INCAPACIDADE NAS DOENÇAS DO OMBRO Giuliano Caruso Membro Titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia Membro Titular da Associação Brasileira de Oncologia Ortopédica Pós-Graduação no Instituto Nacional do Câncer em Cirurgia Oncológica do Tecido Ósseo e Conectivo
Lesões do ombro No esporte é a 3ª articulação mais acometida. Traumáticas e/ou por uso repetitivo e excessivo. Movimentos acima da cabeça podem lesar estruturas ligamentares e musculares. É a articulação com maior amplitude de movimentos do corpo.
Anatomia Articulação esferóide. Glenóide em forma de vírgula invertida. Glenóide é ¼ da cabeça umeral. Cabeça umeral é retrovertida em 30°. Escápula completa o movimento umeral.
Anatomia Clavícula é a única estrutura óssea que liga o membro superior apendicular ao esqueleto axial. Cápsula e lábio glenoidal aumentam a extensão da cavidade articular.
Anatomia Musculatura: Manguito: Deltóide Redondo maior Subescapular, infra-espinhoso, supra-espinhoso e redondo menor. Deltóide Redondo maior Peitoral maior e menor Latíssimo dorsal Bíceps Braquial
Anatomia Vascularização pela artéria axilar Inervação pelo plexo braquial.
Anamnese Idade Braço dominante Localização da dor Intensidade e duração Ocorrência temporal Fatores agravantes e atenuantes Ocupação Mecanismo da lesão traumática Nível de atividade física
Exame Físico SEMPRE UTILIZAR O LADO CONTRALATERAL COMO COMPARAÇÃO.
Exame Físico Amplitude de movimentos do ombro
Exame Físico É importante ressaltar que nos processos inflamatórios agudos os testes descritos podem estar prejudicados. Devem ser realizados com muito critério, a fim de evitar sensibilização dolorosa no segurado.
Doenças mais comuns na perícia Capsulite adesiva Síndrome do impacto Bursite Síndrome do manguito rotador Tendinite bicipital Tendinite calcificante Fraturas Artrose
Capsulite Adesiva Sinônimos: Ombro congelado (frozen shoulder) É uma condição dolorosa do ombro caracterizada por restrição significativa à mobilização ativa e passiva. Ombro rígido com estruturas articulares normais. Causas pós-traumáticas e idiopáticas
Capsulite Adesiva Idiopática Mais comum em mulheres Idade entre 40 – 60 anos Na maioria dos casos o primeiro movimento a ser perdido é a rotação interna. Associado: Doenças cervicais, cardíacas, pulmonares, neoplásicas, neurológicas e distúrbios psiquiátricos.
Capsulite Adesiva Idiopática Pacientes diabéticos: Risco maior. 10-35% tem restrição da mobilidade. Incidência bilateral maior nos insulino-dependentes.
Capsulite Adesiva Apresentação Clássica: Três fases: 1 – fase dolorosa ou de congelamento – 2 a 9 meses. 2 – fase de rigidez – bloqueio funcional - 3 a 12 meses. 3 – regressão ou descongelamento – 1 a 3 anos.
Capsulite Adesiva Tratamento conservador e/ou cirúrgico. Cirúrgico: recuperação mais precoce.
Capsulite Adesiva Conduta médico pericial
Síndrome do manguito rotador Causa comum de dor e limitação funcional Dor, fraqueza e redução da amplitude de movimentos. Dor intensa na elevação do membro superior acima da cabeça. Dor noturna que o acorda quando rola sobre o ombro acometido.
Síndrome do manguito rotador Causas: bursite subacromial tendinite do manguito laceração do manguito
Síndrome do manguito rotador Bursite subacromial: Inflamação da bursa subacromial Sinais mais brandos da síndrome do impacto Geralmente no repouso é indolor Não há atrofia Teste de Neer, Jobe e Hawkins positivo.
Síndrome do manguito rotador Bursite subacromial:
Síndrome do manguito rotador Tendinite do manguito: Supra-espinhoso é o mais comumente envolvido Dor a elevação do membro superior Sem atrofias musculares com fraqueza da musculatura envolvida.
Síndrome do manguito rotador Conduta pericial:
Síndrome do manguito rotador Laceração do tendão: É resultado da síndrome do impacto Dor a elevação do membro superior Perda gradativa da força Dor mesmo ao repouso Amplitude de movimentos diminuído Teste de Neer e Hawkins positivos
Síndrome do manguito rotador Laceração do tendão Estágio 1: Mais frequente menores de 25 anos; dor em trajeto de tendão de supra-espinhal, relacionada ao esforço, que melhora com repouso, geralmente sem dor noturna e sem limitação de movimentos. Ao exame físico evidenciam-se testes de Neer e/ou de Jobe positivos. Estágio 2: Mais frequente 25 – 40 anos; dor aos esforços e no repouso (noturna), pode haver limitação de movimentos (pela dor). Os testes de Neer e/ou Jobe são positivos. Estágio 3: Mais frequente em maiores de 50 anos; dor de intensidade variável, que piora à noite, resistente à medicação. Em fases tardias, pode haver hipotrofia do músculo deltóide (desuso). Movimentos do ombro geralmente são normais, podendo haver graus variados de restrição articular.
Síndrome do manguito rotador Laceração do tendão:
Tendinite bicipital O mesmo mecanismo da síndrome do impacto pode desenvolver a lesão do bíceps. Outra causa é a subluxação do tendão. Dor no úmero proximal com exacerbação com a supinação contra resistência. Palpação do tendão com flexão do cotovelo contra resistência. Teste de Yergason e Palm up test positivos.
Tendinite bicipital
TENDINITE CALCIFICANTE Caracterizada pelo aparecimento de depósitos calcáreos nos tendões. Mais comum no sexo feminino. Idade entre 40 e 60 anos. Possui 3 fases Pré-calcificação: indolor Calcificação: indolor Reabsorção : dolorosa
TENDINITE CALCIFICANTE Testes de Neer, Jobe e Hawkins positivos. Radiografia evidencia calcificação no tendão.
TENDINITE CALCIFICANTE
Ruptura do Tendão biciptal Ruptura do tendão da cabeça longa é mais comum no idoso ( avaliar lesão do manguito). Lesão distal: tratamento cirúrgico e precoce.
Fraturas
Fraturas
Artrose
Obrigado!!!!