Principais Doenças do Trigo

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DOENÇAS CAUSADAS POR FUNGOS NA CULTURA DA SOJA
Transcrição da apresentação:

Principais Doenças do Trigo

Sistema radicular do trigo: Podridão comum Agente causal: Bipolaris sorokiniana Controle: uso de sementes sadias, pois Bipolaris é transmitido por sementes, rotação de culturas, visando a redução do inóculo na palha.

Mal-do-pé Agente causal: Gaeumannomyces graminis var. tritici. - No passado, o mal-do-pé chegou a ser fator limitante na produção do trigo, especialmente no Rio Grande do Sul.

Doenças da parte aérea

Ferrugem da Folha Agente causal: Puccinia hordei Sintomas: pústulas de coloração amarelo-escuro a marrom ao longo das folhas de cultivar suscetível. Pode ocorrer desde planta jovem até a fase adulta.

Condições climáticas: temperaturas entre 15 oC e 20oC e elevada umidade relativa. Em temperaturas em torno de 20oC apenas três horas de molhamento foliar são necessárias para que ocorra infecção.

Controle uso de fungicidas (grupo dos triazóis). uso de cultivares resistentes.

Giberela do trigo Agente causal: Gibberella zeae (Schwabe), que é a forma perfeita de Fusarium graminearum (Schwabe). Principal inóculo desse fungo são os ascosporos, que são produzidos em peritécios sobre os restos culturais que permanecem entre uma estação de cultivo e outra.

Ataca as espigas, causando despigmentação das espiguetas afetadas. Disseminação: Esses esporos são transportados pelo vento a longas distâncias e depositados sobre anteras causando infecção. Ataca as espigas, causando despigmentação das espiguetas afetadas. Dependendo das condições climáticas e da cultivar, pode ser observado um micélio branco a rosado sobre as espiguetas .

Os grãos aí produzidos são chochos, enrugados e de coloração branco a rosada.

- Pode comprometer toda a produção quando a floração. - Ocorre em épocas com temperaturas superiores 20 oC e a duração do molhamento das espigas é superior a 72h. - A manutenção de restos culturais na superfície do solo facilita a produção e a disseminação de ascosporos do fungo.

Controle Doença de difícil controle, Rotação de culturas como medida de controle é pouco eficaz. O uso de cultivares resistentes também é pouco eficiente.

Fungicidas indicados atingem um controle mediano mas desde que sejam aplicados no momento certo e não haja um excesso de chuvas no momento da floração. Escape, por meio de escalonamento de semeadura e uso de cultivares com ciclos reprodutivos diferentes.

Brusone do trigo Agente causal: Magnaporthe grisea, anamorfo Pyricularia grisea. Sintomas Folhas: manchas elípticas ou arredondadas, caracteristicamente de borda marrom escuro com centro acinzentado.

Espigas: verifica-se uma descoloração acima do ponto de infecção, que pode ser visto por um escurecimento no ráquis. - Neste ponto do ráquis e na base da espigueta, dependendo das condições de microclima, pode-se observar também um crescimento micelial, de coloração cinza.

Condições climáticas: períodos de molhamento superiores a 10 horas com temperaturas acima de 25 oC. Controle: Escape, realizando semeadura mais tardiamente além de utilização de cultivares tolerantes à doença. Não há disponível até o momento, cultivares com nível satisfatório de resistência.

Controle químico: aplicação de fungicidas na parte aérea das plantas, antes do espigamento.

Oídio Sintomas: presença de micélio branco acinzentado nas folhas, bainhas, colmos e espigas. Devido à colonização do patógeno a fotossíntese e a respiração da planta ficam comprometidas. Temperaturas entre 15 a 22 oC e pouca umidade relativa.

Controle Uso de cultivares resistentes Fungicida: - Via tratamento de sementes: triadimenol, que protege as plantas por um período em torno de 45 a 60 dias após a emergência) Aplicação foliar: recomenda-se o uso de fungicidas quando a incidência foliar estiver entre 20 a 25% a partir do estádio de alongamento.

Manchas Foliares

Mancha amarela Agente causal: Drechslera tritici-repentis (fase imperfeita), é a mancha forma perfeita, Pyrenophora tritici-repentis . Condições climáticas: temperatura entre 18o e 28oC e um período de molhamento foliar superior a 30 horas.

É um fungo necrotrófico, portanto com capacidade de sobreviver em restos culturais, formando estruturas de reprodução sexuada, que são os pseudotécios. No sistema de plantio direto, os pseudotécios liberam ascosporos que são responsáveis pela infecção primária.

Durante o desenvolvimento da cultura, sob condições favoráveis e sem adoção do controle químico, conidióforos e conídios são formados sobre as lesões e iniciam o ciclo secundário da doença.

Sintoma: mancha amarela. lesões são elípticas ou em forma de diamante, geralmente com uma borda amarela e o centro marrom escuro.

Dependendo da cultivar, pode-se obervar maior ou menor clorose e necrose, devido a ação de toxinas específicas do patógeno: PtrToxA: que causa necrose PtrToxB ou PtrToxC: que causam clorose e dependendo do manejo dado à cultura os sintomas podem ser visualizados logo no início do ciclo da cultura, ainda no afilhamento.

Controle Rotação de culturas (dois anos seguidos sem trigo, a fim se obter redução satisfatória do patógeno na palha do trigo). No Brasil, recomenda-se a aplicação de fungicidas, para o complexo de manchas foliares, quando a incidência foliar atingir 70%.

Mancha da gluma Agente causal: Stagonospora nodorum. Fungo necrotrófico, pois sobrevive em tecido morto do hospedeiro. Temperatura ideal: entre 20 a 25oC, com período de molhamento foliar entre 48 e 72 horas.

Manifesta-se em outros órgãos da planta como folhas, colmos e espiga, formando o sintoma típico nas glumas. Sintomas: Manchas irregulares de coloração marrom claro, com halo violáceo.

Tais sintomas evoluem para castanho com centro claro e pontuações de cor marrom, que são os picnídios do patógeno. As glumas apresentam manchas irregulares de cor marrom.

Mancha marrom Agente causal: Bipolaris sorokiniana É a mais importante em regiões mais quentes e de alta umidade relativa dos trópicos e subtrópicos. Dependendo do ataque da doença, perdas totais podem ocorrer. Disseminação: semente (longas distâncias).

- Capacidade de sobreviver em restos de cultura, tornado estes uma fonte de inóculo primário, quando a doença já está instalada na área. Temperatura: entre 20 e 28oC, com pelo menos 15 horas de molhamento foliar. Sintoma: mancha marrom iniciam com pequenas manchas ovais, de coloração marrom-escuro a negra, em folhas, bainhas e colmos.

Com o progresso da doença as lesões se tornam elípticas e sobre estas há abundante esporulação do fungo de coloração castanho escuro, o que dá uma aparência negra às lesões. Pontuações pretas nas sementes e necrose em plântulas podem ocorrer.

Controle Tratamento de sementes é recomendado. OBS: Lotes que apresentem infecção abaixo de 40%, pois os fungicidas recomendados não têm a capacidade de eliminar o patógeno em casos intensos de infecção) - Acima desse nível, não é viável e o lote deve ser descartado.