A crise da ciência moderna

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A Crise Paradigmática da Ciência segundo Boaventura Sousa dos Santos Athais Goulart Furtado – Estudante de Biblioteconomia e Ciência da Informação na UFSCar.
Transcrição da apresentação:

A crise da ciência moderna 02/04/2017 www.nilson.pro.br

A crise da Razão Friedrich Nietzsche (1844 - 1900), pintado por Munch 02/04/2017 www.nilson.pro.br

O ambiente da crise da ciência moderna – SEC XIX Teoria evolucionista O inconsciente freudiano A crítica marxista ao capitalismo Nietsche e a crítica a razão 02/04/2017 www.nilson.pro.br

O ambiente da crise da ciência moderna – SEC XX O paradigma mecanicista é abalado pela Física Quântica Einstein (1879 a 1955) Teoria geral da relatividade Heisenberg (1901 a 1976) Princípio da incerteza: é impossível determinar simultaneamente e com igual precisão a localização e a velocidade de um elétron. 02/04/2017 www.nilson.pro.br

O mundo-máquina é denunciado como disfuncional “Um conhecimento baseado na formulação de leis tem como pressuposto metateórico a ideia de ordem e de estabilidade do mundo, e a ideia de que o passado se repete no futuro. Segundo a mecânica newtoniana, o mundo da matéria é uma máquina cujas operações se podem determinar exatamente por meio de leis físicas e matemáticas, um mundo estático e eterno a flutuar num espaço vazio, um mundo em que o racionalismo cartesiano torna cognoscível por via de sua decomposição nos elementos que o constituem. Esta ideia do mundo-máquina é de tal modo poderosa que vai se transformar na grande hipótese universal da época moderna” (Souza Santos, Boaventura. Um discurso sobre as ciências, p.17) 02/04/2017 www.nilson.pro.br

Crítica a “neutralidade cientifica” A prática das ciências teórico-experimentais [diferentemente das ciências de campo] passa pela invenção-acontecimento dos meios de fazer com que um fenômeno testemunhe. (Stengers, 2002:176) 02/04/2017 www.nilson.pro.br

Por uma nova objetividade Sandra Harding (1986): “Uma ciência maximamente objetiva, seja ela natural ou social, será aquela que inclua um exame consciente e crítico da relação entre a experiência social de seus criadores e os tipos de estruturas cognitiva privilegiadas pela sua conduta” 02/04/2017 www.nilson.pro.br

A singularidade das ciências “minha intenção é explorar as possibilidades de razão politica para descrever a ciência, sem me excluir deste registro” (Stengers, 2002) “ Na perspectiva por mim proposta a atividade científica integra uma forma de polêmica e de rivalidade, promove um compromisso que liga interesse, verdade e história de um modo que não é nem o dos saberes tradicionais nem aquele tradicionalmente vinculado a imagem feminina (doçura, conciliação”). Stengers, 2002: 159-160) 02/04/2017 www.nilson.pro.br

Uma filosofia da prática científica Stengers (2002) defende a singularidade das ciências preservando a distinção sujeito e objeto, mas a toma como vetor de risco. É o objeto que põe a prova o sujeito e submete as razões por ele inventadas. Desloca a primazia antes posta numa razão “fora do mundo” para as práticas cientificas. Elas não pressupõem mas criam o sujeito e o objeto. 02/04/2017 www.nilson.pro.br

As ciências de laboratórios A prática das ciências teórico-experimentais (diferentemente das ciências de campo) passa pela invenção-acontecimento dos meios de fazer com que um fenômeno testemunhe. 02/04/2017 www.nilson.pro.br

Bruno Latour e a antropologia da Ciência 02/04/2017 www.nilson.pro.br

Referências ARENDT, Hannah. Entre o Passado e o Futuro. 5º ed. São Paulo: Ed.Perspectiva, 2000. BOAVENTURA, Souza Santos. Um discurso sobre as ciências. Edições Aforntamento, 13ª ed. Porto, 2002. BORDO, Susan. The Flight to Objectivity: Essays on Cartesianism and Culture. Albany: New York State University Press, 1987. CARVALHO, I. C. M. ; Sampaio, G. Hanna Arendt: natureza, história e ação humana. In: CARVALHO, I. C. M.; GRUN, M. TRAJBER, R.. (Org.). Pensar o ambiente: bases filosóficas para a educação ambiental. 1a. ed. Brasilia(DF): MEC-SECAD/UNESCO, 2009, v. 1, p. 191-206. DESCARTES. Discurso do Método. (comentários: Denis Huisman). Brasília: UnB, 1998. GALILEU, O Ensaiador, em  Vida e Obra de Bruno, em Bruno, Galileu, Campanella, São Paulo, Abril Cultural, 1978, coleção "Os Pensadores", p.119 02/04/2017 www.nilson.pro.br

Referências (cont.) GRUN, Mauro. Descartes, historicidade e educação ambiental. In:CARVALHO, I. C. M.; GRUN, M. TRAJBER, R.. (Org.). Pensar o ambiente: bases filosóficas para a educação ambiental. 1a. ed. Brasília(DF): MEC-SECAD/UNESCO, 2009, v. 1, p. 191-206. JAPIASSU, Hilton. A Revolução Científica Moderna. Rio de Janeiro.Imago,1985. LOPES, José Leite. A imagem física do mundo: de Parmênides a Einstein. Estud. av. [online]. 1991, vol.5, n.12, pp. 91-121. KOYRÉ, Alexandre. Do Mundo Fechado ao Universo Infinito. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2001. ROSSI, Paolo. O Nascimento da Ciência Moderna na Europa. Bauru, EDUSC, 2001. STENGERS, A invenção das ciências modernas, São Paulo, Ed. 34, 2002. 02/04/2017 www.nilson.pro.br