produzir somente o necessário, contrariando o fordismo, que produzia o máximo possível e estocava o excedente. A produção toyotista é flexível à demanda do mercado. 2-Processo de multifuncionalização de sua mão-de-obra, uma vez que por se basear na mecanização flexível e na produção para mercados muito segmentados, a mão-de-obra não podia ser especializada em funções únicas e restritas como a fordista. Para atingir esse objetivo os japoneses investiram na educação e qualificação de seu povo e o toyotismo, em lugar de avançar na tradicional divisão do trabalho, seguiu também um caminho inverso, incentivando uma atuação voltada para o enriquecimento do trabalho.

Implantação de sistemas de controle de qualidade total, onde através da promoção de palestras de grandes especialistas norte-americanos, difundiu-se um aprimoramento do modelo norte-americano, onde, ao se trabalhar com pequenos lotes e com matérias-primas muito caras, os japoneses de fato buscaram a qualidade total. Se, no sistema fordista de produção em massa, a qualidade era assegurada através de controles amostrais em apenas pontos do processo produtivo, no toyotismo, o controle de qualidade se desenvolve por meio de todos os trabalhadores em todos os pontos do processo produtivo

Sistema just in time: Esta técnica de produção foi originalmente elaborada nos EUA,no início do século XX, por iniciativa de Henry Ford mas não foi posta em prática. Só no Japão, destruído pela II Guerra Mundial, é que ela encontrou condições favoráveis para ser aplicada pela primeira vez. Em visita às indústrias automobilísticas americanas, na década de 50, o engenheiro japonês Enji Toyoda passou alguns meses em Detroit para conhecê-las e analisar o sistema dirigido pela linha fordista atual. Seu especialista em produção Taichi Ono, iniciou um processo de pesquisa no desenvolvimento de mudanças na produção através de controles estatísticos de processo. Sendo assim, foi feita uma certa sistematização das antigas idéias de Henry Ford e por sua viabilização nessa fábrica de veículos. Surge daí o sistema just in time, que visa envolver a produção como um todo. Seu objetivo é "produzir o necessário, na quantidade necessária e no momento necessário", o que foi vital numa fase de crise econômica onde a disputa pelo mercado exigiu uma produção ágil e diversificada.

Personalização dos produtos :Fabricar o produto de acordo com o gosto do cliente. Controle visual: Havia alguém responsável por supervisionar as etapas produtivas. A partir de meados da década de 1970, as empresas toyotistas assumiriam a supremacia produtiva e econômica, principalmente pela sua sistemática produtiva que consistia em produzir bens pequenos, que consumissem pouca energia e matéria-prima, ao contrário do padrão norte-americano. Com o choque do petróleo e a conseqüente queda no padrão de consumo, os países passaram a demandar uma série de produtos que não tinham capacidade, e, a princípio, nem interesse em produzir, o que favoreceu o cenário para as empresas japonesas toyotistas. A razão para esse fato é que devido à crise, o aumento da produtividade, embora continuasse importante, perdeu espaço para fatores tais como a qualidade e a diversidade de produtos para melhor atendimento dos consumidores.

Contudo, o reflexo do toyotismo no mundo e com ênfase nos países subdesenvolvidos gerou algumas das fragilidade nas relações trabalhistas , onde os direitos trabalhistas e os vínculos entre proletariado e patrão tem se tornado frágeis, já que a flexibilidade exige uma qualificação muito alta e sempre focando a redução dos custos, assim o desemprego tem se tornado algo comum, como uma estratégia para evitar as reivindicações e direitos que cada trabalhador necessita, portanto, apesar das maravilhas e novidades que o toyotismo trouxe através da tecnologia nos modos de produção atual, esse mesmo modo desencadeou um elevado aumento das disparidades socioeconômicas e uma necessidade desenfreada de aperfeiçoamento constante para simplesmente se manter no mercado.